História Origem - Capítulo 4 - Segura

Narração por Harleen:

Encaro o teto já fazia 2 dias e sua gargalhada ainda ecoava na minha cabeça.

Flashback on

-Srt.Quinzel, você precisa sair.
Diz o segurança, Mister J, como falou para mim chama-lo depois de rir do apelido que eu lhe terá, o encara de uma forma que me dá medo.
-Apenas mais três minutos por favor. -digo, ele assente. 
-Por favor, diga que virá me ver mais vezes Harley.
Rio era o que eu mais fazia na companhia dele.
-Farei o possível, você não é exatamente alguém de fácil acesso.
-Você é inteligente, tenho certeza que consegue tudo que quiser -Ele diz e me encara, sinto como se uma rajada se vento passasse pelo meu estômago. 
Sorrio.
-Até mais Mister Joker
Digo levantando, quando chego na porta volto a encará-lo ele sorri.
-Até mais, minha querida Arlequina..

Flashback off

Doutor Gilbert observava tudo de uma janelinha e havia ficado admirado com a nossa conversa e a forma aberta que Coringa havia se comunicado comigo.
Ele me pediu se eu aceitava trabalhar com ele, serviria como o estágio que eu precisaria fazer e ele pagaria com um salário que fez meu queixo cair, mas era sábado então pedi para conversarmos sobre isso outro dia, já era segunda e ele havia me mandado tudo por e-mail, claro que eu aceitei, mas só trabalharia com o Coringa, ele me disse que basicamente havia sido contratada para ser sua enfermeira pessoal, e amiga também, o Doutor queria que eu o acompanha-se nas consultas e terias certas perguntas para mim fazer a ele. 
Parte de mim achava isso errado, mas com o tempo eu iria decidir o que de fato fazer ou não..
Como estudo a noite, embora só tenha mais uns 4 dias de aula, trabalharia em um horário normal, isso seria ótimo para o meu futuro. 
Levanto e olho para o meu armário, Emily já estava em pé com o uniforme da escola.
-Não acredito que vai trabalhar naquele lugar
-Emily, -Repreende minha mãe da porta, mesmo descabelada, e com um pijama horripilante ela ficava linda, tinha grandes cachos como eu, mas enquando os meus eram dourados o dela eram negros -Respeite o trabalho da sua irmã.. 
Olho pra Em e me mostro a língua e viro os olhos.
-Mãe!! 
Eu rio
-Harleen!! 
-Brincadeira..
Pego a roupa que havia deixado separada, felizmente não precisaria usar uniforme mas Doutor Gilbert me sugeriu uma roupa mais social, minha calça era uma preta de marca linda que eu havia ganhado de Bruce no meu aniversário, não sabia até hoje como ele sabia que eu queria tanto ela, minha blusa era roxa e a parte superior toda fechada por renda, usaria uma sapatilha preta com detalhes dourado. Termino de me vestir e vejo que minha mãe ainda me encara.
-O que foi mãe? 
-Tem certeza que quer trabalhar lá? 
-Mãe.. É o meu futuro..
Ela havia surtado quando falei quem eu ajudaria a cuidar.
-Por que não fica com as garotas anoréxicas, ou sla, pessoas que simplesmente tentam matar a si mesmas e não outras a pessoas..
Suspiro.
-Eu entendo a sua preocupação, mas a senhora não viu a forma que ele me tratou, até mesmo o Doutor Gilbert se surpreendeu, eu tenho jeito com essa gente mãe. 
-É mãe, ela tem jeito com os loucos -Diz um dos meus irmãos mais velhos, Breno.
Minha mãe e meu pai já havia expulsado ele de casa inúmeras vezes, e em todas ele dizia se arrepender de seus erros e meus pais o aceitavam de volta. Ele era mais um caso de vagabundagem crônica, mas fazer o que amo ele..
-Fazer o que me acostumei com seu tipo irmão. -Nós rimos.
-Mas e aí? Como ele é? 
Meu sorriso some e encaro minha mãe. 
-Mãe! Sabe que não pode contar pra ninguém! 
-Desculpa, eu estava nervosa. 
Eu bufo, o Breno era o último que eu queria que soubesse, não sabia com que tipo de gente ele tava envolvido agora, e apesar de ser meu irmão, eu não confiava nele.
-Ele não é como dissem -Pego minha bolsa -Agora tenho que ir.
-Harleen.. 
-Tá tudo bem mãe -Minto, e saio. 
..
O caminho até o ponto de táxi parecia longo, assim que chego um carro preto lustroso e obviamente caro para do meu lado.
A cabeça de Bruce logo aparece. -Entra que eu te levo.
-Oi.. Não precisa..
-Eu já tô indo pra lá Harleen. 
Suspiro e entro.
Ele acelera e eu olho pra fora.
-Ouvi falar que um paciente complicado gostou de você e resolveram contrata-la 
Sorrio, era estranho pensar que era assim que as pessoas viam, que o Joker havia gostado de mim.
-Não acho que ele seja tão complicado assim, as vezes nos que complicamos as coisas.
Olho para Bruce, seu queixo estava rígido, ele parecia bravo.
-Está defendendo um assassino? 
Sinto um arrepio, um sentimento ruim.
-Você sabe quem é.. 
-Sim, não acredito que vão colocá-la de babá do Coringa.
-Como soube? 
Ele arqueia a sobrancelha
-Sério? 
As vezes esqueço o fato dele ser um dos homens mais ricos e influentes de Gotham City, talvez pelo jeito simples dele, pelas companhias,quer disser andávamos com o mesmo pessoal,enfim, não sei disser. 
-Por que foi atrás de saber isso? Quer disser, o que minha vida lhe diz respeito? 
-Somos amigos Har.. -Ele diz já mais tranquilo.
Encosto no banco do carro e ele o para no meio do nada, o encara confusa e ele encosta a cabeça no volante.
Trêmula toco no seu ombro, isso parece deixa-lo mais relaxado.
-Eu vou ficar bem Bruce.
-Quem me garante? 
-Eu -Digo firme, ele levanta a cabeça e abre um sorriso.
Eu retribuo, fico de joelhos no banco e o abraço, ele passa os braços de forma firme pela minha cintura, eu chego a fechar os olhos, amava aquela sensação, ela era firme e segura. Diferente da minha vida e da minha mente.