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História Os Guerreiros do Infinito - A conspiração dos Elfos Sombrios - Parte 2


Escrita por: LordeKata

Capítulo 8 - A conspiração dos Elfos Sombrios - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Os Guerreiros do Infinito - A conspiração dos Elfos Sombrios - Parte 2

E lá estavam eles, os Guerreiros do Infinito, cercados pelos Elfos Sombrios sob o comando de uma entidade cósmica chamada Obscurus, no planeta élfico chamado Elenyn. Desde que fora solta pelos tentáculos sombrios de seu próprio tio, Caladiel Wallenstein, Ashryn, a portadora do cristal vermelho, estava em um estado profundo de choque. Os seus olhos continuavam abertos, mas seu corpo não se mexia, ela estava imóvel, e teria sido morta há minutos atrás se não fosse pelo ato heroico de Yin de tentar carrega-la para a segurança, mas isso não deu muito certo, para nenhum deles. Dead e Alec tomaram a liderança e fizeram com que todos formassem um círculo, protegendo Yin e Ashryn, eram os alvos mais vulneráveis. Yin não tinha energia para usar suas habilidades telepáticas, não podia lutar. Filauria, a elfa de cabelos verdes, foi a primeira a atacar, não esperando pela chance de seus inimigos. Ergueu ambos os braços e fez com que as raízes das árvores ao redor saíssem do chão, tomando uma forma aprimorada e indo em direção aos guerreiros para ataca-los. Pensando mais rápido do que os outros, Eagle levou o emblema de águia que carregava antes ao dispositivo em seu pulso direito, e o inseriu em sua lateral. Uma vez ativado, a máquina injetou com várias pequenas agulhas em sua parte inferior, um líquido cientificamente preparado no corpo de Dead, que respondeu imediatamente. Seus músculos cresceram rapidamente e garras foram formadas no lugar de suas mãos e pés. A parte frontal de sua face foi alongada no formato de um bico e seus olhos também cresceram. A pele que envolvia seu corpo a partir dos ombros foi transformada em uma espécie de armadura natural, enquanto o resto se tornou em penugem clara e castanha. Seus olhos eram vermelhos, e suas pupilas tinham a forma de um losango, possuindo um tom mais escuro do vermelho. Uma barreira de energia verde-clara foi erguida ao redor de todos, e as raízes foram impedidas de tocá-los. Quando a luz gerada pela barreira se adaptou ao ambiente, todos puderam ver que Dead Eagle havia de fato se transformado em uma águia em forma humanoide, fazendo jus ao seu nome, bem como seu superior, Bronze Thunder. Parecia uma mistura de águia com homem.

Levemente ofegante, ele se virou para seu companheiros e os olhou, vendo aqueles olhos espantados e ao mesmo tempo surpresos. Revirou os seus e suspirou de leve, esclarecendo:

— Eu explico depois, precisamos de um plano agora. Yin e Ashryn são nossa prioridade, não podemos deixar que toquem neles, por isso faremos uma barreira com um pouco de cada um de nós para que eles não sejam feridos. Enquanto isso podemos dar conta do resto. — Então ele levou seu olhar para a marciana rebelde, Lylith. — Lylith, você deve proteger a barreira, já que o resto de nós pode dar conta deles. — E voltou seus olhos para os guerreiros mais uma vez. — Vocês precisam ativar as suas armaduras.

Revoltada e indignada, Aelin, a portadora do cristal negro, deu um passo à frente e encarou Dead como se ele nem estivesse em sua forma de águia. — Como você espera que nós consigamos acessar as armaduras assim?! Só conseguimos com muita concentração, e isso ainda levou bastante tempo!

