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História Os Fremmer. - Parte II


Escrita por: TheMoon__

Notas do Autor


Olá :33

Capítulo 2 - Parte II


Fanfic / Fanfiction Os Fremmer. - Parte II

A brisa de fim de tarde me deixava alegre, eu me sentia livre, fiquei fitando a ilha, enquanto o barco ia a toda velocidade para a mesma. Devo admitir que era um tanto quanto assustador. Dei de ombros, afinal, é só mais um trabalho. 

Aqueles olhos verdes cintilantes não saiam da minha cabeça, céus, que moça encantadora, fique fascinado no momento em que a vi, ela parecia ser compromissada, afinal, não tinha como um brotinho desses estar voando solto por aí. Suspirei alto. Um dos policiais que estava cuidando do caso veio até mim.

- Sr. Cooper, eu sou o oficial Harrison, é o senhor o responsável pela venda da casa? - Perguntou-me sério.

- Sim, sim. Muito prazer oficial.

- Olha, garoto. - Ele suspirou receoso. - Por que não volta ao amanhecer?

- Preciso adiantar o serviço, a empresa quer os papéis na segunda de manhã.

- Você não deveria ficar lá sozinho, nossa equipe acha que o local ainda não está totalmente seguro. - Disse ele olhando em volta.

- Não se preocupe, oficial, eu ficarei bem! São só alguns papéis. 

- Tudo bem, mas fique sabendo que o barco só volta de manhã. Boa sorte.

Eu apenas acenei para concordar, não entendia o porquê de tanto pavor, eles já estavam quase pegando o assassino, e além do mais, ninguém ia querer sacrificar-me, eu não tinha nada a oferecer, sou só mais um jovem petulante.

Assim que os policiais recolheram suas coisas e o barco saiu, fitei a casa, observando cada detalhe mórbido. Era uma casa entanto, pena que vai estar desvalorizada por conta do ocorrido. Peguei a chave no bolso do paletó e abri a grande porta de entrada, assim que pus os pés na mansão, senti um calafrio na espinha, essa era a sensação de ser rico? Não sei, mas me deixava nervoso.

Observei a decoração, os mais novos móveis de alvenaria estavam espalhados por toda casa, fotografias e pinturas estonteantes, eu certamente estava admirado. Havia uma grande escadaria que levava ao próximo andar, eu esperava encontrar os papéis logo, precisava mapear a casa. Subi as escadas olhando o papel de parede já descascado. Havia uma pintura em especial que me chamou a atenção, uma mulher com um coque alto e vestes pretas, estava ao lado de uma criança, com os mesmos traços da moça. Seria a Senhora Fremmer? Caso fosse, quem era a criança? Deixaram explícito que não havia herdeiros, e essa é a razão de eu ter sido contratado. Fiquei com esse pensamento importunando-me, me adiantei e segui para o corredor. Abri a primeira porta, era um quarto claro, havia cortinas brancas e reluzentes, uma cama alta com um dossel que também era claro, parecia tão natural, tão feliz e tranquilo, mas sabemos que a casa era um antro de negatividade. Continuei. Abri a segunda porta, um enorme banheiro, com uma jacúzi, último modelo, eu suponho, as toalhas de linho dobradas simetricamente e as luminárias me fascinaram. Andei mais um pouco, até achar o que eu realmente queria, um escritório. 

Vasculhei as gavetas da grande escrivaninha de carvalho, dentro de uma delas havia charutos caros, que eu logo apanhei e os guardei, quando o fiz, senti novamente o arrepio, eu estaria ficando resfriado? Eu espero que não. Olhei para um espelho que estava deliberadamente tordo no cômodo gigante, fitei meus olhos azuis, estavam cansados, o cabelo claro já dava indícios de que era preciso apará-los. Naquele instante, fitando a mim mesmo, pensei ter visto longos dedos na parte lateral da porta, mas como eu viajara muito, não dei devida importância, estava cansado e a mente prega peças. Sentei-me na cadeira confortável, que pertencera ao Senhor Fremmer, e comecei a tirar meus apetrechos de trabalho, passei horas a fio organizando registros e pagamentos, analisei a árvore da família mais uma vez, para ter certeza de que não havia nenhum herdeiro. Olhando mais de perto naquele papel amarelado e antigo, observei um nome apagado, logo após acabar nos Fremmer, eu devia estar doido. Acendi o charuto, o traguei algumas vezes. desabotoei meu casaco pesado, coloquei-o na cadeira e abri os botões da camisa, deixando a vista o peitoral branco e cansado. 

Acordei assustado, apalpei o casaco para achar o relógio de bolso, marcava 2h17, minha cabeça girava, como se eu estivesse embriagado, levantei-me com dificuldade, jurava que havia deixado a porta aberta, agora a mesma encontrava-se fechada e um ar gélido tomava conta do quarto. Girei a maçaneta e abri a porta, a casa estava tomada por uma escuridão abcessa. 

- Essas velas, eu hein. - Falei em voz alta. 

Assim que terminei a frase, ouvi uma risadinha suave. Olhei tentando me encontrar na escuridão.

- Alguém? - Perguntei, mesmo sabendo que não havia ninguém. 

Como já era esperado, não obtive nenhuma resposta, voltei para o escritório e olhei pela grande janela coberta de poeira. Um carro preto saia em direção ao rio, uma senhora me fitava, ela estava na parte traseira, comecei a sentir estranheza, por quê uma senhora sairia a essa hora? E outra, como ela sairia? Não há barcos agora. Observei o carro, que aumentava gradualmente sua velocidade, se eu não jurasse que estava acordado, não acreditaria. O carro simplesmente entrou mar a dentro. A sensação de agonia tomou conta de mim, peguei uma maço de velas, eu estava nervoso, minhas mãos tremiam em respostas, a vela custou a ascender, havia muita umidade. Assim que o fogo se estabilizou, eu corri pelas escadas, destranquei a porta e saí em direção ao mar, eu gritava desesperado.

- EI! ALGUÉM? AJUDA! 

Cheguei nas margens das águas negras e nada parecia ter caído lá, muito menos um carro com uma senhora esquisita. Olhei em volta tentando achar alguma resposta, ao olhar para esquerda, jurava ter visto olhos reluzentes perto de uma  figueira, que logo em seguida, desaparecera.



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