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História Os (In)separáveis - Uma Injustiça presente


Escrita por: OrchidWings

Capítulo 2 - Uma Injustiça presente


Dizem que o tempo passa a correr, e eu sou testemunha disso, já se passaram mais 9 anos e sempre foi um pouco monótono. Para já, só quando vou ao mercado é que o vejo e raramente me fala, eu compreendo que esteja ocupado com as encomendas dos mecenas, mas deixa-me triste ver alguém com que estabelecemos uma proximidade se afasta e quando damos por nós, perdemos tudo. Felizmente choquei contra ele e voltámos a conversar e ele disse que eu podia passar no estúdio sempre que quisesse, e passado alguns minutos despedimo-nos outra vez, mas agora foi diferente ; ele deu-me as mãos e sussurrou-me que tem uma surpresa para mim e depois beijou-me. Acabámos por combinar um encontro amanhã.

Tinha que me despachar, tenho um compromisso (graças à minha mãe) com os Médicis, os senhores desta cidade italiana. Lá tive que me compor, tenho de estar apresentável para a família, é contra a minha vontade mas não há nada que possa fazer. Quem diria que eles têm em sua posse tamanhas riquezas, mas ainda assim acho errado casar com alguém que eu não goste amorosamente; Ao perder-me nos pensamentos, não reparei que o primogénito estava diante de mim, é belo mas não capta atenção para o meu coração. Parece estar interessado em mim, mas tenho um mau pressentimento sobre esta aliança.

Algo se está a passar, estão a arrombar a porta a meio da noite, só me lembro de ouvir: "Signora Simonetta, temos ordens para levar a sua filha, se nos impedir iremos usar a força". Aí eu fui arrancada do meu sono e quando dou por mim, estou a ser julgada em público, não acredito que esteja a ser acusada de uma tal coisa infame: jamais faria rituais e orações ao Senhor dos Infernos. Lembro-me de gritar, chorar, implorar e a minha sentença é ser castigada numa casa da loucura. A minha mente é sã assim como a minha alma e nunca desrespeitei Deus ou o Nosso Salvador.

Antes de ir para esse tal lugar, a última coisa que vi foi o Enzo a correr em minha direção, de lágrimas nos olhos a mil e a revoltar-se contra o mal que me fora feito. Arrastada fui, torturada já perdi a conta e agora é a agonia a alastrar-se, estou sem a minha família, os meus amigos e o amor da minha vida. Só me resta olhar para as estrelas, rezar e ter esperança no meu coração pois eu sei que ele me ama e quero ver o que é que preparou para mim até lá..., estou a vaguear na solidão e desespero.



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