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História Os caminhos de um destino - Revelações


Escrita por: nuneslauraline

Notas do Autor


"Você pode encarar um erro como algo a ser esquecido ou como um resultado que aponta em uma nova direção"

Steve Jobs

Capítulo 10 - Revelações


Fanfic / Fanfiction Os caminhos de um destino - Revelações

Abri meus olhos me sentido enjoada pelo movimento, fiquei surpresa ao notar onde eu estava e ao escutar a voz de Jake. – Finalmente! – Ele dizia aliviado enquanto dirigia meu carro.

- Jake o que aconteceu? Como você me achou? – O enjoo estava cada vez mais forte eu senti que iria vomitar a qualquer momento, então abri as janelas o máximo que pude.

- Quando voltei do banheiro não te achei, te procurei na boate inteira. Quando me chamaram sai correndo e te encontrei desmaiada em uma rua próxima dali. Te carreguei para o carro e coloquei um remédio em sua boca para que você botasse para fora o que quer que tivesse no seu organismo. Você não lembra disso? Bells, o jeito que você estava não era normal, eu acho que te drogaram.

Enquanto ele falava eu me dava conta do que tinha acontecido, senti minha garganta queimar e meu estômago revirar. As lembranças da voz de Jake e o mundo rodando vinham a minha mente, apesar disso eu também lembrava o que acontecera antes dele me encontrar, embora parecesse ilógico era a única explicação para eu estar viva e bem.

- Jake eu acho que um cara pagou ao bartender para colocar algo no meu refrigerante e depois disso ele me forçou a sair de lá com ele. Os seguranças não fizeram nada. – Eu relatei a ele.

Sua expressão passou de angustia para raiva e então a confusão pairou em seus olhos. – Esse cara que fez isso. O que aconteceu com ele? – Ele perguntou finalmente.

- Eu não sei. – Eu respondi, pensando em qual teria sido o seu destino.

- Eu sinto muito Bells, eu já sabia que lá não era o melhor lugar do mundo. Todos os funcionários são mercenários. Mas era o único lugar que a gente poderia entrar pela nossa idade. Eu queria muito te impressionar, me divertir com você, mas não devia ter te deixado sozinha nem por um segundo. Isso tudo é minha culpa. – Ele dizia com um rosto torturado. Eu não queria que ele se sentisse daquela forma, eu estava errada também, pelo que já tinha visto da vida eu sabia que tudo que começava errado tinha que dar errado em algum momento.

- Não fique assim Jake, a culpa é minha também, me deixei levar pelas emoções e ignorei o fato que nós não devíamos ter saído escondido dessa forma toda errada. Mas eu estou viva, sã e salva. Fora o efeito da droga nada mais aconteceu comigo, disso eu tenho certeza! Então vamos aprender com isso e não voltar nunca mais aquele lugar. – lhe disse pegando em sua mão.

- Claro, claro. – Ele respondeu inconformado.

Quando entramos em Forks olhei o relógio e fiquei desesperada.

- Jake, já são quatro horas da manhã, como farei para te levar em casa e voltar antes que Charlie acorde e note que o carro não está aqui?

- Não precisa, eu te deixo em casa e volto andando. – Ele disse com uma voz baixa, eu sabia que ele não queria me meter em mais problemas, contudo, isso também não seria justo com ele.

- Você ficou louco? São quase 16 milhas, andando você levaria mais de cinco horas para chegar em casa.

- Não se preocupe Bells, minha aula é só à tarde e Billy vai sair daqui a pouco para pescar com Harry. Só vamos rezar para que ele não desperte o desejo de passar no meu quarto antes. – Ele disse sorrindo torto. Jake não estava com medo. Ele parecia ser o tipo de pessoa que não media consequências e encarava o que viesse pela frente. Ou talvez ainda estivesse tentando impressionar como havia dito anteriormente. Ele não precisava disso já havia conquistado meu afeto, entretanto embora talvez ele não enxergasse da mesma forma eu sabia que eu havia deixado essa criança extrapolar seus limites. Ele merecia uma amiga melhor do que eu estava sendo.  

- Quer saber? Você vai dormir lá em casa. Quando eu voltar da aula te levo em casa.

- Você que sabe. – Ele respondeu balançando os ombros e relaxando.

Estacionamos o carro, abri a porta o mais devagar possível, corremos para o meu quarto e eu puxei meus lençóis em formato de corda rapidamente, desfazendo todos os nós.

