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História Os Desejos Secretos De Yamato - Keep holding On P- 2


Escrita por: Zamerech

Notas do Autor


Boa Leitura a Todos! <3

Capítulo 24 - Keep holding On P- 2


NOITE

 

Já era noite e após todo o dia de fuga e luta os meninos tentavam descansar, e Takeru, após arrastar Joe por toda à tarde, finalmente encontrava um lugar pra descansar.

 

- Vem meu amor, tem uma cabana ali, vamos tentar encontrar ajuda! – Takeru se aproximou ainda arrastando Joe e empurrou a porta com toda força entrando as pressas  logo colocou Joe no sofá.

 

- Aqui meu amor, senta, descansa um pouco tá, eu vou procurar alguma luz. – Disse e Joe o impediu.

 

- Não meu amor, não vá, pode chamar a atenção! – Pediu e Takeru voltou indo até ele.

 

- Será que vamos sair vivos dessa, Joe?

 

- Claro meu amor, vai ficar tudo bem, tá? Fica calmo.

 

 Joe acolheu Takeru sobre seus braços e lá fora, Hikari ainda chorando por Taichi se aproximava da cabana.

 

- Não pode ser, ele o matou, matou meu irmão!

 

- Olha Hikari, uma cabana, vamos até lá talvez a gente encontre ajuda! – Falou Shin, ainda com Lee nas costas que já estava desacordado e ele se aproximou com Hikari.

 Davis após ver o que aconteceu com Nishijima, continuou escondido observando todos os movimentos dos “Heróis” e ao perceber que todos tinham realmente ido embora, ele pegou o corpo de Nishijima e enterrou.

 

- Descanse em paz, e tenha a certeza que você será vingado. – Falava chorando colocando umas flores por cima do tumulo improvisado. – Obrigado por tudo Nishijima... Obrigado por dar sua vida por a minha e dos meus amigos, eu te prometo que você será vingado. – Davis passou a mão pela areia arrumando as flores, então se levantou, enxugou as lagrimas e saiu andando pela mata assim como Zoe e Jun que continuavam sem rumo.

 

- Meu Deus... Onde estamos?

 

- Não sei Jun, mas não se afasta de mim, vamos continuar juntas até encontrarmos algum lugar.

 

- Tá, então vamos continuar.

 

 As duas seguiram e Hikari chegou à cabana com Shin e Lee e assim que ela empurrou a porta Takeru se levantou.

 

- Joe, estão tentando entrar... Empurra o sofá comigo! – Os dois pegaram o sofá pra travar a porta, mas Hikari ouviu quando ele chamou Joe.

 

- Takeru, é você? – Perguntou se aproximando.

 

- Hikari?

 

- Sim, sou eu! – Respondeu aliviada. – Abre à porta, eu estou com o Shin, o Takuya e um garoto machucado.

 

- Tá, espera um pouco. – Falou tirando o sofá com Joe e então abriram a porta.

 

- Gente! – Gritou Hikari correndo pro abraço e Takuya ajudou Shin com Lee o deitando no sofá e eles se cumprimentavam contentes. - Meu Deus, que alegria de rever vocês, eu estava tão assustada! – Falava Hikari abraçando os amigos e ainda lá fora Davis continuava a andar sem rumo e sozinho até que saltaram em cima dele.

 

- Se renda agora ou acabamos com você!- Gritaram tapando seus olhos.

 

- Hey, o que é isso, Jun, sou eu Davis, sai de cima de mim! – Gritava ao reconhecer a voz da irmã e Zoe se animou.

 

- É o Davis Jun, é o Davis! – Falava contente e logo Jun saiu e cima dele e o levantou.

 

- Irmão! Que bom que você está bem meu irmão, que bom!

 

 Falava aliviada o abraçando, e na cabana, Takuya ascendeu às luzes pra procurar alguma caixa de socorros para ajudar Lee e a perna de Joe e eles ficaram assustados.

 

- Você tem certeza que não tem mais nenhum “Herói” por aí, Takuya?

 

- Sim Joe, eles já foram, nós ficamos vigiando eles e também não dá pra ver nenhuma luz se deixarmos tudo fechado.

 

- Tá... Então procurem alguma coisa que eu vou examinar o garoto, mas onde o encontraram?

 

- Foi na cidade Joe, eu estava em meio o caos quando começou o ataque e ele apareceu e me ajudou, o nome dele é Lee. – Falou Hikari se aproximando e Takeru ficou curioso.

 

- Tivemos sorte de apesar de tudo estarmos bem e ter nos reencontrado, mas... Como será que estão os outros, será que estão bem? – Perguntou-se e Hikari se sentou chorando outra vez.

 

- Bom... Os outros podem até estar, mas... Mas o Taichi não. – Disse e Takeru se aproximou.