Mas antes mesmo que Eagle ou Alec pudessem dar a sua resposta, Artêmis cruzou seus braços e disse com um leve tom desafiador para a marciana: — Você não consegue? Bem, eu acho que eu consigo... afinal, é pelo bem de todos, Aelin. —Com certeza a última palavra foi a maior prova de toda a sua ousadia, que fez com que a garota franzisse a testa, e com certeza teria socado a portadora da estabilidade, se Alec não tivesse colocado a destra em seu ombro direito, alertando-a de que os outros também tinham algo a dizer. Akemi foi a próxima, com sua voz gentil de sempre: — Eu não gosto de lutar... mas esses elfos estão tomados por uma influência sombria, não há nada a fazer... precisamos dar o nosso melhor. — E Connor finalmente concluiu: — Está decidido. Precisamos ao menos tentar. — Aelin não tinha como vencer aquela disputa, então simplesmente cruzou os braços e bufou, ficando emburrada. Yin ficou comovido com o esforço que todos, e retribuiu isso com um sorriso gentil que aqueles igualmente gentis conseguiriam entender. Lylith deu um passo à frente e ficou ao lado de Dead, dizendo com aquela animação de sempre:

— Sensei! Eu sugiro que eu, você e o Alec cuidemos dos elfos enquanto os Guerreiros tentam ativar suas armaduras dentro da barreira!

O agente estava surpreso com a estratégia da marciana, que parecia estar enfim despertando a sua inteligência além da tecnologia. Lylith estava se inspirando em Eagle e Alec para ser tão fascinante como eles algum dia. É um ser que realmente presta respeito aos seus superiores. Assentindo a cabeça para o restante, o vice-presidente da InfiTec atravessou sua própria barreira como se ele fosse o único capaz de fazer isso, e deixou que a energia espiritual que a constituía permitisse a passagem de Alec e Lylith também, com apenas um toque de seu indicador direito. Com eles fora, os guerreiros instantaneamente imitaram as poses feitas na sala de treinamento na nave do cruygark, e fecharam os seus olhos, concentrando-se em momentos pessoais que mais representavam a simbologia de cada Cristal do Infinito. Aelin foi a mais relutante em fazer isso, estava com medo de não conseguir e acabar sendo um peso morto, mas por fim decidiu que era melhor tentar e falhar do que se arrepender por sequer ter tentado. Yin ficou um passo atrás de todos, olhando atentamente para os lados. O escudo de Dead ainda era atingido por várias raízes e havia sido atingido durante toda a conversa, mas ele parecia ter sido o único a notar isso, talvez porque sua atenção estava mais focada, afinal estava com a vida de Ashryn em seus braços, literalmente. Mas era como se os ataques naturais de Filauria sequer fizessem efeito, as raízes simplesmente caíam sem vida ao chão no primeiro segundo de contato com a energia espiritual. Mas é claro que o kloeru não sabia qual tipo de energia havia construído aquela barreira, estava ocupado demais pensando em todas as possibilidades, e se Ashryn conseguiria acordar novamente depois de um trauma tão intenso a uma pessoa tão gentil, ele nem sabia se aguentaria no lugar dela. Mas esperava que ficasse bem.

Enquanto as esferas de energia do infinito começavam a crescer nas mãos dos guerreiros, a batalha se iniciava lá fora. Filauria era apenas a mais impulsiva, mas Agis era o mais estrategista. Ele havia analisado toda a situação com seus olhos ágeis quando Dead acionou seu dispositivo, se transformou, e ergueu aquela barreira. Ele sabia que se o agente caísse, a barreira também cairia, não havia segredo. Além de que, eles tinham a vantagem numérica naquele momento, e precisavam aproveitá-la antes que as armaduras do infinito fossem convocadas. Bateu as suas asas brancas apenas uma vez e alçou voo, ficando acima do campo de batalha, de onde gritou para seu rei: — Vossa majestade, eu tenho um plano! Eu e você iremos cuidar do que chamam de Dead Eagle. O resto escolhe seu oponente, mas precisamos aproveitar nossa vantagem numérica enquanto podemos. — Apenas assentindo com a cabeça e estampando um sorriso perverso no rosto, Caladiel desembainhou sua espada solar mais uma vez e avançou contra o agente, bem como fez Agis, pendendo seu corpo e ganhando mais velocidade. A águia sabia que causaria danos a Alec e Lylith se ficasse perto deles, não havia saída. Ordenou: — Separem-se! — Correndo para o leste, ele conseguiu desviar a ação dos vilões. Tendo ouvido o plano de seus inimigos, o cruygark e a marciana se aproximaram para que sua separação fosse dificultada, assim a batalha ficaria mais difícil. Alec cobriu os seus punhos com manoplas feitas de energia gravitacional, e os pregos em seu rosto começaram a emitir um brilho roxo. Lylith estendeu suas mãos e acionou suas garras metálicas, pronta para o combate. Filauria se aproximava do gravitocinético com as raízes a seguindo, e Leofrick ia logo atrás com as mãos preparadas para curá-la a qualquer momento. Por outro lado, Foxfire andava lentamente em direção à marciana, como se fosse um predador, ansioso por uma batalha com uma guerreira com garras tão afiadas como as suas. Ryfon revirava os olhos diante de seus instintos animais, que eram considerados infantis por eles. Apenas ergueu as suas mãos e levantou dois maciços blocos de terra, preparado para jogá-los em seu alvo.

