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História Os descendentes e o segredo - Gift of a friend


Escrita por: Karina24

Notas do Autor


Olá, meus amores!
Como estão de férias?
Resolvi trazer mais um capítulo para vocês, ele se passa no mesmo momento do anterior, mas vocês verão um outro ponto de vista.
Espero que gostem.

Capítulo 11 - Gift of a friend


Someone who knows when you're lost and you're scared   Alguém que sabe quando você está perdido e assustado

There through the highs and the lows                                   Lá, nos altos e nos baixos

Someone to count on, someone who cares                         Alguém que você pode contar, alguém que se preocupa

Beside you wherever you GO                                              Do seu lado aonde quer que você vá

                                        (Gift of a friend – Demi Lovato)

                                  

 

P.O.V. Rose Weasley 

 

“Simplesmente não entendia o motivo de Alvo ser amigo de Scorpius Malfoy. Papai havia me pedido para não me aproximar dele e eu estava seguindo fielmente tal pedido, mesmo Alvo não largando do pé para eu ir contra, isso durou até meu primo me fazer um desafio: teria que ficar 5 minutos em cima de uma vassoura na altura do último nível da arquibancada de Quadribol; caso vencesse, ele pararia  de tentar me fazer amiga do sonserino; caso eu perdesse, teria que dar uma chance ao Malfoy. 

Peguei uma vassoura, respirei fundo antes de subir, saindo alguns centímetros do chão. Um frio na barriga me atingiu, eu quase desisti. Eu odeio voar e Alvo sabe disso. Respirei fundo para me acalmar, reunindo toda minha coragem grifinória, então resolvi subir gradativamente: primeiro me acostumava – ou tentava me acostumar – depois subia mais um pouco até atingir a altura aproximada do desafio.

'Muito bem, Rose. Agora, é só esperar os 5 minutos. Não olha para baixo.’ Ordenei-me, contudo, foi tentador demais, vi apenas o chão muito abaixo de mim e, quando percebi, já estava no ar depois de uma tontura mais forte, estiquei os braços em uma tentativa falha de agarrar o objeto a cima. Um grito rompeu o ar, fechei os olhos esperando sentir o impacto contra o chão duro. 

Esse, porém, veio de forma mais suave, pareciam até...Braços ao meu redor. Abri os olhos, ficando surpresa: a minha frente estava um loiro platinado de olhos azuis acidentados e uniforme da Sonserina. Ele sorriu. 

- Te peguei, Weasley. – Sua voz saiu abafada pelo vento. 

- Malfoy? O que... Como...? – O garoto pousou em solo firme, colocando-me de pé, não afastei-me, minhas pernas pareciam geleias, ainda não tinha controle após a queda.

- Accio. – A vassoura voou para sua mão. Olhei-o surpresa. – Aprendi com uma conhecida fazer isso caindo.

- Como... Como me viu? – Perguntei totalmente envergonhada, o garoto que mais afastei foi o que me salvou a vida há pouco.

- Pensei em vir treinar para o jogo, quando cheguei, vi a cena e agi. – Disse simplesmente.

- Por qual razão? Por que me salvou?

- Você é prima de Alvo. – Deu de ombros. Fiquei um pouco irritada. 

- Por isso? Nada de “não deixaria ninguém cair”? - Afastei-me rapidamente, quase indo de encontro com o chão, eu realmente achei que ele salvaria qualquer um, não apenas para não ficar mal com o amigo. – Quer dizer que, se não fosse parente de um amigo seu, eu estaria na enfermaria ou em um caixão? – Comecei a sair do campo o mais rápido que o choque me deixava.

- E que tal um “obrigado”? – Ouvi ao longe. 

- Obrigada. – Berrei, só para ouvir passos em seguida. 

- Passo te fazer uma pergunta? 

- Já fez. Para eu te agradecer. – Tentei me afastar.

