História Os Anjos Também Amam? (reescrevendo) - Capítulo Três

Sete anos haviam se passado, desde então eu nunca mais vi Jinyoung. Nunca soube o que aconteceu com ele... 

Até agora.

***

- Markie, Markie. - Bambam me chamava  de longe. Ele parecia cansado, deveria estar me procurando a horas.

Desde que eu voltei a sete anos, eu tenho me isolado um pouco deles, não por não querer estar com eles, mas eu estive tão triste. Não queria que se preocupassem muito comigo. Nos últimos meses eu estive me escondendo eu um lugar onde eu nunca vi nenhum anjo. Pensei que estaria sozinho aqui. Pensei errado.

- Markie, eu estou te procurando a dias, porque você fica se escondendo de mim? - Perguntou com os olhos cheios.

- Bam, não estou me escondendo de você - Estou sim - eu só quero ficar sozinho. - Me aproximei dele e fiz um cafuné em sua cabeça.

- Mentiroso... Eu sinto falta do Mark de antigamente. - Tirou minha mão de sua cabeça e correu em uma direção aleatória.

- Me desculpa. - Sussurrei.

***

Eu estava voltando para casa quando alguém voou em cima de mim me derrubando nas nuvens. Claro, quem mais poderia ser se não Jackson.

- Quer morrer? - Perguntei me levantando.

- Não, mas você quer. Bam chegou chorando em casa. - Cruzou os braços e ficou me olhando de cara feia. - Se você machucar meu bebê, eu arranco as tuas penas. Sua galinha de açougue.

- Foi sem querer, ele acha que eu estou me escondendo dele. 

- Você está se escondendo de todos. - Disse. - Ahhh Mark, já fazem sete anos.

- É, fazem sete anos que eu não sei de nada. 

- Você sabe sim, no fundo você sabe. São os seus laços, se você não souber, quem vai saber? - Jackson parecia preocupado. - Vem, vamos pra casa, você tem que pedir desculpas ao Bam. E o IM quer nos ver. - Me deu um empurrão, me fazendo cair, e saiu correndo. Vou espancar ele.

***

- Youngjae. - Chamou pelo parceiro que estava deitado no sófa. 

- Uh? - Respondeu.

- Você sente falta dos humanos?  Perguntou.

- Que pergunta é essa? - Riu da pergunta do amigo.

- Só responde, você sente ou não sente? 

- Bi - Levantou e caminhou até a cozinha se aproximando do amigo - É claro que sinto. Você não? - Sentou-se no colo do outro .

- Eu sinto, mas enquanto você estiver comigo está tudo bem. - Sorriu enquanto puxava o outro para um abraço.

***

- O que é tão importante que Jaebum não podia esperar até amanhã? - Eu fui basicamente arrastado para a casa de Jaebum, em um horário em que eu só queria estar dormindo. 

- Calado. - Jackson chegou metendo o pé na porta da casa do Jaebum, que ficou louca.

- ÔH SEU FILHO DE RAPARIGA. TÁ ACHANDO QUE ISSO AQUI É A CASA DA MÃE JOANA?- Jaebum brotou do chão... literalmente. Enquanto isso, Youngjae que estava sentado no sofá, ria feito uma hiena

- Não enche. To com fome. - Jackson foi para a cozinha e deixou eu, Bambam, Jaebum e Youngjae na sala. Mas logo voltou arrotando e com o legitimo prato de "pedreiro". *Jackson: Que foi? anjos também tem necessidades. Ué.* *Some da minha história demônio*

- Sua educação é linda. - Disse Jaebum. - Seu porco alado.

- Seu marido que me educou. - Rebateu Jackson, sentando-se no sofá ao lado de Youngjae que estava mais rubro do que um tomate.

- Nós, não... - Jaebum começou a gaguejar e se perdeu no meio da explicação - Você... Ai, fecha a boquinha antes que eu feche ela pra sempre com cola quente. - Jackson apenas riu. - Não ri, palhaço... Tá, agora, eu quero todo mundo sentado no sofá.

- Eu acho que não cabe todos nós nesse sofá. - Disse Bambam.

- Então senta no colo de alguém! - Não precisa nem dizer que Jackson puxou o menino pela cintura e o pôs sentado em seu colo. Sinceramente, ele está deixando Bambam mau acostumado, levando ele no colo pra cima e sempre dando colo para o mesmo, como se ele fosse uma criança. - Bem, eu tenho uma missão para vocês. - Eu tenho que admitir, que estou surpreso, mas não vou fazer nenhuma missão, me recuso. - Todos vocês - Me olhou.

- Não por nada não, mas que tipo de missão seria? - Jackson perguntou enquanto comia... Farinha?

- Nós vamos descer. - Todos nós olhamos para ele como se aquilo fosse um absurdo. E era.

- Nós vamos pro inferno? - Perguntou Bambam preocupado.

- Não seu bobo. Nós vamos descer na terra. - Fez um cafuné na cabeça do menor, na intenção de acalmar o mesmo.

- Sim, e nós vamos descer... - Olhou para um relógio em sua estante - Em cinco minutos. - Eu disse que era um absurdo.

- Não, eu não vou. - Disse.

