História Os Dispostos Se Atraem - Jovens Vingadores - 01 - ALWAYS TRY LOVE AGAIN.

Teddy é tão tosco, acha que escondendo seus sentimentos, eles irão mudar, acha que parecer "machão" seus sentimentos não irão aflorar. Tão inocente. Mal sabe que não se escolhe por quem se apaixonar, simplesmente acontece. Theodore Altman Vell vulgo Teddy, é alto, branco, loiro, parrudo, corpo robusto, ombros largos e tão masculino. Usa piercings nas orelhas, oito de argolinhas e dois de bolinhas sendo quatro de argolinha e um de bolinha em cada orelha, amava futebol americano e é muito bom no que faz. Existe uma facilidade tremenda de irritar Teddy assim como o fazer rir, É um garoto esquentado, porém bastante risonho.

Billy é apaixonado por Teddy. Nunca diria isso à ele, na visão dele, Teddy é hétero e homofóbico. Se contasse que gosta dele, acreditava que poderia acontecer o pior. Preferia guardar para sí. Na sua antiga escola era alvo de Bullying e de agressão e as pessoas o odiava por nada, quando entrou no ensino médio as coisas mudaram para melhor graças a sua melhor amiga Kate que o apelidou de Billy, seu nome real é William Kaplan Maximoff. Billy sendo baixo, branco, moreno, introvertido e inteligente tinha aparência de ter um corpo frágil que poderia quebrar a qualquer toque bruto e trejeitos afeminados, gosta de jogos de raciocínio e sua melhor companhia para isso é Jonas. Apesar de rir poucas vezes e por consequência parecer ser arrogante tem um coração bom.

Teddy e Billy tem alguns amigos em comum pelo fato de serem do mesmo grupo de adolescentes estudantes e mesmo assim não trocam uma palavra. America a garota feminista com cabelo cacheado e líder do grupo sendo ela que inicialmente o formou. Elijah o careca, negro, patriota, e melhor amigo de Teddy, sonha em um dia ser integrante do exército. Cassandra é loira e mais alta do grupo, namora Nathaniel. Jonas o nerd intelectual estava sempre alí para ajudar a turma quando vinha alguma prova, ou recuperação, havia uma pessoa em especial que amava ajudar.
Kate a melhor amiga de Billy, tinha cabelos escuros e bastante dinheiro, provinha de uma família rica e poderosa. Thomas apesar de não estar no mesmo ano que os outros fazia parte da turma, ele é o que diverte a turma, o que quebrava os climas tensos com suas piadas por mais sem graça que fossem, irmão mais novo de Billy, tinha o cabelo platinado. Loki tem o cabelo escuro e caído até a nuca, é o mais fechado tendo um olhar misterioso, é um homem de poucas palavras sendo que só abria a boca para jogar frases de efeitos ou a verdade, vivia com uma expressão séria e medonha, guardava para sí um grande segredo.

Todos eram do terceiro ano, com exceção de Thomas. Esse é do primeiro.

Billy, Cassandra e Kate não aguentava mais aquela aula chata de história com o professor Steve Rogers, fazia questão de em toda aula dizer que já foi do exército, estava cansativo, não viam a hora do sinal bater.

- Esse professor é um pé no saco - sussurrou Billy.

- Nem me fale, é um coroa bonito, mas não para um minuto - comentou Cassandra.

- Ele pode fazer isso o dia todo, é especialista em história, embora não pareça é velho, e velho tem histórias para contar eternamente - Kate falou.

O sinal enfim bateu e os alunos saíram em disparada.

Finalmente livre - gritou Cassandra do lado de fora da sala.

- Shiu Cassie - Kate advertiu - se ele escuta você para na direção.

Cassie deu de ombros. Chegaram no pátio e juntaram-se com o restante do grupo no lugar onde sempre ficam, Cassie iniciou um beijo com Nathaniel, Jonas sentiu uma incomadação.

- Ei, deixem para fazer isso em casa - Thomas brincou.

- Tommy tá com inveja por não ter ninguém para beijar - disse Nathaniel parando o beijo e iniciando denovo.

- Inveja? Por favor - cruzou os braços.

-Você é virgem Tommy? - Elijah perguntou.

- Claro que não, já peguei muitas garotas.

- Acabou de sair das fraldas coitado.

- Está duvidando Eli?

- Bebezinho - America empurrou Tommy para Eli que empurrou de volta e assim ficaram o zoando.

- Brincadeira tosca - murmurou Loki.

- Segundo algumas pesquisas publicadas na Internet e comprovadas reais, é consideravelmente dentro da normalidade não ter trocado salivas bacterianas bucais com quinze anos, então não  há motivo para mentir sobre tal assunto. - Jonas disse.

