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História Os caminhoneiros também amam... - "Eu sou apaixonadíssimo por você"


Escrita por: fanficalia

Capítulo 1 - "Eu sou apaixonadíssimo por você"



Já se passavam oito dias que Apolo havia pedido um "tempo" para Tamara. Ele queria ser claro em seus sentimentos, viu o quanto ambos estavam envolvidos na relação. Eles sempre lembravam do que um poderia oferecer para o outro, mas a situação foi saindo do controle, eles estavam fazendo planos para o futuro de ambos, o tempo que passavam juntos eram intensos e leves aos mesmo tempo, mas ainda sim em todos os momentos evitavam a palavra amor, embora ela já existisse na cabeça de Tamara... Todas as noites.
- Eu não aguento mais isso! 
- Filha, você precisa respeitar o tempo dele.
- Que tempo? Pra que tempo? Semana passada estávamos fazendo planos, queríamos adotar as crianças...
- Oi? - Penélope interrompe a filha - Adotar, Tamara?
- É mãe, adotar - a morena anda de um lado para o outro - Estávamos animados e felizes... Mãe, eu nunca estive tão feliz. POR QUE ELE PEDIU UM TEMPO?! - Tamara ia arremessar o copo na parede, mas se detém.
- Não vai joga? 
- Não.
- Ele realmente mudou você...
- Essa é a ultima coisa que eu preciso ouvir.
- Mas é a verdade! Uma hora dessas você já teria quebrado o apartamento inteiro, porque você sabe que nunca foi boa em contro...
Penélope para ao notar que Tamara detém o olhar na geladeira, no desenho feito por Bia, onde estavam Apolo e Tamara de mãos dadas e um coração no meio, e do lado de Tamara estavam Bia e Carol, do outro lado tinha Nicolas.
"As meninas vão ganhar quando estivermos todos juntos", foi o que Bia disse no dia que fez o desenho.
- Eu vou ligar pra ele.
- Tamara, não! 
- Eu não quero perder o cara que eu amo por falta de atitude.
- Que você ama? 
- É mãe! Eu AMO o Apolo, feliz agora? Eu amo aquele homem! 
- Filha...
- Não adianta a senhora falar mais nada, eu vou ligar para ele - Tamara já estava digitando o número.
- Não faz isso, não liga, vai atrás dele.
- Oi?
- É isso, vai atrás dele, você o ama e ele precisa saber disso, faz uma surpresa, você não mandou flores uma vez? 
- Mandei e ele gostou da minha atitude toda... - Tamara morde o canto da boca - Eu vou lá.
Ela pega as chaves do carro e sai correndo. Sua ansiedade havia diminuído, estava tomando os remédios regularmente sob os cuidados de Apolo, tudo em sua vida parece ter tomado rumo a partir do momento em que o piloto apareceu. Mas quando o assunto era ele, os nervos de Tamara ficavam loucos só de pensar no namorado (finalmente achou um título), cada toque ardia de intensidade.

NARRADO POR TAMARA


Eu mal consigo pensar direito no momento em que giro a chave na ignição, o ronco dos motores entram em sintonia comigo e eu sei exatamente o que quero: Quero o Apolo.
"Oi... Você não me ligou, então resolvi trazer flores para te ajudar a pensar..." Credo, Tamara! Brigo comigo mesma por pensar em uma coisa tão tosca. Não quero levar flores de novo, isso é ridículo, uma vez é legal, mas duas... Não! Definitivamente não.

NARRADO POR APOLO


Eu não consigo parar de pensar na Tamara. Todas as vezes que penso em ligar para ela ou a vejo nos treinos, fico pensando se posso embarreirasse depois, afinarei sempre amei a Tancinha... Sempre. Mas eu não sei o que está acontecendo, não sinto a mesma coisa que sentia quando olhava para Tancinha, quando ela está do outro lado da rua a gente só se cumprimenta com um aceno de cabeça. O coração não acelera. Nada.
Talvez seja porque não nos beijamos, desde o tempo em que pedi para Tamara, Tancinha e eu não nos beijamos... Acho que é isso: eu preciso beijar Tancinha, assim tudo vai voltar como era antes. 

NARRADO POR TAMARA


Assim que saí do carro, com o meu melhor sorriso, tudo ficou lento demais para eu ter alguma reação. Quando olhei para o outro lado da rua, na direção da casa da feirante, meus olhos travaram na cena que eu mais temia: Apolo e Tancinha se beijando.
Eu não consegui pensar em nada, eu sabia que isso poderia acontecer, era uma hipótese... Na verdade não era mais, era realidade. 
Entro no carro e pressiono a testa no volante "burra, burra, burra", alguém dentro de mim, grita. Meus olhos ardem e eu só preciso ligar o carro. Preciso sair daqui. Preciso gritar. Preciso quebrar algumas coisas.

NARRADO POR APOLO


O beijo foi... Nada. Absolutamente nada. Nos olhamos e tentamos entender o que havia acabado de acontecer. Nada.
- Mas... - Tancinha cobre a boca.
- Alguma coisa?
- Nadinha... Nada.
- Aparece que acabou.
- Eu me amo o Beto, Apolo.
- E eu amo a Tamara.
- Então fala isso pra ela... Ela precisa saber.
- Eu vou fazer isso agora!


FIM DA NARRAÇÃO


Apolo tenta ligar para Tamara, mas o telefone só dá na caixa postal, ele tenta mais algumas vezes, mas não tem sucesso em nenhuma. Ele decide ir até o apartamento dela, era muita ansiedade para esperar até amanhã no treino. 


