História Os Filhos da Outra - Capítulo 18 - Oh Linda e Bela Adormecida

Capítulo 18 - Oh Linda e Bela Adormecida

Pov's Naruto

O quarto era extremamente grande, na verdade uma suíte, nas cores claras, achei melhor não dar tanta atenção ao luxo, entrei no banheiro, e tomei um banho de chuveiro, apesar de ter uma banheira bem espaçosa, depois do banho, vesti uma roupa confortável, e fui até ao quarto da Ino.

 Se o meu quarto era grande, o da Ino era maior, tinha mais espaço, apenas uma mesinha de vidro no centro, duas poltronas brancas, e um criado mudo ao lado da cama.

 Havia uma porta que levava a uma área de lazer com um porch swing, tinha uma bela vista para o jardim. 

Puxei uma das poltronas para mais perto da cama, sentei, peguei meu celular, e procurei uma história em PDF que havia salvado, A Bela Adormecida, era assim que minha irmã se encontrava, uma jovem garota com uma beleza maravilhosa, presa em um sono profundo. 

- Ino, hoje eu vou ler uma história pra você, sei que não faz muito meu feitio, mais por você vale a pena.

Era uma vez... 

[•••]

E eles viveram felizes para sempre. 

- Queria que fosse tão fácil assim, resgatar você apenas com um beijo. _ seguro em uma das suas mãos, aproximo meu rosto, e beijo Ino no rosto. _ Eu te amo irmã, só tenho você agora. _ por segundo, eu sinto um aperto em minha mão, mais logo afrouxa. _ Ino, você pode me escutar? Se você consegue, aperta minha mão de novo. _ esperei, mais nada aconteceu. _ Eu sei que você consegue, e que não foi coisa da minha cabeça, vamos, tente outra vez. _ esperei, mais o resultado foi o mesmo. _ Oh linda e bela adormecida, eu jamais irei desistir de você.

- O que está fazendo aqui? _ me assusto com a voz de Minato, Sasuke o acompanha._ Estamos esperando você para jantar. _ ele fala no meu idioma. 

- Eu não quero, não estou com fome. 

- Mais você vai jantar do mesmo jeito, não faça essa desfeita para sua família. 

- Eu já disse que a minha família é minha irmã. 

- Nós também somos sua família, venha logo jantar, não quero dar motivos pra sua avó sair dizendo que você está passando fome. 

- Eu não quero comida japonesa. 

- Qual o preconceito? _ Sasuke apenas observa a discussão. 

- Nenhum, mas sou americano, gosto de fast food, hambúrguer, refrigerante e batatas fritas.

- Se você não descer para jantar com sua família, eu vou deixar sua entrada no quarto de Ino proibida.

- Você não pode fazer isso, ela é minha irmã, tenho todo o direito de vê-la quando quiser.

- Você deve ser simpático com seus familiares, não seja antipático. 

- Antipático? Antes antipático do que falso, mas afinal o que é ser simpático? Fingir que "AMO" a "SUA FAMÍLIA PERFEITA"? Muito obrigado, mas você não é ninguém pra me dizer nada. _ Aumento o tom de voz. 

- Parem, os dois já estão indo longe demais, abaixem o tom de voz, aqui não é hospital, mas lembre-se onde estão. _ Sasuke nos restringe em japonês._ Por favor se retirem, e acalmem os nervos fora do quarto, ela não merece energia negativa em seu ambiente, essa discussão não à ajuda em nada. _ olhei para minha irmã, e saí do quarto, com Minato em meu encalço, mas antes que ele quisesse retomar a discussão, eu entro no meu quarto e fecho a porta na cara dele. 

- Naruto, abra essa porta imediatamente.

- Caí fora. 

Pov's Sasuke 

Me aproximo da cama de Ino, e verifico os batimentos cardíacos dela, estavam acelerados. 

- Esse barulho deixou você nervosa não foi? _ observo atentamente a feição de Inocence, estava triste, e os cílios parecia úmido, toco neles, e estavam molhados. _ Não der atenção a esses idiotas, eu sei que está me escutando, só não sei se pode me entender, espero que sim, pois eu vou ser seu médico apartir de hoje, e pelo o que me parece, você está reagindo, e logo você vai acordar. _ verifico a temperatura. _ Eu entendo você, eu sei quanto é ruim, querer acordar de um pesadelo que nunca tem fim, revivendo repetidamente o momento da tragédia, como um eco.