- Mark, querido. - Youngjae se levantou e  veio em minha direção. - Por favor.

- Já, disse que não vou! - É, talvez eu tenha sido um pouco na forma como eu respondi. Só sei que o chute do tigre estrelar da Malásia que eu levei foi o nocaute mais bem dado de todos os tempos. Acho que Jaebum não gostou muito da forma como eu respondi.

- Mark, ninguém aqui, ninguém mesmo, aguenta mais essa sua depressão, você não está levando só a si mesmo pro poço, está levando os seu amigos juntos. - Jackson e Bambam me olhavam com uma cara triste. - Agora deixa de ser mimado e vai.

- Eu vou, vou pro minha casa. - Dei meia volta e sai da casa dele. As palavras dele me atingiram com tudo, eu não sabia que estava fazendo tanto mau para os meus amigos. Mas só tem uma coisa que me atingiu mais forte naquele momento. Foi o empurrão para fora das nuvens. 

***

- JB, você tem que parar de jogar todo mundo daqui de cima. - Youngjae disse.

- Não, é muito mais divertido assim. Mas não vou negar que minha vontade de atirar Mark na fossa do inferno é grande. Ele está impossível. - Disse Jaebum, sentando-se na beira de uma nuvem.

 - É só a adolescência meu amor. Nós já passamos por isso também. - Sorriu para o parceiro.

- Para de nos tratar como se fossemos humanos. - Disse Jaebum.

- Por um momento você quase foi. - Youngjae sentou ao lado de Jaebum e ficou pensando nos garotos e em como eles se sairiam, além de como eles dois se sairiam tendo de cuidar de três anjos adolescentes. Mas todos os pensamentos foram embora quando teve uma ideia brilhante. - Sabe, meu amor, você disse que é divertido cair das nuvens não é mesmo?

- Não, é mais divertido empurrar os outros, por que? - Quando Jaebum olhou para o lado, Youngjae fez uma cara assustador e empurrou o amigo de cima das nuvens.

- É, você tem razão. É divertido! - Sorriu e pulou das nuvens.

***

Todos os anjos haviam chegado a terra. E estavam se "instalando" em uma casa que Youngjae disse ser dele. Mark foi basicamente arrastado para dentro da casa. Não estava afim de ficar ali, não queria se lembrar do tempo que já havia passado na terra. Não queria lembra do seu menino que provavelmente veio a falecer. Mas infelizmente, era difícil de não lembrar. No final, resolveu apenas deixar tudo de lado e aceitar o momento, ou levaria tanta porrada que ninguém o reconheceria por um bom tempo. Por tanto, foi explorar a casa, já que era a única coisa que tinha para fazer.  A casa era muito bonita, tinha uma sala pequena, uma cozinha espaçosa e três quartos. Mark conseguiu pegar um quarto só para ele, enquanto Jackson e Bambam ficariam no mesmo quarto, assim como Jaebum e Youngjae. 

*** 

Depois de arrumarem suas coisas do jeito que queriam resolveram sair e ir ao supermercado, comprar mantimentos. Mark realmente não entendia qual o verdadeiro motivo por trás daquilo, parecia que tudo já haviam sido planejado a um bom tempo, e por que? Qual a razão? Tudo aquilo estava o deixando bastante irritado. Porque não podiam ficar no céu? Eles não tem nada para fazer na terra mesmo.

Quando eles estavam voltando com as compras, foram atacados por um gato, que veio correndo e cravou as unhas nas coxas de Mark.

- Segurem ela pelo amor de deus! - Gritou um garoto que veio correndo em direção dos mesmos. Quando ele chegou até os rapazes que estavam desgrudando a gata das coxas do amigo pediu desculpas pelos machucados e perguntou se ela havia mordido alguém, mas o rapazes apenas disseram que estava tudo bem... É, tudo bem pra eles, mas Mark estava morrendo de dor nas pernas, a gata tinha o arranhado toda as pernas. Mas apesar da dor, Mark estava mais concentrado no dono da gata. - Eu sinto muito mesmo. - Fez um carinho na pançinha de sua gata. - Nounoun é um pouco rebelde e temperamental, então as vezes ela acaba fugindo. - Sorriu. - Ah, desculpem minha má educação, eu sou Jinyoung. 

Será, será mesmo que era seu protegido, ou estava apenas sonhando? Não, logo se deu conta de que era a mais pura realidade. 

- Está tudo bem. Isso é super "normal". - Disse Jaebum, que levou uma cotovelada de Youngjae.

- Desculpe a nossa má educação também. Eu sou Youngjae. - Se apresentou - E esses são Jaebum, Jackson, Bambam e Mark. - Apresentou os amigos. 

- É um prazer conhecer todos vocês. - Sorriu.

Mark ainda o olhava fixamente não acreditando naquilo. Ele estava vivo. E estava na sua frente, bem na sua frente. Pela primeira vez em sete anos Mark viu um motivo pelo qual sorrir de novo. E ficou surpreso a ver que Jinyoung percebeu seu sorriso e sorriu de volta para o mesmo.

"Tum dum, tum dum. O que é isso? O que é isso que sinto bater fortemente dentro de mim?"