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História Os Descendentes - Team Fortress - Mais tarde eu conserto o seu erro, minha querida


Escrita por: Stravinsky

Capítulo 6 - Mais tarde eu conserto o seu erro, minha querida


Os sobreviventes e Anya haviam acabado de chegar à mansão quando GLaDOS os informou que esteve vigiando as câmeras de 2Fort e que viu Anya com Pyro. Imediatamente, a mercenária coloca as gravações do momento, percebendo que Pyro não estava no quarto naquele momento porque havia ido para outro cômodo, querendo fugir da filha de coração. Assim que as imagens de Pyro foram na tela, quem havia duvidado de Anya ficou completamente envergonhado, mas a mercenária ainda não acreditava e começou a repensar em tudo o que aconteceu, deixando a sala de estar e indo para o seu quarto.

         Mesmo que ela tivesse visto o mercenário com seus próprios olhos e o visto nas gravações, Anya parecia se recusar a acreditar. Ela não era a única do RED viva, seu pai de coração, Pyro, estava vivo e sendo refém do filho de Medic. Cheia de coisas na cabeça e praticamente correndo nos corredores da mansão, ela é puxada para dentro de um dos quartos, percebendo que estava escuro demais para ver quem era. A única coisa que ela sentia era o beijo que recebia, sendo que não beijava assim desde seu namoro com Scout.

         - Nicolas, eu sei o que você quer e acho melhor parar. - Anya disse, o puxando pelo pescoço.

         Nick a puxou pela cintura, enquanto Anya o agarrou pelo pescoço, quase rasgando uma parte de seu terno.

         - Se você quer parar, porque continua a me beijar? - ele acaba descendo seus beijos para o pescoço da mercenária, percebendo o quanto isso avançava. - Pelo amor de Deus, Anya... Eu preciso de você. E agora.

         - Nick, só porque nós nos beijamos naquele esgoto, não quer dizer que eu realmente quero ficar com você.

         - Ah, você quer. Eu sei porque sinto isso.

         - Porque você só fala a verdade?

         Ambos riram e quando Nick a empurrou para a parede, querendo tirar o terno branco, Anya acaba se dando conta da atual situação.

         - Nick, Nick... Eu não posso!

         - Porque não? - ambos se olharam e o sobrevivente entende. - É por causa do Scout, não é?

         - Talvez.

         - Anya, já fazem 18 anos. Sei que você o amava muito, mas você precisa o esquecer.

         - Como? Como vou esquecer a pessoa que foi meu primeiro amor e me fez tão feliz por tanto tempo?

         - Achando outra pessoa que irá fazer o mesmo. - ele acariciou seu pescoço, vendo o quão apaixonado estava pela mercenária. - Anya, eu estou aqui. Eu te amo como ele te amou. Esqueça ele uma vez e seja minha.

         - Eu... Eu não consigo. Ainda não.

         Ela saiu de seus braços e devagar, foi para a porta. Enquanto ia em direção da escadas, ela vai pensando se realmente amava Nick e a resposta foi imediata, já que ela nunca deixado de ninguém além de Scout e sendo que tudo estava mudando.

         - Ah, maldição... - ela disse.

         Vendo Nicolas saindo do quarto, ela suspira negativamente e corre para seu quarto, puxando o sobrevivente pela mão e o levando para o local.

         - GLaDOS, que ninguém nos incomode até terminarmos aqui! - Anya disse, tendo a sensação que Nick sorria.

         - Sim senhora.

         Assim que o casal entra no quarto, a porta é trancada, os deixando sozinhos por um bom tempo.

 

         - Quem, raios, é o senhor elegante? - Cooper perguntou, observando Breen. Ele vê Klaus entrando na sala e fica mais irritado ainda. - E porque tem uma criança com a gente?

         - As coisas mudaram, Cooper. - Adam disse, sacudindo o ombro do amigo. Ele puxa o colega para um canto, se afastando dos outros. - Somos parte da Black Mesa agora.

         - Black Mesa? - Cooper não entendia nada. - A inimiga da Mann Co. e da Aperture, sendo que estamos dentro do lado da Aperture?

         - E mais, eu tenho uma namorada de fachada!

         - Namorada de fachada?

         - Lembra daquela garota de cabelo vermelho que veio com o velho? - Adam esperou Cooper balançar a cabeça positivamente, confirmando que ele lembrava de Astrid. - Depois que você foi para o centro de pesquisa, ela veio aqui e me ofereceu ajuda, me dando o cartão da localização da Black Mesa. A gente foi lá e o Wallace Breen, o Administrador da Black Mesa que é o senhor elegante, disse que iria fazer de tudo para acabar com a Mann com a nossa ajuda.

