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História Originals - Página 2: Lu Han


Escrita por: Hyrulian

Notas do Autor


não sei o que falar

Capítulo 2 - Página 2: Lu Han


Faziam três semanas desde que aquilo tinha acontecido e todos ainda me chamavam de mudinho. Eu já não me sentia afetado – tanto – por aquelas palavras e tomei em mente que precisava falar para conseguir melhorar meu coreano e não ser o que eles estavam dizendo sobre mim. Eu ficava depois das aulas com os professores, fingindo que tinha duvidas somente para ouvir como eles falavam para imitar depois e ver como eles reagiam quando eu falava – percebendo o que eu tinha que mudar ou não. Eu ainda comia sozinho no intervalo e tinha aprendido que não podia falar com as pessoas como se elas estivessem disponíveis para mim.

Haviam grupos e, aparentemente, alguns tinham regras as quais eu não me encaixava. Por isso, quando eu me aproximava de outras pessoas elas se dispersavam ou fechavam mais a roda, me impedindo de falar alguma coisa. Bem, isso não era realmente um problema. Todos tinham os seus grupos e eu entendia que eles não queriam aceitar um estranho, que nem mesmo sabiam como era, em seu meio; então eu só precisava mostrar a todos que eu era sim uma pessoa legal, era divertido, que poderiam falar comigo sem ter medo.

E foi pensando nisso que eu fui até o 4 andar naquele dia. Todos falavam muito daquele lugar, eu não conseguia entender bem o nome que davam por que era sempre baixo demais, mas sabia que todos – ou quase todos – já tinham ido até lá. Eu achei que aquilo era um tipo de rito de passagem, como quando no ensino fundamental os garotos mais velhos nos fizeram passar no meio deles e receber tapas estalados de toalhas molhadas com nossas costas nuas.

Era uma iniciação, então eu precisa passar por aquilo

 

Talvez você que já saiba o que aquele lugar era ou talvez que já conheça toda a minha história e o que aconteceu naqueles anos pensa que eu fui muito ingênuo, que não deveria ter me importado e que, se tivesse ficado calado no meu lugar talvez as coisas não tivessem saído do controle. Mas entenda: Eu não sabia. Não fazia ideia e nem tinha como, por que ninguém veio até mim e me explicou que eu não seria aceito daquela forma, que iria mais passar os intervalos, aulas, saídas e entradas sozinho - só tendo os professores como companhia. E pode ser muito entediante para todos vocês que conhecem esses detalhes lerem isso tudo de novo, mas eu preciso escrever, preciso falar tudo do início.

 

Onde eu estava mesmo?

Ah, sim. O 4 andar.

Os aluno falavam que era no banheiro do 4 andar que todos se achavam, que coisas eram reveladas e amizades eram feitas – ou destruídas. Então naquele dia, na hora do intervalo, eu fui até lá, andando meio nervoso. Os corredores estavam vazios e  eu olhava para todos os lados, por que os inspetores não poderiam me pegar ali. Quando finalmente cheguei na frente do banheiro acabei hesitando. Pensei em como era horrível o sentimento de estar completamente sozinho, isolado e ignorado por todos e suspirei com alívio. Eu estava à uma porta de ter tudo aquilo tirado dos meus ombros, finalmente.

Mas assim que abri a porta todas as cenas que eu tinha imaginado – uma reunião secreta, um clube de manda chuvas do colégio ou até mesmo uma outra fila com os garotos mais velhos com toalhas molhadas nas mãos -  foi chutado da minha mente imagem a minha frente. Tinham cinco garotas no banheiro masculino, nenhuma delas com muita roupa e muito menos de mãos, boca e... ahn... outras coisas, desocupadas. Eu tomei um susto na mesma hora e eles acabaram olhando para mim, algumas garotas com mais de 3 garotos ao mesmo tempo e eu não consegui fazer muita coisa a não ser correr.

É tão patético assim se assustar com um motel dentro do banheiro da escola? Eu era certinho demais?
Bem, eu não sei, mas talvez para o pessoal da escola não fosse. Alguns dos garotos que estavam no banheiro naquele dia eram bastante populares e não demorou muito – nada, na verdade – para que todos estivessem rindo de “como aquele china novo entrou no motel do 4 andar e saiu correndo”; “Ele é virgem, por isso ficou tão nervoso ao ver tantas bucetas livres”; “Talvez seja um viadinho, por isso se assustou quando viu as putas no trabalho. Ou quem sabe até com inveja”

Não importa realmente eu escrever aqui tudo o que falaram, essa história não é sobre mim, afinal, mas sim sobre aquelas 11 pessoas.
E foi nesse dia que eu conheci a primeira.

