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História Os Filhos do Hulk (The New Generation Livro 1) - Capítulo 3


Escrita por: BrunaRogers

Capítulo 3 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Os Filhos do Hulk (The New Generation Livro 1) - Capítulo 3

Eles acordaram há algumas horas, com fome e sem nada para fazer, os dois decidiram dar uma volta pelo local, mesmo sem autorização. Os irmãos saíram do quarto, sorrateiramente, esperando encontrar alguém guardando a porta, mas não havia nada para impedi-los de saírem.

Skaar olhou para irmã, antes de observar o estranho corredor vazio.

— Isso é estranho? — disse ele para o corredor vazio.

— Pode ficar aí dentro se quiser.

Ela deixou seu irmão na porta, andando pelo local em busca de pessoas e comida.

A morena virou a esquina entre dois corredores antes de seu irmão finalmente aparecer ao seu lado. Ela sabia que ele a seguiria, Skaar desconfiado do jeito que é, principalmente em lugares desconhecidos, era óbvio que ele não a deixaria sozinha.

— Como um lugar tão grande pode estar vazio? — disse Ayla depois de andar por um tempo.

Alguém limpou a garganta atrás deles, assustando-os. Eles se viraram rápido em direção ao som, Ayla empurrou o irmão para trás, para dar tempo dele se transformar, enquanto estendia o braço para alcançar a espada que normalmente ficava em suas costas, mas tudo isso não passava de um velho hábito. Ela estava sem sua espada, Skaar não precisava de mais do que dois segundos para se transformar, e a pessoa à frente deles não estava atacando eles.

O homem de olhos azuis não fez nada além de encará-los, as mãos levemente levantadas para sinalizar que não era perigoso. Por mais que seu irmão claramente não acreditasse nisso, Ayla por alguma razão confiou no homem a sua frente.

— O que aconteceu com o seu braço? — Skaar perguntou quando percebeu que não havia perigo imediato.

O sakariano se lembrou do homem de braço de metal lutando contra o lagarto gigante na noite passada.

O homem estranho relaxou os ombros com a pergunta do garoto. Bucky realmente não esperava esse tipo de pergunta direta, muito menos conseguir entender o que ele fala. Ainda é um pouco estranho a forma como eles pronunciam as palavras, mas ainda é possível entender.

— Acidente de trem — Bucky disse levantando o braço de metal lentamente, para que o garoto pudesse ver, mas não se assustassem.

O ex soldado percebeu como os olhos do jovem brilharam, ele parecia gostar de coisas de metal ou brilhantes.

— O que é Trem? — A garota perguntou, claramente excluída depois que o irmão a empurrou para o lado para ver mais de perto o braço de Bucky.

— É um tipo de veículo, usado para viagens longas em terra.

Ela balançou a cabeça com a resposta olhando para o irmão que estava voltando a forma humana, mas ainda fascinado com o braço de metal, não que ela não o entendesse, aquilo parecia uma arma muito boa, principalmente se todo o resto no homem a sua frente é igual aos humanos fracos.

Ironicamente, Skaar sempre gostou mais de armas do que ela própria que não tinha a vantagem de altura e nem conseguia usar a força física do mesmo modo que o irmão não tinha tanto fascínio por objetos mortais.

Enquanto o irmão fazia mais perguntas sobre como o homem na frente deles havia conseguido aquele braço, Ayla se virou para voltar a sua busca por comida. Seu irmão podia se virar sozinho, mas ela estava faminta e com o pouco tempo de sono que teve desde a fuga de Sakaar seu humor estava começando a ocilar.

— Vocês precisam de algo? — ele perguntou vendo a garota se inclinar um pouco para esquerda atrás do irmão — Eu sou Bucky aproposito.

— Skaar — o garoto falou apontando para si mesmo e então para a irmã — Ayla.

— Comida — ela respondeu ainda de costas para os dois.

— A cozinha fica por aqui — Bucky apontou para um caminho diferente dos dele — posso levar vocês até lá.

— Sim — Skaar respondeu muito rápido e animado.

Bucky apenas assentiu e começou a mostrar o caminho para eles, pela visão periférica ele viu quando Ayla deu uma cotovelada no irmão que respondeu com um empurrão que só não a jogou na parede porque ela segurou o braço dele enquanto ia para trás. Antes que Bucky pudesse falar algo, os dois se aquietaram e continuaram o caminho em silêncio.

