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História Os 26 mártires do Japão - Capítulo sete: piscina


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 7 - Capítulo sete: piscina


Novamente, a placa se movimentou, dessa vez, fazendo um movimento circular até o centro do tabuleiro para indicar que ainda havia alguém ali, a movimentando. As respirações permaneceram suspensas por uma fração de instante. No entanto, ao contrário do que esperavam, a ponteira direcionou-se para o "não".

— Então com quem estamos falando? — Karin questionou. Havia um tom de autoridade em sua voz que demonstrava bastante confiança no que fazia. Como Naruto havia dito, ela tinha experiência, mas dessa vez, estava completamente no escuro. Não conseguia sentir nada específico sobre a energia do que quer que fosse aquilo que se comunicava através do tabuleiro: podia sentir, no entanto, uma energia negativa, mas que não sabia exatamente de onde vinha. Talvez fosse do espírito, talvez de algum dos envolvidos, que não estivesse com o coração descansado suficiente para deixar as emoções de lado antes de entrar ali. Isso apenas tornava seu trabalho mais difícil, e exigia ainda mais cautela.

A ponteira novamente se movimentou, dessa vez, indo rumo às letras... Elas formavam a palavra "eu".

Engraçado, ela pensou, ironicamente. — Você vai se identificar? — outro movimento. De novo, para a palavra "não" — Então encerraremos tudo por aqui.

Quando ela tentou forçadamente mexer a ponteira para o "adeus", não conseguiu: era como se ela estivesse presa ao tabuleiro, absolutamente imóvel. Aquilo não lhe era estranho, já havia acontecido outras vezes, e nunca era um bom sinal: algo estava tentando se prender a esse mundo e não podia deixar. A porta precisava ser fechada.

Foi quando, de súbito, um livro caiu da estante. Era um exemplar bastante pesado de Guerra e Paz, de Liev Tolstói, e estava numa das prateleiras mais altas da estante atrás dela e de Ino. O livro caiu rente à cabeça de Ino, e por pouco não a teria acertado em cheio. Foi nesse momento que, aproveitando a distração, ela empurrou a ponteira para o "adeus" forçadamente (dessa vez, conseguiu movê-la) e então todos tiraram os dedos da ponteira, afastando-se do tabuleiro.

— M-meu Deus, isso... — Hinata sussurrou, segurando-se no braço de Itachi como um afogado agarra-se a uma rocha. Ela não podia acreditar no que seus olhos viam. Seu corpo estava tão gelado que podia sentir o chão da sala sem aquecedor irradiando calor por suas pernas.

— Está tudo bem agora. Eu vou cuidar disso, podem ir. — Karin disse. Ela olhou para a janela, com um suspiro de cansaço: do lado de fora, já estava tudo escuro, exceto pelos poucos postes de iluminação do campus. A intensa neblina ainda não havia se dissipado, pelo contrário, havia piorado com a chegada da madrugada. Já era tarde, presumia, mas não sabia que horas eram. O relógio da parede marcava meia noite e trinta e quatro, mas não tinha mesmo certeza de que tanto tempo (quase uma hora!) havia se passado.

Eles se levantaram, se retirando da sala. Karin permaneceu sentada no chão, guardando o tabuleiro enquanto jogava um pouco de sal por cima, apenas para garantir. Antes de sair, Naruto olhou para trás uma última vez, e seu olhar se encontrou com o da prima, que apagava uma das velas com um sopro suave.

(...)

Aos poucos, eles foram se separando ao saírem do prédio: o Quarteto seguiu primeiramente para o dormitório feminino, enquanto Sasuke e Naruto resolveram esperar juntamente com Gaara, Sakura e Ino por Karin. Logo, restaram apenas Hidan, Sasori e Deidara, que acabaram se separando também.

— Vocês dois filhos da puta um dia ainda vão ser pegos no flagra por algum dos inspetores, vão vendo... Ficam aí se agarrando achando que ninguém vai ver... — o albino resmungou, mal humorado, ao perceber por que estavam enrolando em ficarem ali fora.

— Ah, não se preocupa com isso não... A gente se vira. — Sasori disse, rindo — Vamos dar um pulo na piscina, é rapidinho. Vê se toma cuidado, Hidan.

— Toma cuidado, ah, tá bom... — Hidan disse. Nesse momento, os três se separaram em definitivo: Hidan seguiu o caminho para o dormitório masculino, enquanto os outros dois seguiram, próximos ao muro, para a quadra coberta. A piscina, felizmente, era aquecida, caso contrário, sequer se atreveriam a ir até lá em pleno fim de outono. E, confiando que o muro e a cerca elétrica fariam o trabalho de proteger os prédios do campus de intrusos, eles jamais se preocupavam em trancar nenhum prédio... O que facilitava para os alunos que desejavam circular em segredo na penumbra da noite.

Os dois tiraram os uniformes, entrando na piscina, que brilhava em um tom de azul quase neon pela iluminação fluorescente nos azulejos azul turquesa. A água estava tão quente que podiam ver fumaça saindo, e podiam sentir de imediato o calor que fazia com que suas peles ficassem vermelhas em segundos, quase quente demais para aguentar. Mesmo que a quadra estivesse vazia e fosse tarde demais para outras pessoas estarem perto, eles falavam baixo, temendo o eco de suas vozes.

— Shhh, não faça tanto barulho, Danna, hm. — Deidara falou, quase num sussurro, rindo baixo — Minha voz parece de fantasma com esse eco, hm.

O ruivo fez uma careta. — Nem me fale em fantasmas, Dei. Depois de hoje passo longe de tudo isso, obrigado.

— Então deixa esse assunto para lá, hm... — o outro ia dizendo, quando um barulho alto os surpreendeu. Parecia alguma coisa pesada batendo contra as paredes metálicas da quadra. Com o susto, veio uma ordem imediata, num sussurro quase sem fôlego: "abaixa". Foi tudo que Sasori explicou antes que os dois afundassem na piscina quente, em absoluto silêncio.


Notas Finais


Fazendo propaganda da minha one Sakuino, hehe: Decifra-me ou devoro-te. Link: https://spiritfanfics.com/historia/decifra-me-ou-devoro-te-9974769


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