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História Origem - Obey your... Mistress???


Escrita por: Ckjima

Notas do Autor


De todas as coisas que eu imaginei...
Estar ajoelhado diante de você...
Fecho os olhos e respiro fundo...
Eu desejo... Te desejo... Desejo, desejo mais do que você possa imaginar...

Capítulo 5 - Obey your... Mistress???


Fanfic / Fanfiction Origem - Obey your... Mistress???

            Acordei assustado, estava deitado no piso onde tudo acontecera, meus joelhos doíam em minha boca um gosto desconhecido, era como se o choque da realidade me atingisse com força total, eu fiquei sentado ali, nú no escuro e quando tentei me levantar ouvi o barulho da corrente. Minha mente resgatou as imagens e tremendo, tateei meu pescoço confirmando o que eu temia, Liam havia colocado em mim uma corrente. Gelei, um pavor tão grande que acabei me deitando no chão em posição fetal, fechei os olhos e esperei por um longo período, onde estaria Liam e, por que faria isso comigo?

            Rolei pelo chão enquanto tentava não chorar, poderia parecer infantil, mas eu sentia medo, medo do escuro, medo do que viria pela frente. Passaram-se horas desde que despertara até o momento que ouvi a fechadura ser acionada e Liam entrou, não estava sozinho, acompanhado por uma outra mulher, loura, os cabelos compridos e, seu corpo era mignon não era o corpo de Samira, corpo de mulher... Liam fechou a porta e os dois subiram as escadas e acenderam a luz que a primeiro momento incomodou meus olhos, apertei as pálpebras e fui abrindo-as aos poucos...

             Diante de meus olhos vestindo uma mini saia preta, saltos e meias estava Nat, provavelmente estava fazendo uma careta, pois ela se ajoelhou próxima a mim e acariciou meu cabelo, como sempre costumava fazer. Olhava para os dois em silêncio, não conseguia me expressar e se o fizesse talvez seria através de palavrões relacionados ao fato de estar acorrentado como um cachorro... E, foi assim que me senti enquanto ela se levantava e ia até a cozinha e enchia um bebedouro e colocava próximo a mim, fiquei olhando para ela que se aproximou.

—Você é um bom garoto, precisa beber água... Vamos beba a água... – ela apontou a tigela enquanto continuava parado olhando para ela sem dizer nada —Eu sei que você está assustado, não precisa se preocupar Liam já passou por isso antes, não tema... É parte do treinamento... – Ela acariciou novamente meu cabelo e dessa vez parecia o que Liam fazia com Samira quando voltei ao dormitório, eu tremia, raiva, vergonha, decepção... Eu os considerava meus amigos e... Olhei para Liam que estava dois passos atrás de Nat e pisquei enquanto minha mente resgatava o que ela falara, Liam havia passado por aqui antes? Era isso?

—O quê você quer de mim? – finalmente murmurei enquanto ela dava um de seus sorrisos inspiradores, olhando afetuosamente para mim e novamente acariciou meus cabelos.

—Obediência... Total... – ela murmurou enquanto eu a encarava e imaginava o que significava.

            Como qualquer adolescente, eu havia pesquisado nos livros sobre o passado, sobre o que levou à O.N.U. acabar com os países e os direitos dos cidadãos, eu pesquisei sobre a liberdade das pessoas, na escola exibiam películas de produções realizadas com intuito de agradar aos povos no passado, havia algo chamado indústria pornográfica, onde as pessoas faziam sexo umas com as outras enquanto simulavam uma história... Era de lá que surgiram algumas palavras esquecidas como foder, trepar, gozar... O sexo entre os funcionários das fábricas e da lavoura existia, mas tudo era íntimo, não se falava sobre sexo desde que a AIDS XIV matou milhões de pessoas nos anos seguintes à terceira guerra, onde a fome assolava o mundo...

            As pessoas desesperadas vendiam seus corpos a qualquer um, desde traficantes a indústrias farmacêuticas e com a corrida pelo poder, as doenças foram incubadas e a AIDS XIV foi uma das bombas que foram detonadas pelos terroristas, infectando a humanidade, levando a O.N.U. tomar medidas extremas como a proibição de troca de fluídos entre as pessoas e o uso obrigatório de preservativo nas relações sexuais. Foi um período negro da história, assolado pela precariedade, a escassez de alimentos matando crianças e adolescentes, a AIDS XIV matando os adultos e tudo isso foi contido pelas Nações Unidas através da lei marcial. Mas, os filmes eram de domínio publico e nossa geração tinha acesso a ele, haviam rumores que aqui existia estúdios que gravavam filmes e não apenas os noticiários locais que assistíamos na TV.

