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História Os Iguais Também Se Atraem (Hiatus) - Capítulo 1


Escrita por: Dii_Kook

Notas do Autor


Espero que gostem.

Capítulo 1 - Capítulo 1


Abril 2019 — 08:23 a.m 

Universidade Sogang Business

– Sério, vocês dois dariam um ótimo casal! – insistiu Jennie pela centésima vez. – Sério, vocês seriam perfeitos um para o outro, os dois tem esse estilo largadão – revirei os olhos também pela centésima vez. – e você é a única garota que tem tatuagens por aqui, pelo menos tatuagens que fiquem expostas, como ele. 

– Isso não muda o fato de nunca termos nem se cumprimentado. – rebati, cruzando a esquina do corredor e alcançando os armários aonde vários estudantes se encontravam fazendo diversas coisas. 

– Isso não muda o fato de que vocês podem se aproximar. – imitou minha voz no início da frase. – Qual é, ele é gostoso pra cacete, qualquer uma daria tudo para ter ele! Não sei como você não sente isso. 

– Eu nunca disse que ele era feio, só não tenho interesse. 

– MAS É O PARK JAEBUM! – gritou histérica, chamando atenção de parte dos alunos. Percebendo a vergonha que estava passando, ela abaixou o tom de voz: – Ele é o garoto mais perfeito daqui, aquele corpo, aquelas tatuagens... Aqueles lábios. – suspirou, fazendo-me rir. – Eu fico até bamba. 

– Então por que não fala com ele? – falei com ironia, andando na sua frente, com ela em ao encalço. 

– Porque ele não se interessa mais por mim! Se ele se interessasse, eu já estaria na cama dele. 

Kim segurou meu braço, então, fui obrigada à parar. Não sei da onde tirei toda aquela paciência para aguentar ela tagarelando sobre um amor quase impossível e, o pior, que nem se tratava dela. 

– Sério, vocês dariam um ótimo casal. – sorriu de canto, colocando as mãos no bolso da jaqueta da escola. 

– Pelo o que eu saiba, nem namorar ele namora, só pega.

– Mas vocês poderiam ficar, seria como se fossem namorados, pelo menos ia alimentar um pouco as minhas fantasias. – comecei a subir e descer nos calcanhares, cansando de ficar parada naquele corredor monótono e com aquele assunto que de nada me favorecia.

– Eu acho que ele também não é de ficar. – argumentei. 

– Dane-se! – exaltou-se. – Imagine que fofo seria se vocês dois começassem a namorar, seria como viver um dorama, você seria a garota que trouxe o amor de volta. 

Ri alto com sua imaginação fértil, minha amiga realmente gosta de viajar. Revirei os olhos novamente enquanto ela insistia naquilo e, nessa brincadeira, acabei por notar que várias pessoas nos observavam... Uma em especial. 

Jay Park, como todos o chamam, estava parado bem ao nosso lado, com uma das pernas apoiadas na parede e os braços cruzados. Seus olhos estavam cobertos pelo óculos que usava, entretanto, notei que ele nos observava por sua cabeça estar virada exatamente em nossa direção. Seu semblante não aparentava nada em especial, na verdade, mostravam-me um tédio irritantemente incômodo, mas eu não dei tanta importância porque uma idéia ocupou-me a mente. 

– Jennie! – cortei-a com um chamar segurando seus ombros, fazendo a garota se calar. Afastando minhas mãos de seu corpo, eu prossegui: – Você acha mesmo o Jay Park tudo isso? 

– Querida, ele é tudo isso e muito mais! – falou alto como se eu fosse uma completa ignorante. – Sério! Ele é tão gostoso, tão maravilhoso tão... Aish! Deus, ficaria feliz só em dar una beijos naqueles lábios que me fazem desmaiar de tanto desejo. 

– Mas você não já pegou ele? – franzi o cenho, estranhando. 

– Já, mas eu daria tudo para pegar de novo.

Ri de canto, era uma coisa terrível para se fazer com uma melhor amiga, mas seria engraçado e ela me perdoaria no final. 

– Okay, olha para o lado. – ela o fez, ficando tão branca quando os azulejos do colégio polidos esta manhã pelos doces — mentira, alguns são tão azedos feito limões — zeladores. – Me desculpa, mas eu estou cansada e preciso ir. Bem, quem sabe agora ele te dá uma chance. 

Dito isso, eu dei um tapinha no ombro de minha amiga como consolo e saí gargalhando pelo colégio, pois sabia que ela ficaria paralisada ali por um bom tempo.  Eu senti seus olhos sobre mim, observando minha partida minuciosamente, o que não é tão surpreendente, já que deixei uma garota estática bem em sua frente. Ela me perdoa depois. 

