História Origens - Luz No Fim Do Túnel

Lílian.. Harley.. Arlequina... Lílian.. Harley.. Arlequina... 
Elas.. Ela andava com passos lentos e doloridos para fora do matagal em que estava, sua cabeça parecia que explodiria a qualquer instante. Os últimos acontecimentos passavam como flashes, Coringa mataria seu irmão, isso era a única certeza que tinha no momento.
Talvez depois fosse atrás do resto da família, ela não tinha certeza, convencerá Coringa que os odiava tanto que talvez ele pensasse que estaria lhe ajudando os matando.
Ela não fazia idéia, nada na sua cabeça fazia sentido a dor deixava tudo abafado, ela vê de longe uma luz, ela reconhece a igreja, chega a ser irônico.
Tinha cerca de 8 carros estacionados na frente, provavelmente tinha alguma reunião. 
Lílian se lembra delas, era sempre a com mais idéias, sempre a mais animada, uma criança no corpo de um jovem, como diziam.
Ela sente suas pernas sederem e se segura no primeiro carro que vê na frente.
-Lílian? 
Ela reconhece a voz, reconheceria aquela voz em qualquer lugar. 
-Luis Henrique.. -Sua voz sai fraca, ele a puxa para ajudar, mas acaba tocando nas costas ensanguentada e ela grita caindo de joelhos. 
Com ela caída ele vê a parte de trás da sua camisa branca completamente vermelha com tanto sangue que poderia ser dorcido.
-O que aconteceu? -Ela o olha nos olhos, os olhos negros dele, contra os azuis químicos dela. -O que ele fez?
-Eu preciso que você me ajude, você precisa me trazer, gaze, álcool e também agulha e linha por garantia. 
-O que? -Ele leva um tempo pra raciocinar -Não!  Vou te levar pra um hospital 
Diz a levantando pelos braços.
-Não! -Ela se puxa de volta -É um dos primeiros lugares que ele vai me procurar, eu fico aqui, só me trás o que eu mandei!
Ele tá uma espécie de grunhido,  e a puxa de novo.
-Vou te levar pra minha casa.. 
-Mas..
-Não tem mas Lílian!, você tá quase morrendo!
Ele a coloca com delicadeza no carro, ela se afasta do banco com um gemido.
-O que tá fazendo? 
-Vai manchar seu carro.
-Acha mesmo que eu ligo pra isso?
Ele tá a volta e entra, Lílian o encara direto nos olhos.
-Ele ligaria.
-Quer mesmo me comparar com ele?
Lílian fecha os olhos, não, ela não queria.
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Ju e Regis abrem a porta, olham chocados pra a loira ensanguentada ao lado do irmão de Júlia. 
Depois de um segundo a reconhecem, Luis Henrique que a apoiava, a coloca no sofá. 
-Líli? Meu Deus o que aconteceu? 
Líli da um leve sorriso. 
-Ele tava tava de mal humor hoje, Henrique, pega o que o eu te pedi.
Ele sai sem falar nenhuma palavra.
-Não quero causar problemas, nem teria vindo pra cá mas..
-Você é loira, não burra -Diz Regis a recitando, ela sorri automaticamente -Sabe que é bem vinda aqui, e obviamente tá precisando de ajuda,... O que aconteceu? 
Lílian olha nos olhos dos dois, então seus olhos se enchem de lágrimas e ela os fecha, Ju se ajoelha a sua frente. 
-Não precisa falar agora, precisa de ajuda?
Lílian confirma.
-Uma toalha.
Júlia logo volta com a tolha, Lílian a coloca na frente do corpo e começa a tentar tirar a blusa, mas começa a sentir uma dor terrível. 
-Tem uma tesoura?
Regis alcança pra ela.
-Ju, segura a toalha
Julia segura enquando Lílian corta a blusa na parte da frente, depois simplesmente a tira como um casaco.
-Oh Meu Deus -Diz Júlia ao ver as costas da jovem. Ela podia reconhecer cortes, pareciam formar alguma coisa mas o sangue impedia de ver.
-Eu devo tá linda.. -Lílian diz e ri.
Uma risada levemente Arlequina, mas no momento, na presença daquelas pessoas ela não se sentia Harley, ela se sentia Lílian. 
Luis Henrique entra com as coisas que ela havia pedido, olha de relance para as costas dela então afasta o olhar enjoado.
-Então..qual de vocês tem especialidade de primeiros socorros? -Diz irônica ao fato de estar ali com três desbravadores (semelhante a escoteiros). -Tudo bem..
-Eu faço -Diz Regis -O que precisa..
-Eu passo por isso frequentemente, sei o que fazer, vou te explicar. 
Já deitada no quarto do casal, Lílian explica.
-Pelo que sentir não vai precisar dar pontos, mas vai deixar cicatriz -Diz com pesar no rosto, seus olhos encontram o de Henrique, ela respira fundo -Você só precisa passar o álcool, pra limpar, use a gaze..
Regis faz tudo como lhe é dito.
Todos observam o rosto sério e sem expressão de Lílian.
Quando já tá limpo eles percebem o que os cortes formavam HA HA HÁ,que está escrito várias vezes por toda a extensão de suas costas.
-Ele gosta de deixar a marca dele -Diz sem conseguir evitar um leve sorriso, eles a encaram como se fosse doente. 
-Nós ouvimos algumas versões do que aconteceu -Fala Julia com cuidado -Mas quero ouvir de você. 
Lílian concorda.
-Ainda tem álcool? -Regis passa pra ela, e ela bebe, os três a olham chocados -Que foi? Querem ouvir ou não?