 

- O que, como assim?

 

- Eu vi Takeru, ou melhor, nós vimos, quando um dos “Heróis”... Eles... Eles mataram o Taichi, Takeru!

 

- O que?

 

- É... O mataram... Eu vi tudo e não pude fazer nada, nada! – Falava se rendendo ao choro e Takeru a abraçou fortemente e Joe, ficou em choque com o que ouviu e Shin também afirmou.

 

- Nós vimos tudo Joe, a Hikari ficou muito nervosa, mas o Takuya conseguiu controlá-la se não teriam nos encontrado também, atiraram nele na beira de um penhasco e ele despencou... E a única coisa que nós podemos fazer, foi ver tudo... Só ver! – Shin abraçou o irmão e Takuya chegou com a caixa.

 

- Aqui estão os... – Ao ver todos chorando ele entendeu tudo. – Já... Já contaram sobre o Taichi, não é? – Perguntou também se entristecendo, e Joe, apenas o olhou balançando a cabeça que sim e ele se aproximou pro abraço, e enquanto isso no DC, os “Heróis” descansavam após o longo dia de caça.

 

- Koji, irmão, como você está?

 

- Bem Koichi, estou bem. – Respondeu em meio o abraço do irmão.

 

- Nossa! Eu fiquei tão preocupado quando soube que um dos “Heróis” voltou ferido.

 

- Pois é irmão, mas quem foi atacado mais grave foi o JP, pelo que parece morderam o pescoço dele e foi grave, mas ele está na enfermaria com a Himekawa.

 

- Eu fico triste por ele, mas não posso negar minha felicidade por você estar bem, eu te amo irmão, muito!

 

- Eu também te amo, Koichi.

 

Falou o abraçando, e Thomas, dava as noticias a Gennai.

 

- E assim descobrimos que Daigo Nishijima também estava com eles!

 

- E acabaram com ele?

 

- Sim senhor, ele está morto, assim como Taichi Yagami! – Disse e Gennai abriu um sorriso.

 

- Vocês... Vocês enfim mataram o Taichi?

 

- Sim senhor, ele lutou com o Koji que conseguiu acertá-lo com um tiro o derrubando de um dos penhascos da mata.

 

- Ah, mas isso é magnífico, acabaram com o Daigo e o Taichi no mesmo dia.

 

- Sim senhor, e tem mais, nós descobrimos a casa deles. Se localizava em uma enorme arvore, mas era camuflada por folhas e galhos por isso nunca descobrimos.

 

- Você é precioso Thomas, o melhor que já tive. Meus parabéns por seu trabalho impecável e quanto ao JP, não se preocupe porque ele já está sendo cuidado, agora vá meu querido e descanse, você foi excelente hoje.

 

- Muito obrigado senhor, mas os elogios quem merece é o Koji, porque ele matou o Taichi e ainda lhe trouxe uma surpresa.

 

- É serio?

 

- Sim! O senhor pode me acompanhar? – Perguntou e ele se animou.

 

- Agora mesmo, vamos?

 

- Vamos!

 

 Gennai saiu com Thomas para ver qual era sua surpresa, e Davis, encontrava um lugar pra descansar com Jun e Zoe.

 

- Pra onde estamos indo Davis?

 

- Calma Zoe, estamos quase chegando. Eu vasculhei tudo isso durante o tempo que passei aqui... Pronto chegamos! – Falou tirando uns matos da frente. – É aqui, essa caverna é segura e bem escondida, e não faz medo entrar, porque lá dentro tem uma abertura em cima, à lua clareia.

 

- Eu topo, só o que quero é descansar. – Disse Zoe o acompanhando e Jun a seguiu.

 

- Eu é que não fico aqui sozinha. – Os três seguiram para a caverna, arrancaram algumas folhas grandes e montaram suas camas e assim foram tentar descansar depois daquele dia de agonia...

 

 

DIA

 

 

A noite se foi, e enfim os meninos podiam contar com a luz do dia, e Takuya foi o primeiro a acordar, ou quase.

 

- Joe? – Perguntou impressionado por já vê-lo acordado. – Porque levantou tão cedo?

 

- Eu não dormi Takuya, passei a noite nessa janela vigiando. – Disse e ele se aproximou.

 

- E porque não me falou nada? Eu poderia ter te ajudado, a gente revezava.

 

- Não se preocupe, eu estou bem, o dia já amanheceu e... Vamos ver como ficaremos.

 

 Joe e Takuya esperavam os outros acordarem e na caverna Davis também via que o dia já tinha amanhecido e ele se animou.

 

- É dia. – Falou esfregando os olhos. – Já é dia, meninas acordem! – Falou as sacudindo.