         - Entendi tudo isso da nossa aliança com a Black Mesa, mas o que isso tem a ver com o fósforo ambulante? - Cooper perguntou, cruzando os braços.

         - Tive que dizer para o Breen que ela é minha namorada e agora ela está no banco de trás da van, dormindo.

         - Você está honrando o nome da Theodora assim, Adam.

         - Ei! - Adam parecia ter ficado irritado. - Não fale da Theodora assim! Eu não tive opção, Cooper! E mais, eu gosto da Astrid, mas ainda não superei meu amor! - ele suspira e olha para Klaus, vendo que o adolescente parecia calmo. - Vem me ajudar a tirar as coisas da van e eu te explico quem é a criança.

         Astrid começa a se revirar no banco de trás e percebe que haviam parado. Não havia ninguém na van e após dar um bocejo e se espreguiçar, ela se levanta e observa pela janela Adam e Cooper chegando, sabendo que ambos não poderiam a ver por causa da película do carro. A assistente vê ambos indo a parte de trás da van, tirando várias caixas e ouvindo a conversa da dupla.

         - Filho de alguém do RED? - Cooper disse, enquanto erguia uma das caixas.

         - Existem seis, tirando aquele garoto. - Adam observava o que havia dentro das caixas e dava ao colega. - Parece que eles são insetos, se proliferando.

         - Calma ai, colega. - Cooper disse. - São só crianças.

         - Crianças que podem estar querendo vingança pelo o que eu fiz com os pais deles. - Adam riu e se apoiou nas caixas. - Breen disse para ele que iriamos ajudar a salvar as crianças da Anya.

         - E vocês vão? - Cooper esperou alguma resposta diferente.

         - É claro que não. - Adam soltou uma risada e deixou Astrid com medo. - Breen vai lançar um grupo de soldados para a mansão e se não der certo, ele vai mandar um dos caras jogar a neurotoxina no lugar, matando todos. Assim que o garoto perceber que os outros filhos do RED estão mortos, ele vai morrer também. Ninguém do RED pode ficar vivo.

         Ao ouvir o plano de Adam, Astrid começa a entrar em desespero. Eram apenas crianças que moravam com Anya, nenhuma delas havia feito nada contra Adam. Não era isso que ela pretendia fazer quando deu o endereço da Black Mesa para Adam.

         Pensando que seu chefe estava certo e se arrependendo do que havia feito, Astrid espera Adam e Cooper saírem de seu campo de visão para abrir a porta da van e tentar fugir. Vendo que não havia ninguém por perto, ela começa a caminhar de volta para a estrada, até que ela ouve algo.

         - Astrid?

         Ela se vira, vendo Adam e Cooper, a encarando.

         - Aonde você vai? - Adam disse, calmamente. - Perdeu o sono?

         - Eu... Eu...

         - Parece que viu um fantasma. - Cooper disse, cruzando os braços.

         - Eu tenho que ir! - Astrid se vira e sai correndo. - Me deixem!

         - Astrid, espera! - Adam gritou e corre atrás da assistente.

         - Me deixem em paz! - ela gritou.

         Correndo por entre a grama alta que havia ao redor da montanha, Astrid não sabia por onde ia, apenas que tinha que se afastar o máximo possível de Adam e Cooper. Logo, a dupla perde a assistente de vista, correndo por toda a montanha para a achar. Até que Astrid chega perto da estrada e se esconde em uma construção em andamento que havia no local, despistando Adam e Cooper, a fazendo pensar em seu próximo passo.

         - Pelo menos você fez a coisa certa agora.

         Reconhecendo aquela voz, ela se vira e vê G-Man, que apenas sorria para sua assistente.

         - Senhor... - ela parecia prestes a chorar.

         - Venha aqui, garota.

         Ele abriu os braços para sua assistente, a fazendo chorar e correr na direção do chefe, sendo recebida por um abraço carinhoso. Astrid se lembra de tudo o que havia acontecido na sua vida antes de conhecer G-Man, sendo que seu chefe parecia como um pai para ela agora.

         - Você tinha razão, senhor. - ela chorava e apertava mais o chefe no abraço. - Eu fui uma idiota.

         - Ora, ora, não se preocupe com isso agora. - G-Man mexia em seus curtos cabelos vermelhos. - Mais tarde eu conserto o seu erro, minha querida. Vamos para casa.

