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História Os instrumentos mortais - Sons dos Anjos - Família quase perfeita


Escrita por: Lincker_Mary

Capítulo 1 - Família quase perfeita


Fanfic / Fanfiction Os instrumentos mortais - Sons dos Anjos - Família quase perfeita

NY está no inverno, Clary teria rido se isso não fosse preocupante pelo fato de que seu filho esteja nascendo no inverno. Seu primogênito já foi algo mais tranquilo, o garoto nasceu no verão. O que é outro fato muito engraçado já que o cabelo de seu filho é como os raios solares, o mesmo tom loiro de seu marido Jace. O menino é pura alegria, ele é o próprio sol, ele tem um brilho que irradia somente dele. Talvez tenha puxado o pai.

Jace está segurando a mão direita de Clary enquanto ela solta outro grito de cortar os pulmões e estourar os tímpanos de qualquer um. Foi quando todos escutaram um chorinho fino dando alegria ao casal, o segundo filho acabara de nascer, ou melhor… filha.

-É Marysa, é uma menina!

Disse Jace abrindo um grande sorriso, logo em seguida dando um beijo na testa de sua mulher. A criança foi entregue nos braços de Clary que conteve as lágrimas, a menina mal parecia ter cabelo pois os fios ruivos são finos.

-É garota, não foi dessa vez que você puxou a bela cor dos cachos do papai.

Clary revirou os olhos, mas não deixou de sorrir.


***


Já no corredor estavam todos os Lightwoods, Simon e Isabelle com seus filhos Jordan e Louiz, Louiz com quatro anos de idade e Jordan com um. Alec e Magnus roendo as unhas esperando notícias, Rapahel já está com seus dezesseis anos e Max com sete anos de idade. Maryse anda de um lado para o outro aflita, Robert apenas a acompanha com o olhar, como se isso o acalmasse.

Jocelyn não para de mexer não mãos de seu marido Luke que com o outro braço livre segurava o primogênito de Jace e Clary Herondale. Ethan.

-Ei, ei Jordan!!! -Simon corre atrás do filho que está dando um baile no pai enquanto ri.

-Maçã! Maçã!!!!! -Gritava Louiz enquanto Isabelle pacientemente furava a caixinha de suco entregando para o garoto.

-Acha que vai levar muito tempo? -Perguntou Raphael um pouco entediado.

Em resposta um choro de criança. Todos olharam para porta aliviados. Minutos depois a mesma foi aberta e um homem loiro saiu com um bebê nos braços.

-É Marysa, é uma menina.


Maryse Lightwood soltou um suspiro percebendo que o nome da neta é parecido com o seu.

Ethan esticou os bracinhos para o pai, o garoto está com cinco anos, uma idade boa para entender o que está acontecendo. Luke foi até jace com o garotinho em seu colo.

-Ethan, essa é sua irmãzinha Marysa. -Explicou Jace, Ele retirou um pouco do cobertor ao redor da cabeça da menina para que o filho pudesse ver melhor.

-Oi Marysa. -Ele esperou uma resposta.- Ela não me responde, por que ela tá dormindo?

Todos riram fazendo o bebê resmungar e ameaçar um choro, Jace a acalmou rapidamente.

-Ela está cansada, terão muito tempo para brincar, mas você terá que ter paciência, agora você tem uma responsabilidade, pequeno. Terá de proteger essa pequena aqui com a sua vida.

-Respon… o que?

-Responsabilidade, quer dizer que você terá que tomar conta dela para que ela nunca se machuque gravemente. Entendeu?

-Entendi.

Ethan esticou os bracinhos e tocou a cabeça da irmã com delicadeza com medo de machuca-la.

-Vou cuidar de você.


***


Jace deixou Clary e sua filha no quarto, ambas descansando e foi para a biblioteca, precisava resolver alguns assuntos pendentes e atrasados.

-Jace!!

Jace reconheceria essa voz em qualquer lugar, em qualquer situação. Alec pegou no ombro do parabatai e o puxou para um abraço.

-Meu parabéns, é uma linda menina.

-Obrigado, irmão. -Sorriu o rapaz.

-Mas não é por isso que vim procurá-lo, é sobre o garoto que está prestes a vir para cá.

-Ahh sim… Dorian Wahrheit certo?

-O garoto tem oito anos, não há nada sobre sua família, parece que chutaram ele pro mundo e agora o menino está vindo para cá.

-Isso não te lembra algo? -Jace ergueu uma das sobrancelhas.

-É diferente, Jace. Todos acreditavam que Michael Wayland era seu pai, você tinha um passado… Mas esse garoto não.

Jace passou as mãos pelos fios loiros e coçou a barba que já precisava ser refeita, mas não ficou desleixada no homem, nada fica desleixado em Jace Herondale.