O colégio era integral e o poder dos adolescentes em passar uma história era poderoso, então não tinha uma única pessoa que não deixava de falar, entre muitos apelidos que não vou listar aqui, “mudinho dá cu” e eu agora estava na quadra do colégio, sentado atrás das arquibancadas, encolhido. Eu não sabia o que tinha feito de tão errado, como aquilo tudo tinha corrido para um rumo que eu não conseguia segurar. O que eu achava que ia me ajudar, o que seria o ponto de partida para que os meus amigos me encontrassem e que a minha história de um ensino médio começasse se tornou um dos meus maiores pesadelos. Eu estava envergonhado e humilhado e nem mesmo sabia como sairia daquele buraco que tinha me enfiado na quadra.

 

- Ei, você – ouvi alguém chamar e olhei para cima depressa, vendo um garoto de cabelos claros me olhando. Ele abriu um sorriso e se apoiou em uma das madeiras da arquibancada, ficando de frente para mim – Está chorando porque?

 

- Não estou chorando – falei esfregando com força os olhos, só percebendo aquilo agora

 

- O que é isso no seu rosto então? – perguntou divertido

 

– Só choveu de repente e ficaram algumas gotas no meu rosto – disse baixinho e o ouvi rir alto por um bom tempo até voltar a me olhar

 

- Você é divertido – falou – Meu nome é Lu Han

 

- Zhang Yixing

 

- Você é chinês, certo? Dá para perceber pelo seu sotaque – LuHan falou e eu acabei abaixando a cabeça de novo – Fique tranquilo, seu coreano é bom mesmo assim – disse eu só conseguia pensar em todos os apelidos

 

- Acho que nem tão bom assim – falei baixinho – Você é de qual ano? – perguntei sem dar oportunidade para ele perguntar o que eu tinha dito antes

 

- 2° ano, felizmente prestes a sair desse inferno; mas nem tanto – ele falou rindo e eu acabei acompanhando

 

- Sorte a sua. Eu ainda estou no 1° - disse e ele me olhou com pesar

 

- Boa sorte na sua árdua caminhada, meu amigo

 

E nós dois rimos de novo e eu sai debaixo da arquibancada, sentando do lado de Lu Han. Descobri que ele era o líder do time de futebol e que aquele era um dos maiores orgulhos do colégio. O garoto já estava praticamente confirmado para jogar no Real Madrid – que era um time grande exterior – e ele me contava como estava animado com isso, por que um de seus maiores ídolos era um tal de Cristiano alguma coisa. Aquele nome era muito difícil e eu não entendi por mais que ele tivesse repetido mais de 5 vezes para mim.

O sinal já tinha batido, mas ele ficou ali comigo e conversamos até as aulas terminarem – Lu Han teve que ficar por causa dos treinos de futebol e eu tinha que ir para casa logo, se não meu pai iria ficar preocupado e zangado por eu não ter cumprido o horário. Nos despedimos e eu vi os amigos dele o puxando para longe, mas ele ainda sorria e acenava.

E foi assim que eu e Lu Han nos tornamos amigos.

Nas semanas seguintes tudo mudou. Eu descobri que Lu Han era a pessoa mais adorada em toda a escola. Ele conhecia e falava com todos, tinha uma áurea tão amigável que eram raras as pessoas que não gostavam dele – e mesmo quando não gostavam acabavam falando com o mais velho, por que ele tinha aquele tipo de energia que não te permitia ignorá-lo. Eu passei a comer com ele e o pessoal do time de futebol, todos ali sabiam dos apelidos e das coisas que eu tinha feito, mas Lu Han deu um ultimato de que aquilo tudo não passava de idiotices e que deveríamos esquecer aquelas coisas – o 1° ano sempre era o laboratório de todos no ensino médio e todos cometiam aquele tipo de erro. No dia dessa conversa eu ouvi várias histórias, muitas muito piores do que a minha e apelidos ainda mais pesados, mas todos riam disso como uma memória distante, então eu me deixei rir também. Eu percebi que aquelas coisas eram normais, então não tinha por que eu ficar tão preocupado com tudo aquilo e nem me sentir mal. Todos passavam por aquilo, aquela era a iniciação.