         Adam e Cooper descem até a estrada, olham até perto da construção em andamento e não encontram mais Astrid pelo local. Enquanto os carros passavam pela estrada em direção de Albuquerque, Adam fica pensando aonde Astrid poderia ter ido e observa seu melhor amigo ir embora, voltando para a casa. Ele havia falado ou feito algo de ruim para a garota que ele estava amando sumir?

 

         Era hora do treino da tarde em Well. Os adolescentes treinavam suas respectivas aulas, querendo melhorar nas mesmas coisas que seus pais haviam se especializado e contavam com a ajuda dos sobreviventes agora. Enquanto GLaDOS era a responsável pelo treino dos futuros mercenários, Wheatley arrumava a mansão após o almoço e começa a preparar o jantar com Louis. Mas enquanto tudo isso acontecia, haviam duas pessoas que não estavam no campo de batalha e sim em um dos quartos.

         Anya havia recém saído do banho, colocando a jaqueta roxa que simbolizava o trabalho no RED e BLU e percebe que Nick nem tinha levantado da cama, parecendo que dormia profundamente. Depois de fazer sexo por horas, ela achava que ficaria mais cansada que Nick, mas havia sido o contrário. E não se arrependia nem um pouco, apenas estava com pensamentos negativos na cabeça. Se olhando no espelho do banheiro, Anya se observa, vendo o quanto estava igual a época do RED, apenas com algumas manchas pelo rosto. A máquina de imortalidade de seu pai continuava a fazer efeito.

         - Pensando em algo, senhora? - a voz de GLaDOS foi um alivio para Anya.

         - Apenas pensando no que eu fiz, GLaDOS.

         - E o que seria isso?

         Ela suspira e se apoia no balcão, vendo o anel de compromisso que possuía na mão, de quando era namorada de Scout.

         - Pensando se trai ou não Scout.

         - Traiu? Me desculpe por isso, senhora, mas Scout está morto e você sabe disso.

         - Eu sei.

         - Vocês, humanos, são muito estranhos. A sorte é de que eu vivi 18 anos com a senhora e você ainda é metade robô, por isso entendo algumas coisas.

         Anya riu, sabendo que sua assistente tinha muita coisa para aprender ainda.

         - Poderia me explicar o que está a incomodando, senhora?

         - Sei que Scout está morto, mesmo assim, parece que tem algo de errado se eu ficar com outra pessoa.

         - Ele foi seu primeiro amor.

         - Exato e nunca existiu ninguém além dele durante anos. Mas agora apareceu outra pessoa... E eu admito que estou apaixonada novamente. - ela percebe que GLaDOS havia se calado. - GLaDOS?

         - Você já está de pé?

         Anya olha para a porta, vendo Nick bem acordado e com o terno em uma mão e a outra arrumava seus cabelos. A mercenária esfrega o rosto e cruza os braços, percebendo que tinha uma enorme vontade de beijar o sobrevivente novamente.

         - Em todas as vezes que eu fiz sexo, a minha acompanhante sempre ficava dormindo e eu tinha que a acordar após um banho. - Nick coloca o casaco, o arrumando. - Parece que quem não aguentou dessa vez fui eu.

         - Tenho energia de sobra da minha parte robô. - Anya bate os dedos algumas vezes na bancada e começa a querer se livrar dos pensamentos de sua cabeça. - Eu tenho muitas coisas para fazer, então...

         Anya tentou sair do banheiro, mas Nick a impediu colocando o braço no batente da porta e a encarando.

         - O que houve? - Nick perguntou, calmamente. - Você não gostou ou...

         - Não! Não é nada disso! - ela se afasta e coloca o cabelo para atrás da orelha, estando envergonhada. - É que... Eu me sinto um pouco mal por causa... Por causa...

         - Por causa do Scout. Você acha que está traindo ele.

         - Como você... Como você sabe?

         - Porque eu me sinto assim também. - ele acaricia o rosto de Anya. - Tive dois grandes outros amores na minha vida antes de conhecer você. Minha primeira esposa dizia que eu era o amor da vida dela, mas ao passar do tempo, começou a reclamar de tudo, chorava para eu não sair com meus amigos e pedia coisas que nem tinha dinheiro para comprar. Nos separamos depois de um ano juntos. - a mercenária riu junto com o sobrevivente. - E meu segundo amor foi Loretta, ela era a namorada do meu chefe e acabamos por gostarmos um do outro. Fugas à noite, sexo escondido e presentes secretos foram poucas coisas que fizemos durante nosso tempo juntos. Com o tempo, ambos percebemos que não poderíamos ficar afastados e ela terminou com meu chefe, querendo ficar comigo. Posso dizer que ele não ficou nem um pouco feliz com a atitude dela.

         - E o que aconteceu?