            Minha mente resgatava essas informações enquanto eu tentava me lembrar.

—O quê é obediência total? – perguntei sem mais alternativas.

—Você fará tudo que eu mandar sem questionar – Nat respondeu.

—Você é uma dominadora? – perguntei enquanto ela sorria.

—Dominadora, dominatrix – Nat repetiu rindo – Eu mando e você obedece.

—Vai me ensinar o quê? – questionei temendo a resposta.

—Vou transformá-lo – Nat disse dando um tapa na coxa e Liam ficou ao seu lado enquanto ela levantava a mão e acariciava a perna dele – De pussy boy à dominador.

—Pussy boy? – olhei para ela e balancei a cabeça desconhecendo o termo.

—É como chamamos garotos como você... – Liam se agachou ao meu lado e acariciou meu cabelo com aquele sorriso que me fazia derreter, mesmo fazendo todas aquelas coisas comigo.

—Garotos como eu? – olhei para Nat sem entendê-los —O que tenho de errado?

—Não é errado... Você somente não sabe do que realmente gosta... – Nat respondeu sorrindo.

—Não sei? Gosto de vocês dois... – respondi sinceramente olhando em seus olhos.

—Você é um garoto inteligente e por isso vou dizer as coisas como elas realmente são e você chegue as suas próprias conclusões... – Nat levantou-se e puxou um dos bancos sentando-se diante de mim.

            A vida é feita de escolhas e nós somos uma partícula do universo, carregamos nossos ancestrais dentro de nós e isso influencia nossas escolhas... Todos passamos por momentos de dúvida, descoberta e incerteza, entretanto, pela descoberta dos nossos cientistas, a sexualidade é um ponto determinante para o aperfeiçoamento de nossas capacidades. Muitas das vezes, por inúmeros motivos, freamos nossos instintos e o reprimimos diante do óbvio... Quer um exemplo, quando vivíamos na Origem, você tocou meu corpo, sentia vontade de fazer sexo comigo, mas não tentou por ser dominado pela ideia de que se o fizesse não chegaria aqui. Pois é isso que você aprendeu na sua família, na escola...

            Liam também passou por isso, mas ele foi adiante, acabamos fazendo sexo e eu o trouxe... Pois eu venho aqui desde meus 14 anos... Já estive onde você está... E, foi sendo dominada, aprendendo a entender minhas necessidades que evoluí, não só mentalmente, mas fisicamente, sou perita em armamento, sou uma commander, em situações de perigo, mando analiso a situação e passo instruções à tropa de como vencerão o conflito... Eu sei que tudo parece confuso, mas se você aceita quem você é, sua origem, suas necessidades, vai conseguir evoluir, se reprimir, viverá de maneira falsa, sem expectativas, se perderá, terá uma vida medíocre por não conseguir se libertar e descobrir o que realmente é... E sexualmente falando é através da obediência que você aprenderá o principal, o que sua mente precisa e, eu serei a responsável por leva-lo a essa descoberta, eu sei que você deseja Liam... Há muito tempo sei que você quer ir além, quer sentir o que é ser penetrado por alguém... Não precisa se envergonhar, não é errado, você não sabe do que gosta... Liam proporcionou a você a oportunidade de penetrar uma mulher, você se sentiu melhor depois não foi?

—Claro... É algo tão... Intenso... – respondi pausadamente tentando encontrar as palavras.

—Você quer que eu o domine ou que ele o domine? – Nat perguntou seriamente.

—Não iremos te machucar, tudo fará parte de uma série de regras... – ela murmurou.

—Regras? – disse balançando a cabeça sem entende-la – Por quê?

—Você será um escravo... Precisa ser educado, deve ser obediente e submisso ao seu mestre, confiar nele, amá-lo e ele o levará a um mundo que você nunca imaginaria que existisse – Liam respondeu me observando.

—Para isso precisa me tratar como um animal? – murmurei segurando a corrente em meu pescoço.

—Essa é para você entender que é submisso ao seu dominador... Você é um brinquedo, não sabemos do que você gosta, não sabemos como usá-lo e por isso, quando não obedecer ao seu mestre, será acorrentado e passará por punições – Nat apontou para a corrente.

—Punições? – perguntei olhando para Liam que dava um sorriso torto e balançava a cabeça.

—Sim... – Nat respondeu enquanto a encarava franzindo as sobrancelhas —Sei que é muito para você, quero que você saia daqui, vá tomar um banho, se alimente e pense no que falei, converse com Liam... – ela olhou para ele —Você é um dominador agora, lembre-se disso... – Nat se levantou e se aproximou puxando a corrente e a segurou erguendo meu pescoço, me fazendo encará-la acima de mim —Faça exatamente o que eu disse, amanhã começaremos seu treinamento decida quem será seu mestre – murmurou com um sorriso.