-Deixe o menino chegar e se instalar, veremos o que irá acontecer depois, tudo bem?

Alec balançou a cabeça positivamente e acompanhou seu parabatai até a biblioteca.


***


Na biblioteca havia muitos caçadores inquietos e nervosos. Jace deu uma leve olhada para o parabatai que piscou seus olhos azuis em suporte.

-Me deseje sorte.

-Você não precisa de sorte. -Alec apertou o ombro do companheiro e começou empurra-lo até os homens e mulheres.

-Jace Herondale! Finalmente! Meus parabéns pelo seu filho.

Disse um caçador alto, musculoso, seu cabelo raspado com uma grande barba, o homem parece um bárbaro.

-Filha, é uma menina.

-Meus parabéns então, mas temos assuntos graves para serem discutidos. -Disse o “bárbaro”.

Jace se dirigiu até sua cadeira e se sentou ao lado de uma mulher loira, seu cabelo preso em duas tranças muito bem feitas sem nenhum fio de cabelo fora do lugar. E ao seu lado direito, Alec.

-Muito bem, podemos começar. -Anunciou Alec.

-Foi encontrada outra criança nephilim morta aos arredores dos institutos do México e Brasil. -Disse Isabelle Lightwood, Jace se virou surpreso ao notar pela primeira vez que sua irmã adotiva estava ali, Isabelle não pareceu se importar, Simon estava ao seu lado.

-Hoje mais cedo encontraram outra nos arredores do instituto de Paris.

-Não faz o menor sentido, são locais afastados um do outro -Pensou alto a loira ao lado de Jace.

-Deve haver alguma conexão, nem que seja algo óbvio. -Comentou Alec.

Simon puxou de seu colo um monte de folhas, impressões de algum site, apesar de ser proibido usar instrumentos mundanos, Simon jamais largou seus computadores e celulares, suas pesquisas são feitas em sigilo e de repente ele aparece com diversas impressões dizendo que conseguiu com um fiel conhecido.

Ele espalhou as folhas pela mesa e mostrou um mapa marcado com linhas, não formava absolutamente nada, mas parecia algo como um símbolo que faltava alguma coisa.

-Pensei que Clary poderia ajudar com isso, mas ninguém esperava que ela daria a luz hoje.

-Dê dois dias de descanso para ela e verei como ela reage a essas linhas. -Disse Jace pacientemente.

-A questão é -Comentou o homem bárbaro.- nossas crianças estão morrendo, e há muitas neste instituto.

-O que está tentando insinuar? -Perguntou Alec irritado.

-Que se não tomarem cuidado, seus filhos podem ser os próximos, assim como qualquer outro, vocês são famosos… -Comentou uma mulher de cabelo curto e castanho.

Isabelle fez um coque rápido e furioso no próprio cabelo.

-Nada irá acontecer com nossos filhos. -Assegurou a Lightwood.

Simon lançou um olhar para Jace que não o capitou já que estava fitando a mesa com dedos inquietos.


***


A campainha soou enquanto os caçadores na biblioteca discutiam como manter suas crianças em segurança.

Alec se levantou pronto para ir atender quando Jace colocou a mão em seu peito indicando que ele mesmo iria.

-Voltarei rapidamente, continuem sem mim, caçadores.

Alguns lançaram um olhar para o Herondale, mas o deixaram ir.
No corredor Jace pode escutar a voz do filho sendo acalmado por Magnus.

-Eu quero minha mãe!

-Sua mãe está dormindo, pequeno Jace. E seu pai está um pouco ocupado, mas já estão vindo, quer um docinho?

Jace levantou uma das sobrancelhas, agora ele entendeu o porquê do filho estar tão viciado em pirulito de cereja, teria de ter uma conversa séria com Magnus sobre isso.

Continuou andando até a entrada, a campainha soou mais uma vez fazendo o homem apertar o passo e chegar mais rapidamente.

Chegando a entrada abriu a porta e se deparou com um garoto de cabelos castanhos, seu rosto redondo, muito mais baixo que o Herondale. Seu olhar se levantou e Jace percebeu que o menino estava prestes a desmaiar, suas vestes repletas de sangue assim como seu rosto.

-Jace Herondale? -Jace arregalou os olhos surpreso.- Dorian Wahrheit…

Dorian, esse é o menino que viria para  o instituto em alguns dias. O garoto começou a cair pra frente, fraco. Jace o pegou no colo e começou a correr com ele pelo instituto até o quarto da mulher onde havia dois irmãos do silêncio lá, eles saberiam o que fazer. Abriu a porta com um estrondo fazendo a mulher acordar e sua filha chorar. Droga, Clary iria mata-lo.

-Irmão Hardwell, esse menino precisa de sua ajuda.