 

- São os “Heróis”? – Perguntou Zoe levantando as pressas.

 

- Não, não, se acalma, é só o dia que amanheceu. – Disse e ela abriu um sorriso.

 

- Nossa! Eu nunca esperei tanto pela luz do dia na minha vida como hoje. – Falou e Jun também se levantou.

 

- Já é dia?

 

- Sim Jun, agora podemos procurar nossos amigos. – Falou Davis animado e ela estava preocupada.

 

- Davis, você acha que... Que estão todos... Vivos? – Perguntou e ele abaixou a cabeça respirando fundo.

 

- Bom... Todos eu posso te garantir que não, Jun. – Disse e Zoe já ficou assustada.

 

- Ah não... Quem morreu Davis, quem morreu?

 

- O professor Nishijima!

 

- Não! – Disse Jun sem acreditar. – Você tem certeza?

 

- Tenho... Atiraram na cabeça dele, no meio da testa e eu mesmo o enterrei ontem.

 

- E porque não nos falou nada? – Perguntou Zoe sem entender.

 

- Porque se não... Vocês não iam dormir, e por mais duro que seja, chorar e reclamar não vai o trazer de volta! É triste eu sei, eu chorei, eu me desesperei e sinto que foi por minha culpa.

 

- E porque você diz isso?

 

- Porque ele morreu por mim, Jun! Nós estávamos fugindo, atacaram a casa, e ele... Desabou junto à metade do piso em meio o fogo... Eu o ajudei e ficamos escondidos na arvore, mas viram nossas coisas jogadas no chão e resolveram subir na arvore, e encontraram a casa, nós seguimos pelos galhos que nos levava até a outra arvore, só que ele voltou e decidiu os enfrentar, ele lutou ainda derrubou dois, mas... Mas atiraram nele e... E ele me olhou com aqueles olhos tristes... Um buraco na testa sangrando e caiu, eu me senti tão inútil, sabe? A única coisa que eu pude fazer foi ver e depois... Depois eu continuei escondido até que eles fossem e eu fui até o corpo dele, jogado ali como se fosse um pacote de lixo... Eu jamais tirarei aquela cena de minha mente, mesmo que eu queira, eu não consigo!

 

- Mas não se culpe, Davis. – Disse Zoe indo até ele. – Aconteceu o mesmo comigo e o Takuya, levaram nossos amigos, mas... Mas não fomos culpados! É uma guerra, todos estão lutando e nem todos chegaram ao fim pra ver nossa vitoria, porque... Eu tenho fé que venceremos, e vingaremos a morte do Nishijima e de tantos outros que já se foram.

 

Zoe abraçou Davis e Jun também, e no Digicampus, JP continuava na enfermaria com um curativo no pescoço e Koushiro foi vê-lo.

 

- Posso entrar? – Perguntou batendo na porta.

 

- Entra! – Falou ao ver Koushiro e logo desligou a televisão. – Veio ver se estou vivo? – Perguntou sorrindo.

 

- Não seja palhaço JP, eu vim ver se você está bem, se não se contaminou com nenhuma doença grave?

 

- Não, a Himekawa disse que estou bem, mas tenho que continuar nessa sala isolada por conta da ferida.

 

- Entendo, mas o bom é que você está bem, bom... Eu vim te ver e te fazer um convite.

 

- Qual? – Perguntou curioso.

 

- Quando você melhorar será que poderia dar uma palestra sobre os Rebeldes em uma de minhas aulas?

 

- Ah... Seu aproveitador, só veio me visitar por isso, não é? – Perguntou dando um soco no braço de Koushiro.

 

- Não! Deixa de ser bobo! Eu vim te visitar porque estou preocupado, mas você teve contato com um Rebelde, você foi mordido por ele, quem aqui não quer ouvir isso?

 

- Tá, tá bom então, eu topo, mas avisa logo a seus alunos medrosos que eu vou contar como realmente aconteceu, então se forem ficar chorando ou querendo contos de fadas nem vão, ok?

 

- Ok, senhor “Herói”, combinado! – Falou Koushiro batendo continência, e os dois começaram a rir, e na sala de Gennai, ele recebia a visita de Ishida e Himekawa.

 

- Chegamos senhor! – Falou ela entrando na sala.

 

- Ótimo, estava aguardando vocês, sentem-se. – Disse e os dois sentaram. - Bom, eu tenho uma surpresa para vocês, e uma reprogramação.

 

- E de quem se trata, senhor? – Perguntou Himekawa curiosa.

 

- Calma que eu explicarei tudo, mas eu garanto que agora sim, as coisas estão mais perto de darem certo, e precisarei do Ishida para fazermos um teste, mas sem mais embolações, venham a sala de reprogramação comigo e lá vocês verão do que se trata e eu explicarei tudo.