- Olha, Weasley, eu tento me aproximar de vocês desde a primeira viagem no Expresso, mas só Alvo permitiu. Quero ser seu amigo também ou o mais próximo disso que consegui, porém cada vez que chego perto, você me repele. Eu sei que meu pai errou e feio, principalmente com sua mãe, o pior é que quem paga sou eu. Ele vira comensal, magoa as pessoas e eu não tenho quase amigos: Alvo, meus primos, Zabinis e outros dois. – Suspirou. – Só Alvo que não tem ligação com conhecidos dos meus pais. Sou obrigado a viver na sombra dele, ser alvo de erros do passado dele, eu tenho orgulho, não vou ficar implorando por amizades, mas... eu não fui criado igual a ele.  – Eu me senti péssima, queria ser Rose Weasley, não filha de Hermione Granger, era muito peso para se carregar às vezes, sentia orgulho dela, de ser filha dela, porém isso me fazia mal. Fizera com o loiro algo que não devia, ele nunca dera motivos, meu pai falara para não me aproximar dele, porém o garoto de quem comentara não evitaria minha ida à enfermaria, é verdade que ele também não se parece muito com pai das histórias do incrível Trio de Ouro.

- Desculpa. – Pedi sinceramente, ele me olhou surpreso. – Eu sei como pode ser ruim as pessoas te compararem aos seus pais, esperarem que você seja igual ou supere eles e minha mãe ainda é Hermione Granger, amiga de Harry Potter, a nerd sabe-tudo, a integrante do trio de ouro, já seu pai...é diferente. Eu também sofro com isso Malfoy, de toda minha família, eu, Hugo, James, Alvo e Lily sabemos como é.

- Quer dizer... 

- Que posso tentar ser sua amiga, abaixar a guarda, se você deixar.” 

- Rosie. – Scorpius estalava os dedos a minha frente, encontrávamos na biblioteca. 

- Oi. 

- Estou te chamando há um bom tempo. No que pensava. 

- Quando começamos nossa amizade. – Ele sorriu. 

- Seu pai não ficou muito feliz. – Ri, realmente, quando ele descobriu que eu era amiga do loiro, ele ficou muito irritado, mamãe teve trabalho.

- Mamãe deu um jeito, por falar em jeito, James está abusando com a garota nova, ela salvou Lily. 

- Ele tem seus motivos. 

- Até meu pai não gosta dela, isso porque foi levar uma poção para ajudar. 

- Rosie, escuta eles, talvez tenham alguma razão. – Seu tom era quase de súplica. 

- Não. Eu fico preocupada, a garota nos ajudou mais de uma vez. Salvou Lily e depois foi levar uma poção para ela se recuperar. Enquanto isso, toda minha família a julga pelo sobrenome que carrega.

- Eles estão certos, Rosie.

- Não Scorpius, ela pode ser diferente, você é um Malfoy, mas não segue as tradições da sua família.

- Não? – ele ergueu uma sobrancelha sorrindo e se aproximou, apoiando os braços na mesa. – Sou sonserino.

- Mas anda comigo, uma mestiça e “traidora de sangue” – Disse fazendo aspas com as mãos. Ele suspirou e voltou a se sentar na cadeira.

- Preocupe-se com quem for contra ela, a Mason não é flor que se cheire. 

- Como conhece ela? 

- O avô dos Masons faz bailes para a alta sociedade bruxa, pelo menos, para o que ele considera. 

- Ou seja...

- Sonserinos possuidores do sangue puro.

- Os outros sonserinos não são próximos a ela. – Afirmei. – Por que é diferente? 

- Não sou. 

- Para de mentir. – Ele suspirou. 

- Não estou mentindo, existem sonserinos que falam com ela, ninguém consegue manter uma conversa normal por muito tempo.

- Scorpius Hyperion Malfoy. – Minha voz subiu um tom e a bibliotecária nos pediu silêncio.

