História Os Gêmeos Bieber - Não É O Suficiente

Amber Ren P.O.V

Nova York

Justin foi me buscar na escola, não falei com ele. Pedi que ele fosse direto pra casa de Pattie, quando cheguei lá Jaxon estava no chuveiro. Me deitei na cama dele e fiquei olhando pro teto até ele sair do banheiro apenas de toalha.

-Oi, amor. -Ele me deu um selinho e eu senti nojo dele, nojo por fazer isso comigo e não se sentir nem um pouco culpado.

-Oi. -Sorri, mas acabou sendo falso demais.

-Tudo bem? -Ele disse e eu apenas assenti.

-Vai a onde?

-Academia. -Respirei fundo.

-Jaxon? -Ele virou e me olhou. 

-Oi, amor?

-Promete que nunca mais vai me trair? Por favor, me promete. -Passei a mão na sua bochecha, fazendo um carinho ali.

Vi Jaxon me olhar de uma forma que ele nunca tinha me olhado. Com culpa. Ele ficou alguns segundos em silêncio e engoliu a seco, ele olhou pra mim novamente e respirou fundo, forçando um sorriso e assentindo.

-Pensa em tudo que a gente já viveu, por tudo que a gente já passou. Só não faz mais isso.

-Eu prometo, amor. -Ele me beijou.

Vi ele ficar totalmente sem jeito e se levantar da cama, voltando a se arrumar. Quando eu o vi se perfumar todo eu senti vontade de chorar. Ele estava se arrumando pra ela. Por que eu não poderia ser o suficiente pra ele? Por que ele simplesmente fazia isso? 

Ele me beijou e saiu do quarto pouco tempo depois. Ele entrou dentro do carro e logo virou a rua. Sabia que ele estacionaria lá, voltaria pra rua dele e entraria na casa dela. Ele simplesmente não cansava de me fazer de idiota.

-Tem algo que você escondeu dele? -Justin entrou no quarto, me encarando. Timido. 

-Eu sei que ele foi se encontrar com ela, acabei achando o celular dela no banheiro. -Ele assentiu.

-Sinto muito.

-Só me faz esquecer ele, Justin?

-E-e-e-eu? -Assenti, rindo.

Justin me deu um sorriso sem jeito e eu gesticulei com as mãos chamando ele. Ele veio até a cama de Jaxon e eu puxei ele pela camiseta fazendo ele se debruçar em cima de mim. Ele me beijou sem que eu dissesse nada e eu o beijei de volta. Dane-se Jaxon, se ele me traí, eu faço o mesmo com ele. 

Justin foi ficando excitado a cada segundo que nosso beijo ia se intensificando. Tirei sua camiseta e ele me ajudou, comecei a arranhar sua barriga fazendo ele arquear o corpo pra cima. 

Ficamos algum tempo nos beijando até eu ver Justin deitado do meu lado, completamente ofegante e com a boca inchada por causa dos nossos beijos. Me virei, ficando de lado e fiquei observando ele. Tão lindo, tão parecido com Jaxon mas ao mesmo tempo tão diferente. 

Não percebi que fiquei tanto tempo encarando Justin até ver ele completamente vermelho, tentando esconder o rosto nas mãos, me fazendo rir. Eu adorava esse jeito meio criança dele, de ter vergonha de tudo. Era atraente.

-Você está com vergonha?

-Vo-você está me olhando a bastante tempo. -Ele disse me olhando, e eu acabei rindo.

-Eu estou vendo o quão lindo você é...

-Eu não...

-Você é. -Subi em cima dele. -Você é o homem mais bonito que eu já vi na minha vida.

-Jaxon, também, né? -Ele disse meio sem jeito.

-Vocês podem ser gêmeos, mas tem algumas diferenças. Você é mais bonito. -Selei nossos lábios. -Aperta minha bunda? -Ele corou, me fazendo rir.

-E-eu...

-O que você tem a perder? Você já chupou minha boceta!

-A-a-a-a-Amber! -Ele respirou fundo, depois de tanto gaguejar. -Você é tão inapropriada. -Ri, jogando a cabeça pra trás.

-Eu gosto como você é tímido. -Sai de cima dele.

-Go-gosta? -Ele me olhou impressionado.

-É na verdade uma das coisas mais bonitas em você! Enfim, você já sabe onde me levar?

-Si-sim! Na verdade eu não sei se você irá gostar...

-Eu com certeza, vou.

♀♀

Eu tive que segurar minha vontade de matar Jaxon quando o vi com o cabelo molhado. Ele tomou banho, tomou banho com ela. Me dá nojo só de imaginar. Ele me chamou pra ir pra uma festa mas eu recusei por dois motivos.

