—Senhor, Rock, Presidente da República Democrática de Lagguna está lhe esperando.
Ridículo. Patético o fato desse triplecezinho estar servindo o velho Rock.
—Ótimo. Tenho um acordo a fazer com a Sua Excelência. Guie-me até lá.
Será que essa criaturinha ridícula sabia que eu poderia acabar com Winny, a filha do Presidente? Somente com uma adaga que achei nos campos?
—Boa tarde, senhor Waybolt. Vejo que tem um acordo a fazer comigo. Diga-me. Vamos ver se é do meu interesse...— eu tinha pena dele. Desse rosto impassível tentando ser ameaçador.
—Vossa Excelência, acho que vai se interessar muito pelo meu acordo...E se eu lhe dissesse que bem... O acordo é o seguinte—disse com um sorriso no rosto e retirando a Adaga que havia achado nos campos da bainha, tirando a impassibilidade do seu rosto, substituída por medo.— O senhor me propõe uma Faísca de Aura, para eu ter Magia ou, bem, essa Adaga será o fim da sua filhinha... A Winny certo?
—Senhor Waybolt, dê-me a honra de hospedar-te por uma noite no meu reino. Amanhã terá a sua Faísca. Boa noite.— me respondeu o velho. Só poderia reagir de um jeito: dando um sorriso irônico e me retirando.
—Boa noite. — virando de costas, complementei — Excelência.
~*~
Como era bom o gosto da vitória. Como era bom estar na cama de um dos quartos do Palácio do Presidente, que acabara de ser derrotado. Por mim. Somente por mim.
~*~
Caminhava lentamente pelos corredores do Palácio com dez tripleces me escoltando. Daqui a exatamente nove minutos e cinquenta e dois segundos, vou receber uma arma. Uma arma que está na minha frente.
—Aqui está— senti uma onda de alegria percorrendo o meu corpo. Leveza. Bem. Não era isso o que eu queria. Eu queria o Mal. O Terror. Vingança.
~*~
Na minha antiga casa, a minha mãe e o meu pai choravam e choravam, tentando saber onde o filhinho bom e dedicado estava. Pena. Pena que eles não sabiam que quem iria chorar ainda mais era o meu pai. Que ele iria chorar sozinho. Que agora quem estava jogando um raio no coração da mãe era o seu filho.
O corpo da minha mãe, em perfeito estado, estava no chão. Morta. Por mim. Sozinho. Com Magia. Que agora, não era mais Aura, pura e boa, era Uo, suja e podre. E eu me sentia feliz. Poderoso. Capaz. E era agora que o jogo vai começar.
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