História Os Gêmeos Bieber - Alguém Que te Dá Tão Pouco

Amber Ren P.O.V

Nova York

Justin estava me fitando a alguns segundos, ele piscou algumas vezes e respirou fundo tirando os óculos enquanto se sentava na cama. Ele me olhou e logo abaixou o olhar quando eu comecei a rir. Rir porque ele ficava tão fofo quando estava envergonhado.

-O-o que vo-você quer comigo? -Ele disse e eu ri.

-Eu tenho mesmo que te explicar? -Fui em sua direção. 

-Amber, por favor.

-Xii. Não, não. -Segurei seus ombros e me sentei em seu colo.

Olhei no fundo dos olhos dele e me aproximei pra beija-lo mas ele se afastou. Que droga, por que ele tem que se importar tanto com o Jaxon? Jaxon sempre humilhou ele, sempre colocou ele pra baixo. Já destruiu inúmeros livros de Justin apenas pra vê-lo chorar. Por que ele tinha que se importar tanto com o babaca do irmão dele?

-Jaxon é meu irmão. Desculpa, não posso fazer isso com ele.

-Pode! Ele sempre te humilhou. Ele machucou você e eu e eu to pouco me fodendo pra ele. Eu sei que você é louco pra ficar comigo, então não tente me enganar.

-Isso não é verídico. -Ele disse e eu gargalhei.

-É obvio que é. Então por que você fica de pau duro quando me vê transando com seu irmão?

-Mas eu não fico por ele, eu fico por você... Eu não sou gay.

-Eu sei que você fica de pau duro por mim e não por seu irmão, eu sei que você não é gay e sei também que você acabou de confessar que me deseja.

Justin ficou em silêncio e apenas abaixou a cabeça. Então eu fiz algo que eu queria faz muito tempo. Beijei ele. 

Ele tentou me empurrar mas isso só me fez firmar mais ainda as minhas mãos em seus ombros, fazendo ele relaxar. Minha linguá caminhou por sua boca de maneira suave. Justin era BV, disso eu sei, mas não parecia, porque ele beija maravilhosamente bem. Seus lábios tinha gosto de hortelã e ele foi de longe o melhor beijo que eu já dei em toda minha vida. O nosso beijo era suave, sem muita pressa, e que envolvia sentimentos. Já o meu e de Jaxon não, era sempre muito bruto e fogoso. 

-Amber, isso é errado.

-Eu sei que é. E eu não me importo nem um pouco com isso. 

-Por que tá fazendo isso?

-Porque eu sempre tive vontade de fazer isso e porque nesse momento Jaxon está agarrado naquela maldita festa com a garota que eu mais detesto. Eu o amo, isso eu não posso negar. Mas eu não vou ficar reprimindo desejos enquanto ele fica com todo mundo.

-Não seria mais fácil terminar do que você trair ele também?

-Como eu disse, eu o amo. 

Empurrei Justin com as mãos fazendo ele cair na cama, me aproximei dos seus lábios e o beijei mais forte ainda. Dessa vez com mais vontade, com mais fogo mas ainda sim, sem muita pressa. Senti o membro de Justin dar sinal de vida lá em baixo e eu sorri com isso, dando uma reboladinha ali, fazendo ele gemer baixinho. Decidi que essa noite era minha e que foda-se o Jaxon. Tirei a camiseta de Justin e arranhei seu torax, fazendo ele se arrepiar por completo. Parei por um momento e olhei nos seus olhos, apreciando o quão lindo ele é. Porra, por que ele tem que ser tão maravilhoso assim?

Quando ia puxar a bermuda dele, Justin segurou minha mão e eu olhei pra ele, parando qualquer coisa que eu iria fazer dali em diante.

-N-não. -Ele respirou fundo, corando. -Eu não estou preparado. 

Abri a boca diversas vezes, demonstrando o quão assustada eu estava, isso fez ele ficar envergonhado. Ele corou e respirou fundo, vestido a camiseta.

-Desculpa! Não posso...

-Transar? -Ele corou e assentiu.

-Com a namorada do meu irmão. Ainda mais quando ela quer se vingar dele.

-Ei, espera ai! Quem você tá achando que eu sou? -Perguntei com ignorância. -Eu não quero me vingar bosta nenhuma de Jaxon, eu fiz isso porque é algo que eu sinto vontade a tempos. Você não estar preparado pra transar eu entendo e acho fofo, agora você vir dizer que eu estou te usando...

-Desculpa! -Ele respirou fundo. -É que nunca nenhuma garota olhou pra mim, alias, tudo que elas fazem é zombar da minha cara por eu ser nerd. Eu desconfio que isso seja mais uma das brincadeiras de Jaxon pra me ver triste.

-Eu nunca faria isso.

-Você zombava de mim também, mas depois começou a me defender. Por quê?

-Meu pai. Ele me bateu. -Ri. -Ele me fez entender que cada um pode ser da forma que quiser e isso não é da minha conta.

-Seu pai era um homem bom. 

-Ele era um homem maravilhoso. -Sorri. -Não entendo como nunca ele pode ter arrumado uma namorada depois da mamãe.

-Ele era muito na dele. -Assenti.

-Você acha que talvez ele esteja orgulhoso de mim? -Ele sorriu.

-Sem sombras de duvidas. Ele com certeza está orgulho de você.

-Eu tenho aceitado tão pouco...

-Não importa o que você esteja fazendo, seu pai sabe que você erra, vai errar muito ainda e ele se sente orgulhoso mesmo assim.