 

Ishida e Himekawa seguiram Gennai, e na cabana na mata, Hikari e Takeru também acordavam.

 

- Já é dia? – Perguntou esfregando os olhos e Joe foi até ele.

 

- Sim meu amor... É dia. – Falou o abraçando e ele estava preocupado.

 

- O Yamato não apareceu, nem... Nenhum dos outros?

 

- Não meu amor... Até agora, continuamos sendo só nós.

 

- Fique tranqüilo Takeru, logo todos ficaremos juntos, com certeza seu irmão está bem! – Disse Hikari indo até ele e Shin também acordou.

 

- Nossa! Já estão todos de pé, não é? – Falou se levantando.

 

- Acabamos de acordar Shin, não se preocupe. – Disse Takeru indo até Lee. – Mas ele não acorda!

 

- Mas não se preocupe Takeru, a febre já passou. – Disse Joe indo até lá e Hikari estava agradecida.

 

- Ele me ajudou muito, espero que fique bem!

 

- Ele vai ficar, todos ficaremos!

 

 Disse Takuya a consolando, e no Digicampus Gennai já tinha explicado tudo sobre o que ele queria.

 

- Gostaram da surpresa?

 

- Eu poderia imaginar tudo, menos isso! – Falou Himekawa ainda sem acreditar e ele a lembrou.

 

- Bom, como já disse, ele terá que ser reprogramado para ser o irmão do Thomas, e agora mesmo eu irei falar com ele e implantar as novas “falsas lembranças”, assim como fiz com Ken e Yolei, vamos Himekawa, o Ishida tem que trabalhar. – Disse e ela não entendeu.

 

- Como... Como assim, ele vai reprogramá-lo?

 

- Sim! Esse é o novo cargo do Ishida aqui desde que você cometeu o tremendo erro de deixar o Ken acordado uma vez e de permitir que matassem o Davis, agora anda, sem reclamações, você é pra estar contente por ainda ser a enfermeira daqui! – Falou a levando e Himekawa olhava pra Ishida com ira enquanto ele debochava dela, e lá fora Gennai deu a ordem.

 

- Vá e prepare uma recepção como nunca, eu vou falar com o Thomas, e já sabe, não é? Eu quero perfeição, felicidade e harmonia como sempre!

 

 – Sim senhor! – Falou Himekawa quase explodindo de raiva e Gennai foi até Thomas.

 

- Olá minhas jóias, bom dia!

 

- Bom dia Gennai! – Responderam todos que cercavam Thomas o admirando e ele estendeu a mão. – Thomas querido, podemos conversar um pouco a sós? – Perguntou e ele se levantou pegando a mão de Gennai.

 

- Claro, mas aconteceu algo?

 

- Sim! Mas de bom, você ficará bem feliz!

 

- Gente, depois continuamos nossa conversa, com licença.

 

 Falou saindo com Gennai, e na cabana todos tentavam dar um apoio a Hikari.

 

- Olha Hikari, encontramos comida, você não quer nada? – Perguntou Takeru se aproximando, e ela só chorava.

 

- Não obrigada Takeru, eu... Eu não estou com fome! – Disse e Joe foi até ela.

 

- Eu... Eu não sei nem o que dizer a você Hikari... Parece mentira, não é? Pensar que o Taichi... Bom... Eu não consigo acreditar, nem imaginar a dor que você deve estar sentindo.

 

- Não se preocupe Joe, eu ficarei bem, algum dia eu ficarei bem. – Disse e Takuya foi até ela.

 

- Eu sei o que ela está sentindo, eu também vi tudo e... E o que mais me dói é que... É que quem matou o Taichi foi meu amigo. – Falou muito triste.

 

- Como assim seu amigo? – Perguntou Shin se aproximando.

 

- Quem estava lutando com o Taichi era o Koji, um dos meus amigos que foram capturados... Eu não tinha dito nada para não piorar as coisas, mas a dor que Hikari sente pelo Taichi, eu sinto pelo Koji, porque mataram ele, aquele não é o Koji que eu conheci um dia.

 

- O que vamos fazer daqui pra frente, gente? Onde estamos,o que aconteceu com nossos amigos, como seguir em meio tanta dor e perdas? – Perguntava Shin nervoso. – Eu não sei nada da Jun, Takeru não sabe do Yamato, a Hikari perdeu o Taichi, nem sinal do Davis, Nishijima ou Zoe e ainda tem esse coitado aí tão ferido, o que vai ser de nós? – Se perguntava sem paciência e todos se olhavam sem saber responder uma se quer daquelas perguntas.

 

TARDE

 

 Enquanto os meninos sofriam tanto por suas perdas, Gennai se divertia com suas mentiras.