Primeiro: Eu estou morrendo de raiva dele.

Segundo: Justin vai me levar pra sair.

Vesti um macaquinho branco curto, com umas flores grandes e roxa. Ele tinha um enorme decote em V nos seios. Coloquei também minha jaqueta jeans clarinha, que iria até a bunda. Nos pés coloquei uma botinha superstar branca e preta que tinha ganhado de Pattie e no rosto, passei um maquiagem clarinha e arrumei meu cabelo. Eu não sabia para onde iriamos, mas sabia que não era formal. Só tinha medo dele me levar pra um biblioteca pra estudar ou qualquer coisa do tipo.

Ri com meus pensamentos. 

Uma buzina tocou e eu sorri. Ele veio me buscar na porta de casa. Tranquei toda minha casa e ele estava na porta me esperando, quando me viu sorriu. Ele estava com seu perfeito topete bem alinhado, com uma calça jeans clarinha, um pouco apertada, com uma blusa social arregaçada até o cotovelo e um superstar, normal, todo preto. Sorri e olhei pra rua onde não tinha ninguém. Selei nossos lábios e ele abraçou minha cintura.

-Vo-você tá linda. -Ele disse me olhando. -Você tá tão linda. -Ele sorriu e eu sorri também. 

-Você também está lindo. Bom, vamos? 

-Sim! -Ele disse ainda me olhando hipnotizado. 

Entramos no carro e Justin logo começou a dirigir. Liguei o rádio e tava tocando Teenage Dream da Katy Perry. Justin ria me olhando cantar. Passamos em frente a casa do Craig e a festa era lá, desviei o olhar. Não queria nem imaginar eles dois se pegando. Justin continuou dirigindo por uma hora e eu já estava agoniada. Até ver ele estacionar no Coney Island. Era perto da praia. Comecei a gritar no carro e ele riu. Sempre pedi pra Jaxon me trazer aqui mas ele nunca quis. 

Justin abriu a porta pra mim e eu desci, começamos a caminhar em direção a fila. Compramos muitas fichas e logo fomos na montanha russa.

-Eu não acredito que você me trouxe aqui! -Exclamei animada. Ele riu e eu passei meus braços sobre seu pescoço fazendo ele me olhar envergonhado.

-Amber...

-Ninguém vai nos ver aqui. -Selei nossos lábios.

-Você sabe...

-Você tem vergonha de beijar em publico? -Ele abaixou a cabeça. -Eu também tinha. -Sorri. -Mas eu preciso beijar você!

Ele levantou a cabeça e me beijou. Puxando minha cintura, prendendo meu corpo ao seu. Abracei seu pescoço e comecei a fazer carinho em sua nuca enquanto o beijava. 

Chegou nossa vez e subimos, Justin estava nervoso e eu quis rir. O brinquedo começou e ele segurou minha mão com força. Eu ri demais, enquanto o brinquedo rodava de ponta cabeça e Justin gritava. Não demorou muito até irmos no slingshot. Era um brinquedo de dois, era como se fosse um estilingue que você saltava pelo parque inteiro. 

-Eu preciso comer algo. -Justin disse. Ele estava branco e eu ri. 

-Vem, amor. -Ele me olhou rapidamente. 

-O-o-o quê?

-Hoje a gente finge que somos um casal. -Disse sem graça.

-E-entendi!

Comemos um Hot Dog enorme. Depois fomos até o Raceway (carrinho de bate-bate.) Justin foi em um carrinho e eu em outro, enquanto batíamos no carrinho um do outro, o que nos rendeu boas risadas. Alguns minutos depois de termos saído, fomos no Brooklyn Flyer, eu realmente nunca vi Justin gritar tanto como ele gritou nesse brinquedo.

-Eu quase morri, é sério. -Ele disse e eu ri.

-Caramba, como você é dramático. -Ri mais ainda. -Vamos no Eclipse?

-Você tá louca? Eu nunca vou nesse brinquedo. Eu acho que já deu o estoque de querer me matar. 

-Por favor, Justin. -Ele negou fazendo bico.

-Vamos no Wild River? -Ele disse e eu neguei.

-Não vou me molhar toda, Justin. -Ele riu.

-Eu estava brincando, é muito alto.

-Vamos no Ballon Expedition? 

-Não...

-Justin!

-Gira demais, Amber. Deve ser chato.

-Você nunca vai saber se não for. 

-Eu não quero ir.

-Você é chato... -Bufei.

-Desculpa... -Ele abaixou a cabeça.

-Justin, eu to brincando. É modo de falar. -Ri. 

-Ah, tudo bem... -Ele riu.

