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História Os descendentes e o segredo - Cartas...


Escrita por: Karina24

Notas do Autor


Oiiii!
Olha eu aqui novamente!
Meus amores, nesse capítulo vamos começar a ter algumas pistas sobre o passado de alguns personagens.
Além disso, gostaria de dizer que a cidade que vai ser citada, não existe, eu criei ela. Cheguei a pesquisar algumas cidade da Inglaterra, mas não achei nenhuma do jeito que imaginava.
Espero que gostem...

Capítulo 9 - Cartas...


P.O.V. Cecília  

O sol mal havia nascido quando cruzava os jardins de Hogwarts rumo ao corujal, duas cartas para serem enviadas. 

A primeira coisa que percebi foi a enorme quantidade de corujas ali, uma clara pousou em meu ombro, observando-me ansiosa com seus olhos cinzas. 

- Atena. – peguei a carta escrita “Lysandre Scamander” entregando a ela. – Loki. – logo a coruja negra de olhos verdes do meu irmão veio. – Leve para Jade Mason. – amarrei a carta do dia anterior no local certo. Observei as duas corujas levantarem voo, cortando o céu claro até tomar uma decisão, indo para as masmorras. 

Ali era mais frio que ao ar livre no final de Novembro, mesmo não sentindo-me incomodada, devido a convivência com cobras em casa, era fácil perceber. Consegui localizar-me tranquilamente graças à minha família sonserina, andar nas masmorras tornara-se tão simples como o caminho da biblioteca para meu quarto em casa. 

Apoei-me na parede a lado da entrada das cobras, os braços cruzados. Mesmo ali no corredor, tinha pinturas e até uma estátua de Salazar Slytherin escondida dos olhares distraídos.  

- Mason? O que faz aqui? – Edward Nott sairá do Salão Comunal ajeitando os cabelos castanhos. 

- Nathan. – disse simplesmente olhando novamente para frente. – Viu ele? – encarei seu rosto jovem. 

- Anos diferentes, lembra? – deu de ombros. – Tchau. 

Muitos sonserinos saíram, encarando-me como se fosse estranha ou até com nojo, provavelmente por ser grifinória, o pior é que depois diziam que alunos da Sonserina não eram corajosos. 

- Cecília? – nem precisei virar-me. 

- Olá, Nathan ou devo chamá-lo de maninho? – mesmo sem alterar sua expressão de superioridade, pude perceber algo levemente diferente em seu olhar negro. 

- Está tudo bem? 

- A mãe me mandou uma carta com coisas bem interessantes sobre conversas ou o fato de ter salvado uma “mestiça”, disse que ficou sabendo, e, apesar de não ter me dito como, é realmente engraçado  ter pensado justamente em você. – então ele ergueu a cabeça em um gesto típico dos Masons de superioridade, no qual fica-se com cabeça levemente levantada, com o nariz empinado e olha-se as pessoa de cima, sendo necessário abaixar os ohos. 

- Você se enganou, tem tantas formas para ela ter descoberto, pense: qual motivo eu teria? 

- É exatamente o que quero saber. 

- Está vendo? Se nem você achou um, não vejo porque teria. 

- Para. Não tente me manipular com seu joguinho.

- Não comecei ainda.

- Eu te conheço, Nathan Mason, passei a vida com cobras, sei identificar quando alguém tenta me manipular ou prepara para atacar. – pronunciei cada palavra lentamente de forma letal. Ele travou, ficando em alerta. 

- OK, eu conto, mas não aqui. – ele me levou derrotado para uma das salas abandonadas daquele lugar. – Fui eu que escrevi, satisfeita? – confessou após trancar a porta.  

- Diga algo que não sei.  

- Por exemplo? 

- A razão. 

- Proteger-te. Mestiços não são confiáveis, sequer mereciam estudar nessa escola, só a sujam, ainda mais sendo um Potter. Você deveria saber disso. E quanto aos Scamanders, você simplesmente estaria melhor longe deles. Eles são malucos; puro sangue, mas malucos, quase tão ruim quanto traidores de sangue. 