 

- Bom, perdão por ter atrapalhado sua conversa com seus amigos pra trazer aqui, mas eu tenho que te contar algo muito importante que faz parte de sua vida, mas você não lembra. – Disse e Thomas ficou curioso.

 

- Tudo bem, nós só estávamos falando da ultima caçada, mas... Do que se trata essa coisa importante que eu não lembro? – Perguntou e Gennai se aproximou sentando ao seu lado.

 

- Se trata de seu irmão mais velho, que estava sendo vitima dos Rebeldes, mas na caçada de ontem, foi liberto pelo Koji e está aqui, para te ver outra vez! – Disse e Thomas se levantou muito confuso.

 

- Espera, como... Como assim eu tenho irmão mais velho, porque não me lembro dele, porque ele estava com os Rebeldes? – Perguntou e Gennai o segurou pelas mãos.

 

- Hey, hey, calma, fica tranqüilo, eu vou responder todas suas perguntas, uma por uma... – Falou o sentando outra vez.

 

- É que... Eu não entendo nada!

 

- Eu vou te explicar meu querido, mas fique tranqüilo e escute tudo com atenção.

 

 Gennai contava suas mentiras a Thomas, e Davis continuava a andar pela mata com Jun e Zoe.

 

- Nossa eu estou morta de fome! – Reclamou Zoe passando a mão na barriga.

 

- Eu também estou, mas vamos continuar procurando alguma fruta! – Disse Davis tirando os matos de sua frente e Jun teve uma idéia.

 

- Já sei! É mais fácil se subirmos em alguma arvore, assim dá pra ver alguma coisa por cima. – Falou e Davis concordou.

 

- Boa idéia Jun, fiquem aqui que eu subo.

 

- Tá, a gente te ajuda! – Falou Zoe se aproximando e ela e Jun o ajudaram a subir na arvore, e ele foi a escalando aos poucos até que chegou ao topo e após olhar pra toda parte viu algo que o animou.

 

- Não pode ser! Uma cabana. – Falou contente ao ver a cabana não muito distante Dalí e ele começou a descer as pressas.

 

- Então, viu algo que possa nos ajudar?

 

- Vi sim Zoe, uma cabana a nossa frente, não fica muito longe!

 

- Nossa! Será que são os outros que estão lá? – Perguntou-se e ele saltou da arvore.

 

- Não sei, mas acho que possa ter alguém.

 

- Então estamos esperando o que para irmos até lá? Vamos seguir!

 

 Falou Jun animada e eles decidiram ir até a cabana e Gennai, após contar tudo a Thomas o deixou muito emocionado e ansioso.

 

- Um... Um irmão, eu tenho um irmão e ele está aqui?

 

- Sim está, agora enxugue essas lagrimas e venha comigo, porque ele sabe de você e vai te fazer uma surpresa daqui alguns minutos então se troque e vá a praça principal, uma hora dessas já devem ter montado um palco lá. – Disse e ele ficou muito feliz e abraçou Gennai.

 

- Gennai, muito obrigado de verdade, eu não sei o que seria de nossas vidas sem você e o DC, obrigado mesmo. – Agradecia e ele sorriu contente.

 

- Sou eu que agradeço Thomas, sua felicidade é a melhor recompensa que eu poderia ter, isso me dá... Força para continuar ajudando todos, agora vamos, você tem que rever seu irmão.

 

Gennai saiu com Thomas e Ishida após sua primeira reprogramação comemorava em sua nova sala tomando um bom vinho e alguém chegou lá e entrou sem nem bater.

 

- O que é isso, o que está fazendo aqui? – Perguntou irritado.

 

- Você não achou que ia pegar o meu cargo aqui dentro e não iria me encarar não é, Ishida? Você e eu temos um assuntinho pra resolver, você não acha?

 

- Bom, caso não tenha percebido eu estava ocupado quando você chegou sem nem se quer bater na porta, agora saia, não me faça perder tempo.

 

- Eu quero meu emprego de volta, Ishida! – Disse e ele sorriu.

 

- Ah, por favor, isso é impossível, e eu te digo logo que não procurei nada, o próprio Gennai foi a minha casa me oferecer seu cargo, porque ele estava cansado de uma parasita como você! – Disse e ela foi pra cima.

 

- Escuta aqui seu ridículo, traidor maldito, tenha muito cuidado com o que você fala comigo! – Falou e ele também foi pra cima dela.

 

- Eu não vou permitir que você grite na minha sala!

 

- E eu não vou permitir que você roube o emprego que sempre foi meu! – Gritou e ele tornou a sorrir.

 

- Olha Himekawa, eu sabia que você ficaria assim, e eu ia falar com você, mas já que se deu o trabalho de vir aqui, me polpa de te procurar e eu digo tudo de uma vez. – Falou se aproximando. – Você nunca mais terá esse cargo de volta, porque ele agora será só meu!