—Está bem... – murmurei me levantando e olhei para os dois – Posso ir?

—Claro... – ergueram a mão sorrindo —Viu, você é um ótimo garoto... – Nat disse sorrindo.

            Entrei no banheiro e abri o registro enquanto a água jorrava pela ducha e eu enfiei minha cabeça embaixo e apertei o botão na parede a água parou, um liquido foi expelido, esfreguei meu corpo e cabelos com ele, apertei o mesmo botão e a água voltou a jorrar, me lavando, estava com os olhos fechados esfregando meu rosto enquanto meu subconsciente resgatava tudo que Nat falara e reprisava como se fosse um filme... Pussy boy...

            O que viria pela frente? Era o que meu subconsciente alertava e eu olhava para meu rosto na parede espelhada, não poderia negar que desejava Liam, desejava Nat... Desejava ter uma mulher... Suspirei lembrando da sensação de estar dentro de Samira, era definitivamente algo que eu nunca imaginara, e, o rosto de Nat e a voz de Nat encheram minha cabeça... Você não tentou... Ela esperava mais de mim?

            Ela... De repente me lembrei de Nat e eu deitados em minha cama... Eu beijava seu pescoço e acariciava seus seios, lambia seu mamilo que estava ereto e ela pegou minha mão e enfiou embaixo da saia... Minhas memórias se condensavam e eu voltei a realidade sentindo a água contra meu rosto, apertei o botão e saí me enxugando do banheiro, fui ao armário e me vesti com a farda padrão, desci as escadas e os dois estavam sentados no sofá, Nat estava com seu dispositivo eletrônico, parecia ler alguma coisa enquanto Liam também com um deles ria e os dois me observaram descer as escadas.

—Vou até o refeitório... – avisei enquanto eles balançavam a cabeça negativamente —Posso ir até o refeitório? – refiz a frase e os dois sorriram confirmando com a cabeça.

—Não esqueça do cartão – Liam o arremessou em minha direção e praticamente abri apenas virei a mão para que caísse nela —Tenho treinamento em arremesso... – Liam deu de ombros enquanto eu franzia os olhos diante daquela demonstração de habilidades, convencido.

                                                                    ❥❥❥

            Saí do dormitório desci as escadas e fui direto ao refeitório minha barriga roncava de fome, posicionei o código no leitor enquanto aparecia a sequência na tela, consumidor reconhecido, processando necessidades, expedindo pedido à cozinha, refeição sendo preparada, refeição sendo entregue em 10, 9, 8... A contagem regressiva começou e uma mulher apareceu com uma bandeja com diversos pequenos pratos veio em minha direção, ela apontou uma das mesas e eu a acompanhei enquanto ela servia a comida, dando meia volta e indo até a uma porta que ficava nas laterais do refeitório.

            Havia poucas pessoas e, eu peguei o garfo e comecei a comer um dos pratos, era algo muito bom, talvez pela fome, verduras e ovos mas eram saborosos, posteriormente, proteína, talvez fosse carne bovina, mais legumes e então descobri os carboidratos, também era uma mistura desconhecida de grãos e legumes, tinha sabor, cheiro, algo que não conhecia, suco de frutas para acompanhar... Não comi, devorei, quando olhei os objetos sujos, fiquei olhando para as pessoas e o que faziam após terminar a refeição, elas se levantavam e iam até ao balcão principal novamente liam o código do cartão colocando a bandeja sobre o balcão e a bandeja era encaixada em uma espécie de esteira e desaparecia enquanto o balcão ocultava a esteira se preparando para receber o próximo cliente.

            Fui até o balcão repeti o procedimento que havia visto e saí do refeitório. Havia bebedouros pelo caminho e eu fui até um deles e encostei meus lábios em uma das bases e a água jorrou, naquele momento, por mais idiota que fosse, lembrei de Liam, lembrei de Samira, lembrei de dividir o pênis de Liam com ela, lambendo-o, chupando-o e eu fiquei excitado...

            Deus, que diabos eu estava fazendo? Desde que descobri os tais filmes antigos da pornografia, eu me tocava, me masturbava e aquilo aquietava minha mente, me ajudava a concentrar e fazer outras coisas, mas naquele momento eu não estava querendo me masturbar, eu queria...

            Repetir... Minhas mãos tremeram e eu me afastei do bebedouro andando rapidamente até o dormitório, Nat havia partido e Liam estava sentado em frente a televisão, usava óculos e luvas enquanto na tela aparecia uma sequencia de números e ele parecia procurar algo entre aquelas planilhas. Subi as escadas tirei os sapatos, me despi e vesti uma camisa e um par de shorts, fiquei andando em círculos tentando me acalmar, pensar em algo e quando deslizei os olhos para escada Liam estava no antepenúltimo degrau, com a cabeça inclinada observava o que eu fazia e seu olhar era preocupado.