Jake cambaleou para cama e pegou no sono em menos de dois minutos. Enquanto isso corri para o banheiro com minha toalha e com os produtos para tirar a maquiagem. Quando terminei o banho sai do banheiro e dei de cara com Charlie.

- Já está acordada? Pensei que com o carro novo você poderia ganhar uns minutos de sono a mais.

- Pois é, a ansiedade para estreá-lo me fez acordar mais cedo.

Já era a oportunidade de dormir um pouco mais, pelo menos chegando mais cedo eu podia procurar Edward ou espera-lo chegar. Enquanto pensava sobre diferentes formas de aborda-lo me surpreendi com a voz de Jake.

- Eu gosto dessa combinação, mas acho que uma lingerie vermelha ficaria melhor.

Eu estava tão cansada e ao mesmo tempo imersa em meus pensamentos que esqueci totalmente dele. O quanto ele havia visto? Comecei a bater nele com o travesseiro.

- Não me faça me arrepender de ter te deixado dormir aqui.  – Eu lhe disse quando ouvi batidas na porta. Olhei para Jake espantada, ele no mesmo momento se jogou da cama se escondendo em baixo dela. Terminei de vestir a roupa enquanto falava.

- Só um momento!  - verifiquei se tinha algum sapato ou outro acessório masculino espalhado antes de abrir a porta.

- Bom dia Sue, tudo bem? – Perguntei abrindo a porta o suficiente para que ela visse minha cabeça.

- Tudo querida, eu só queria saber se você teria algum problema em dar uma  carona a Seth, porque Leah vai me acompanhar ao medico hoje. – Ela disse enquanto olhava criticamente meu quarto – Precisamos de uma faxina aqui não é mesmo?  - Ela comentou. – Sim, sim, hoje será o dia D. – Eu lhe respondi fechando a porta em sua cara, antes que ela pudesse entrar e começar a mexer onde não devia.

- Jake, sob hipótese nenhuma abra essa porta! Estamos em estado de alerta, Sue parece desconfiada.

Ele fez uma careta.  – Eu também tenho necessidades fisiológicas sabe?. – ele reclamou e eu respirei fundo. – Só seja criativo caso te vejam ok? Tranque a porta assim que eu sair.

- Boa aula. – ele desejou enquanto se acomodava na minha cama novamente.

  Quando saí do quarto Charlie já havia saído e Seth estava tomando café. O enjoo e o mal estar passaram, no entanto eu não queria me arriscar comendo alguma coisa, então fui esperar Seth dentro do Impala.

 - Uau, esse carro é muito maneiro. – Ele comentou sem se conter olhando para o painel.

- Espere até eu ligar o motor – respondi sorrindo.

Ao chegarmos na escola não havia muitas pessoas, já que eu havia ido com Seth seria suspeito mandar ele sair ficar lá sozinha, então fui para minha aula de biologia -  aula que eu teria com Edward. Durante toda a aula eu esperei ele chegar, coisa que nunca aconteceu. Ao sair da sala fui para a cafeteria esperando o encontrar lá, assim que eu entrei escutei chamarem meu nome. Olhei na direção do som e vi Lauren acenando para que eu me juntasse a ela e seus amigos. Caminhei incerta sem ter ideia do que eles estavam tramando, quando me sentei ela começou dizendo:

- Sinto muito por tudo que te disse aquele dia, eu fui uma idiota você tinha razão. Tyler é um louco, graças a Deus que ele não estará mais presente em nossas vidas. – Ok, eu perdi essa. – O que aconteceu? – Eu perguntei cautelosa.

- O Diretor chamou ele e os pais dele ontem a tarde para fazer um levantamento de suspeitos pelo incidente das fotos quando o próprio Tyler confessou que foi ele mesmo que fez isso para te incriminar já que ele havia tentado te beijar a força e você revidou batendo nele. Os pais dele ficaram passados e o diretor não teve outra opção a não ser expulsa-lo da escola. Ouvi falar que os pais dele tiveram que pagar uma nota preta para matricula-lo em uma nova escola em Port Angeles. – Jessica tagarelava enquanto eu estava completamente aturdida.

- Agora que estranho ele confessar isso se a intenção dele era prejudicar Bella. – Jessica comentou me encarando.

- Bom, isso não é algo que ele tenha passado antes, sem ofensas Lauren – Disse Mike completando em seguida: - O cara era um poço de vaidade.