         - Bom, depois de meu chefe ter dito que não iria me expulsar, mas eu pagaria caro algum dia, eu e Loretta ficamos noivos. - Nick se apoiou no balcão, cruzando os braços. - No dia do meu casamento, quando Loretta estava no altar e ia dizer se aceitava ou não, ela levou um tiro de rifle de Sniper no peito. - Anya parecia ter ficado aterrorizada com o que Nick havia lhe dito. - E não sobreviveu. Descobri que havia sido meu chefe quem atirou, afirmando que como ele não podia ter a Loretta, ninguém mais podia.

         - Que horror! - Anya continuava chocada e se sentou em um banco que havia ao lado do balcão. - Ele não tinha o direito de fazer isso com sua vida!

         - Assim como o Adam não tinha o direito de tirar a vida de nove mercenários, deixar crianças órfãs e te deixar com esses pensamentos sobre seu namorado. - Nick se agacha na frente da mercenária. - E por vários anos, eu carreguei esse pensamento de traição pela Loretta. Acontece que eu encontrei alguém, cujo amor é maior do que eu sentia pela minha noiva e eu não quero largar essa pessoa agora.

         Ambos se olham por um tempo e Anya abre um sorriso que encanta Nick, lembrando o porque estava apaixonado por aquela mercenária. Os dois haviam passado por muita coisa ruim na vida e estavam dispostos a recomeçar. Pelo menos era o que Anya pensava.

         - E não se preocupe com seu pai. - Nick disse, a olhando. - Vamos o salvar de Klaus, eu prometo. - ele percebe que a mercenária continuava quieta. - Agora, pode por favor abrir um sorriso nesse rosto? Não quero ver a pessoa que eu amo desse jeito...

         Anya riu da fala de Nick e abriu o sorriso que o sobrevivente tanto queria ver.

         - Desculpe ter que interromper o momento de vocês dois...

         - Não se preocupe, GLaDOS, pode continuar. - Anya disse, rindo para Nick.

         - Mas parece que temos companhia.

         - Saxton e Margret voltaram? - a mercenária pergunta, estranhando.

         - Não exatamente...

         O casal se olha e voltando para o quarto, percebem que a tela mostrava a imagem de grandes tropas de soldados se aproximando da mansão, junto com um único veículo que se assemelhava a um tanque de guerra.

         - Ah, maldição... - Nick disse, ao olhar as imagens.

         - É a Black Mesa, tenho certeza. - Anya afirmou, ao observar as tropas. - Ninguém tem tanto poder de fogo como eles.

         - Pesquisando fraquezas do tanque, sentinelas prontas e alarme esperando para ser ativado, alertando a mansão. Posso continuar?

         - Vá em frente, GLaDOS. - Anya se abraça a Nick, que mexe no cabelo da mercenária. - É o que podemos fazer.

         Enquanto o casal observava as imagens, o alarme foi disparado por toda a mansão, chamando a atenção dos adolescentes e dos sobreviventes. As imagens apareceram em todos os cômodos e rapidamente, todos foram pegando suas armas, as carregando e se preparando para o combate. Zoey e Eleanor foram para o deck dos Sniper nos últimos andares da mansão, Elizabeth e Elis com um lança-granadas em mãos, Blake erguia a velha metralhadora giratória de Heavy, Dirk recarregava o lança-foguetes, Jonathan puxa a chave inglesa do bolso, preparado para reparar as sentinelas, Garret gira a faca borboleta várias vezes e Coach, Francis, Rochelle, Louis e Sam pegavam as restantes armas que haviam no depósito da mansão, se posicionando no local. Nick e Anya chegaram em seguida ao saguão de entrada, já com as armas em mãos.

         - Tem certeza de que podemos contra um batalhão de soldados? - perguntou Jonathan, com medo. - Não estamos totalmente prontos, Anya.

         - Podem não estar, mas tem as mesmas habilidades que seus pais, só falta colocarem em prática. - Anya beija a testa de Jonah, alegrando o adolescente. - A troca de tiros não está totalmente em aberto, podemos conversar ainda, seja lá o que eles quiserem. Mas mesmo assim, se preparem e não deixem a guarda abaixada.

         - Eu estou com medo do que pode acontecer. - Wheatley disse. - E se eles abrirem fogo quando chegarem?

         - Ai eles vão sair cheios de balas por todo o corpo. - disse Francis, colocando a submetralhadora no ombro. - Isso se eles conseguirem se mexer.

         - Medo é uma coisa irracional, Wheatley. - Anya disse, puxando o rifle de Sniper das costas. - E eu não tenho medo.



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