—Chris, você está muito agitado... Aconteceu alguma coisa no refeitório? – Liam acabou de subir as escadas e se aproximou lentamente enquanto eu o encarava sem respirar.

            Me aproximei dele, puxando-o pela mão e ele me observou sem quebrar o contato, dessa vez, como se lesse meus pensamentos, andou para trás, abaixando a calça de malha e a cueca até os tornozelos e sentou-se na cama enquanto seus dedos seguravam meu pescoço e direcionavam minha cabeça até seu pênis e eu o abocanhei sentindo-o expandir e endurecer em contato com minha boca, movimentei minha cabeça, esfregando-o pela minha língua, chupei, sugando-o enquanto segurava entre minhas mãos e sentia sua ereção dobrar de volume, minha língua deslizou pelas veias e eu lambi seus testículos enquanto ele flexionava o abdômen para trás apoiando as mãos nos joelhos e me observava chupar os testículos, sugando seu pênis que estava tão duro que se parecia querer rasgar o céu da minha boca, ele o empurrou para baixo, rumo a garganta e se movimentou...

            Como eu fizera com Samira, fodia minha boca, eu fechei meus olhos, deixando-o fazer o que desejasse, sentindo-o como nunca sentira antes, me dominando, meu pênis estava praticamente estourando dentro dos shorts e eu deslizei minha mão em direção a ele e o libertei nesse momento, Liam o segurou entre seus dedos e me masturbou e quando estava quase gozando, ele o apertou com a mão, a dor que sentira travara meus impulsos e meus olhos lacrimejaram, ele gozou em minha boca, enquanto engolia entre lágrimas seu esperma e ele soltava meu pênis que jazia em suas mãos...

            Liam deslizou o dedo pelas minhas nádegas e tocou meu ânus que vibrou em resposta, rebolei surpreso pela sensação, pelo ato e pela resposta que veio mais atrevida, o dedo médio que o pressionava repetidamente enquanto sentia meu pênis enrijecendo novamente ele parou e se afastou, me observando enquanto eu erguia meus olhos cheios de desejo.

—Liam... – balbuciei me curvando em um devaneio empinando a bunda em sua direção.

—Não posso fazer isso... Você não assinou o contrato – Liam se levantou se vestindo e me observou —Nat disse isso a você e acho melhor você pensar muito bem antes de qualquer coisa.

—Pensar o quê? – perguntei ainda lutando contra os desejos que possuíam meus pensamentos.

—Pode ser gostoso o que rolou entre a gente... – Liam murmurou e o encarou de uma maneira diferente, mais sério, seu olhar era denso, diferente do Liam que eu conhecia —Mas não é nada do que você vai experimentar se escolher Nat – Liam murmurou e eu o observei —Ser dominado por uma mulher é uma experiência única.

—Ela era sua dominadora? – perguntei olhando seus dedos cruzados em frente aos lábios.

—Sim – Liam respondeu sem expressão.

—Foi bom? – perguntei sem entender onde ele queria chegar.

—Ela me ensinou a entender do que eu gosto – Liam respondeu secamente e eu pisquei os olhos balançando a cabeça negativamente tentando entender aquela amargura nele.

—Você gosta de algo estranho? – Perguntei sentindo que a conversa iria parar em algum lugar sombrio e que eu provavelmente me arrependeria da resposta.

—Não precisa se preocupar... Eu estou tentando mudar isso... – Liam evitou o assunto o que me deixou em alerta.

—Não quer me contar por quê? Pensei que éramos amigos – perguntei diretamente sem tempo para me enrolar.

—Você sempre foi meu amigo... – Liam olhou para mim e franziu a sobrancelha —E, se eu dissesse a você que tenho um lado violento? Que gosto de machucar as pessoas... Ainda quer que eu... – Liam olhou dentro dos meus olhos e falou em um tom macabro —Dominasse você?

            Naquele instante eu percebi que Liam era uma pessoa diferente do garotinho assustado que entrara na escola e que ficava ao meu lado o tempo inteiro, como se todas as memórias sumissem por completo eu não conseguia imaginar Liam violento e muito menos machucando pessoas, nesse momento ele se afastou e desceu as escadas me deixando sozinho, eu fiquei sentado ali, por horas, minha mente me levava para um universo conhecido onde a insegurança e o medo faziam parte de mim e eu fiz o que sempre fazia, me deitei na cama, me cobrindo até a cabeça e chorei, como sempre fazia quando me sentia sozinho.



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