Ainda lembro o som dos gritos como se fosse ontem
Brisa o que você fez?
Desde que aprendi a controlar o meu elemento tenho que servir a Terra, derrubar aviões , trocar a direção dos ventos marítimos, tudo isso para servir a ELA. Ar, meu elemento, e com ele matar pessoas para alimentar-La.
-Brisa? Acorda! –uma voz distante me puxando de volta a realidade
-Eu estou acordada! –exclamei entre risos
-Sei . –respondeu ironicamente a voz
-Mayim, o que você acha do seu emprego?
-Qual deles? O meu antigo ou de agora?
-Os dois, como era ser enfermeira? E como você se sente matando várias pessoas?
-É estranho, até trinta anos atrás eu salvava vidas e agora às tiro –Mayim é interrompida por Alethea
-Francamente, caçar a comida Dela é complicado! –reclamou se jogando no sofá
-Acho que seria bem mais fácil se você tivesse esperado a Terra te dar a pasta com a localização deles. –criticou Mayim cruzando a sala com alguns livros nas mãos. O elemento dela era o gelo, mas como morávamos em um lugar bem quente ela sempre precisa viajar para lugares mais frios, e era muito raro ela ficar muito tempo em casa
-Você fala como se fosse fácil! Estou tentando me superar no requisito SER ÚTIL, não se lembra o que a Terra me ameaçou da última vez? –Alethea quis relembrar. Realmente, a Terra estava a ameaçando de morte por ela não estar servindo-A corretamente, e desde então Alethea vem tentando agrada-La
-Mas para ser ÚTIL não precisa quase se matar de cansaço só para acabar se iludindo e achar que esta fazendo algo de útil da sua vida. –rebateu Mayim
-Você diz isso porque não é com você! –Alethea berrou
Mayim cruzou a sala até ela que se desmanchava em lágrimas com o rosto enterrado nas mãos.
-Realmente não tenho como saber a pressão que está te rodeando, mas não quero brigar contigo, só acho que você deveria se acalmar e relaxar um pouco, espere a Terra te entregar a pasta e você então vai procurar as próximas embarcações, voos e as vítimas, não é Brisa? –Indagou ela com uma das mãos no ombro de Alethea
-Isso mesmo que ela falou, não temos como saber a pressão que está nos seus ombros, mas pelo ou menos conseguimos ser úteis te falando que não é preciso você se exigir mais do que o normal. –tentei consolar minha irmã que já tinha os olhos inchados
-Obrigada meninas, sério mesmo. –Disse Alethea que levantou em um pulo para dar um abraço coletivo.
No dia seguinte acordei um pouco mais cedo para poder estudar um pouco mais a minha pasta.
“Owen Hittey”
Um homem de mais ou menos 1,72m, aparentava ser um senhor de uns 67 anos talvez. Baixo de barba branca, me lembraria daquele rosto.
-Brisa? –Mayim me chamou
-Entra
-Ei, o que você acha de irmos para o oceano um pouco? –ela indagou com um sorriso no rosto e as costas pregada na porta
-Vamos, quero pensar que consigo me sentir envolvida por Ela. –claro que iria me sentir envolvida por Ela, até porque a água pertence a seus domínios
-Irá se sentir
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