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História Origens - Risos


Escrita por: LilyMonaghan

Notas do Autor


Boa leitura

Capítulo 3 - Risos


Lílian olha pra cada canto da sala, lembrava da primeira vez que esteve ali, era pra fazer uma especialidade, nós e amarras. 
Isso acabou sendo muito útil no mundo do crime, era sempre ela quem amarrava as pessoas quando sequestravam alguém. 
-Então? 
Pede Regis a tirando de seus pensamentos.
-Bom, querem que eu conte, o que aconteceu agora, como eu fiquei assim, sabe, louca -Diz apontando pra cabeça -Ou como eu conheci ele?
-Tudo -os Três falam ao mesmo tempo.
-Ok, -Ela diz extremamente seria -Mas saibam que se contarem para alguém, vou matá-los da pior maneira possível.
Os três a encaram sem expressão,  então ela começa a rir. 
-Eu tô brincando! -Eles parecem relaxar -Bom.. Mais ou menos,  mas enfim. 
"Tudo bem, vocês lembram da visita ao Arkham Asilium certo?, bom, como vocês sabem eu só consegui nos levar lá porque eu tenho um amigo trabalhando lá, e como era natal ele colocou um pouco de pressão sentimental e facilitou as coisas pra nós. 
O nome do meu amigo é Pedrick, ele e alguns médicos ficaram chocados com a reação da maioria dos internos, e um deles em especial o Doutor Gilbert deve uma idéia, havia um interno que até então ninguém havia conseguido ter nenhum verdadeiro contato, o paciente X, ele achou que talvez algum voluntário conseguise falar com ele, Pedrick sugeriu eu...claro que aceitei na hora, na época estava sonhando em ser psiquiatra"

Lílian olha por tres e gargalha.
-que piada não?, Mas tudo bem, voltando..

"Eles falaram com a Fran, é, culpem ela, ou agradeçam como eu, graças o SIM dela, conheci o amor da minha vida" 
Os três a encaram como se ela não fala-se nada com nada 
"Sei que vocês não compreendem, mas enfim, logo que eu entrei na sala, ele se quer olhou pra mim, só encarava o chão, a unica coisa que via era seu cabelo verde brilhante, e como o silencio era completo eu posso jurar que ouvia meu próprio coração batendo, eu sentei na frente dele, e acho que fiquei meia hora falando sozinha, até que fiz uma piada, eu dei um ursinho de pelúcia pra ele, e disse que agora ele teria alguém mais interessante que o Doutor Gilbert para conversar, ele riu,  tinha uma risada maniaca, psicótica.. me apaixonei na hora, aquele olhos cinzentos."

Lílian se joga pra tras rindo com certo prazer nos olhos, quem a olha-se só via Harley Quinn.

"Bom, nós conversamos por mais de uma hora, até que me chamaram, fiquei chateada, mas ele me pediu para ir ve-lo mais vezes, os médicos ficaram chocados com a nossa relação, eu nem precisei pedir para voltar, eles mesmos me pediram, então começaram me usar para o tratamento dele."

-Mas quem passou por um tratamento na verdade foi você -Diz Luis Henrique, o leve sorriso de Lílian some, ela o encara séria.

-Ele me libertou dessa prisão que vocês chamam de normalidade, -Os olhos de Lílian brilham com lágrimas que não sabiam disser do que.. triteza.. alegria.. -Eu nunca fui como vocês, nunca, eu fazia o possível para ser, para me enturmar, mas nunca foi algo natural pra mim, ele me entendia.

"-Você realmente gosta de passar os finais de semana assim? -Ele pede me fitando com aqueles olhos cinzentos e fatais.

-Assim como?

-Com essas pessoas que você chama de amigos..

-Eles são meus amigos -Lílian o corta, o olhar dele endurece, odiava ser interrompido, ele se inclina mais para a frente, Líli se encolhe.

-Eles não são seus amigos, são uma mascara, uma fantasia do que você acha que quer para você! -Seu grito a faz se encolher ainda mais -Não, não, não... Não tenha medo minha preciosa Harley, só quero que você entenda esses que você chama de amigos -Ele ri -Não são, me diga se você conta-se a eles o que passa na sua mente quando seus olhos ficam distantes eles a olhariam da mesma forma? -Lílian olha para mesa de ferro ele abaixa mais a cabeça trazendo o olhar dela de volta para ele.

-Eles nunca me aceitariam como sou..-Ela sussurra pra ele -Eu não tenho amigos

Ele sorri, daquela maneira psicopata só dele.

-Você tem um agora."

-Mas você sempre pode contar conosco -Diz Júlia evidentemente magoada.