- Escuta. – Ele voltou a falar com tom baixo. – Não estou mentindo totalmente, mas não posso contar o real motivo. 

- Tudo bem. – Sai da biblioteca com passos firmes, se ele não ia me contar, então descobriria sozinha. 

- Rosie. – Ele segurou meu braço. – Eu colocaria minha família em risco caso contasse. Entenda. – O sonserino pediu, o olhei por alguns minutos para, só então, entrar em uma sala vazia, procurando um livro na bolsa. 

- “Conheça as famílias sangue-puras da história.”. – Li o título em voz alta. – Quem sabe aqui acho algo?

- Você não vai desistir. – Ele suspirou derrotado.

- Não, minha mãe também não desistia até achar respostas em um bom livro. 

- Para, Rosie. Pode ser perigoso, eles são perigosos.

- É por isso? Estão ameaçando você e sua família? Por isso você não me conta? 

- Não, de jeito nenhum. – Ele parecia querer me dizer algo a mais, porém desistiu – Rosie, cuidado. Não se envolva ou desafie muito eles. 

- Tarde demais. – Ele virou a fim de sair. – Scorp, você acha que James vai mudar? – Ele me olhou, a mão na maçaneta.

- Difícil, ele odeia Nathan, você viu a confusão durante o café da manhã e, bem, Cecília não facilita as coisas nem o Dylan.  

- A diretora parecia bem irritada. – Então sorri. – Quero ser amiga dela. Deve ser legal. 

- Você é louca. – A cara que ele fez foi hilária. – Caso consiga, me fale, nunca conheci ninguém que o tenha feito. 

- Eles não devem ser tão ruins.

- Se você acha. – Foi a última coisa que me disse antes de me deixar sozinha na sala acompanhada pelos três livros os quais pegara ontem. 

Contudo, não achava nada de novo: os Masons eram uma família antiga da Sonserina conhecidos pelo preconceito e seguidores fiéis do fundador de sua casa. Nos três livros acrescentava uma coisinha ou outra, sem mudar a essência, não era possível não ter um livro útil. O jeito seria pedir a algum professor permissão para a seção reservada. Afinal já tinha lido todos da seção comum que tratavam sobre isso. 

Uma vez que os livros não ajudaram, decidi pesquisar de um outro jeito, devolvi os livros e fui para a torre dos leões, assim que entrei, dei de cara com a Mason. 

- Mason, - Ela virou. – É... desculpa pelo meu pai. – Tentei uma aproximação, mas ela não disse nada. – Ele não devia ter desconfiado. 

- Você deveria ouví-lo, ele quer te proteger, Weasley. – Sua voz não era vazia.

- Deve estar arrependida de ter salvado Lily. 

- Eu nunca me arrependi de nada. – Disse ela simplesmente saindo pelo quadro, não sei o motivo, contudo acho que a irritei. Fiquei, um tempo, parada no mesmo lugar, haviam dito que um sonserino a esperava, sabia ser Nathan Mason. Passei o olhar pelo Salão Comunal até encontrar James, tive uma ideia, só faltava saber se ele cooperaria. 

- James. – O moreno sentou-se no sofá onde se encontrava.

- Rose? 

- Eu. Queria saber se você ficou sabendo de algo diferente sobre os novos estudantes.

- E por que iria querer saber deles?  São parentes do Mason, Rose.

- Esquece, me empresta sua capa? – Perguntei ao garoto a minha frente, recebendo um olhar confuso em resposta. 

 


Notas Finais


Esqueci de perguntar no capítulo anterior o que vocês acharam da Cecília e se ela era como vocês tinham imaginado.
O que acharam do começo da amizade de Rose e Scorpius?
Por que será que Scorpius não pode contar para Rose sobre os Masons?
Será que ela vai achar as suas respostas?
Passo a dúvida da Rose para vocês: Será que o James vai mudar?
E por último: O que a Rose está aprontando?
Até o próximo...


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