- Como sabe? 

- Eu sei a fama deles, além de conviver com cada um há mais tempo que você. – ele se aproximou a passos firmes, tentava passar segurança apesar de tudo. 

- Fama? – ergui uma sobrancelha – Sonserinos têm fama de cobras, covardes, manipuladores, pertencentes a uma casa a qual só possui bruxos das trevas, contudo, continuo aqui. 

- Você foi criada como uma de nós, é diferente. Tudo o que as pessoas criticam, você é ou encara como algo comum, cotidiano.

-Sabe o que não é diferente? A cor do nosso sangue e do sangue dos Potters, trouxas ou nascidos assim. Todos são vermelho. – ele fez uma careta. – Esqueça cores das casas, ou melhor, todos deveríamos ser corajosos para tratar todos iguais, sem distinção ou preconceito, como os membros da casa dessa cor. 

- Isso não faz deles iguais.  – provavelmente meus olhos faiscaram, minha magia se expandiu, algo que sempre acontecia quando me irritava a partir de um certo ponto, tudo isso perceptível devido ao passo para longe de mim dado pelo moreno. – Uma cor não muda nada. Somos superiores a eles, na verdade, os Masons são melhores que muitas pessoas, mesmo sendo sonserinas, afinal, seguimos os ensinamentos de Salazar e não fingimos seguir.

-Chega, Nathan. – apontei minha varinha para ele, o fazendo engolir em seco. – Já falei com você sobre o que acho dessas superioridades conceituais: são invenções de uma sociedade atacada no passado e que decidiu se fechar em torno de si, liderada por seguidores de Slytherin, aonde só tinha vez aqueles os quais fossem totalmente puros. Ou seja, são uma forma idiota de dividir o mundo bruxo entre os “aptos” a viverem nele e os que não são... – ele me interrompeu, rindo.

- Já que é assim, por qual motivo não se aproxima dos Potter? Alguma relação com trouxas do passado? – antes que pudesse sequer pensar, já tinha agido: minha mão, criando vida própria, lançou um feitiço fazendo o garoto voar alguns metros. -  Apesar de tudo, você não me convenceu sobre a carta. - encaminhei-me para a porta, coloquei a mão na maçaneta, quando sua voz me parou, soando desafiadora.

- Little Flower City. Esse é o motivo. Não quero aquilo de novo, Ceci. 

- Ainda não faz sentido. – Nathan ficou encarando-me caído no chão e sozinho naquela pequena sala enquanto eu cruzava o corredor escuro. 

                                         .                                  .                                   .

- Você o quê? – incredulidade passava em seu rosto. 

- Fui falar com Nathan, descobrir o motivo da carta. “De acordo com ele, Little Flower City” completei mentalmente, o grifinório se engasgou, bebeu o resto do suco em seu copo, lançou-me um olhar de advertência. 

- Não devia ter feito isso. – o tom de sua voz, por outro lado, não era tão incisivo como ele gostaria.

- Nathan precisava ter conhecimento de que sabíamos que foi ele, além do mais, queria ouvir a explicação dele. – claramente, omiti a briga com o sonserino, algo não muito secreto para o garoto a minha frente, afinal, seu próximo olhar foi de “Depois conversamos”. 

- Estou atrasado. – foram as últimas palavras de Dylan. Os morenos conheciam-me bem o bastante de modo a me fazer ceder, respondendo eles até o que não queria (como o fato de ter “conversado” com Nathan mais cedo), vivíamos em uma luta constante de independência, liderança e gênio forte e, nela, o grifinório perdia. 