O agente corria em meio às arvores com a maior velocidade que podia, e não era pouca, já que a transformação lhe dava uma capacidade aprimorada. Mas ele ainda estava em desvantagem devido ao ambiente, já que seus dois inimigos podiam voar. Caladiel se mantinha no ar ao lado de Agis, circulando seu corpo com energia solar. Decidiu então jogar o mesmo jogo, e abriu as suas grandes asas, indo em direção aos céus. Enquanto levantava voo, seus inimigos decidiram aproveitar a oportunidade. Alterando a substância da qual suas asas eram feitas, Agis lançou múltiplas penas de ferro contra Dead, juntamente com um raio de energia solar produzido pelo rei élfico. Sendo consumido pela mesma energia da barreira, Eagle se teleportou para a retaguarda dos dois e estendeu suas mãos, liberando dois raios de energia espiritual. Como estavam desprevenidos e a distância era curta, foram atingidos, mas a dor não foi sentida só fisicamente. Suas almas, suas mais puras essências foram afetadas com aquele ataque, e não se recupera de um ataque desses facilmente. Ambos caíram como moscas no meio da floresta. Mas algo estranho foi captado pelos olhos atentos da águia, que ficaram arregalados. A alma de seus inimigos, que havia sido abatida e ferida, estava se regenerando, porém, não era recuperada com a mesma energia pura de um espírito, mas uma energia escura e sombria, que aos poucos consumia o resto. Era a influência de Obscurus que estava tomando controle de seus seguidores sem que eles percebessem. Eagle sabia que seus ataques espirituais não causariam muito dano em uma alma já corrompida, então teve que pensar em outra estratégia. Ele podia sentir a energia do infinito que era irradiada pelos guerreiros aumentar, logo as armaduras deveriam ser invocadas. Ele tinha que fazer o seu máximo, no mínimo de tempo. Decidindo seu plano, bateu suas asas e traçou curso para longe do foco da batalha, e logo Caladiel e Agis o seguiram, ainda mais rápidos do que antes.

Os elfos chegaram ao último lugar onde viram um traço do agente, mas nada encontraram, ela como se ele tivesse simplesmente sumido. Nem seus sentidos aguçados pela entidade Obscurus foram capazes de encontra-los. Repentinamente, ele surgiu acima deles. Estava se escondendo no plano espiritual, que fica além do plano de existência terreno. Instantaneamente, os olhos de seus inimigos foram levados a eles, e teriam atacado ou alçado voo, se não fosse pelo surgimento de um grande círculo mágico verde-claro acima deles, cobrindo uma extensa área e gerando uma barreira circular como a que protegia os guerreiros, eles não conseguiriam sair dali. Era uma de suas mais poderosas cartas na manga. Estendeu sua mão direita à frente de seu corpo com um sorriso perverso em seu bico. Ao estalar os seus dedos, uma pequena esfera maciça de energia espiritual surgiu no meio do campo. Abriu a palma de sua mão, e lentamente, disse:

— Contritione...spiritus! — O círculo mágico expeliu um denso raio de energia espiritual, que esmagou os elfos, e depois, a pequena esfera se expandiu em todas as direções, gerando uma explosão espiritual que pôde ser ouvida por toda a floresta. A explosão foi tão intensa que pôde ser ouvida do outro lado, onde a luta entre Alec e Lylith contra Filauria, Leofick, Foxfire e Ryfon acontecia. O cruygark havia jogado as raízes das árvores para longe com a sua gravidade e a marciana havia cortado as rochas facilmente com suas garras, mas tinha que se concentrar em lutar fisicamente contra Foxfire enquanto Ryfon aproveitava para usar seus elementos nela, com um sorriso sádico nos lábios.