- Cala boca Jonas, eu não sou.

- Não precisa mentir, não é errado isso.

- Você também é - disse Tommy irritado.

- Também? Acabou admitir que é - disse Eli e todos daquela turma riram até mesmo.

Billy viu o quão perfeito e contagioso o sorriso de Teddy é, um dos poucos motivos de rir naquela escola toda era Teddy. Teddy percebeu que Billy o olhava e olhou de volta, Billy se envergonhou e desviou o olhar para Kate que já o encarava.

- O que foi? - indagou.

- Qual o lance entre e você é Teddy?

- Não tem lance nenhum - Billy corou e olhou para o chão.

- Me conta vai, vocês andam se pegando?

- Claro que não - arregalou os olhos - está louca?

- Sei...

Kate sabia que Billy é gay, nunca houve uma confirmação dele e também não era necessário. Kate só esperava quando se assumisse.

- Assistiu o jogo de ontem? - Teddy disse para Eli.

- Claro, não acredito que perderam.

- Você viu o último gol do Stefano? Que perfeito aquele gol - Teddy dizia com entusiasmo.

- Já sabia que perderiam. A formação tática daquele técnico estava péssimo. - Loki comentou.

- Eu gostei de como o Flávio passava a bola - Billy disse.

Logo depois se arrependeu. Quem que elogia um passe de bola? Ele tinha assistido o jogo do dia anterior justamente para comentar com o grupo e não ser o único garoto que não falasse, tentava de todo modo agradar Teddy, mas o mesmo parecia não dar atenção a ele, mesmo Billy acreditando que Teddy fosse hétero tentava se aproximar do mesmo. Nem que fosse só na amizade e não queria que ele fosse o único do grupo que Teddy não dialogasse.   Já passou tanto tempo sem falar com ele...

O sinal bateu indicando que o intervalo Acabou. E então cada um foi para sua sala no caminho Teddy, Nathaniel e Eli  conversavam.

- Que comentário foi aquele do Billy? - iníciou Nathaniel.

- Pois é - Teddy disse aos risos - não entende nada sobre o futebol.

- Coitado, ele estava tentando se enturmar - disse Eli rindo.

- Esse Billy não sei não, pra mim ele é viado.

-Não acho que ele seja, mas e se ele for Nate?

- Corto a amizade. você ainda seria amigo dele Eli?

- Mas é claro! isso não impediria nada.

- Eu também seria - Teddy comentou receoso.

- Por favor Teddy, você nem fala com ele.

- Não fale mesmo, viado deve-se manter à distância - dizia Nathan.

- Mas se ele for, e não dá em cima de mim não mudaria nada.

- De todos nós, você  é quem mais ele encara Teddy.

- Para Nate. Talvez ele encara pois quer amizade dele só - Eli o repreendeu.

- não sei não, para mim isso cheira outra coisa, cuidado Teddy, pra não andar com ele e virar viado também - Nathaniel ria.

- Eu não vou, gosto de mulher.

- Tenta ser amigo dele Teddy, ele é muito bacana.

- Eu não tentaria, ele vai tentar te beijar - Nathan ainda tirava sarro.

- Fica na sua Nate - Eli o repreendeu novamente - ele não vai tentar te beijar, confia em mim.

Teddy de certo modo ficou feliz por achar que Billy tinha um sentimento por ele, mas incomodado por deixar transparecer isso. Não queria que alguém soubesse que ele é gay.

O período estudantil havia acabado e então todos iam para suas casas. Kate parava as pessoas na porta da escola e entregava os panfletos da sua festa, Billy, Eli, Jonas, Teddy e América esperavam.

- Falta muito? - perguntou Billy.

- Não, só até todos sairem.

- Vem cá, essa festa é comemoração do quê? - Teddy indagou?

- Comemoração da minha existência.

- Não precisa ter uma data comemorativa para fazer uma festa - Eli disse.

- Claro, apenas precisa ter grana, coisas que Kate tem de sobra.

- Óbvio né América, eu sou rica meu bem.

- Me desculpe a intromissão na sua vida Kate, mas a senhora não acha que o dinheiro gasto na sua festa elaborada sem motivo aparente, poderia ser economizado para algum imprevisto futuramente? Como uma crise financeira nas Empresas Bishop? - Jonas exclamou.

- Relaxa aí Jonas, a empresa do meu pai não irá falir tão cedo, estamos no auge das nossas vidas, e para de jogar praga.

- Com certeza - Afirmou Eli.

Billy tentou algo que provavelmente se arrependeria depois.

- Você vai? - perguntou a Teddy.

- Não sei, não estou muito afim de festa.

