Suor escorria pela minha testa. Treinava. Treinava todos os dias. Meu pai, o Imperador, não sabia o porquê. Mas eu treinava. E muito. Partiria amanhã pela madrugada. Não fazia diferença mesmo, fui dada como morta pelo o meu próprio pai aos doze anos. Amava ele. E isso me fez assim. O monstro que sou.
~*~
Minha mala está nas minhas costas. Só vou levar uma poção purificadora de água, um cantil, 200 moedas de ouro, uma faca e um caderno em branco.
Os guardas estão em seu período de descanso. Somente há deles nos cofres e na Ala Norte e na Sul. Sairei pela Leste, para eu não precisar dar a volta no castelo para ir para a Torre da Magia, em Florileste.
Vesti somente um macacão justo, preto fosco, com isolamento térmico e carreguei a minha mochila nas costas.
Saí do meu quarto e corri. E como corri. Virei a direita duas vezes, desci as escadas, virei a esquerda e saí. Nunca foi tão bom ver os pássaros cantando, os galos do castelo cacarejando e o sol nascendo ao fundo. Atrasei. Eram aproximadamente cinco da manhã. Em trinta minutos, os camponeses vinham exibir as suas mercadorias para o Imperador. Tinha que correr.
~*~
Chegara em segurança ao portal da cidade. Havia dado certo. Não me sentia exaurida, pelos trinta quilômetros que corri em trinta minutos, sem diminuir o ritmo nem parar para o descanso, me sentia realizada, como se eu fosse agora um pássaro fora da jaula.
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