Foxfire lutava com um estilo completamente selvagem, usando suas mãos como verdadeiras garras de tigre, e pelo fio de suas unhas, realmente pareciam ser. Mas não eram páreas para as lâminas de ferro de Lylith, e isso o deixava irritado. Era possível ver os seus dentes rangendo, mas a marciana se divertia com isso e ria com cada golpe dele, aumentando sua ira. Se fosse um kruazip’t, ela com certeza estaria em desvantagem, mas sabia que não era, e tirava proveito disso. Era uma estrategista nata, havia aprendido muito observando Dead e Alec, e era hora de pôr isso em prática. A fraqueza de Foxfire estava em seu ego, ele achava que poderia vencer qualquer um com a sua força bruta e instintos animais, e claramente isso não estava acontecendo, o que o deixava em pânico e desestabilizado. Todos os seus golpes seguiam um padrão agressivo e focado em força, mas que eram facilmente esquivados pela velocidade biotecnológica de Lylith. Porém a parte difícil era, ao mesmo tempo, desviar das intervenções elementares de Ryfon, que se cansou de brincadeiras. Ergueu ambas as suas mãos e direcionou um raio extremamente carregado contra ela, direto das nuvens cinzas, que antes nem estavam no céu. Como se estivesse no total controle da situação, a marciana curvou o seu corpo para trás e deixou seu peito completamente exposto, onde o raio a acertou em cheio. Porém seu corpo não foi afetado da forma que deveria. Toda a energia descarregada contra ela foi absorvida por um aparelho de biotecnologia energética em seu peito, e como Foxfire estava em contato direto com ela através de sua destra, ele recebeu a descarga de forma ofensiva, sendo arremessado a uma árvore atrás de Ryfon, que estava espantado. A garota reestabeleceu sua postura com um sorriso sarcástico no rosto e cortou o ar com suas garras, expelindo energia elétrica em forma de ondas, que atingiram o elfo elementar e o jogaram no mesmo lugar. Filauria e seu parceiro haviam ficado distraídos com aquela demonstração e Alec aproveitou a oportunidade para expeli-los com uma onda gravitacional a sua frente. O cruygark foi ao encontro de sua companheira de equipe.

— Como fez aquilo?!

— Ah, é simples, Alec sensei! Eu apenas absorvi a energia elétrica com o dispositivo em meu peito, fiz a instalação na sua nave!

— Acha que pode fazer com energia gravitacional?

— Qualquer tipo de energia!

Alec sorriu de canto e forçou sua canhota para baixo, pressionando os corpos dos quatro elfos contra o solo com a sua gravidade. Logo estendeu a mão livre à frente do peito de Lylith.

— Você vai expelir a energia gravitacional contra eles, juntamente com o resto da energia elétrica que resta em você. Isso deve bastar para dar um fim neles.

Animada com a ideia, ela assentiu repetidamente com a cabeça e deu alguns passos atrás, afastando seus braços de seu torso para que o peito ficasse mais exposto. Então ele direcionou um raio de energia gravitacional contra a região, e assim como antes a energia foi absorvida. Instantaneamente, sua companheira se virou aos alvos e estendeu ambas as mãos, liberando as duas energias que havia absorvido antes em um ataque, combinadas. Era um feixe de energia gravitacional e elétrica, que ao atingir os elfos, lançou-os para longe, ao mesmo tempo que eletrocutava seu sistema nervoso. Foi possível ver o olho de Foxfire saltando para fora de seu crânio enquanto caía em meio as árvores. Alec e Lylith bateram suas mãos como uma breve comemoração da vitória, e logo Dead chegou ao local, pousando em sua frente. Seu corpo foi coberto pela energia espiritual e o processo de transformação se reverteu, ele era um humano novamente, e estava ofegante. Há tempos não usava poder como havia usado naquela batalha, e estava enferrujado. Na verdade, estava impressionado por ter conseguido. Depois de recuperar o fôlego, ergueu o seu corpo curvado pelo cansaço e disse após tossir:

— Bem, acho que a armadura infinita deles não será necessária, afinal todos os elfos foram derrotados... mas a influência de Obscurus ainda assombra este planeta, precisamos dar um fim nela.