Já guardava meus livros na mochila, rezando mentalmente para que Jennie estivesse furiosa o bastante comigo para ir embora sozinha. Com certeza eu ouviria um sermão de "você não deve humilhar suas amigas", mas não queria ouvi-lo aqui na escola, talvez em uma praça, aonde tenha sorvete de chocolate para ela se esquecer um pouco da raiva e me liberar mais cedo do sermão. 

Ouço passos vindo em minha direção mas não levanto a cabeça para ver a pessoa, afinal, quem quer que fosse, eu logo descobriria. Duas mãos se apóiam em minha mesa, não bruscamente, mas de uma maneira natural. Noto as tatuagens nos dedos e logo levanto meu olhar para ver o dono das mãos pintadas, vislumbrando a imagem de Jaebum na minha frente com um sorriso de canto. O sorriso que, para muitas meninas é matador, mas para mim é apenas mais um sorriso sedutor. 

– Precisa de alguma coisa? – indaguei franzido o cenho, já que ele me encarava e nada dizia. 

– Foi muito errado o que você fez com sua amiga. – ampliou ainda mais o sorriso. – Eu gostei. 

– Ah, ela se recupera. – ri baixo. – Você gosta de coisas erradas? 

– Depende das encrencas que elas trarão. Diga-me, você é uma encrenca? – ele estava flertando comigo? Assim, tão rápido? 

– Depende do que você queira comigo. – respondi séria, fechando minha mochila e colocando-a sobre o ombro quando levantei. 

– Você é direta. 

– Do que adiantaria se eu fosse lenta? – comecei à andar, olhando com a visão periférica sua silhueta caminhar ao eu lado. 

– Acho que nada. 

– Exato. – viro minha cabeça para encará-lo por completo e o mesmo repete meu gesto. – Precisa de algo?

– Na verdade, sim. – sorriu de canto, exibindo seus perfeitos dentes alinhados e brancos. Ele cuida muito bem dos dentes, ou gasta milhões no dentista. – Você disse que não se interessa por mim, eu entendo, mas só não estou muito acostumado com isso. – fez uma careta engraçada percebendo o erro. – Okay, eu fiquei parecendo muito convencido agora, né? 

– Um pouco. – ri baixo. 

– Okay, me desculpe, não foi isso que eu quis dizer. – rolou os olhos. – Deixa eu reformular a pergunta: Você não tem interesse em se relacionar comigo? 

– Depende do relacionamento. – digo virando o corredor. Ele me acompanhou. – Amizade ou romance? 

– Desculpa, mas eu não namoro. – levou a mão até a nuca, acariciando a área como se estivesse desconfortável. 

– Eu sei, também não sou muito de namorar. – torço o nariz, percebendo que deveria reformular aquilo. – Quero dizer, eu até que posso chegar a namorar alguém, mas é raro. 

– Como metade das meninas dessa escola... – comentou avoado.

– Elas não namoram porque têm esperança qur você se apaixone por uma delas, o que eu acho meio impossível, levando em conta seu comentário anterior. – indiquei como uma perfeita analista. 

– Como tem tanta certeza que esse seja o verdadeiro motivo para elas não namorarem? 

– Porque 80% das minhas amigas são suas "fãs" – fiz aspas com as duas mãos, mesmo que uma delas estivesse ocupada com meu celular. –, então, eu acabo ouvindo muito sobre você. 

– Entendi. – concordou baixo. – Então, você acha "perigoso" elas se aproximarem de mim? 

– Depende do desejo. – observei. – Se querem apenas um pouco de diversão, o que a maioria fala que quer mas na verdade almeja muito mais, não vejo problema algum em tentar uma aproximação. Todavia, todo mundo sabe que, mesmo não admitindo, elas sonham com coisa maior que isso. 

– Você presta bastante atenção no que acontece à sua volta, né? – apontou. 

Virei meu rosto novamente para encará-lo e ofereci-lhe um sorriso. 

– Na maioria das vezes. – pisquei de forma brincalhona, ganhando o sorriso que tira o fôlego de todos e, admito, quase tirou o meu. Entretanto, sou um pouco imune à esses encantos. 

Quando estava prestes a sair do colégio, avistei uma Jennie de braços cruzados, encostada em uma das árvores do jardim da universidade e batendo um dos pés no chão em ritmo frenético. Todas as pessoas que passavam por ela a encaravam, pois sua carranca iria assustar até o capeta se ele fosse encará-la de frente agora. 

