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História Os Descendentes - Team Fortress - Meu nome é sigilo, mas algumas pessoas me chamam de G-Man


Escrita por: Stravinsky

Capítulo 8 - Meu nome é sigilo, mas algumas pessoas me chamam de G-Man


- Retirada?! - Wallace gritou, irritado com seus guardas. - Vocês começaram o ataque sem a minha permissão e simplesmente anunciam que estão batendo em retirada? Que tipo de profissionais vocês são?!

         - Perdemos mais da metade dos nossos soldados, sendo que não conhecemos a mansão e é um local terrível para invadir. - disse um dos guardas, que encarava Breen, nervoso. - Foi o senhor que autorizou esse ataque.

         - Eu sei! Eu sei! - Breen cruzou os braços e encarou Adam e Cooper. - Cadê o garoto?

         - Na sala de controle. - disse o mesmo guarda, ainda nervoso. - Os engenheiros deixaram ele ficar no local.

         - Me o traga aqui! - o Administrador estava mais irritado do que de costume. Assim que o guarda havia sumido do seu campo de visão, ele olha a dupla novamente. - Chegou a hora.

         - Quer dizer que você vai... - Adam parecia animado.

         - Exato. - Breen arruma a gravata. - E não irá ser eu quem vai apertar o botão.

         Adam começou a se encher de animação. Assim que Anya e as crianças estivessem mortas, toda a sua vingança estaria completa contra o RED pelo o que eles haviam feito com sua Theodora. Como seria feito não importava, ele queria apenas ver o corpo de Anya Mann, junto com as crianças.

         Klaus chegou na sala, de braços cruzados e encarando Wallace, que puxa um pequeno microfone do teto.

         - Saudações, moradores da mansão. - Wallace falou ao microfone.

         - Quem é esse? - Coach perguntou, ao ouvir a voz de Wallace.

         Todos os moradores da mansão se levantaram e começaram a prestar atenção a fala do Administrador da Black Mesa, até mesmo Zoey e Eleanor voltaram ao primeiro andar, vendo que batalha poderia estar acabando.

         - É o doutor Wallace Breen. - Louis afirmou.

         - Aqui é o Administrador da Black Mesa, Wallace Breen. Vocês devem me conhecer e provavelmente estar pensando como eu estou vivo. Felizmente, nenhum de vocês irá viver para pensar e contar ao resto do mundo essa surpresa. Anya Mann, você está sendo procurada pelas autoridades da Black Mesa e como não se rendeu, suponho que terei de utilizar armas mais poderosas.

         - Anya? - Zoey perguntou. Todos se viraram em direção da garota, que observava o tanque com a mira do rifle. - Por favor, não me diz que é o Klaus naquele tanque.

         Imediatamente, a mercenária puxa o rifle das costas e olhando pela mira, vê Klaus ao lado de Breen. Não acreditando no que via, ela apenas abaixa a arma e olha para Nick, sabendo o que poderia acontecer a seguir.

         - Aqui ao meu lado, há um conhecido de vocês, Klaus Borstmann, que irá agora, lançar uma bomba de neurotoxina em sua mansão e matando a todos. - Wallace falava no microfone calmamente. - Fizeram bem lutando contra a Black Mesa, mas agora, creio que vocês não terão muita escapatória.

         Rindo do que havia acabado de falar, Breen vira o microfone, mostrando um botão vermelho e o leva até Klaus, que observando o objeto em sua mão, começa a tremer. Adam e Cooper esperavam com ansiedade o garoto apertar o botão, mas apenas o viram encarar o objeto, enquanto o resto da mansão se acalmou. Os casais começaram a se abraçar, enquanto o resto da equipe se separava e esperava pela morte próxima.

         - Anya.

         A mercenária, abaixa o rifle e olha para Nick, que esticava a mão para ela. Entendendo a situação, Anya pega a mão do sobrevivente e ambos se abraçam, ficando juntos uma última vez, com a mercenária fechando os olhos e tentando esquecer o que acontecia.

         Klaus, ainda tremendo, olha para Wallace, que sorria e em seguida, para Adam e Cooper, que riam do garoto. O botão piscava uma forte luz vermelha que deixava o adolescente ainda mais nervoso, sem saber o que fazer.

 

         - Você não tem coragem.