Parecia uma briga típica de irmãos implicando um com o outro, mas o ex soldado desconfiava que era possível deles destruir facilmente as coisas ao redor, pois eles não pareciam controlar a força que usavam um com o outro.

[...]

A manhã chegou bem rápido considerando que ele praticamente não dormiu, seu cérebro não desligando o tempo o bastante para poder descansar. Bruce foi em direção ao laboratório de Stark para conversar com ele, por mais que ele não tivesse certeza se Tony estaria ali ou não, Banner só precisava falar com alguém no momento.

No meio do caminho ele encontrou Natasha que vinha da direção dos escritórios.

— Bom dia — ela o comprimento com um leve sorriso de simpatia.

— Dia — ele respondeu — o que aconteceu?

Estava na cara dela de que algo tinha acontecido, ele torcia para que não envolvesse os seus filhos.

Quão estranho pode ser pensar assim deles mesmo sentindo que é quase natural? ele se perguntou esperando a resposta dela.

— Você e os gêmeos têm uma visita — ela apontou para a direção das salas de reuniões.

[...]

A visita de Nick Fury já era esperada por metade dos Vingadores, afinal qual seriam as chances de dois alienígenas com radiação gama no sangue caírem, literalmente, do céu e Fury não aparecer logo depois querendo informações? Resposta: Isso nunca vai acontecer.

— O que você quer Fury? — o cientista questionou se sentando numa das cadeiras preparado para uma longa discussão sobre os adolescentes que estavam meio que sob sua proteção.

— Duas criaturas aparecem dizendo que são seus filhos e você não me avisa? — Fury diz de braços cruzados.

— Não sei como isso é da sua conta — ele desafia o homem à sua frente — afinal eles são meus filhos, como você mesmo disse, não seus.

A carranca do homem negro do outro lado da mesa piorou muito, se isso era possível. Natasha estava sentada a duas cadeiras de distância de Bruce, prendeu a risada ao ouvir o cientista desafiando o velho diretor da SHIELD. Steve estava por sua vez tentando controlar Tony, que praticamente queria se meter na discussão.

[...]

— Você está meio pálida — Bucky comentou enquanto Ayla terminava de comer — Você está bem?

Imediatamente Skaar levantou a cabeça do seu prato de comida, e olhou para a irmã. Ayla segurou um bufar, Skaar já estava preocupado o bastante com ela sem alguém comentando que ela não parecia tão bem assim.

É claro que ela não está bem.

Eles quase morreram mais de uma vez no mesmo dia, ela foi atacada e só escapou pela ajuda de outra pessoal. Eles só escaparam de um planeta em destruição por muito pouco, e perderam alguns amigos, os únicos que tinham, no caminho. Eles viajaram por sabe-se lá quanto tempo até chegarem à Terra. Ela não conseguia dormir sem ter pesadelos e não comia direito a anos. Ela estava ficando estressada.

Ela fechou os olhos para se impedir de descontar o estresse no irmão.

— Ayla — ela ouviu o irmão falar baixinho. Engraçado ele nunca foi de sussurrar.

 

 

— Ayla — Skaar gritou segurando a irmã quando ela tombou para o lado na cadeira.

Bucky se aproximou dos dois quando percebeu que a garota estava perdendo a consciência. Ele chegou nela após Skaar, e o garoto estava sacudindo a irmã com força pelos ombros.

— Calma — Bucky disse procurando o pulso dela.

— Ela está...?

— Ela está viva, ela desmaiou por alguma razão.

Skaar soltou um longo suspiro caindo de joelho ao lado da cadeira da irmã ainda segurando o corpo dela no lugar.

Ele sabia que a falta de tempo de sono da irmã cobraria seu preço, ele só não esperava que fosse desse jeito.

— Ela só está dormindo — ele afirma se levantando — Vou levar ela para cama.

— Acho melhor levar ela pra enfermaria, só para ter certeza — Bucky fala ajudando a apoiar a cabeça dela no ombro do irmão.

— Ela só precisa dormir — Skaar afirma mais zangado.

Ele deveria ter feito a descansar antes, ele deveria ter obrigado ela a dormir, mas não ele tinha que se deixar levar pela dor de suas costelas e cabeça e ignorar o comportamento imprudente da irmã.