– Eu tenho que levar uma bronca agora. – suspirei, sabendo que não conseguiria escapar do sermão.

– Ela parece irritada. – achou facilmente onde meus olhos estavam parados, me surpreendeu um pouco, mas não dei importância. – Boa sorte. 

– Vou precisar. 

Sorrindo de canto, ele se distanciou, deixando-me com ume estranho frio na espinha. Na verdade, esse frio era puro medo, já que minha colega de quarto – e também melhor amiga — já tinha me avistado ao longe e me castigava com seus olhos furiosos. 

~♣~ 

Festas de fraternidades são as melhores, muita bebida, muita dança e muita diversão. Claro que também têm as drogas e algumas encrencas, mas eu não me misturo nessas bandas, então, não vejo o porquê de não curtir essa festa com tantos olhos me desejando. Adoro essa atenção que recebo, posso não ser a única estrangeira, mas sou uma da poucas, o que causa bastante confusão no estômago dos meninos e até de algumas garotas. 

– Está me perseguindo? – ouvi uma voz gritar atrás de mim por conta do som alto e frenético daquele galpão. 

Sim, as festas proibidas da fraternidade acontecem atrás da universidade, em um dos galpões sem utilidade. Claro que alguns funcionários têm noção que isso burla a maioria das regras daqui, entretanto, alguns fingem que não sabem de nada enquanto outros aproveitam o crime para curtir um pouco o fim da semana cansativa de trabalho. Felizmente, mesmo que a universidade tomasse providências para acabar com isso, não adiantaria de nada, pois os alunos apenas iriam transferir as festas para outro lugar e daria no mesmo. 

Viro-me com facilidade, afinal, poucas pessoas ficam perto do baão de bebidas improvisado, a maioria vai para o fundo transar, fumar e afins. Outros preferem a pista, que nada mais é do que o centro do galpão. 

– Não é você que está me perseguindo? – falo próxima de Park, já que a música eletrônica abafava demais nossas vozes. 

– Você está na festa da minha fraternidade, ou seja, você é a stalker. – brincou, virando direto o copo do que parecia ser uísque em sua boca, deixando a bebida ardente descer garganta abaixo. 

– Eu gosto dessas festas. – dei de ombros, também virando o meu copo de Vodca, fazendo-o rir. – Aliás, você quem veio falar comigo. 

– Xeque-mate. – riu fraco. – Quantidade de copos? 

– Esse é o quinto que termino. – balancei o recipiente vazio ao lado de meu rosto. 

– Só Vodca? – semicerrou os olhos. 

– E um pouco de energético. – entreguei-me. 

– Ótimo, acha que, quando estiver no... Oitavo copo, tenho chances de te beijar? 

– Depende, mesmo bêbada, eu sei o que quero. – dei de ombros, pouco me ferrando para minha audácia. 

– Então, quer me beijar? – indagou. 

– Não sei, acho que preciso de mais um copo para saber. – lancei um olhar pidão, o que acabou fazendo-o rir. 

– Sério? Não acha perigoso pedir bebida para um estranho? – franziu o cenho. 

– Estamos juntos na metade das aulas e te vejo todos os dias. – ri fraco. – Se fosse me estuprar, teria que mudar de identidade e ir para ao Iraque, o que não adiantaria, porque eu iria do mesmo jeito até lá e cortar os teus testículos. 

– Certo, certo – ergueu as mãos em sinal de rendição. – Eu não faria isso, jamais. Estou indo pegar a bebida. 

Assenti brevemente e o assisti partir até o balcão, logo virando minha cabeça para o centro e observando as pessoas dançarem. Algumas coladas, outras sozinhas, mas todas pareciam estar sentindo a vibração da música No Money do Galantis, a qual já estava nos momentos finais. 

Assim que a música terminou por completo, a melodia de You Know do Park Jay se iniciou e eu agradeço aos céus por ter feito quatro anos de balé e cinco anos de dança do ventre antes de me mudar para a Coréia do Sul. 

Sem esperar o garoto que flertara comigo momentos atrás, eu andei até o centro da pista com alguns olhares me seguindo, todavia, não me importei e logo comecei a me mexer como se estivesse totalmente sozinha na minha sala de estar. Meu quadril, braços e pernas se moviam conforme o ritmo da música, entrando em sintonia com o timbre sexy da batida e deixando-me flutuar pelo chão. Fecho meus olhos afim de curtir mais a Vibe e, quando braços fortes envolvem minha cintura por trás eu não me assusto, pois eu estou acostumada com esse tipo de coisa. 