As aulas estavam cada vez menos impressionantes, não podia negar que Hogwarts é uma boa escola, contudo, para mim, nada extraordinário, sabia a maioria do que ensinavam. Ia totalmente na contra mão dos demais estudantes, os quais sempre possuíam um brilho no olhar, quando o assunto era aquela escola, a considerada a “melhor escola bruxa”; até mesmo nas aulas que despertavam interesse, eles se sentiam sortudos por estarem ali.

Como já imaginava, as aulas não foram surpreendentes: em feitiços, vimos alguns que poderiam ser usado em luta, já na “dupla” de transfiguração sobre como transformar almofadas em outros itens e por aí foi. Conhecimentos já pertencentes a mim e alguns dos meus familiares; entretanto, assistia às aulas, numa tentativa frustrada de ter novidades e manter as aparências.

Meu último horário seria tempo livre, por causa disso, sendo liberada da aula, segui para a biblioteca onde sentei em uma das mesas vazias, alguns livros foram deixados ali pela pessoa anterior, comecei a folhear eles, uma parcela poderia ser realmente útil.

Pouco tempo depois, um loiro com uniforme da Lufa-Lufa entrou com um papel em suas mãos. 

Biblioteca, tempo livre de hoje” como conteúdo. 

Ele parou olhando ao redor até esse se fixar em mim. Sorriu, balançou a mão com o pergaminho e aproximou-se.

- Oi, recebi sua carta. – levantei, quando ele estava a meio caminho da mesa, começando a andar por entre as estantes, ele me seguiu. – O que está fazendo? 

- Pegando livros. – passei a mão sobre uma lombada de couro, puxando-o para, assim, começar uma pilha deles.

- E os da mesa? 

- Já estavam lá. De qualquer forma, quanto mais fontes, melhor. – ficamos em silêncio um tempo. 

- Deixa que eu carrego. - virei-me de costas, acrescentando mais um a pilha, seu ato parou no caminho.  – Por favor, você já está pegando, deixa eu carregar. O trabalho é em dupla, temos que conversar e nos ajudar, afinal de contas. – ele insistiu, após ser ignorado novamente. O lufano colocou a mão em meu braço, o encarei friamente, ele a retirou rapidamente. – Por favor, deixe-me ajudar. – ele tirou os livros de mim, quando suspirei pela teimosia dele, dei-me por vencida, era melhor ceder a ter que aguentar ele falando, além disso, menor seria o risco de conversa.

- Ainda vou pegar mais. – avisei, o loiro sorriu inicialmente só para, minutos depois, duvidar de sua decisão, pelo menos foi o que sua expressão demonstrou. 

- Qual a razão para tantos livros? 

- O resumo deve conter as partes principais e é importante pesquisarmos. 

- Pesquisar? Se é a parte principal, como vai mudar? 

- Não muda o fato, mas o modo de ser narrado e alguns focos. É importante considerarmos tal mudança. – respondi impaciente, enquanto colocava mais um livro em seus braços. – Acho que esses vão dar. 

- Acha? Daria para fazer uma ficha completa de cada uma com detalhes, geralmente, desconhecidos. 

- Estava me referindo às guerras iniciais. – o loiro olhou-me assustado. 

- Guerras iniciais!? Vamos perder muito tempo lendo todos, principalmente considerando o fato de ser para fazer uma quantidade pequena do conteúdo. - gemeu enquanto separava alguns para si. 

- Deixa isso comigo. Você passa a limpo? – puxei os livros para o meu lado.

- Tudo bem. – sorriu aliviado, abri minha mochila, puxando um pedaço de pergaminho. 

- Excelente, pode começar. – ele virou-se incrédulo, seus olhos iam de mim para o objeto a sua frente. – Estava adiantando. Essa é a primeira guerra. – essas foram as últimas palavras trocadas antes de cada um ficar focado em sua tarefa. 

Algumas horas haviam passado, encontrava-me no resumo da terceira devido a enorme quantidade de informações que lia a fim de fazer um excelente resumo e meu parceiro passava a segunda a limpo, quando um som de ronco ecoou no espaço em que estávamos. 