         Se virando rapidamente, Klaus encontra um homem de terno azul perto da porta do local, sendo que ele levava uma maleta com o símbolo da Black Mesa.

         - Quem é você? - o garoto perguntou.

         - Primeiro, você precisa largar esse objeto. - disse o homem.

         O garoto percebe que todos a sua volta haviam parado e imediatamente, larga o objeto, que ficou suspenso por estar preso a corda ao teto. O homem, que parecia ser um pouco velho e sério demais, larga a maleta ao chão e vai até Klaus, o assustando.

         - Se sente melhor? - perguntou o homem.

         - O que você quer comigo? - Klaus parecia não entender o que estava acontecendo. - E porque todos estão parados?

         - Você está muito angustiado, meu garoto. - uma porta branca se abre ao lado do homem, que sorri ao garoto. - Venha, tenho algo a lhe mostrar.

         - Quem... Quem é você? - Klaus perguntou, ao olhar a porta.

         - Meu nome é sigilo, mas algumas pessoas me chamam de G-Man.

         Assim, G-Man empurra pelas costas Klaus para a porta, que se fecha, deixando todos completamente parados, mesmo que não lembrassem disso no futuro.

         O lugar era completamente branco, vazio, sem nada para se ver ou se mostrar, enquanto Klaus e G-Man andavam, lado a lado. O garoto continuava a não entender nada, vendo que ele e o tal homem andaram por muito tempo, sem chegar a lugar nenhum.

         - Aonde vamos? - perguntou o garoto. - Estamos andando faz tempo!

         - Não vamos. - G-Man sorriu para Klaus. - Andar por aqui é só mais um meio de passar o tempo.

         - E o que você quer?

         - Consertar o que minha aprendiz fez e o levar ao caminho certo.

         Klaus olha ao seu redor, se vendo em um escritório muito bem arrumado e percebendo que havia uma pessoa sentada a mesa, fazendo anotações em vários papeis.

         - Pai? - o garoto falou, observando Medic sentado.

         Percebendo que Medic não poderia o ver e ouvir, Klaus apenas circula a mesa aonde seu pai estava, para o poder ver melhor. Até que o garoto começa a ouvir o som de passos apressados fora da escritório e alguém bate na porta, tirando a concentração de Medic.

         - Sim? - perguntou Medic, já se levantando.

         - Medic, preciso de ajuda! - falou alguma voz que não era familiar a Klaus, por de trás da porta. - A Anya foi baleada!

         - Acalme, Scout. - Medic se levantou rapidamente, já puxando o jaleco que estava na cadeira. - Eu estou indo.

         Medic sai de seu escritório com seu filho o seguindo, chegando na enfermaria com Scout carregando Anya no colo e o ombro da mercenária, mesmo enfaixado com ataduras, sangrava muito.

         - Anya? Anya Mann? - Klaus se perguntou, olhando a mercenária.

         O garoto sempre achou que Anya havia sequestrado as crianças para esconder o passado que seus pais tiveram e nunca soube que ela fazia parte do RED. Tudo parecia começar a se encaixar assim que ele a viu com seu pai.

         - Muito bem, o que houve? - perguntou Medic, já tirando as ataduras do braço de Anya.

         - Estávamos em casa... Os homens... Os homens do Ivan entraram e... - Scout não conseguia terminar a frase, angustiado.

         - Espera, espera... - Medic olhou para Scout. - Quem é Ivan?

         - Scout, não fale disso para o Medic agora. - Anya disse, vendo que estava com dor. - Esse problema até agora é meu.

         - Meu e seu. - Scout disse, olhando para Anya. - Você é minha namorada, não é?

         - Vocês namoraram? - Klaus continuava não acreditar.

         - Scout...

         - Tenham sua briga de casal fora da enfermaria. - Medic disse, enquanto olhava o tiro no ombro de Anya. - Não foi fundo, mas como está sangrando demais, deve ter acertado alguma veia. Vou tirar a bala e depois uso a arma médica.

         - Melhor você ir ver como estão Sniper e o pai. - Anya falou a Scout.

         - Não vou sair do seu lado. - Scout afirmou.

         - Scout, pode me fazer o favor de ir no meu escritório e trazer o Arquimedes? - Medic perguntou ao mercenário, fazendo Anya sorrir. - Ele deve estar na gaiola ou andando pelo lugar, creio que vá o encontrar.