Alguns minutos depois, assim que a música termina, outra já entra sem deixar espaço para uma pausa, então, apenas entro no ritmo de Needed da minha rainha, Rihanna. Viro de frente para o estranho que me segurava e, ao passar os braços ao redor de seu pescoço e abrir os olhos, dou de cara com Jay Park me encarando com os luzeiros brilhando em luxúria. 

– E a bebida? – pergunto em um tom provocante em seu ouvido. 

– Eu tive que beber para me acalmar quando te vi dançando. – flertou, entrando na brincadeira. 

– Adiantou? – tomei um impulso para trás e colei meu corpo contra o seu, sentindo uma pequena agitação dentro de suas calças. 

– Não mais. 

Dito isso, Park segurou firme em minha cintura e virou-me depressa, prensando seu corpo contra o meu é sua pré-ereção em minha bunda. Fez alguns movimentos leves como se estivesse simulando algumas estocadas, portanto, eu rebolei com destreza e o ouvi soltar um gemido de satisfação. Admito que me surpreendi em arrancar esse som com apenas alguns minutos de dança, ele está tão animado que não cnsegue se controlar? Eu realmente devo ser melhor na dança do que imaginava. 

O DJ que não decepcionava trocou a música e logo a batida eletrônica voltar a preencher o ambiente e as pessoas trocaram das reboladas para pulos frenéticos que tiravam as bebidas dos copos, mas ninguém parecia se importar. 

– Vamos para o meu quarto? – sussurrou em meu ouvido, voltando para trás logo em seguida. Seus olhos estavam fechados e ele ofegava um pouco, não creio que deixei ele nesse estado com apenas umas provocações na dança. 

– Não. – abriu os olhos imediatamente, fitando-me confuso e com certo desespero. – Não quero e nem vou transar com você hoje, talvez outro dia, não hoje. 

– Por que? 

– Porque não, oras. – revirei os olhos, estava meio cansada desses caras que não aceitam uma rejeição. – Se quiser, podemos fazer alguma coisa juntos, mas não transar. 

Park encarou-me por inúmeros segundos para, enfim, soltar um suspiro relaxado e sorrir de canto. 

– O que quer fazer? – surpreendeu-me com a resposta, achei que ele iria negar e procurar outra para lhe satisfazer os desejos mais carnais. 

– Me espere do lado de fora, eu vou pegar algumas bebidas. – ele assentiu, saindo logo em seguida. 

Assim que vi Jay cruzar a saída movimentada, fui até o balcão e peguei um lote de cerveja, eram nove latinhas ao todo. Me despedi de alguns amigos ali e nem me preocupei em falar com Jennie, pois a mesma já se encontrava enroscada com Jackson Wang e não sairia tão cedo.

 Ao sair da balada improvisada, corro meus olhos pelo campus e encontro Jay Park encostado em uma das árvores, os braços cruzados e uma das pernas rencostada no tronco, uma posição bem sexy para ele. Aproxime-me devagar e, ao ouvir o barulho da grama sendo amassada, ele virá seu rosto para mim e sorri instantemente. 

– Vai me embebedar pra depois me estuprar? – brincou, pegando o lote de minhas mãos como um cavalheiro. 

– Não, se eu quisesse transar com você, já estaria fazendo-o. 

– Xeque-mate. – olhou para as bebidas e logo depois voltou sua atenção para minha pessoa. – Aonde vamos? 

– Só vem. 

Jay pareceu confuso, porém, não questionou e começou a andar do meu lado. Após alguns minutos de caminhada, chegamos ao Rio Han, o qual ficava perto da universidade e também estava vazio por ser quase 03:00 da manhã. 

– O rio mais famoso de Seoul... – comentou, olhando a água escura a nossa frente. – Por que aqui? 

– Porque eu gosto desse lugar, porque ele me traz paz e porque tem água. – sorri de canto, olhando-o. 

– Você gosta de coisas que envolvam água? – assenti. – Então deve amar mares e lagos, né? – concordei novamente. – Bom saber. 

– Por que? – franzi o cenho. 

– Nada não. – sentou-se na grama, fazendo com que eu olhasse-o de cima. – Não vai se sentar? 

Mesmo intrigada, eu dei de ombros e me sentei ao seu lado, o que não adiantou muito, pois logo nos encontrávamos deitados. Jaebum rasgou o lote com certa dificuldade, mas cumpriu a missão com êxito e entregou-me uma das latinhas, assim como ele também pegou uma. 

– E então, senhorita Iara, por que não gosta de namorar? – ele perguntou para puxar assunto. 

– Não é que eu não goste, eu apenas não conheci ninguém que me interesse para um namoro. – suspirei. – Não alguém que possa, pelo menos. 