-É mesmo? -Lílian ri -E se eu fala-se que de presente de aniversário queria as partes intimas do meu titio que abusou de mim deste os 2 anos de idade, você entenderiam?

Os três a olham chocados.

-Não sabíamos que você havia passado por isso..

-Por que sabia que me olhariam exatamente como estão olhando agora, e eu odeio que me olhem assim...Voltando a história.

"Ficamos cada fez mais íntimos, eu estava dessesperada na época por causa do meu irmão, ele havia sido preso em uma viajem a caminho da França, ele tava levando algumas ervas brasileiras, a Interpol não gostou delas e o prenteram, eu e minha familia já sabiamos que a pena seria de morte, Mister J disse que me ajudaria e como já tava enjoado de ficar ali encarando aquelas paredes, me pediu para levar um presente pra ele... uma metralhadora, ele disse que depois iriamos comemorar, iriamos brincar. Vocês lembram daquelas semanas que fiquei desaparecida, pois bem, depois que ele foi libertado por mim.. ele dominou o Arkham e me levou para o subsolo aonde acontecia antigamente tratamentos que foram considerados uma violação aos direitos humanos, como por exemplo o tratamento de eletrochoque, o pudinzinho queria saber se eu era forte o suficiente. No inicio eu não entendi, até mesmo surtei um pouquinho..

Coringa retira a luz de seus olhos, que piscam ao tentar se acostumar com a pouca iluminação novamente. Ele segura dois cabos e olha a garota amarrada com um brilho inigualável nos olhos.

Lílian vê pela primeira vez seus braços e sua pele que estavam sempre cobertas pela camisa de força, mas a visão logo para nos cabos de eletrochoques em suas mãos.

—Mister J.. O que você vai fazer? Não, não, não.. — Lílian se debate na cadeira, machucando seus braços e nem saía do lugar

Coringa revira os olhos. Lílian sente uma queimadura instantanea no rosto e o impacto faz seu rosto virar para o lado, Coringa abaixa a mão e volta a pegar os cabos.

— Foi você quem pediu, sabe que disso — Ele se justifica colocando a luz de volta em seu rosto. Uma lágrima passa pelo nariz de Lílian e cai no chão, ela ainda está com o rosto virado e ainda duvidava que ele tinha realmente dado um tapa em seu rosto, sua pele esquenta cada vez mais e as lágrimas que antes eram de medo se tornam lágrimas de dor e mágoa, ela sabia que ele só estava começando.

Ela fica parada com o rosto doendo e tentava fechar os olhos frente a luz, mas resolve ter coragem para encarar tudo de frente, não ia dar a ele o gosto de sua derrota, pois sabia que ele queria isso. 
Ela levanta o rosto e vê o Coringa a encarando ao lado da luz, seus dentes brancos perfeitos brilham em contraste com ela, seus olhos clamam por sangue. Lílian tenta bloquear suas lágrimas de medo e mágoa e diz com dificuldade:

— Você vai me matar?

— Não, eu não vou te matar minha preciosa Harley — Ele diz despreocupado até que se abaixa até ela e segura os cabos bem próximos de seu rosto — Eu só vou te machucar muito, muito mesmo.

Ele abre um grande sorriso e uma lágrima escorre na bochecha de Lílian que apenas sustenta um rosto cheio de expressões fortes, mesmo estando morrendo por dentro a cada palavra.

Coringa abaixa os cabos até a região de suas têmporas e diz baixo:

— Isso vai doer -Em menos de um segundo ele gruda os dois cabos nas duas regiões de sua cabeça, Lílian grita alto como nunca gritou com a imensa dor.

A sensação era a pior que já havia sentido, era como enfiar dois ferros em brasas em seu cérebro. Seu grito se sustenta até ela perder a voz, Coringa retira os cabos e seu rosto que estava levantado com a dor desce e ela desmaia na cadeira.

Coringa dá uma risada e a pele de Lílian queima, marcando os pontos dos cabos. Ela não vê mais nada, apenas se apaga de tudo.

Infelizmente, não dura muito, ela acorda abrindo os olhos lentamente depois de pouco tempo. Sua cabeça está mais pesada do que nunca e ela não consegue virá-la. Coringa aparece em sua frente com um rosto falso de preocupação.

— Acordou, amor? Eu já ia começar com isso — Ele levanta o bisturi, Lílian se desespera e volta a se debater loucamente com todas as suas forças, ela ignora as amarras de couro rasgando seus braços e continua tentando milagrosamente sair. Sua cabeça está estourando de dor e ela grita quando sente suas forças acabando e deseja morrer logo.

Coringa observa a cena com tédio e solta o bisturi.