         Scout suspira negativamente, mas ao ver o sorriso da namorada, ele entra no escritório do colega devagar, enquanto Klaus observava seu pai mexendo no local do tiro de Anya.

         - Muita confusão hoje? - Medic perguntou, enquanto pegava a pinça da mesa.

         - Nem me fale. - Anya solta um pequeno grito de dor e volta a olhar para a porta da enfermaria. - Acho que arrumo mais confuso dentro do RED do que fora.

         - Isso é verdade. - ele consegue tirar a bala do ombro da mercenária, a colocando em cima da mesa. - Vou apenas limpar tudo isso e coloco a arma médica.

         - Obrigada, Medic. - Anya sorri ao colega, que retribui o sorriso. - Como está sua esposa?

         Klaus se aproxima de Anya, mesmo que eles não pudessem o ver, assim que ela menciona sua mãe.

         - Me irritando como sempre. - Medic esteriliza o braço de Anya e finalmente senta ao seu lado. - Sei que ela não gosta dos Estados Unidos e se tivermos um filho, creio que ela nem deixaria ele vir me visitar. - o homem observa a mercenária. - E você e Scout? Não vão querer ter filhos?

         - Sabe que não posso ter.

         - E se o RED tivesse filhos? - Medic sorri. - Eles também não seriam como filhos para você?

         - Acho que sim.

         Bem no momento, Scout sai do escritório com a pomba Arquimedes em seu ombro, que imediatamente voa para a cabeça de Anya.

         - Viu só? - Medic afirmou. - Ficou feliz de a ver!

         Vendo que seu pai se divertia com o casal e Arquimedes, Klaus imediatamente se arrepende do que havia feito com o ginásio e de tudo que havia falado a Anya. Ela não era e nunca havia sido sua inimiga e tudo isso por causa do que sua mãe havia lhe falado a vida toda, que os homens que haviam trabalhado com seu pai eram mentirosos e não confiáveis.

         - Você viu a verdade?

         Olhando ao seu redor, Klaus se vê na imensidão branca com G-Man novamente. Já em pânico, o garoto se abraça e pensa no que fez.

         - Ela era amiga do meu pai... Ela era amiga do meu pai... - Klaus repetia para si isso, até que se levanta e encara G-Man. - Se ela não é minha inimiga, então... Então... Quem é?

         - Você sabe, não sabe?

         - Não pense nada sobre mim, garoto. Eu não preciso da sua preocupação e nem seu pensamento. Vá fazer algo que não me envolva!

         A voz de Adam ecoou na cabeça de Klaus, que a agarrou e se ajoelhou ao chão. Ao olhar ao seu redor, ele vê várias cenas passarem, sendo que em todas, se podia ouvir a voz de Anya gritando pelo RED e por Scout.

         Imediatamente a cena pára em um campo de batalha, se podendo reconhecer Santa Fé e os gritos dos cidadãos. Eram nove pessoas ao redor de um caminhão e imediatamente, essas pessoas vão caindo ao chão, vendo que estavam morrendo intoxicadas pela neurotoxina que saia do veículo. E Klaus começou a reconhecer o RED, um a um.

         - Pai? Pai! - o garoto corre até o pai caído ao chão e se ajoelha diante seu corpo. - Não... Não... Pai! Por favor, não me deixe aqui! Pai, não me deixe sozinho! Pai...

         Após todos os homens estarem ao chão, Klaus percebe que a traseira do caminhão se abre, mostrando Adam Evans usando uma máscara, observando seu feito.

         - Cooper, nós conseguimos! - Adam gritou.

         - Conseguimos? - gritou Lionel Cooper de algum lugar.

         - O RED está morto! - Adam grita, caindo de joelhos no caminhão e rindo várias vezes. Ele bate na parede do veículo enquanto ri. - Vamos embora, antes que a policia chegue. Isso foi pelo o que vocês fizeram com a minha Theodora, seus malditos!

         Com o caminhão indo embora, Klaus se levanta devagar, com lágrimas nos olhos e olhando para o verdadeiro assassino de seu pai. Até que ao olhar para o lado, vê Anya Mann novamente e caminhando pela fileira de corpos ao chão, pára onde seu namorado Scout estava caído. A mercenária, caiu de joelhos ao chão, põe as mãos sob o corpo do namorado e ainda não acreditando, solta um grito aos céus, vendo as lágrimas escorrendo em seu rosto.