Depois fomos nos Games e eu ganhei um urso pra Justin. Ele me agradeceu e logo fomos comer. Tinha um MC Donal'ds ali e acabamos comendo por lá mesmo, mesmo com Justin reclamando que era muito gorduroso e que hambúrguer fazia mal, e blabla. Depois brincamos em mias alguns games depois fomos caminhando até a praia. No meio do caminho Justin comprou sorvete pra gente e logo nos sentamos.

-Eu adorei sair com você! -Disse e ele mordeu os lábios sorrindo.

-Obrigada por hoje. Eu nunca achei que sair com a minha cunhada seria tão legal.

-Não pensa em mim como sua cunhada. -Me aproximei dele. -Pensa em mim como alguém que você gosta. -Ele assentiu e abraçou minha cintura.

Ficamos nos beijando, depois nos sentamos na praia e Justin ficou em silêncio, resolvi ficar também. Era duas da manhã e a essa hora ele deveria estar comendo aquela piranha. Respirei fundo olhando pro mar. Por que ele tinha que ser assim? Por que ele não poderia ser igual Justin? Ele tinha que ser tão idiota?!

-Eu consegui um estágio em um hospital! -Ele disse baixinho.

-O quê? -Gritei e o abracei. -Parabéns, Justin! Isso é maravilhoso. 

-Eu sei. -Ele sorriu. -Semana passada na faculdade, os professores solicitaram os melhores alunos da sala pra passar um dia no hospital, tinha vaga para apenas dois e eu ganhei. Eles disseram hoje na faculdade! 

-Eu to muito feliz por você!

-De segunda a sexta. Chego da faculdade e faço o estágio. São quatro horas.

-Ah... -Engoli a seco. -Parabéns.

Acontece que era exatamente nessa hora que a gente ficava junto. Quando ele estava próximo de chegar, Jaxon já tinha chegado faz tempo. 

-Eu não quero deixar de ver você... Mas vai ficar difícil.

-A gente vai arrumar tempo. -Disse baixinho, agarrando sua mão.

-Eu quero me entregar pra você.

-Quê? -Olhei pra ele, rapidamente.

-Eu quero fazer... Com você!

-Você quer transar comigo? -Ele assentiu sem jeito. -Quando?

-Hoje. -Ele disse e me olhou, sorrindo de canto.

-Então vamos, vamos agora. -Ele sorriu.

-Você tem certeza?

-Certeza absoluta.

Entramos no carro de Justin e ele começou a dirigir. Eu estava ansiosa, ansiosa pelo momento tão esperado por mim. Eu ia fazer Justin homem. Eu iria sentir alguém diferente depois de tanto tempo. Sorri quando ele me olhou e ele corou. Ele continuava o mesmo menininho assustado, o mesmo que me viu transando com o irmão. Justin dirigiu o mesmo percurso. Ele estacionou o carro na garagem de sua casa e abaixou a cabeça. Respirei fundo. 

Eu estava tão ansiosa. Estava decepcionada comigo mesmo.

-E-e-e-u...

-Tudo bem, Justin. Teremos todo tempo do mundo. -Forcei um sorriso e ele assentiu, envergonhado. -Bom... Eu acho melhor eu ir pra casa. -Sorri amarelo. 

-Amber... -Ele me chamou baixinho. -Desculpa...

-Tudo bem! -Respirei fundo. -Teremos outra oportunidade. -Bom, tchau. -Disse sem graça. Beijando sua bochecha.

Sai do carro de Justin e comecei a caminhar, virei a rua e entrei dentro da minha casa. Respirei fundo, logo trancando a casa. Por que tinha que ser assim? Respirei fundo. Eu respeito a vontade dele mas eu me animei tanto que acabei caindo de um pedestal. Fui pro meu quarto, tomei um longo banho e logo depois coloquei um pijama de ceda. Peguei meu nootbook e me sentei na cama. Entrei no Facebook e entrei no perfil de Jaxon, não tinha nada, no de Tiffany também não. Mas a vontade de chorar veio quando eu entrei no de Craig e Jaxon e Tiffany estavam se beijando no fundo da foto, quase não dava pra ver. Mas bom, quem procura acha. Sequei algumas lágrimas que escorreram. Por que eu tenho que ser tão filha da puta?

Mano, ele me traí na cara dura e eu continuo aceitando isso. Se ele gosta de Tiffany porque ele não termina comigo logo e fica com ela? Isso machuca tanto. Tanto. 

Peguei meu celular e liguei pra ele, tocou algumas vezes mas logo caiu na caixa postal. Liguei de novo e senti como um soco nos estomago quando ouvi a voz de Tiffany. Ela deveria estar adorando.

Comecei a chorar compulsivamente. Eu odeio Jaxon, por que ele tem que ser tão filha da puta comigo? Será que esses quatro anos juntos nunca valeu de nada pra ele? Papai me mataria se soubesse que eu to aceitando pouco.