 

- Isso é o que veremos Ishida, graças a mim você conseguiu entrar no DC pela primeira vez em sua vida, e eu sei que você não se esqueceu! Eu disse ao Gennai que você poderia ser útil para a captura de seus filhos e olha no que deu, nem pra isso você serviu.

 

- Bom, você tem razão. – Falou sentando em sua poltrona.

 

- É claro que eu tenho razão Ishida!

 

- Não, mas eu não falo sobre você ter me ajudado, isso eu consegui sozinho, eu falo de sua incompetência, porque se você não fosse tão burra e ridícula eu não teria tomado seu cargo! – Disse e ela sorriu.

 

- Você não brinque com fogo Ishida, não convém ser meu inimigo, está entendendo?

 

- Eu te digo a mesma coisa! – Gritou com ela.

 

- Ok, mas não arrisque perder tudo Ishida. – Disse e ele deu uma grande gargalhada.

 

- Por favor, Himekawa a essa altura? Não me faça morrer de rir. – Falou e ela também deu uma gargalhada debochando dele.

 

- E o que você me diz sobre a Nancy, Ishida? Não esqueça que eu vi perfeitamente o que você fez com ela, e não esqueça também o quanto ela era importante para a captura do Takeru e mesmo assim você fez o que fez com ela. – Disse e Ishida começou a se preocupar.

 

- O que você tá querendo dizer, o que a Nancy tem a ver com isso?

 

- O suficiente para que o Gennai acabe com você, e assim toda essa sala, meu cargo e os assuntos do DC, volte pra mim, para minhas mãos como sempre foi! – Falou e Ishida ficava cada vez mais nervoso.

 

- Você não seria capaz disso!

 

- Ah, mas sou sim, e aqui entre nós Ishida... Você sabe que eu sou capaz de entregar até meu próprio plano, que a Sora, você e eu íamos fazer contra ele, se lembra? A Sora é uma inútil, mas eu posso muito bem mudar o rumo das coisas e culpar unicamente você, eu te juro, você vai se arrepender por ter me traído assim, Ishida! Eu tenho certeza que se o Gennai souber da Nancy será seu fim porque ela é uma importante chave para a captura de seus filhos, e caso você continuei tomando o que é meu, eu conto ao Gennai toda a confusão que você cometeu em seus planos ao acabar com ela, e eu tenho como provar tudo. – Disse e ele tentou debochar dela.

 

- Mas eu não sei como. – Falou e ela tornou a sorrir.

 

- Não? Digamos que eu tenho uma mulher “guardada”, uma mulher bem machucada, mas que está sendo tratada sobre cuidados especiais e secretos... O que aconteceria se ela acordasse e contasse o que aconteceu, ou quem sabe se eu levar o Gennai até ela? Eu tenho certeza que eu recuperarei meu cargo e muitas outras coisas, porque eu, Ishida, sou sim capaz, enquanto você, não passa de um fantoche manipulado, você declarou guerra, Ishida? Então se prepare porque é o que você vai ter! – Falou sorrindo, e se dirigiu até a porta o ameaçando. – Eu vou deixar você em pedaços, seu desgraçado, traidor maldito, você vai se arrepender Ishida para sempre! – Disse batendo a porta saindo e ele jogou sua taça contra a parede.

 

- Desgraçada! Maldita infeliz!

 

 Himekawa saiu deixando Ishida bem assustado e lá fora, na praça principal do DC, Gennai subia as escadas de um palco em frente um enorme telão e pegou o microfone.

 

- Boa tarde a todos!

 

“Boa tarde” – Responderam o cumprimentando.

 

- Bom, eu agradeço a presença desse maravilhoso publico... Estamos todos aqui para recebermos a estrela do DC de Quioto, uma pessoa muito especial e que por muito tempo ficou distante de todos nós, e antes dele entrar quero agradecer aos nossos “Heróis” por terem o trazido de volta para nós, como comemoração de seu regresso ele vai cantar para todos aqui hoje, e em especial para os “Heróis” que ontem venceram mais uma batalha e principalmente para seu irmão que tanto o ama e não agüentava de saudade, agora sem mais embolações para vocês cantando “Keep Holding On” Yamato Norstein!

 

 Gennai desceu do palco e todos aplaudiam e assobiavam enquanto Yamato saiu de trás do telão onde apareceu seu nome cantando a musica em homenagem aos “Heróis” que supostamente tinham o salvo.

 

YAMATO - Você não está sozinhoCorrigir

Juntos nós permaneceremos

Eu estarei ao seu lado

Você sabe que segurarei sua mão.