— E como iremos fazer isso? Não temos nem ideia de como entrar em contato com ele. — Disse Alec, cruzando os braços e esfregando o queixo com a destra, pensando em alguma coisa. Lylith apenas observava os dois para absorver conhecimento. Subitamente, o campo de força espiritual foi desfeito e os guerreiros estavam trajando suas armaduras, cada uma emitindo seu brilho específico devido ás relíquias que possuíam. Connor se colocou à frente de todos, erguendo o punho direito com um sorriso determinado no rosto.

— Certo, onde estão todos?

Com um sorriso sem graça, Dead respondeu: — Nós meio que... derrotamos eles.

Mais uma vez, a hospedeira da tristeza ficou revoltada e gritou ainda mais do que antes: — COMO ASSIM VOCÊS OS DERROTARAM?!

Artêmis não pôde evitar de rir baixinho, as cenas de Aelin demonstrando sua rebeldia, como aquela, eram de fato engraçadas. Mas o agente já estava cheio de lidar com uma hospedeira que mais parecia uma criança que não se conforma com as coisas da vida.

— Vocês precisavam de tempo para ativar as armaduras, e nós tínhamos que aproveitar ao máximo esse tempo. Mas nós ainda temos que lidar com Obscurus, não foi um total desperdício.

Akemi suspirou aliviada por saber que não teria mais que lutar, mas ainda estava preocupada com Ashryn que se mantinha inconsciente nos braços de Yin. Mas seus olhos foram arregalados subitamente, e ela deu passos à frente de todos, olhando na direção onde a explosão de Dead havia sido feita. Seus olhos estavam cheios de terror e todos podiam ver isso.

— Akemi?... Está tudo bem? — Perguntou Yin, preocupando-se com ela, como se não bastasse carregar a hospedeira da guerra.

— Eu sinto... escuridão... mais intensa do que a do cristal da tristeza... mais densa do que qualquer terror que eu já tenha sentido... e está vindo em nossa direção...

Subitamente, Connor também começou a sentir essa energia corrompida e deu um salto, chegando à frente de Akemi, que ainda estava paralisada pelo choque. Cruzou os seus braços em um X e uma barreira de energia da esperança foi feita à frente dos dois. Contra ela, dois vultos de cor arroxeada colidiram com força, e foram redirecionados para os céus. Artêmis observava seu ato heroico surpresa, não pensava que ele fosse capaz de fazer isso, e, involuntariamente, coçou o próprio braço direito, coberto pela armadura. Quando a luz atingiu os misteriosos inimigos, eles puderam ser reconhecidos. Agis e Caladiel. A marca na testa do elfo alado havia se transformado em uma espécie de cruz demoníaca, e se expandia por todo o seu corpo com mais marcas negras, como faixas. Suas asas eram negras agora, assim como os seus olhos, completamente. Marcas similares podiam ser vistas pelo corpo do rei élfico, mas elas tinham uma aparência mais agressiva, como os tentáculos negros invocados antes. Ele desembainhou sua espada, que não tinha mais o brilho dourado do Sol, mas emitia uma aura sombria como a da noite. Apontou sua lâmina para os guerreiros, e com uma voz completamente diferente da sua, disse:

— Guerreiros do Infinito, vocês destruíram os meus lacaios... agora eu irei destruir vocês em troca. — A voz era grossa e implantava um terror nos corações fracos, como o de Akemi, que prezava pela paz. Era um medo ainda mais intenso do que o que Sateriasis havia posto brevemente no coração de Aelin, que tocou o próprio peito ao se lembrar do terrível ocorrido. Aquilo lhe serviu de motivação para dar um passo à frente e encarar os novos inimigos com a testa franzida. Yin sabia como aquele conflito atingiria um nível completamente diferente, então recuou e se escondeu atrás de uma árvore, sentando-se no chão e deitando o corpo ainda dormente de Ashryn em seu colo. Sua mente era preenchida com pesadelos que os elfos sombrios traziam, apesar de estarem mortos.