Eu agora tinha sempre companhia nos intervalos. As pessoas que me chamavam por aqueles apelidos tinham diminuído, quase ninguém falava aquelas coisas pelos corredores e eu sabia que isso era por causa dos pedidos de Lu Han – ou simplesmente por que eu tinha começado a andar com ele e os outros meninos.

Não importava realmente o motivo, eu só estava tão feliz por finalmente emcontrar meu Groover naquele colégio enorme e percebia que as coisas não eram tão cruéis assim como eu pensava. Eu já tinha um dos meus dois melhores amigos e tinham dias, quando Lu Han lançava piadas sobre a comida gosmenta da cantina ou quando implicava com algum dos garotos por olharem demais para uma menina – ele sempre me perguntando o que eu achava de fulana ou siclana e eu só ficava nervoso e começava a gaguejar, sim eu sou um retardado, e todos riam de mim, mas estava tudo bem, por que eu ria também -; eu pensava que talvez se eu só tivesse Lu Han como meu melhor amigo não teria problema, afinal, tem heróis que só tiveram um único laço forte em toda a sua vida, mas continuaram a ser alguém importante. Os meninos até mesmo tinham me dado um apelido: Lay. Eles disseram que Yixing era complicado demais e que era melhor eu usar aquele nome enquanto estivesse na Coréia, assim os outros conseguiriam falar comigo. Na verdade eu aprendi muitas coisas com eles. Geralmente eu não olhava muito para as garotas ou sequer falava com elas, mas Lu Han disse que se eu quisesse realmente chamar a atenção tinha que paquerar, quem sabe até não levar algumas para o Motel do 4 andar, mas quando ele falava daquilo eu acabava ficando muito vermelho e gerava risadas de todos. Eu aprendi que não deveria encarar certas pessoas nos olhos e outras eu deveria fixar o olhar intensamente; que eu deveria malhar mais um pouco para dar as garotas no que pensar de noite; falar mais com os olhos do que com a boca – a verdadeira função dela era para outras coisas, mas eu não vou descrever aqui tudo o que eles me disseram.

Eu realmente aprendi tudo com eles e no final de 2 meses eu percebia que parecíamos muito uns com os outros e isso me fazia sorrir intensamente. Eu finalmente tinha entrado para o grupo, frequentava festas com eles – isso quando conseguia a permissão dos meus pais – e os encorajava a ficarem com quantas garotas quisessem, mas quando eram eles a me empurrar alguém eu nunca conseguia. Acabei sendo chamado de careta, mas era tudo uma brincadeira e eu via isso. Eles eram meus amigos e eu conseguia ver isso claramente.

Enquanto assistia um dos jogos de Lu Han eu estava pensando nele como meu único melhor amigo. Era uma competição entre os colégios estaduais e o colégio tinha aberto uma excursão com a maior parte dos alunos para levá-lo para o outro lado da cidade e verem o jogo – os que tinham como irem por conta própria ficaram fora do ônibus -, então naquele dia o ginásio estava lotado de estudantes tanto da nossa escola quanto da outra. Todos tinham pintado os rostos e gritavam animados, reagindo a cada momento do jogo e eu era um deles. Estava muito animado, por que um dos olheiros daquele time importante estava ali e todos vibravam juntos e parecia que a nossa energia estava passando para os jogadores. O outro colégio não teve chance nenhuma. O placar fechou com 5x3, 3 sendo de Lu Han.

A torcida do nosso colégio ficou enlouquecida quando deram o apito final, todos invadindo a quadra e se juntando ao time suado e cansado, mas tão animado quanto. Eu estava no meio daquela confusão, empurrando os outros até chegar nos meninos e trocas diversos high fives com eles, mas quando cheguei em Lu Han eu não consegui ter um toque tão distante como aquele. Eu estava tão orgulhoso, tão feliz por meu melhor amigo finalmente ser tido sua chance de ouro, por estar sendo reconhecido por todos, que eu o abracei forte, surpreendendo até mesmo ele, mas ele também me abraçou, sorrindo.

 

É engraçado como as coisas podem mudar de uma hora para a outra. Está tudo bem, mas, por causa de um único sopro todo o nosso forte e estruturado castelo de cartas desaba e vem ao chão.

 

Eu paro aqui minha narração, muito rapidamente, só para dizer uma única coisa: Suspeite se as coisas estão felizes demais, se estão dando certo demais. Nada na vida - e eu realmente quero dizer isso - dá tão certo assim. E se dá é por que a queda está há dois passos e será grande em um abismo.