 

 Yamato cantava e no banheiro Mimi reconheceu sua voz, e saiu apressada, e ele continuou.

 

 

YAMATO - Quando ficar frio

E parecer o fim

Não há para onde ir, você sabe que eu não cederei

Não, eu não cederei.

 

 

Na mata, Davis corria com Jun e Zoe se aproximando cada vez da cabana.

 

- Vamos, estamos quase lá! – os meninos continuavam na esperança de reencontrar os amigos e Mimi chegou em meio a multidão que assistia Yamato e viu que era realmente ele.

 

 

- Meu Deus, é o Yamato mesmo! – Falou surpresa e ele continuou com o show.

 


 

YAMATO - Continue aguentando firme

Porque você sabe que conseguiremos,

 nós conseguiremos

Apenas seja forte

Porque você sabe que eu estou aqui por você

Não há nada que você possa dizer

Nada que você possa fazer

Não há outro jeito quando se trata da verdade

Então continue agüentando firme

Porque você sabe que conseguiremos,

 nós conseguiremos.

 

 

 Ele acabou a musica e todos o aplaudiram calorosamente, então ele se curvou ao publico agradecendo e entregou o microfone e Thomas, se aproximou das escadas do palco onde ele já descia e gritou emocionado.

 

 

- Irmão! – O chamou e ele abriu um largo sorriso e correu até ele saltando em seus braços.

 

 

- Thomas! – Os dois se abraçaram bem emocionados e Mimi não acreditava no que via, enquanto Thomas enchia Yamato de beijos, e Mimi começou a correr até eles empurrando todos e chegou até Yamato. Ela empurrou Thomas pro lado e o abraçou fortemente, e Davis enfim chegou a frente à cabana com as meninas.

 

 

- Tá tudo fechado! – Falou Zoe olhando por toda parte, e Jun não quis saber.

 

 

- Eu vou até lá!

 

 

- Espera a gente, sua louca! – Disse Davis indo atrás com Zoe e eles se aproximaram da cabana e viram tudo quieto e lá dentro estavam todos escondidos, pois avistaram eles se aproximando e Hikari percebeu quem era e logo se levantou.

 

 

- Pra onde você vai? Volta aqui! – Sussurrou Joe e ela sorriu pra ele.

 

 

- Não são os Heróis, venham comigo!

 

 Todos se levantaram e foram até a porta com ela que quando abriu todos tiveram uma boa surpresa.

 

 

- Davis! – Gritou contente e ele se virou rapidamente ao ouvi-la.

 

 

- Hikari, é você mesmo! – Falou correndo até ela a abraçando e Shin saiu rapidamente.

 

 

- Jun!

 

 

- Shin! – Gritou e ela também correu pro abraço assim como Zoe.

 

 

- Takuya! Você tá vivo.

 

 Todos se emocionaram ao reencontrar os amigos e apesar de tudo a felicidade tomou conta deles e no Digicampus, Mimi enfim largava Yamato e Thomas não entendia.

 

 

- O que foi isso Mimi, porque me empurrou assim? – Perguntou e ela como sempre teve que pensar em uma desculpa.

 

- Ah, me desculpa é que... Ele canta tão bem e eu amo essa musica e queria cumprimentá-lo, me desculpa. eu te machuquei? – Perguntou a Yamato que só ria.

 

 

- Não, eu tô bem, então você é a Mimi?

 

 

- Sim, Mimi Tachikawa, é um prazer, Yamato né?

 

 

- Sim, eu sou o irmão do Thomas.

 

 

- Mas... Porque você nunca me falou do seu irmão Thomas?

 

 

- Porque nem eu me lembrava dele, por conta de um acidente.

 

 

- E como você veio parar aqui? – Perguntou ela curiosa e Koji que ia chegando respondeu.

 

 

- Eu o trouxe!

 

 

- Você?

 

 

- Sim, ontem fomos a uma missão na mata, o Yamato estava sendo refém dos Rebeldes, mas enganado, o manipularam para achar que era um deles, só que o Gennai nos deu todas as dicas de como o capturar. – Disse e ela estava curiosa.

 

 

- E como foi?

 

 

- Bom, ele estava sobre os comandos do maior Rebelde de todos, Taichi Yagami.

 

 

- Taichi?

 

 

- É, ele era o líder dos Rebeldes e estava fazendo o Yamato achar que o amava, daí o Gennai disse para atacarmos o Taichi porque o Yamato ia defende-lo e assim eu teria a chance de trazê-lo... Eu atirei no Yamato com tranqüilizantes e inventei pro tal Taichi que as balas tinham veneno, mas nem bala era, o tal veneno era um remédio para o Yamato dormir como se estivesse morto, até o pulso ele perdeu, daí eu matei o Taichi e o trouxe e agora ele acordou pra realidade e está com o irmão! – Explicou e Yamato o abraçou.