— Eu achei que você já tivesse aprendido — Coringa diz se virando, Lílian esgota suas forças e sente sua cabeça cada vez mais pesada e dolorida, seus braços estão cobertos por um líquido que só pode ser seu sangue e ela apenas observa a luz sem poder fazer nada — Fugir NÃO! — Coringa aparece em seu campo de visão com os dois cabos novamente, Lílian grita alto, Coringa pressiona os dois cabos na cabeça de Lílian e todo seu corpo se levanta com a carga elétrica, sua voz desapareceu e seus olhos estão fechados com toda força. Ele retira os cabos e todo o seu corpo cai novamente.

Em algum lugar de sua mente Lílian está apagada, ela vê tudo completamente escuro e não há para onde ir. Até que ela vê um aponta de luz bem no final, era uma luz diferente da cor vermelha, ela julgava ser a morte.  
Ela se aproxima da luz e sente uma corrente elétrica como se fosse uma forte cócega, uma dor misturada com algo bom. Ela começa a rir e se proteger da luz que começa a cerca-la, a luz começa a circular em sua volta e as cócegas ficam cada vez mais fortes. Ela ri cada vez mais alto com o turbilhão de sensações a sua volta.

Quando a luz a cerca completamente ela vê uma luz branca e continua gargalhando, a sensação de cócegas dolorida e boa fica apenas na sua cabeça e parece estar sumindo devagar.  
Coringa aparece em seu campo de visão e parece ligeiramente surpreso, a luz branca se torna algo físico e mostra estar atrás da cabeça de Coringa. Ele segura seu rosto, Lílian tenta parar de rir.

— Querida? — Ele diz observando seus olhos

— Mais! — Lílian pede em meio ao riso como uma criança.

Ele arregala os olhos e ela volta a rir, a sensação de cócegas forte começa a deixar a cabeça de Lílian e levando tudo com ela. 
A luz e o rosto de Coringa se tornam cada vez mais borrados e a graça para ela parece apenas aumentar, ela fecha os olhos quando percebe que eles estão começando a sair lágrimas.
Sua cabeça fica cada vez mais devagar e todos os sons e sensações vão indo embora, ela cai novamente a escuridão.
Coringa ainda surpreso mantém sua mão no rosto de Lílian e tenta entender o que acabou de fazer com ela, ele passa os dedos em seu rosto e sente pela primeira vez como sua pele é macia, apesar de estar molhada pelas lágrimas anteriores e o suor provocando pela dor dos choques. Ele continua a observando e vê uma lágrima caindo do olho dela, ele automaticamente se afasta e se escora na mesa de metal.
Ele se levanta novamente e puxa a luz para perto do rosto dela.
— Lílian? — Ele sussurra próximo de seu rosto, o rosto dela continua intacto e imóvel apenas pela lágrima que acabou de cair e as duas marcas dos cabos próximo dos cabelos 
— Lílian? — Ele repete prestando atenção a qualquer mísera expressão de seu rosto, mas o rosto dela não corresponde a sua voz 
— Harley? — Ele diz no mesmo tom, no mesmo instante Lílian abre os olhos e vê Coringa a sua frente.
— Mas... O... Que...? — Lílian tenta dizer antes de perder as forças novamente e ter seu terceiro desmaio.
Coringa se abaixa em seu peito rapidamente e tenta ouvir seu coração, quando ele constata que ele está batendo, porém fraco, ele se levanta correndo e começa a procurar na bandeja dos instrumentos a seringa. Ele revira os acessórios de metais e consegue encontrar a seringa, ele retira a proteção plástica rapidamente e a coloca no braço de Lílian. 
Após a apertar e colocar todo o líquido transparente em seu corpo, ele se abaixa novamente no peito de dela e confere se seu coração conseguiu aguentar o calmante. 
Rapidamente ele tira as amarras de seus membros e empurra a iluminária no chão, que se espatifa em vários pedaços e apaga sua luz. 
Ele levanta Lílian com os braços e a carrega, o braço de Lílian se pendura e seu sangue começa a pingar assim como nas suas pernas.
O peitoral de Coringa fica sujo pelo sangue dela e ele sai rapidamente do lugar, assim que se aproximou seus homens já abriram a porta de ferro e ele saiu com ela nos braços.
Ele caminha e o sangue de Lílian faz um rastro pelo chão, em algum lugar de sua mente ela ainda desejava ter morrido. 
Sua última lembrança era algo azul e próximo com um pouco de vento frio e um barulho alto, talvez fosse o céu, talvez ela tenha encontrado a paz."

 


Notas Finais


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Beijinhos pros meus pudinzinhos 🍮 🍮 🍮
Lily Quinn


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