História Os Deuses do Makai - Todos Temos Medos

Eu dei sorte dela estar ali, com certeza eu não teria morrido, mas a pancada no chão teria sido feia. Ela dera um breve voo e logo me pôs no chão.

Parei em sua frente, dei uma batidinhas em minha roupa, para desamassa-las, me recompondo e a olhei com indiferença, enquanto ela me dava um sorrisinho.

Tessa = Não precisa esconder, que teve medo, não vou rir de você!

Parei rapidamente, para dar uma olhada nela, que usava agora, roupas diferentes. Usava uma espécie de top preto, onde havia um decote, um tanto sugestivo, uma calça larguinha, laranja e protetores nas mãos.

Lowell = Eu não sinto medo! Ia ser só uma quedinha, aliais, eu nem ao menos precisava da sua ajuda.

Naquele momento, rapidamente o sorriso saiu de seus lábios, e eu lugar a um outro sentimento, mas diferente do que eu pensei, não era ódio, era algo parecido, com pena.

Tessa = Todos temos medos! – Ela virou de costas para mim. – Se deixarmos que os outros descubram antes de nós, ele se torna um problema.

Lowell = Eu não terei problemas, não tenho medo, já disse. Eu não sou um fracote! – Falei um pouco mais grosso.

Tessa = Se você diz!

Ela começou a andar, em direção a um violão rosa, que eu a vira trazer, quando saímos do céu. Ela o pegou junto de sua aljava e flechas, tirou as proteções das mãos e começou a subir as escadas com ele.

Lowell = Ei, eu ainda não acabei! – Gritei para ela.

Tessa = Mas eu sim! – Ela agora me olhava com ódio.

Lowell = Aaaa garota idiota, de onde vem isso tudo? – Perguntei chutando o boneco com varias flechas.

Tessa = Seu irmão, me deu o cartão... disse que podia usar, para qualquer coisa. – Ela eu de ombros.

Lowell = Ele é um idiota! O cartão é ilimitado, mas ele deveria estar falando de roupas, não de um espaço de treino... como trouxe isso aqui?

Eu já estava a ponto de explodir, e se algum humano a vira, e se vira as asas dela, meu pai ia me matar.

Tessa = Trouxe a pé, não se preocupe. Ao contrario do que vocês dois pensam, não sou nenhuma garotinha fútil, que só pensa em roupas, joias e transar com dois demônios gostosos.

Levantei a sobrancelha ao ouvir as últimas palavras e sorri ao ver ela ficar vermelha. Pelo visto, aquelas palavras não estavam no roteiro dela. Mas, eu tinha certeza, que as próximas estavam, e elas me levaram ao extremo ódio.

Tessa = Sabe Loweel... meus medos me fizeram forte, me fizeram ter algo pra lutar... acho que o único fraco nessa história, é você!

E simplesmente saiu, calmamente, me deixando ali, com uma cara e babaca. Somente algum tempo depois o ódio subiu.

Lowell = Sua vadia, quem você pensa que é, para me chamar de medroso? Eu sou filho do rei do inferno, todos devem me temer, eu não temo a ninguém.

Meu ódio era tanto, que eu não consegui ir atrás dela, eu apenas gritava palavras de ódio e ofensivas a ela, mesmo sabendo que ela não me escutaria. Eu bati em cada um dos bonecos, até que ele virassem pó, só assim, um pouco de minha raiva se esvaiu, para que eu pudesse subir, sem matar nenhum civil.

Ao chegar no apartamento, Daryl estava saindo do banheiro, enxugando os cabelos e me olhou com os olhos arregalados.

Daryl = Cara... O que você fez? Vai ter que comprar um casaco novo.

Eu olhei, para ver do que ele falava, meu casaco, estava todos rasgado e chamuscado, provavelmente um por cento de minha força demoníaca, havia se manifestado, e isso não era bom, eu não podia deixar uma simples anja, me tirar do controle assim. Sem querer dar explicações detalhadas, ao meu irmão, disse simplesmente.

Lowell = Acabei treinando um pouco, devo ter exagerado! Onde está Tessa? – Disse curioso.

Daryl = Ela chegou furiosa, tomou um banho e foi dormir. Vocês brigaram?

Lowell = Hum, eu nem sequer a vi, deve ter só quebrado a unha. – Disse indiferente. – Vou tomar meu banho e ir deitar.

Daryl = Hey, Loweel! – Chamou-me.

Lowell = Diga, idiota!.

Daryl = Será que eu… sabe… poderia dormir com ela? Não quero transar, afinal ela não deve querer isso agora... mas, depois que Lexi apareceu na minha vida, eu esqueci como é dormir sozinho.

Eu via dor nos olhos dele, ele ainda sentia falta dela, e eu não tinha a menor intenção de dormir ao lado daquela mulher, não pelo menos naquela noite.

Lowell = Claro pode! – Eu ia me distanciar, mas antes resolvi lhe fazer uma pergunta. – Hey Daryl!

Daryl = Diga! – Disse ele já na porta do quarto.

Lowell = Você tem medo de alguma coisa?

Ele se surpreendeu com a pergunta, mas logo entendeu e me respondeu com pesar.

Daryl = Tenho medo, de que o sacrifício da mamãe, por nós, tenha sido em vão. Tento ser melhor e forte a cada dia por ela. – Ele disse de cabeça baixa. - Mas por que a pergunta?

Lowell = Apenas curiosidade! Tenha uma boa noite.

Entrei no banheiro e ouvi a porta do quarto se abrir e logo fechar.

Lowell = Medo? Hum... só uma coisa para fracotes.