Eu já sabia o que faria... Mesmo que isso me custasse sofrer muito. 

♀♀

Acordei com o rosto completamente lavado de lágrima. Decidi que não iria pra escola por causa da minha dor de cabeça. Me olhei no espelho que tinha em frente minha cama e vi que meu rosto estava completamente inchado. Senti as lágrimas escorrerem de novo. 

Fiquei cerca de duas horas na cama até ouvir a porta se abrir, vi Jaxon. Ele me olhou sorrindo mas depois mudou sua feição. 

-Amor... O que aconteceu? -Ele me olhou assustado.

-Não sei, me diz você! -Disse com ironia. -Aconteceu alguma coisa? -Ele riu, sem graça.

-Lógico que não, amor.

-Como foi sua noite? -Ele travou o maxilar.

-Foi normal... Seria melhor se você estivesse lá.

-Tipo um ménage? 

-Oi? Eu não to entendendo... -Ele abaixou o olhar.

-Você transou com a Tiffany ontem. Alias, transa com ela todos os dias. -Forcei uma risada. 

-Amber...

-Você vai mesmo negar? 

-Eu não fiz nada, eu juro.

-Eu tenho provas!

-Que provas? Pelo amor de Deus, Amber.

Peguei meu notbook e comecei a digitar até estar no Facebook de Craig. Abri a foto e dei zoom. Mostrei pra ele e ele engoliu a seco. Minhas mãos tremiam e meu queixo também, denunciando que eu queria chorar.

-Você gostaria que eu te traísse? -Ele negou, abaixando a cabeça. -Na frente de todo mundo, Jaxon... Como se ela fosse sua namorada. -Ri, sem humor. 

-Eu te amo...

-Não ama. -Neguei, olhando pra cama. -Não diga que me ama, porque você não ama.

-Eu te amo sim!

-Por favor, não minta mais! Você me prometeu, uma coisa tão fácil e você não foi capaz nem de aguentar algumas horas. 

-Amber...

-Ela te falou que encontrou o celular quebrado? Vi mensagens de vocês. Me iludi no começo achando que você negaria. -Sequei as lágrimas. -Acabou, Jaxon! -Ele me olhou assustado.

-Amber... Não! Por favor, Amber. -Seus olhos marejaram.

-Vai embora. -Respirei fundo.

-Você não pode acabar com tudo...

-Você achou que eu aceitaria traição pra sempre? -Ri. -Você olhou pra mim e prometeu que não iria fazer isso, cinco minutos depois você estava na casa dela. Você vive com ela. Você transa com ela mais do que comigo, levando em consideração que eu era sua namorada, né. -Abri um sorriso irônico. -Sinto muito, Jaxon se eu não fui o que você esperava. A bobinha que espera o marido no sofá, sabendo que ele está transando com outra. Eu não nasci pra compartilhar homem com ninguém. Se Tiffany é assim, que legal. Fica com ela agora que vocês se merecem. Você gosta dela e ela de você, eu to terminando com você pra você ficar com ela. Não tem mais nada que impeça vocês de ficarem juntos. 

-Amber, eu não a amo. Eu amo você! Eu amo só você. -Ele segurou meu rosto e me beijou, correspondi. -Amor, eu amo você! Não me deixa. Me dá mais uma chance?

-Eu já te dei milhares. Você não me ama. Sinto muito, Jaxon. Sinto muito mesmo porque você foi o unico garoto no mundo que eu amei, nosso namoro foi intenso, é uma pena você priorizar me trair do que me convidar pra sair, ou me chamar pra assistir uma maratona de séries ou até mesmo me amar, me respeitar. Vai embora, por favor!

-Amber, eu não posso. Você não pode! -As lágrimas dele escorreu. -Eu to implorando pra você não terminar comigo, eu vou mudar. Eu juro. 

-Eu amei conhecer sua família. Sua mãe é um amor e eu considero ela como uma segunda mãe. Mas sinceramente? Não é o suficiente. -Levantei e caminhei até a porta. -Acabou, Jaxon, vai embora!

Ele me olhou desorientado e colocou a mão sobre a cabeça, algumas lágrimas escorreram e ele limpou-as rapidamente. Ele parou em frente a porta e ficou me olhando, abaixei a cabeça, tentando não chorar. Eu achei que era pra sempre, achei que ele tomaria jeito, que noivaríamos e depois casaríamos. Por que eu me iludi tanto?

-Jaxon... -O chamei quando ele saiu do quarto. Ele parou e me olhou esperançoso. -Não fui eu que acabei com tudo, foi você, a partir do momento que escolheu me trair.