- Desculpe. – pediu com sua expressão levemente culpada. – É o meu estômago, estou faminto. – terminei aquele parágrafo e tópico antes de responder. 

- O jantar deve ter começado. Continuamos Sábado.- ele gemeu inconformado. 

- Sábado? Sério? Mas é um dos únicos dias de descanso.

- Caso contrário, não terminaremos. – meu tom saiu frio e o corpo dele se tencionou.

- OK, então. Melhor terminar. – o garoto suspirou meio incerto, enquanto eu ajeitava tudo para guardar. – Pode ficar com você? – ele indicou o pergaminho com o conteúdo final. - Meus pertences costumam sumir e não quero perder isso. – Não respondi, apenas deixei que os pergaminhos ficassem entre meus livros. 

Saímos e percorremos o longo caminho até o local do jantar lado a lado por causa do Scamander, cujos passos eram acelerados para me acompanhar; sem contar as tentativas falhas de puxar assunto, já que eu o ignorava de forma eficaz. 

Os olhares das pessoas ali presentes dirigiram-se a nós na porta do Salão Principal quando chegamos. Cada um seguiu para sua mesa sem se importar de fato.

                                                .                           .                             . 

Mais tarde, ouvia Dylan falar sobre coisas as quais julgava importantes como brigando sobre a conversa ou o fato de ter atacado Nathan, afinal ele conseguiu me fazer confessar, ou até sobre os ataques e localizações dos comensais que saíram no jornal. Todas, na verdade, desinteressantes. Ainda bem que disfarçava por estar continuando os rascunhos de hoje mais cedo; quanto mais rápido acabasse, melhor, estaria com o trabalho pronto e não precisaria mais conversar com o Scamander, me mantendo, assim, distante.

Um barulho baixo soou, fazendo o grifinório se levantar, uma coruja encontrava-se na janela. 

- Uma carta “dela”. – observei enquanto ele aproximou a cadeira de onde estava, colocando o envelope entre nós. 

Olá, 

Queria, primeiramente, dizer que estou muito orgulhosa da casa de vocês. Entretanto eu preferiria a das cobras, mesmo sabendo ser demais. 

Quanto ao trabalho, creio que não há muito a ser feito, contudo volto a pedir que não se envolva bem com eles nem com ninguém mais. Lembrem-se de quem são. 

Sobre o baile, conversei com Emmanuelle, achamos que existe um motivo secreto para ele. 

Devo comunicar a vocês algo: Salazar foi invadida, porém nenhuma casa, conseguimos capturar (nós dois) três comensais. 

Obs.: Cuidado extremo, estamos prevendo mais ataques. Nada nunca foi fácil. 

Obs.: Mesmo não estando feliz com a escolha das casa, devo admitir: vocês são corajosos, nisso, o chapéu tem razão. 

Obs.: Cuidem-se e lembrem-se: a casa e o sobrenome os quais carregam não definem vocês. 

Obs.: Não se esqueçam: dói-me fazer tal pedido, mas é para o bem de vocês. 

                                                                                                                                                                                                   J.M.W.M.  e  E.M.M.” 

- O que vai fazer? – o moreno me perguntou, vendo-me arrumando o material após a leitura da carta e sob seu olhar questionador.

- Dormir – respondi simplesmente. A verdade era que eu não queria ter que ouvir mais ele, por isso, continuaria com o trabalho no meu quarto. O olhei uma última vez, nosso olhar possuía uma certeza: aquela seria uma longa noite, devido ao recente ataque e nossas mentes agitadas.

 

 


Notas Finais


Voltei, amores!
O que acharam do capítulo?
Já começaram as teorias sobre o passado deles?
A Cecília se irritou bastante, né? E o Dylan tentando ser o irmão mais velho e racional como sempre.
Como será que vai ficar a relação dela com o Lysandre durante os trabalhos? E com Nathan?
Até o próximo...


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