[...]

Bucky acompanhou os gêmeos de volta ao quarto onde eles foram postos. Assim que Skaar colocou a irmã na cama, o ex soldado percebeu que não havia discussão ali, não haveria conversas tão cedo, pois Skaar não aparenta deixar o lado da irmã tão cedo.

Bucky teve que passar por vários treinamentos, e já conviveu com muitas pessoas, e ele sabia reconhecer os sinais de exaustão física e mental, algo parecia não estar sendo dito entre eles, mas ele também não podia esperar que os gêmeos falariam tudo sobre si mesmo tão rápido. Eles claramente passaram por muitas coisas se as cicatrizes antigas em seus braços podia ser um indício.

Ele os deixou sozinhos, voltando para a área comum da sede, quando uma capa vermelha surgiu dentro do seu campo de visão, Bucky se virou para se encontrar com o ex-médico que agora é o Mago Supremo.

— Doutor Estranho — o super soldado disse desviando seus pensamentos dos filhos do Bruce Banner — veio conhecer os filhos do Hulk?

— Se não fosse o fato de que a única novidade que vocês tenham seja os dois, eu pensaria que você é um pouco místico.

— Bem, Fury também está aqui — Bucky respondeu. Ele tinha visto o carro do Diretor da SHIELD, chegando poucos minutos antes de encontrar os gêmeos — Eu te acompanho até eles.

[...]

— Apenas quero interrogá-los — Fury dizia enquanto Bucky e Dr. Estranho entraram no local.

— Não vai interrogar meus filhos, Fury — Bruce disse ignorando as novas pessoas na sala — Eles são apenas crianças.

— Sério? Eles destruíram parte da cidade.

— Quase todos destruíram parte de Nova Iorque, Fury — Tony disse sentado no fundo da sala — seus superiores enviaram um míssil para destruir a cidade.

— É um pouco hipócrita da sua parte querer prendê-los por isso — Natasha disse olhando para o ex chefe.

— E se fosse apenas uma conversa? — Stephen questionou fazendo-se notar naquela sala.

Bruce olhou para o Mago com curiosidade, o motivo ou melhor os motivos de Fury estar ali e querendo tanto falar com os irmãos são claras e óbvias, porém por que O Mago Supremo tem algum interesse nos dois?

— Seus filhos — Stephen disse ignorado a presença de Fury, afinal os dois não morrem de amores um pelo outro — digamos que acionam o alarme místico de problemas.

A curiosidade tomou conta de todos naquela sala, agora Fury teria argumentos de sobra para atazanar a vida de Bruce e de seus filhos. Não que o cientista não estivesse preocupado com essa nova história de problema místico, até dez ou quinze minutos atrás o maior problema dele era ter de uma hora para outra não um mas dois filhos adolescentes com poderes gamas e não muito controlados. Agora, ainda tem essa coisa de misticismo envolvido.

Por que diabos duas pessoas com o tipo de força de um Hulk iriam se envolver com misticismo? Bruce pensou analisando os rostos de todos na sala.

Assim que olhou para Steve e Natasha, o cientista teve certeza de que não era uma questão, no fim, teria que deixar um dos dois homens falar com os gêmeos.

— Certo — Bruce disse concentrando-se — que tipo de alarme místico?

— O tipo ruim — Stephen olhou ao redor e constatou que Thor não estava na sala — o tipo Loki ou pior.

As coisas podem piorar? ele pensou, fechando os olhos por um momento.

— Está bem, você pode falar com eles Doutor — Bruce deu o braço a torcer, nada feliz com isso.

— Vai ter que esperar até mais tarde — Bucky disse em seu canto.

— Por quê? — Fury perguntou inclinando-se sobre a mesa.

— A garota, Ayla, está dormindo — o moreno respondeu — parece que ela já não faz isso há um tempo.

— Como sabe disso? — Bruce perguntou.

— Eu ouvi eles conversando a pouco tempo.

— Mas e o garoto, qual o nome dele? — Steve perguntou olhando para Banner.

— Skaar — Bucky respondeu novamente — vão ter que perguntar  se ele aceita falar com o Doutor.

Bruce ficou encarando o soldado moreno por um tempo, ele parecia ter conseguido se comunicar com os gêmeos, coisa que nem ele mesmo fez.

 



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