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História Os Guardiões: A Origem - Home


Escrita por: pqp_julia

Notas do Autor


Música do Capítulo: Home - Gabrielle Aplin

Capítulo 2 - Home


Fanfic / Fanfiction Os Guardiões: A Origem - Home

 - Pai? - abri a porta de casa. Estava idêntica à 3 semanas atrás. 
   Atravessei a cozinha e vi meu peixinho. Beto. Minha irmãzinha que havia escolhido esse nome. Na verdade, ela que havia escolhido o nome de todos os peixes que tivemos. 

- Elisa? É você? - era ela.
- Oi, meu bebê. Cadê o papai? - dei um abraço cheio de saudade nela. 

    Mandona e ao mesmo tempo fofa, de nariz arrebitado e mesmo com 8 anos viciada em computador, Clara era a caçulinha. Nossa caçulinha.

Deve estar no escritório - bebeu água e saiu rumo a sala, com o celular do meu pai e fones de ouvido vendo algum vídeo.   
 
 Fui atrás. Subimos as escadas, ela foi para o quarto dela e eu parei na porta do escritório. Achava que meu pai estaria estudando ou algo do tipo, até eu ouvir sua voz no telefone: "bem, pelo menos de música nossos filhos entendem. Não vai ser difícil ligar os pontos". Com certeza ele estava falando com um de seus colegas de trabalho. Eles eram em 3, unidos para se protegerem e protegerem suas famílias. O emprego deles exigia isso.

Bati na porta e entrei no escritório. Meu pai esta sentado confortavelmente em sua cadeira vermelha, girando-a conforme conversava. Deu um sorriso para mim e começou a levantar.

- Antônio, mais tarde conversamos. Minha filha já chegou, seu filho ainda não? - deu uma gargalhada.

Infelizmente, eu e o filho dele tínhamos viajado juntos. 

- Então tá, tchau. Depois continuamos essa conversa.
- Pai, porque você juntou "nossos filhos" e "música" na mesma frase? Já disse que nunca vou tocar com aquele menino! Ele é insuportável. E existem bateristas melhores - já comecei a cruzar o braço.
- Como foi de viagem, filha? - odiava quando meu pai mudava de assunto. E acredite, isso era uma especialidade dele. A profissão também ajudava nisso.
- Incrível! Nem queria ter voltado - disse em tom de brincadeira.
- Ainda bem que você voltou. - meu pai por outro lado disse em tom sério. Fiquei assustada
- Está acontecendo alguma coisa? Não é nada no seu trabalho, é?

Quando você é um dos três responsáveis por todas as redes de comunicações e a privacidade do seu país, se tem algum problema no seu trabalho a coisa é séria. Seguranças cercam nossos muros, nossos nomes são alterados, e fazemos de tudo para ninguém perceber nossa presença na sociedade. Quase nunca saímos para festas, e quase nunca viajamos. Outro motivo por ainda querer estar na Califórnia.

- Querida, não se preocupe. - ele estava com aparência cansada. Aparência de quem não dormia a dias.
      - Se tivesse acontecendo algo, você me contaria, não contaria? - ele olhou fundo nos meus olhos. Pegou a minha mão e estava com cara de quem iria chorar. Mas meu pai nunca chora.
       -  Só se proteja. Proteja sua mãe, suas irmãs, e todos que você puder.
        - Pai, porque você tá falando isso? - ele soltou minha mão. Sua expressão ficou mais suave.
       -  Por nada. Está tarde e é melhor você descansar. Te acordo às 6 para o primeiro dia de aula.

Dei um beijo nele, murmurei um boa noite e me dirigi à porta. 

- Eu te amo, filha.
           - Eu te amo, pai. 


Notas Finais


Se estiverem gostando, me avisem que continuo.


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