Tamara mantém os olhos fixos no teto, as lágrimas escorrem pelo canto do rosto e ela desiste de sentir raiva de si mesma por estar chorando por um homem. A morena tenta afastar as memórias que tem do piloto, mas as cenas invadem sua mente sem pedir licença.
Eles no caminhão dirigindo na estrada; Apolo ajudando ela depois de uma crise; os dois no hospital e ele segurando a mão dela; Bia fazendo trança no seu cabelo enquanto Apolo espia pela fresta da posta, achando que elas não estavam vendo ele, mas estavam; os dedos entrelaçado; eles na praia; os dois rindo.
O interfone toca e Tamara queria deixar tocar, mas João a viu subir e ia achar que alguma coisa tinha acontecido.


*no interfone*
- Oi João.
- Olá dona Tamara, só queria autorização para deixar o senhor Apolo subir.
- Quem? - ela gela.
- O seu namorado.
- Não.
- Desculpa, não entendi.
- Não quero que ele suba e ele não é meu namorado.
- A senhora tem certeza?
- Tenho sim, fala que eu não tô, que foi o Beto que atendeu, por favor João, fala que eu fui para a minha mãe.
- Tudo bem, a senhora que manda.
*fim interfone*
- Eae João, posso subir?
- Desculpa, senhor Apolo, mas a dona Tamara não está, quem atendeu foi o senhor Beto.
- Mas ele disse que horas ela chegaria?
- Não sei, talvez ela tenha ido dormir na dona Penélope, ela sempre faz isso.
- Ta, então eu vou tentar ligar pra ela mais algumas vezes... Se você ver ela avisa que eu vim aqui.
- Pode deixar.
"Precisamos conversar" 
O celular de Tamara apita.
- Não, nós não precisamos conversar.

- NO DIA SEGUINTE - 


Tamara decidi ir ao treino, fugir da realidade não mudaria nada, além de não ser a cara dela. Existia um problema. Doeria ouvir da boca dela que preferiu a feirante. Mas Tamara enfrentaria, como sempre enfrentou tudo.


Apolo levanta sorridente, ia finalmente se entregar para Tamara de corpo e alma, sem restrições. Sentia tanta falta da namorada que mal conseguiu tomar café, queria chegar o quanto antes no treino, queria poder beijar ela e dizer o quando a ama e pedir desculpa por perceber isso tão tarde.

- Tamara, a próxima volta é sua... Faz o que combinamos, diminui na terceira curva...
- Ta, entendi.
- Ta tudo bem?
- Eu to bem - ela respira fundo - Eu to bem.
- Então já pode colocar...
- Tamara! - Apolo grita assim que vê a morena.
- Fala! - Tamara pede para seu técnico.
- Mas o Apolo...
- Esquece o Apolo, eu vou para a pista.
- Mas...
- Tamara! - Apolo corre, mas ela já tinha entrado no carro.


A piloto tenta afastar a voz de Apolo da sua cabeça, não ia deixar aquilo atrapalhar seu treino, não ia perder o controle. Ela não ia perder o controle.
Tamara aperta com mais força o volante, até sentir os nós de seus dedos doerem. Ela não perderia o controle.


"Está me ouvindo?" A voz fala no fone e ela assente "Então vamos lá, vamos tentar diminuir três segundos, você consegue?"  ela avente mais uma vez "Então vamos". 
Ela dá a partida e o ranger dos motores coloca tudo em ordem, ela não precisa pensar em mais nada, só em diminuir o seu tempo para a próxima corrida, ela só precisava se concentrar na corrida. "Diminui na próxima curva" a voz do fone a faz lembrar as orientações "Eu consigo ir rápido, eu abro a curva" "Não, Tamara! Na corrida terá outros carros do seu lado! Tamara, diminui!" Ela aperta o volante, mas acaba fazendo o que seu orientador mandou, diminui na a velocidade, mas quando ia virar, Apolo entra com o carro na frente dela, fazendo a morena brecar com desesperada.


- FICOU DOIDO?! - ela sai do carro e joga o capacete no chão - QUER ME MATAR?!
- Você não atende as minhas ligações, não deixou eu subir no apartamento, me ignorou...
- E resolveu me matar?! - ela empurra ele.
- Tamara, precisamos conversar.
- Eu não quero conversar com você! 
- Por que? O que foi que eu te fiz?
- Eu já sei o que você vai falar e eu não quero ouvir, eu já entendi! Agora some daqui e deixa as coisas como estavam! - ela empurra ele, mas Apolo a segura.
- Do que você ta falando? Eu vim aqui para dizer que...
- VOCÊ ESCOLHEU A TANCINHA! Eu já sei disso! Agora você vão adotar aquelas crianças que você fez eu amar tanto, vão ser felizes e pronto! Eu já sei! Eu vi vocês dois se beijando ontem - os olhos da morena ardem, mas ela segura as lágrimas.
- Então é por isso que você não quer falar comigo? - ele sorri.
- Você ta rindo?!
- É que claro que eu to rindo.
- Você pode me soltar para eu poder dar um soco na sua cara?
- Meu amor, você entendeu tudo errado.
- Como se entende um beijo errado?
- Foi i beijo que mostrou que eu é Tancinha não temos mais nada, não sentimos absolutamente nada.
- Oi?
- Eu amo você, Tamara... - ele segura o pescoço dela - Eu amo você, eu sou apaixonadíssimo por você! - eles dão risada com a lembrança.
- Mas...
- Pois é, eu só sei que eu nunca senti tanta falta de alguém como eu senti de você, eu amo seu jeito explosivo e carinhos ao mesmo tempo, eu amo esse cuidado que você tem com as crianças... Eu amo você.
- Eu também amo você, seu ogro!
Ela empurra ele e ele a puxa para um beijo. 
 


Notas Finais


Espero que tenham gostado 🌹🔥


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