– Como assim, você gosta de alguém? – sentou-se rapidamente, parecendo a Jennie quando eu toquei no assunto com ela. Lembro-me até hoje de vê-la gritando pelo dormitório e batendo palmas como uma foca. 

– Sim. – ri fraco com as memórias. – Mas não existe chance nenhuma entre nós.

– Por que? 

– Não é recíproco. 

– O panaca é gay? – me fez rir, então, eu também me sentei e olhei diretamente nos seus olhos. 

– Por que pensas isso? 

– Porque só um louco pra não te querer. – seu olhar era algo indecifrável naquele momento, talvez por eu já estar bêbada. 

– Não, não é isso. – soltei o ar e voltei minha atenção para a bebida que tinha em mãos. 

– Me fala quem é, talvez eu o conheça. 

– Você conhece ele, são amigos, ele é da tua fraternidade. – dei de ombros. – Park Jimin. 

Quando busquei o rosto de Jay novamente, só vi que ele arregalou os olhos e abriu a boca, entretanto, nada disse. Talvez por saber que, merda, eu nunca teria chance com aquele garoto de um metro e setenta mas que ainda era maior que eu. 

– D-desculpa, mas eu não posso a-ajudar... – uma chateação esquisita apareceu em seu tom se voz. 

– Tudo bem, eu já me conformei. – dei de ombros, tomando mais um gole na cerveja americana. 

– Se fosse outro, eu até poderia tentar, mas ele...

– Eu sei que ele nunca vai terminar com a Jisoo, eu conheço a história dos dois. – respirei fundo. – Ele era como você, solto, até conhecer a alma gêmea dele e largar essa vida para ficar com ela. Linda história de amor, não acha? 

Com certa amargura, eu virei completamente a garrafa e todo o líquido de restava lá dentro entrou, pegando outra em seguida e abrindo-a com a mão mesmo, o que doeu um pouco. Jay parecia compartilhar dessa minha "dor" — que drama — pois não parava de fitar-me. 

– E você? Por que não namora? – perguntei para quebrar o clima melancólico que pairou sobre o lugar. 

– Ahn, eu não gosto de ser rotulado. – se deitou e eu o acompanhei. 

– Ou seja, você quer pegar várias em uma noite sem precisar trair ninguém. – ri alto. 

– Você entende bem essa vida. 

– Eu faço parte dessa vida, Jay. Tenho "alma de pipa-avoada". – ouvi um ruído de dúvida. – Uma expressão brasileira, significa que eu sou como você. 

– Oh, entendo. – nossos olhos estavam pregados nas estrelas, elas estavam lindas naquela noite, um pouco embaçadas pelo efeito do alto, mais ainda brilhavam fortemente. – Você não quer entrar para a outra vida? 

– Eu gostaria, sabe? Eu já namorei algumas vezes, admito que sinto falta. – fechei meus olhos. – Quando eu vejo os casais na rua, eu fico imaginando como seria se eu voltasse a namorar.

– Que tipo de cara você namoraria? – perguntou baixo. 

– Sei lá, um cara como Jimin? Como uma pessoa normal? – suspiro. – alguém como você? Eu admito que invejo a história dos dois, eu não faço questão de viver uma, mas também não me importaria caso acontecesse. Eu sinto falta de ter alguém para chamar de meu, usar alianças, dizer "eu te amo" sem medo da rejeição, fazer aqueles planos malucos pro futuro com o casamento doa sonhos. – suspirei. – Eu não me importaria de viver isso tudo de novo, eu estou bem como estou, mas eu gostaria de sentir novamente. 

Tudo ficou em silêncio, até mesmo o rio parecia ter parado de se movimentar para ouvir minha história. Ainda de olhos fechados, eu me fantasiei como os casais que vi nesse parque da última vez que vim aqui. Park, que ainda estava ao meu lado, pois eu ouvia sua latinha sendo vagarosamente amassada, permaneceu em silêncio por um longo período de tempo, para enfim falar:

– Ei, Iara.

Virei meu rosto para olhá-lo e, de imediato, sinto seus lábios nos meus. 


Notas Finais


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Em andamento ~♦~

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Imagine: Kim NAMJOON:  https://spiritfanfics.com/historia/um-amor-do-mar-imagine-kim-namjoon-6775263

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Fanfic Jimin: https://spiritfanfics.com/historia/o-damo-e-a-vagabunda-6776492

Fanfic Kim SeokJin: https://spiritfanfics.com/historia/quebrando-o-tabu-6852583


FINALMENTE!


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