— Nós não vamos cair sem lutar! — Disse Aelin, e todos ficaram impressionados, geralmente esperariam aquilo de Connor.

— Então aqui será o seu fim. — Realizando um corte vertical de cima para baixo no ar, Caladiel enviou na direção de todos um enorme corte de energia escura, similar à energia que Aelin usava, mas ainda assim, não era a mesma. Se enchendo de coragem, Akemi estendeu ambas as mãos ao alto e fechou os seus olhos com força, fazendo um forte flash de luz surgir e extinguir a escuridão. — Agis, enfrente o resto! Ela é minha. — Excitado com o poder da hospedeira da paz, ele seguiu para enfrenta-la, enquanto seu parceiro desceu ao solo e cobriu sua perna direita com a asa correspondente, alterando sua substância para ferro. Ao batê-la contra o chão, gerou um forte terremoto, tão intenso que criou uma profunda rachadura que separava Akemi do resto do grupo, e isolando os conflitos. Descobrindo sua perna, Agis moldou sua asa direita na forma de uma espada, e a esquerda na de um escudo.

— Venham, tolos. — O sarcasmo foi notável. Dead, Alec e Lylith se esconderam com Yin porque estavam sem energia para lutar e só seriam pesos mortos, seriam mais úteis se ajudassem na proteção do corpo ainda inconsciente de Ashryn. Os Guerreiros do Infinito ainda não sabiam como controlar muito bem os seus poderes, então tinham que usar o que sabiam, a sua energia, e as armaduras. Connor avançou contra Agis e desferiu um soco contra o seu peito, que obviamente foi bloqueado pelo escudo, mas isso gerou uma abertura para que Aelin passasse por baixo do hospedeiro da esperança, e consequentemente pela penugem do elfo, dando um pulo e aplicando um gancho com a destra em seu queixo. O alado foi lançado para cima com o impacto e abriu as suas asas, voltando-as à forma convencional, lançando várias lâminas de metal contra eles. Dessa vez, os três entraram em harmonia e usaram suas energias para formar um escudo acima deles, que repeliu as lâminas.

— Connor, nós podemos tentar canalizar a energia infinita através de nossas relíquias. Pode dar em alguma coisa! — Sugeriu Artêmis, mais determinada do que nunca. Connor não havia pensado nisso e estava impressionado com a frequência de falas da garota naquele dia. Assentiu com a cabeça para ela e deu um passo para trás. — O posto é todo seu, senhorita. — Tais palavras fizeram com que ela esfregasse seu braço novamente, mas ele não estava prestando muita atenção dessa vez, seu foco estava no inimigo. Artêmis estendeu ambos os braços ao alto e fluiu sua energia aos anéis azuis que ficavam ao redor de seu braço. Aquilo fez com que a energia fosse lançada pelos últimos anéis como dois raios maciços de energia que destruíram as lâminas em seu caminho e atingiram Agis, que teria sido abatido se não tivesse se defendido no último momento com o escudo formado mais uma vez.

— Eu estou cansado de vocês. — Suas asas se alongaram e cobriram todo o seu corpo, ele parecia um meteoro negro. Seu corpo se curvou e foi coberto por uma aura de escuridão, e começou a se dirigir aos guerreiros em alta velocidade, gerando energia negra ao seu redor que destruiria tudo caso os atingisse.