- Vai! - exclamou Billy - quer dizer... toda nossa turma vai está lá, não seria legal você ser o único faltando.

Teddy sorriu e disse:

- Está bem, eu vou - Billy sorriu junto.

Ele pensou no que o Eli disse e resolveu dar uma chance pra amizade do garoto.

-X-

- Aparece lá hein - disse Kate.

- Eu vou, pode deixar - disse Billy abrindo a porta da sua casa.

- Não se esqueça, Teddy vai ir -Kate provocou.

já havia umas semanas que Kate provocava Billy com isso. Ele sabia que Kate sabia. Ela era sua melhor amiga, sabia tudo dele, não sentia necessidade de sentar e dizer "sou gay", informar alguém de algo que já sabe é inútil. Quando fosse e se fosse necessário ele vai falar que gosta do Teddy.

Billy e sua mãe Wanda sempre foram próximos contudo, nos últimos tempos desde que entrou no ensino médio ele não tem passdo muito tempo com a mãe dele, ele sente a falta da aproximação dela. Billy cumprimentou os pais e subiu para seu quarto, não tardou muito para sua mãe o chamar.

- Filho a comida tá na mesa - disse batendo na porta.

- Ok já estou indo.

Botou a mochila na sua cama, botou o celular para carregar e foi para a cozinha.

- O cheiro tá excelente mãe - disse sentando na cadeira e servindo-se.

- E aí como foi seu dia - perguntou Jarvis, seu pai.

- Bom.

Onde está o Thomas - perguntou o pai novamente.

- A mãe não te disse? Ele foi ao shopping com o tio Pietro.

- E não te levou?

- Não, talvez porque ele não gosta de mim.

- Não fala assim do seu tio, William - repreendeu Wanda.

- Sua mãe não me diz nada, não me deixa informado das coisas.

- Jarvis, aqui não, não na mesa - ela tentou.

- Isso é horrível wanda, seu irmão tem que parar com essa preferência que ele faz, é a segunda vez - Jarvis estava bravo.

- Não é preferência.

- Ah não - Jarvis gritou - é o quê?!

- Pai ei, pai não precisa brigar por isso, não é algo que eu me importe e eu já me acostumei tá, relaxa - Billy acalma seu pai.

- Mas ele trás presente para você William, quem não gosta de alguém não faria isso.

- Mãe ele só trás presentes para mim para disfarçar as evidências.

- Wanda olha - Jarvis disse - eu sei que é seu irmão, mas é preciso ver a verdade, seu irmão precisa parar.

- Por favor deixe as coisas assim, se ele gosta só do Tommy tudo bem, eu posso conviver com isso e não me afeta em nada, por favor não diga nada a ele, não quero que ele me leve para sair contra sua vontade. Não quero encrenca por favor.

- Meu filho... Tão bondoso - o olhar de Jarvis brilhava - está bem se você insiste Não direi nada.

- Vamos comer então? - Wanda finalizou.

Ele não mentiu. Não ligava mais para o seu tio, já se acostumou com a rejeição. Pietro não gosta dele por ser um pouco afeminado e todos naquela mesa sabia disso, ele poderia mudar seu jeito de viver, mas não por causa do seu tio.

Após terminado de comer, retornou ao seu quarto, fez as tarefas que o professores pediram então mandou mensagem para Kate.

" Fez a lição de matemática?"

E no mesmo instante ela respondeu.

"Estou tentando, é tão complicado quanto tirar a verdade de você"

"Qual verdade? Sabe tudo sobre mim"

"Que você gosta do Teddy e que o ama"

Não respondeu aquilo.

-X-

Teddy não gostava de ficar em casa, preferia mil vezes a escola e sempre que chegava a última aula se sentia triste pois sabia que algum tempo depois estaria no inferno que chamam de casa. Ao chegar lá, foi para o seu quarto que ficava no segundo andar, ele divide o quarto com seu meio- irmão mais velho.

-  Eaí - Disse Genis deitado em sua cama mexendo no celular.

- Eaí como vai - respondeu Teddy.

Sua relação com seus irmãos, incluindo Filos, sua meia-irmã também mais velha, era consideravelmente boa, não brigava com eles pois não tinha tempo para brigar, não trocavam palavras. Filos trabalhava e Genis vivia na rua, dificilmente o encontrava em casa. Seus pais Anelle e Mar também trabalham, todos conseguiam chegar antes do jantar. Genis apesar de estar sempre na farra, não deixava de fazer as obrigações de casa. Já todos chegado em casa foram para mesa de jantar.

- Como foi seu dia amor? - Anelle perguntou a Mar.

- Foi bom, tirando a parte que um crioulo derramou um pouco de café em mim, e o seu amor?