         - Me desculpe, Anya... Me desculpe... Eu nunca deveria ter te atacado... Eu nunca deveria ter atacado a mansão... Pai... Pai... Me desculpe!

         E então, ele é cegado por uma forte luz.

 

         Klaus, ainda tremendo, olha para Wallace, que sorria e em seguida, para Adam e Cooper, que riam do garoto. O botão piscava uma forte luz vermelha que deixava o adolescente ainda mais nervoso, sem saber o que fazer.

         Imediatamente, o garoto pisca o olho várias vezes, vendo que havia retornado ao tanque de Wallace, no meio da batalha na mansão. Adam, Cooper e Breen sorriam a Klaus, que pensavam que o garoto continuava o mesmo de alguns segundos atrás, mas por dentro... Por dentro, sua consciência inteira havia mudado e ele estava disposto a voltar atrás.

         - Querem saber algo? - Klaus ri. - Eu não vou apertar coisa nenhuma.

         - Ah, você vai sim. - Wallace fala. - Porque se você não apertar, eu irei e tenho certeza de que você não gostaria de ver aquelas crianças sendo mortas por mim.

         - Ninguém vai apertar o botão. - Klaus afirmou. - A Anya não fez nenhum crime contra mim, não tenho porque matar ela.

         - Você disse que a queria... - Adam tentou falar algo.

         - Eu queria os adolescentes salvos. - o garoto ri novamente. - Mas eu descobri que as únicas pessoas que são realmente minhas inimigas estão neste tanque e mataram meu pai.

         Rapidamente, Klaus tira a Überserra de suas costas e corta o fio que prendia o microfone do teto, desesperando Wallace.

         - Não! -  Wallace gritou. - O que você fez?

         - Sabia que você não era de confiança! - Adam falou, ao puxar a submetralhadora.

         - Assim como você, assassino! - gritou Klaus.

         Adam e Cooper puxam a submetralhadora e atiram no garoto, mas sem efeito, vendo que ele era protegido por uma espécie de bolha. Klaus, por sua vez, puxa a Blutsauger e atira várias seringas em direção da dupla, os derrubando. Em seguida, o garoto aponta para Wallace, que apenas levanta as mãos em um ato de rendição.

         - Não atiraria em um homem idoso, não é? - perguntou Wallace.

         - É claro que não. - Klaus se aproxima de Breen. - Eu deixo isso para os mais velhos.

         Mostrando os diversos botões que havia em seu cinto, Klaus aperta um dos botões vermelhos e ganha uma Über, o deixando invulnerável. Assim, ele pula para a janela, a quebrando e caindo no jardim da mansão.

         - Anya, aquilo é o Klaus? - perguntou Rochelle, observando o garoto.

         - E porque ele está todo vermelho? - Nick estranhou.

         - É a Über... - Anya sorri, vendo o filho de Medic. - Ele sabe usar as armas do pai dele...

         Klaus se levanta e vendo que o vidro da mansão estava aberto, ele espera a Über terminar e corre até a janela.

         - Agora é o momento para matar o Breen, se quiser. - Klaus disse a Anya.

         - Dirk e Elizabeth, isso é com vocês! - Anya gritou aos adolescentes.

         O filho de Soldier e a filha de Demoman se aproximam de janela e mirando com suas armas, lançam tudo na janela quebrada do tanque, vendo que o veículo começava a perder o equilíbrio, com o perigo de cair ao chão. A próxima coisa que se via eram grandes explosões dentro do tanque, vendo pessoas fugir do veículo, até que ele pára com uma última grande explosão e cai ao chão.

         - A Black Mesa foi contida.

         A gritaria de comemoração foi grande dentro da mansão, vendo que os sobreviventes e os adolescentes se abraçavam e comemoravam a derrota da Black Mesa. Anya apenas sorriu ao tanque pegando fogo em seu gramado e respirou fundo, vendo que isso era um problema a menos. Assim que seus olhos se encontram com os de Klaus, ela pensa em seu próximo problema, que envolvia o garoto e tudo que ele havia feito para a mercenária.



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