O jogo tinha sido na sexta, então eu só fui descobrir o que estavam falando quando pisei no colégio na segunda. Ninguém falou nada para mim nos corredores, mas eu não estranhei não estarem falando nem os apelidos, por que era cada vez mais raro fazerem isso. Eles só me olhavam e soltavam risadas e era isso que me fez estranhar.  E eu fui descobrir depois, no quarto tempo. Mas ninguém tinha me dito, eu fui no banheiro e acabei entrando na cabine “Expresso” que era onde todos – até mesmo as meninas – escreviam as mais nova fofocas do colégio. E foi ali que eu li

 

 

Quem come quem?

Bichinhas da escola

Dão o cu no Motel do 4 andar

 

 

E todas essas setas saiam de dois nomes, mas eu acho que você já sabem quais são.

Mas isso não era tudo. Do nome de Lu Han tinham mais setas, sozinhas

 

 

Bonequinha

Isso é uma garota?

Comia facil

 

 

Eu parei de ler depois desses três. Não conseguia mais, minha mente só gritava para que eu saísse daquele lugar e fosse encontrar Lu Han, conversar com ele. Sai da cabine apressado e vi que tinham uns garotos ali que me olharam curiosos, mas eu não fiquei muito tempo para ver se eles iriam rir como os outros ou não. Eu mandei algumas mensagens para o celular do Lu Han, mas ele sequer as recebia. Eu comecei a ficar nervoso, mas não podia sair pelo colégio atrás dele, tinha que voltar para a aula.
A espera foi interminável. A aula se arrastou ainda mais e eu batia os pés, impaciente, chamando mais atenção para mim, mas eu não me importava com isso agora. Só estava nervoso com como Lu Han poderia estar com todos aqueles apelidos sobre ele. Eu sabia como era ser ridicularizado e não queria que ele passasse pelo mesmo.

Quando o sinal tocou para o intervalo eu senti um alívio imenso e praticamente voei para fora. Fui direto para a quadra, sabia que ele estaria saindo de um treino naquele momento e iria aproveitar para finalmente conseguir falar com ele, dar o apoio que eu sabia que ele iria precisar. Assim que eu entrei pela porta da quadra encontrei Lu Han. Eu corri até ele afobado e parei a sua frente, vendo sua expressão um pouco surpresa e assustada, mas logo ficando normal.

 

- Lu Han – eu falei sem fôlego

 

- E ai cara – ele disse e olhou para trás, onde estava o time, que o encarou de volta e fez algum gesto rápido que não consegui captar – Nos falamos depois, ok? Eu tenho que correr agora – ele disse já se afastando

 

- Mas eu...

 

- Tchau  – Lu Han falou e já saia com os outros da quadra e eu dei de ombros.

 

Era hora do intervalo, mas as vezes ele tinha que resolver algumas coisas na secretaria – nunca disse o que era – e saia correndo daquele jeito. Eu não estranhei isso, já estava acostumado até, mas eu soube que tinha algo de errado quando não vi o time de futebol no refeitório ou nos bancos do lado de fora, nem sentados pela grama ou qualquer outra coisa. Eles não estavam em lugar nenhum.
Eu procurei por eles no dia seguinte também, mas nem consegui ver eles na quadra, muito menos pelos lugares que o pessoal geralmente ficava no intervalo. Lu Han ainda não recebia minhas mensagens e eu já tinha ligado algumas vezes para ele, mas sempre dava caixa postal. No terceiro dia elas nem eram mais concluídas.

Eu andava agora para os lugares mais escondidos do colégio, indo para a parte de trás do prédio que tínhamos aula, mas só quem eu achei foi aquele garoto estranho do primeiro ano. Ele era da minha sala, tinha a minha idade, mas parecia ser um universitário, sempre tinha um cigarro nos lábios quando tinha a oportunidade e as olheiras eram tão fundas que eu me perguntava se ele sempre as teve. Ele era uma das pessoas que eu não podia olhar diretamente então eu estava prestes a sair dali, mas ele falou antes.

 

- Ora, não é você a namoradinha do tal líder do futebol? Ou ele é que é a sua garota? – perguntou e eu senti meu corpo inteiro travar

 

- Isso é mentira – foi tudo o que consegui falar

 

- Ah é? – ele não parecia nada convencido, sua voz em um tom debochado – Então por que você está correndo atrás dele igual barata tonta há três dias? Aposto que ele não recebe mais suas mensagens e bloqueou seu número para não ter que receber suas ligações – eu fiquei chocado

 

- Como sabe disso? – o vi rir e soltar a fumaça daquele cigarro pelos lábios duros e secos

 

- Por que é assim que os garotos do futebol são, querido. Precisam proteger a virilidade e masculinidade intocada deles a qualquer custo. E se esse custo for só uma pessoa não tem problema algum em chutá-la para longe – ele falou e ainda tinha um sorriso no rosto, mas eu não sentia graça nenhuma.