- Meu amor. _ Karin fala com a cabeça entra a porta, com aquela voz melosa. _ Eu preciso falar com você sobre o nosso noivado. 

- Eu já estou indo Karin. 

- Vou esperar você no quarto, já que o filho da outra se recusa a jantar conosco, o que ele tem na cabeça pra se achar melhor do que nós? 

- Eu entendi Karin, já disse que já estou indo. _ ela fecha a porta e sai._ Espero que você não seja tão bipolar como a sua irmã. _ suspiro fundo. _ Mulher rebelde até que dar pra encarar, mas aguentar uma mulher bipolar, o homem tem que ser um herói.

Pov's Minato

- Você não precisava trazer os seus filhos bastardos para a nossa casa, poderia ter alugado um apartamento para eles viver._ Gaara fala serio e frio, não estava gostando nada da idéia.

- Cala a boca Gaara._ Kushina responde com os olhos pegando fogo._ Todos nós sabemos que a situação é constrangedora, mas eles são seus irmãos, e não tem para onde irem, se coloque no coloque no lugar deles. 

- Se você e Karin tivessem 17 anos, e do nada ficassem orfãos, sem saber a onde ir e sem ter a quem pedir ajuda, o que você iria fazer? _ pergunto e Gaara fica em silêncio. 

- A culpa do seu pai ser um sem vergonha não é deles, eles são apenas vítimas, se quer ter ódio ou culpar alguém, culpe Minato. _ Kushina fala apontando pra me. 

- Eu? Kushina tente me entender, ninguém é de ferro, foi uma recaída. 

- Uma recaída? Dividida em quantas partes?_ ela pergunta irritada, Gaara já havia saído de mansinho._ Em quantas partes Minato? Dez, vinte, cinquenta?

*

8 Horas mais tarde

3:53 da manhã 

*

Pov's Ino

"Uma linda visão, um céu carregado de nuvens, um mar azul como turmalina, e uma costa com areia branquinha.

Sozinha no silêncio de uma ilha deserta, sentada na praia e sem ninguém pra conversar, esperando embarcações para sair desse lugar, é uma sensação angustiante, um vazio no coração, e um frio na barriga.

O dia vai passando, o sol se pondo, e a esperança morrendo...

Distante, bem distante, um ponto no meio do mar, surge um barquinho a navegar, levanto, e grito por socorro o mais alto que minha garganta possa suportar, mas minha voz não consegue alcançar seus ouvidos, grito várias, e várias vezes seguidas, mas o barco começa a se afastar, o desespero de perder a única oportunidade de sair da solidão aparece, com medo, corro em direção ao mar, me lanço nele como se fosse um colchão de molas, nado o mais rápido que podia, mais de acordo que seguia nadando, o barco sumia de vista, o céu se tornava negro, sem e estrelas e sem lua, iniciando rapidamente uma forte tempestade, o mar fica agitado, e as ondas começam a me afundar, me jogando de lado para o outro, sem poder subir para a superfície, sinto o ar em meus pulmões se desfazendo...

De olhos fechados, o medo de morrer é aterrorizante, clamo a deus por ajuda, e ao abrir os olhos, o perigo desaparece, agora estou dentro de um carro, e ao contrário de antes, não estou sozinha, estou com a minha família, isso acalma o meu coração, mas...

Mas olho pela a janela, e vejo os faróis de um carro em alta velocidade, tento fechar os olhos, mas não consigo, apenas fico esperando o impacto, ao mesmo tempo que vejo toda minha vida se passar diante de meus olhos, o carro vai se aproximando, e a luz em meus olhos ficando mais forte."

Abro os olhos em desespero, com a respiração forte, o coração quase saindo pela boca de tão forte que batia, olho em volta, e me encontro deitada na cama de um quarto desconhecido, dois abajus iluminava o quarto em meia luz, ao meu lado direito, no escuro, e olhando pela a janela, havia um homem de costas, o físico era parecido com o homem do meu pesadelo, esse com certeza deve ser outro sonho ruin.

Aparentemente ele parece não perceber minha presença, com medo de ser outro pesadelo, decido chamar sua atenção. 

- Quem é você?