- Por isso que é mais estranho ainda Mike, você não vê que um cara como Tyler seria incapaz de espalhar as próprias fotos denegrindo sua imagem dessa maneira?  - Jessica retrucou ainda me olhando. Eu podia sentir que embora eu estivesse alheia à conversa era de mim que eles queriam respostas.

- Bom, mesmo sem conhecê-lo muito bem acho que ele seria capaz de tudo para alcançar seus objetivos. Bem como, também acho que o resultado que essa atitude  trouxe para a sua reputação talvez tenha sido demais para ele. Isso porque a dúvida se aquelas fotos eram reais ou não pode ter desencadeado muito preconceito e ele pode não ter suportado isso querendo por logo um fim na historia. – Eu disse a todos, uma explicação que pareceu convincente o suficiente para eles, mas não para mim. De relance eu pude ver os Cullen que estavam no refeitório me encarando. Eles desviaram muito rápido quando virei a cabeça. Jessica notou meu olhar.

- Procurando Edward Cullen? – Ela me disse com um sorriso tão falso que me fez sorrir de volta.

- Exatamente, ele me deixou na mão hoje no trabalho de biologia, me pergunto por que ele falou.

- É realmente estranho. Os Cullen só faltam nos dias de sol para fazer recreação em família.

Balancei os ombros agradecendo mentalmente por essa informação. Jessica era mais útil que qualquer arquivo naquela cidade. Então não era habito dele faltar. Isso era muita coincidência diante do que havia acontecido ontem à noite – ou do que pode ter acontecido ontem à noite. Se fosse verdade ele poderia estar machucado, ou não. Talvez eu estivesse viajando sobre o efeito da droga na hora que “vi” tudo aquilo. Horrível não ter certeza sobre algo. Minha vida havia se tornado um grande quebra-cabeça cheio de mistérios.

Passei a aula de espanhol imersa em pensamentos, quando sai Seth me alcançou. – Bella vou ter que fazer um trabalho na casa do Sam, o irmão dele vai levar a gente. – Ta certo, lembre de ligar para sua mãe avisando. – Respondi ainda distraída. Resolvi que eu tinha que ver Tyler, antes que ele se mudasse e eu não tivesse mais oportunidade. Ele tinha que falar na minha cara que planejou e fez tudo aquilo sozinho. Dirigi para casa dele o mais rápido que pude já que eu ainda devia uma carona a Jake.

Para minha surpresa quem atendeu a porta foi o próprio Tyler, eu não pude ler em sua expressão nada além de surpresa e amargura.

- Eu sinto muito pela expulsão – Eu tentei começar. – O que você veio fazer aqui Isabella? Você não acha que me trouxe problemas demais? Agora vou ter que começar do zero. – Ele me interrompeu.

- Eu vim aqui tentar entender isso. Eu não fiz nada, você que começou. – Eu acusei cruzando os braços. – Por que você espalhou aquelas fotos Tyler?

- Para te incriminar por ter me batido depois de eu dar um beijo forçado em você. – Ele dizia palavra por palavra igual Jessica havia mencionado mais cedo, como um texto decorado.

- Por que você não seguiu o plano inicial então? Por que confessou? – Eu o encurralei.

- Porque era o certo a se fazer, eu sinto muito. – Ele disse com os olhos vazios. Ele não parecia sentir nada e isso me fez mais insatisfeita. – Depois de tudo que você fez? De tanto se gabar nas minhas costas? O que te fez ver a luz no fim do túnel afinal?

- Era o certo a se fazer, eu sinto muito. – Ele repetiu. Isso não era normal, ele parecia ter sido programado para dizer aquilo. Eu resolvi tentar pela ultima vez. – O certo para quem Tyler?

- Eu não sei. – Ele respondeu pensativo. Quando voltou a si fechou a porta e me deixou lá sozinha, nesse momento um raio de sol inesperado tocou meu rosto. O tempo havia aberto e eu nem notara. Contudo o sol me lembrou do comentário de Jessica e de repente varias peças do meu quebra-cabeça se encaixaram. Tudo estava conectado. Tyler só podia ter sido hipnotizado para fazer tudo aquilo. Uma hipnose tão assertiva como aquela era sobrenatural, tão sobrenatural como a força inumana, o corpo que não se deixou abater por balas, e a super agilidade que me salvaram na noite anterior. Edward Cullen estava por trás de tudo isso, mas se ele possuía tamanho poder significava que ele não poderia ser humano. Eu já vi tais características antes, agora eu tinha certeza sobre algo em minha vida: Edward Cullen era um vampiro.



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