— Aelin, nossa vez. —Connor sorriu de canto para a marciana, que revirou os olhos, mas assentiu com a cabeça. Ela canalizou sua energia através das lâminas que ficavam sob os seus antebraços, e ela saiu em forma de finos feixes de energia infinita, mas que continham um grande potencial. O hospedeiro da esperança curvou o seu corpo e se concentrou, fazendo com que os espinhos em suas costas canalizassem a energia verde. Curiosamente, ela foi jogada ao solo, e logo vários espinhos verdes surgiram do chão, sendo jogados em direção a Agis. Passando pelos feixes de Aelin, as energias se combinaram e um espinho verde-escuro de formou, era mais fino do que os outros. O elfo alado e a energia infinita colidiram, gerando uma luz que atingiu toda a área. Caladiel estava golpeando Akemi com a sua espada naquele momento, e ela havia bloqueado o golpe com mais um escudo, porém a luz recém surgida começou a machucar a pele do rei, que se afastou, agonizante. A hospedeira da paz aproveitou a oportunidade para testar a sua relíquia, e canalizou sua energia através dela. Uma cópia de sua auréola foi gerada e lançada certeiramente contra Caladiel, sendo fincada em seu estômago e iluminando o seu interior. Quando a luz do conflito passou, pedaços de Agis estavam espalhados pelas copas das árvores, seu sangue era negro, diferente do sangue dos outros elfos sombrios que haviam sido mortos antes. O outro elfo começou a rir de forma maléfica, cuspindo seu sangue negro devido aos ferimentos luminosos que ainda sofria. Dos pedaços do corpo de Agis, a energia negra usada por ele pôde ser vista flutuando para o corpo de Caladiel, que pôde facilmente retirar a auréola de seu estômago, e curar o ferimento. Quebrou o projétil com suas próprias mãos e uma armadura negra cresceu ao redor de seu corpo, de dentro para fora, destruindo a pele. Mas ele não se importava com a dor, sequer a sentia. Seus olhos começaram a emitir um brilho arroxeado, e sua espada também cresceu. Muito mais rápido do que antes, um corte de energia escura foi desferido horizontalmente contra os outros guerreiros, que não puderam se defender. Foram lançados para o meio da mata. Começou a se aproximar de Akemi lentamente, erguendo a sua lâmina. — Agora é a sua vez, querida... — Mas antes que pudesse tocar a espada em sua testa, um clarão vermelho surgiu, mas breve. Ashryn apareceu no horizonte, flutuando. Sua armadura estava ativada, seus olhos estavam repletos de energia vermelha, e um redemoinho de fogo girava ao seu redor lentamente. Ela desceu lentamente e pousou ao lado de Akemi, encarando seu tio, com olhos sem vida. Sua voz era a mesma, a consciência do cristal não havia a possuído, mas ela despertou seu potencial. Mesmo em estado de choque, todas as cenas de luta foram absorvidas pela visão da hospedeira da guerra e usadas pelo seu cristal como motivação para que acordasse. Ver seu tio prestes a matar uma de suas companheiras foi a gota d’água. Ela posicionou suas mãos como se segurasse uma espada, e fluiu o fogo pelos seus dedos, solidificando-o na forma de uma.

— Eu já tive o bastante de você. — E uma lágrima flamejante escorreu de seu olho esquerdo. Akemi apenas assistia tudo ao seu lado, um tanto quanto assustada, mas Yin sorria largamente lá atrás, estava orgulhoso de si mesmo por ter conseguido.

 


Notas Finais


Olá pessoal! Como estão?!
Eu gostaria de dizer a vocês que voltar a escrever depois de tanto tempo de inatividade foi, sem dúvidas, uma das coisas mais difíceis que eu já fiz em toda a minha vida. Eu fiquei enrolando o sábado inteiro, até completei uma missão num jogo, que não jogava há tempos! Mas eu prometi a mim mesmo que escreveria no domingo, e eu realmente escrevi. Terminei de escrever este capítulo eram duas horas da manhã. Eu notei que o capítulo passado foi meio curto e faltaram as reações dos personagens, então tentei arrumar isso nesse aqui, colocando as opiniões deles em cada situação e também aumentando um pouco a história. Espero que gostem. Eu tive que postar o capítulo hoje pois não consegui editar a capa, mas agora a fanfic será atualizada normalmente, a cada quinze dias.
Só pra constar: aquele círculo mágico na capa é o mesmo que Dead Eagle usou.
No próximo capítulo: a luta contra Obscurus!


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