 

- Obrigado, muito obrigado por ter me salvo, e por me trazer de volta pro meu irmão. – Disse  e Mimi estava desolada.

 

 

- Você... Você matou esse Taichi... você tem certeza?

 

 

- Sim! Nele sim eu atirei com bala de verdade e ele despencou de uma altura que só a pancada na água o matava em baixo, mas confesso que foi difícil, eles estão cada vez mais ousados, eu lutei muito pra voltar vivo e o JP voltou até ferido como todos sabem...

 

 

Koji continuava conversando com Thomas e Yamato e Mimi saiu chorando apertando o peito de tristeza, e na mata após todos se cumprimentarem contaram as tristes noticias e Davis ia até Hikari.

 

 

- Posso sentar com você?

 

 

 

- Claro! – Falou dando uma risadinha de lado e Davis sentou-se.

 

 

- Eu sinto muito pelo Taichi, ainda nem consigo acreditar no que aconteceu.

 

 

- Pois é, e você está passando pela mesma dor, não é? Coitado do Nishijima, eu nem vi ele.

 

 

- Eu o enterrei, se todos toparem podemos ir amanhã no tumulo dele, e também fazemos um para o Taichi, pelo menos para levarmos flores. – Sugeriu e ela já começou a chorar.

 

 

- Muito obrigado pela idéia Davis, será bom ter... Ter um lugar onde chorar por ele, com certeza todos vão concordar de irmos amanhã, assim eu jogo uma flores no rio onde ele caiu.

 

 

- Tudo irá acabar, Hikari e você não está sozinha, você tem a todos nós, igual o Takeru que ainda não sabe nada do Yamato. – Davis abraçou Hikari e Takeru desabafava nos braços de Joe.

 

 

- Eu não sei mais o que pensar Joe, todos apareceram, a gente sabe que infelizmente o Taichi e o Nishijima foram mortos, mas e o meu irmão? E minha mãe, onde ela foi parar agora nesse maldito ataque? Eu não sei por quanto tempo vou agüentar essa dor Joe. – Chorava e Joe não podia conter as lagrimas.

 

 

- Calma meu amor, por favor, eu sei que é difícil, mas tenta ser forte, mantenha sua esperança Takeru, com certeza o Yamato está bem, procurando a gente por aí, e sua mãe... Bom eu não sei o que pensar, nem o que te falar, entende? Eu quero te ver bem, feliz, você é a pessoa que eu mais amo e eu só quero te ver bem, mas sinceramente, eu não sei o que te falar porque nem pra isso eu sirvo! – Falou chutando uns pedaços de pau dando as costas a Takeru que enxugou as lagrimas e foi até ele.

 

 

- Não fique assim Joe, você não é o culpado, me desculpa, tá? Eu não queria fazer você se sentir assim, eu estou sendo egoísta, porque eu ainda tenho você, e... E eu tenho que entender que isso um dia vai acabar... Me desculpa, tá? – Joe se virou chorando e abraçou Takeru e no Digicampus Mimi desabafava sua tristeza no seu quartinho vendo as lembranças dos amigos.

 

 

- Taichi, me perdoa, por favor, me perdoa por não ter evitado sua morte... – Chorava pressionando a foto dele sobre seu peito. – Eu nunca consegui sair daqui e você não sabe a dor que sinto por saber que você morreu tentando ajudar todos... – Disse e ela pegou a foto dos outros. – Meus amigos, Takeru... Eu imagino a dor que você está sentindo achando que o Yamato morreu, e você Hikari... Amava tanto o Taichi, ah meus amigos, como eu queria estar com vocês, poder apoiá-los nesse momento, meu Deus... Ajude meus amigos para que eles não desistam, que continuem lutando contra esse maldito plano que está destruindo a todos, que eles continuem agüentando firme!

 

 

Mimi chorava descontroladamente com as fotos dos amigos, e ela já estava no seu limite de viver naquele lugar fingindo a todo momento...

 

 

 

 

“É difícil aguentar tanta dor, tanta mentira, tanta decepção, tantos sonhos quebrados, tantas ilusões pisoteadas, aquele amor frustrado, carícias perdidas, tanta injustiça, e tantas feridas que doem como uma espada atravessando o coração. E dói tanto interiormente. Mas por fora… Você deve ter um sorriso materializando a falsa alegria porque poucas coisas te fazem sorrir quando tua alma esta esgotada, mas há uma luz que nunca se apaga porque segue viva a esperança.”

 


Notas Finais


Gente muito obrigado por continuarem lendo, e obrigado pelos comentários, amo saber o que estão achando da história. <3
Espero que estejam gostando! :*


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