 

- Lu Han não faria isso. Nós somos melhores amigos, eu sei que deve ter acontecido alguma coisa para... para ele não receber minhas mensagens e ligações. Talvez ele tenha sido assaltado ou trocou de número – eu falava rápido e eu só ouvia uma risada do outro que terminou em um suspiro divertido.

 

- Ele sabe que vocês são melhores amigos ou só você acha isso? – perguntou – Pela sua cara, não – riu mais uma vez – Não esquente, uma hora você vai superar. Ou vai ter que aprender a fingir que nunca conheceu Lu Han

 

- Lu Han nunca faria isso – continuei a repetir. Eu sabia que Lu Han tinha uma amizade forte comigo também, sabia que estaríamos ali para o que desse e viesse. Não iria confiar nas palavras daquele estranho – Você é um ninguém, só está com inveja. Por isso está dizendo essas coisas – rebati e seu rosto divertido sumiu, ficando tão sério que cheguei a ficar com um pouco de medo.

 

- Então volte para dentro da escola, volte a andar por todos os cantos, olhar tudo. Não ouvir as pessoas rindo e dizendo “Deve estar procurando a namoradinha”. E, pior, não perceber que Lu Han não quer ser encontrado, então você nunca mais vai vê-lo até ele querer – e foi ele quem saiu de perto de mim.

 

E eu fiquei naquele lugar por mais algum tempo, pensando, mas eu só iria realmente cair em mim na semana que viria, quando eu li no “Expresso” as novas notícias. Estava escrito com o batom vermelho de uma das meninas e era realmente como uma manchete de primeira página de um jornal, seguido de várias setas. E aquela era toda a confirmação que eu precisava para saber que as palavras do garoto estranho do 1° ano estavam mais do que certas.

 

 

Líder do time de futebol é perseguido por bicha chinesa

Ele ainda não entendeu que ele só estava sendo legal?

Lu Han ainda está tendo que se esconder dessa aberração

Nojento

Ele não se toca?

Lu Han deveria dar umas boas porradas nele

Ele não entendeu ainda que o capitão é homem e não um viadinho?

Lu Han não deveria ser tão caridoso

Nem deveria ter ido conversar com ele

Esquisito

 

 

E tinham muito mais, mas começou a chover de repente e as gotas eram frias e grossas, caindo nos meus olhos. Era engraçado como o tempo mudava rápido, como de um dia de sol poderia surgir uma chuva intensa como aquela.

 

E choveu muito naquele dia, tanto que eu achei que fosse alagar o banheiro então, por medo de não conseguir chegar em casa depois, liguei para meu pai e pedi para ir me buscar. Quando eu entrei no carro ele sorriu para mim, como sempre fazia e só me entregou uma toalha.

Ele sabia como estava chovendo e não queria que eu pegasse um resfriado. Naquele dia eu fiquei o dia inteiro no meu quarto, até que o vendaval passasse e tudo voltasse ao normal de novo e, apesar das destruições da chuva, a paisagem já estava firme de novo, ainda estava forte.

 

E eu fui para a escola no dia seguinte, sentei sozinho e comi sozinho no intervalo.

Eu deveria me esforçar para conhecer alguém logo.


Notas Finais


hey, então
eu ainda estou escrevendo, mas ao invés de fazer como fiz em You Better Run eu não vou correr para atualizar. vou deixar as ideias virem e se não vierem, simplesmente vou esperar até que venham. eu estou de férias então tenho até o capítulo 6 escrito - estou começando o 7 - e queria perguntar se vocês preferem que eu poste uma ou duas vezes na semana - só lembrando que depois que os capítulos acabarem vocês vão ter que esperar até eu escrever o próximo - e como eu disse ali em cima isso pode demorar.

eu acabei plotando algo a mais para a fic e acho que vocês vão gostar, pelo menos espero, mas até lá vão ter muitas coisas e talvez vocês até torçam a cara para algumas coisas. mas acho que está tudo bem se fizerem isso, ninguém é obrigado a gostar de tudo, não é?

até!


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