- Foi bom também, comigo não teve ninguém atrapalhando meus negócios.

Eu estou tão cansada - desabafou Filos - foi um dia muito puxado.

Enquanto vocês trabalhavam eu me divertia - satirou Genis.

- É; mas isso vai acabar Genis, tá na hora de trabalhar.

- Relaxa mãe, estou na época de curtir, pegar várias mulheres.

- Será mesmo que você pega mulheres? Você nunca trouxe uma namorada para nos apresentar. Tô achando que você pega homens e quer nos enganar - Filos caçoou.

- Acho bom, se eu saber que tá dando para homens, vou te expulsar da minha casa, aqui não tem espaço para viados.

- Por esse motivo Teddy odiava sua família, eram todos preconceituosos, sempre que eles dialogavam Teddy saia de algum modo ferido. Só precisava de um motivo aparente para sair daquele local.

- Tem uma garota que estou ficando há um tempo e quando tiver algo oficial trarei ela aqui - Genis disse após levar a comida a sua boca.

- Sério?! Mar se animou - como ela é? Olhos claros? Cabelo liso?

- Mas é claro, prefiro as buceta rosa, sabe como é.

Todos na mesa riram até Filos que estava exausta, com exceção de Teddy que não via graça nenhuma.

- Eu imagino - Mar disse aos risos - nem pra sexo os criolos servem.

Teddy estava irado. A ponto de bater em qualquer um naquela mesa.

- Dá para não serem preconceituosos pelo menos no jantar? - Teddy disse.

- Qual foi Theodore? Divirta-se com nós - Genis pousou a mão em suas costas.

- Se divertir na base do preconceito não é diversão saudável.

Estava morrendo de fome, mas todos aqueles comentários acabaram com seu apetite, ele mantinha as mãos fechadas com força para não machucar ninguém, era uma forma de amenizar a raiva.

- Só estamos dizendo a verdade os negros sempre foram motivo de chacota - Mar disse.

- Chega! - Teddy deu um soco na mesa que fez com que tudo que estivesse nela estremecer, a mesa ficou com um buraco no local do soco. Levantou da cadeira bruscamente fazendo a derrubar no chão, se retirou da cozinha deixando lá o clima tenso, uma mesa quebrada e uma colher entortada.

Subiu para o seu quarto e lá se jogou na cama afundando o rosto no travesseiro, Não acreditava que uma família fosse tão preconceituosa, racista e homofóbica, odiava aquela vida que tinha com aquelas pessoas, nunca desejou tanto que fosse órfão assim não precisaria escutar aquela baboseira toda. Teddy havia acumulado bastante tarefas escolares e a maioria era para ser entregue na segunda-feira e provavelmente deixaria para outro dia,  porque não estava disposto, o que era mais reconfortante, era saber que no outro dia estaria numa festa com seus amigos. Com Nathan, Eli, Billy...

Iria ver Billy, se sentia tão feliz. Queria poder conversar com ele, queria poder compensar todo o tempo perdido longe dele.

Seu pai bateu na porta e Teddy não respondeu, se sentia na liberdade de entrar então o fez.

- Theodore podemos conversar? - perguntou Mar, sentando na beirada da cama.

- Pode falar - Teddy não saiu da posição que estava.

- Filho, talvez nós tenhamos passado um pouco do limite - talvez? Isso fez Teddy se estressar mais ainda. - Eu não entendi qual foi o motivo disso tudo ter te irritado, mas se nossas brincadeiras te magoou, nos desculpa.

Teddy se levantou, se sentou na cama e suspirou fundo.

- Está tudo bem pai - sorriu fraco - só estou estressado com a minha escola, hoje foi cansativo sabe, as matérias, o treino.

- É só isso mesmo? - Mar olhou fixamente para seu filho.

- É sim, eu que te devo desculpa por agir daquele jeito.

- Sabe o que desestressa? Sexo. Você precisa comer uma buceta, todo o nervosismo vai embora quando você gozar.

- Claro - Teddy disse com um tom sarcástico.

- Eu te amo filho, você sabe disso. Fique bem - Mar o abraça pelos ombros.

- Irei ficar - seu pai então saiu do quarto e Teddy voltou a se deitar na cama.

O loiro preferia que seu  pai não viesse falar com ele, só piorou as coisas, Mar sabia que Teddy não estava estressado por causa da escola, porém preferia não queria saber o real motivo. O loiro tinha mais do que certeza que a culpa não era de sí mesmo, ele queria queria dizer ao pai toda a verdade. O que realmente o magoou e que teme que fosse gay, mas desabafar a tal ponto traria muitos problemas e discussões desnecessárias.