-Ele dizia que queria que eu ficasse com você! -Ele sorriu.

-Ele me disse uma vez, pra eu tentar beijar você. Foi logo no começo que Jaxon te assumiu pra família.

Beijei Justin mais uma vez. Eu estava começando a me viciar em seus lábios, no seu sabor tão gostoso. Dessa vez ele não tentou me afastar e sim me puxou ainda mais pra perto, colocando suas mãos na minha cintura. 

Mais tarde eu estava deitada no peito de Justin enquanto ele me contava algumas coisas da sua infância. Na maior parte do tempo eu me pegava o beijando sem parar. E ele aceitava meus beijos, mesmo que corasse a todo momento.

-E se Jaxon voltar? -Ele disse me olhando.

-Ele não vai voltar hoje. -Disse abaixando o olhar.

-Como sabe?

-Ele está com a Tiffany. Quando eu não vou pra festas com ele, ele dorme com ela.

-Sinto muito.

-Tudo bem. 

-Ele não deveria te trair. Digo, você é linda. -Ele corou. -Acho que qualquer garoto gostaria de ficar com você.

-Não. -Neguei, rindo.

-Com certeza. 

E então pela primeira vez eu dormi com um homem sem ter transado com ele. Quando acordei vi pelo celular que era seis horas da manhã. A cama de Jaxon estava intacta e me senti mal, de alguma forma por saber que ele estava com ela. Deveria estar na casa dela.

Selei meus lábios no de Justin e ele se mexeu um pouco, me fazendo rir. Sai de fininho da casa pra que Pattie não me visse e ficasse perguntando as coisas. Fui direto pro meu quarto, me deitei na cama e dormi logo em seguida. 

Acordei com o relogio apitando, respirei fundo. Puta que pariu. Me levantei da cama, estava me sentindo como um zumbi. Fui direto pro banheiro, me despi e entrei na ducha. Logo depois coloquei o uniforme da escola, peguei minha mochila e desci.  

Comi um Iorgut com Sucrilhos. Fui pro carro e logo dei partida, quando estava passando em frente a casa de Tiffany vi Jaxon saindo de lá. Ele arrumava sua jaqueta. Respirei fundo e parei o carro, olhando pra ele. Quando ele me viu, se assustou mas eu apenas desviei o olhar e voltei a dirigir. Quando cheguei na escola vi Stella de longe. Ela veio saltando como um coelho pra perto de mim e isso me fez rir, estacionei o carro e em seguida o tranquei. Caminhei até ela e a abracei de lado.

-Amberzita. O que fez esse final de semana?

-Nada demais, só uma festa e você?

-Fui pra casa dos meus avós. Da pra acreditar? Perdi meu final de semana inteiro.

-Família é bom.

-A sua, que é legal. A minha só quer ficar me julgando pelos meus piercing e tatuagens. -Ri. -Como está o gato do seu namorado?

-Sendo um idiota. -Sentei em um banco. 

-Ih, o que foi agora?

-Peguei ele saindo da casa da Tiffany, dá pra acreditar? -Ela me olhou boquiaberta. -Que dá pra acreditar eu sei, mas ele é muito cara de pau. Mas foda-se ele.

-Não sei como consegue continuar com esse cara, você é minha melhor amiga e me machuca tanto você se entregando de corpo e alma pra alguém que te dá tão pouco. -Fiquei em silêncio. -Desculpa, amiga...

-Tudo bem, você só quer meu bem. Eu entendo, eu gosto tanto dele, você não tem noção.

-Eu sei, Amber. Ele quem te apresentou tudo, o sexo, as festas, a vida. Eu entendo. Mas já chega, você tem que se desprender desse cara que só te machuca.

-Ele não só me machuca.

-Te trair é o que? Demonstrar carinho? Por favor, Amber. -Respirou fundo, negando.

Caminhamos até a sala enquanto eu continuava em silêncio. Stella estava certa, Justin está certo mas porque será que EU não consigo enxergar isso? Jaxon não me ama de verdade, se me amasse não iria me trair todos os dias. Por que eu sou tão idiota em acreditar que ele sente algo por mim?

-Eu beijei o Justin! -Disse baixinho.

-O QUÊ? -Ela gritou, atraindo atenção de todos. 

-Cala a boca. -Olhei em volta, as pessoas logo deixaram de nos encarar.

-Espera. -Ela me puxou pra uma sala. -Você tá falando sério? Você beijou seu cunhado. -Assenti e ela começou a rir. -Caramba, Amber, você é uma puta de uma cachorra. -Ri com ela.

-Não, não sou. Eu fiquei frustada em ver meu namorado agarrando aquela sem sal. 

-Eu imagino. Mas me diz, o puritano beija bem?

-Muito bem! Você não tem noção.

-Deve ter sido bom mesmo, em.

Saimos daquela sala e fomos até a nossa. Passou algumas aulas e eu não via a hora de ir embora pelo fato de estar cansada e com fome. Quando deu o sinal da ultima aula, eu quase me ajoelhei no chão pra agradecer Jesus Cristo. Estava saindo da sala quando escutei uma voz de piranha gritar meu nome, pelo corredor da escola atraindo a atenção de todos.

-O que você quer?

-Jaxon deixou o relógio dele na minha casa. Pode entregar pra ele? Porque né, você é namorada dele. -Ela disse alto o suficiente pra começarem a murmurar coisas. -Diz pra ele que a noite foi incrível. -Ela piscou e saiu rebolando, me deixando com a maior cara de tacho enquanto todos da escola me olhava.