O irmão do silêncio empurrou objetos que estavam em cima da mesa e indicou que Jace o colocasse o garoto ali, foi o que o homem fez.

“Retire sua filha daqui.”

Disse uma voz em sua mente, Mary gritava sem parar. O Herondale foi até o berço de sua filha e a retirou dali, Jace lançou um olhar para a mulher que balançou a cabeça positivamente. Assim que saiu do quarto com Mary em seus braços a menina se acalmou, mas ameaçava chorar a qualquer momento.

-Está tudo bem, o papai só fez uma entrada triunfante.

A menininha resmungou e voltou a dormir, Jace invejou ela por um momento, por conseguir fugir dos problemas indo dormir, mas quando não se é um bebê, as coisas são diferentes.



***


Clary não sabia dizer quem é o menino e como ele chegou aos braços do marido, a única coisa que tinha ciência era de que o menino estava morrendo.

Retirou o cobertor de sua cintura e estava prestes a levantar quando escutou uma voz em sua cabeça.

“Clarissa Herondale, fique onde está. Não irá poder ajudar em muita coisa, você precisa de descanso.”

-O menino está morrendo…

“Consigo dar conta.”

Clary continuou onde estava, observando os irmãos do silêncio tentarem reanimar o garoto. Ele parece ter entre sete ou oito anos de idade. Seus cabelos são encaracolados e longos, o menino é alto para a idade e gordinho.

Aconteceu algo em que Clary não olhou a tempo que fez o menino subir o peito e tossir violentamente.

“Ele vai ficar bem.”

Disse o irmão Hardwell na tentativa de relaxar Clary.


***


-JACE! ESTÁ FERIDO? MARY ESTÁ FERIDA?

Isabelle correu até o irmão preocupada, Jace levantou uma das mãos assegurando de que estava bem. Já que a outra segurava sua filha.

-O sangue não é meu. Muito menos dela.

-O que houve? -Alec já estava ao seu lado.

-Dorian, o menino que eu iria receber em breve no instituto, receio de que ele tenha sido atacado pela mesma pessoa que está atacando nossas crianças. -O homem respirou fundo- espero que ele sobreviva e possa nos contar o que houve para ajudar na investigação.

-Se ele realmente foi atacado tudo terá uma ligação… -Diz a mesma loira que havia sentado ao lado do Herondale horas antes.

-O que está querendo dizer Johanna? -Pergunta Simon.

A mulher puxa algumas anotações e espalha pela mesa, todos vão em sua direção para tentar entender do que ela está falando.

-Quantos anos o garoto tem? -Johanna está focada na papelada.

-Oito. -Confirma Alec.

-Oito! No instituto do México morreu um garoto de dezesseis se lembram? No instituto do Brasil uma menina de cinco e no instituto de Paris uma outra menina de sete.

-O que isso tem haver? -Pergunta o homem com aparência bárbara.

-Isso indica que o assassino está matando os meninos em números pares, e as meninas em número ímpares. Suas vítimas não são da mesma idade. -Alega Simon com firmeza.

-Então quer dizer que Raphael, Ethan, Max e Jordan estão a salvo se for nessa lógica? -Pergunta Isabelle.

Todos se entreolham felizes por terem finalmente dado um passo para frente. Mary mal se mexe nos braços do pai.

-Temos que avisar a Clave. Jace? Dobre o cuidado com sua filha, ela é um número ímpar. -Comenta Johanna. - Simon e Isabelle? Dobrem o cuidado com o filho mais velho de vocês, ele é um par.

Todos balançaram a cabeça positivamente e se retiraram da biblioteca, prontos para avisar todos caçadores possíveis. Jace foi até seus escritório para poder avisar a Clave. Mary em todo o percurso dormiu feito uma pedra.


***


Dorian estava adormecido na mesa enquanto os irmãos terminavam de fazer os últimos curativos no garoto, Clary observou o menino com um nó no peito.

-O que houve com ele?

“Tentaram drenar o sangue dele, mas o menino é forte, há vestígios de luta, ele tentou se defender… acabou conseguindo, mas perdeu muito sangue.”

A porta se abriu lentamente, segundos depois Jace entrou, a filha dos Herondale resmungava no colo do pai.

-Acho que ela está com fome… Ela estava tentando chupar minha camiseta.

Jace entregou a filha para Clary que a pegou com facilidade. O Herondale olhou para o garoto adormecido na mesa, mas não ousou chegar perto. Os irmãos do silêncio são conhecidos por não gostarem de terem seu trabalho interrompido.

“O garoto irá ficar bem se é o que está pensando Jonathan Cristopher.”

Jace balançou a cabeça positivamente e foi para o lado de Clary se sentando na cama enquanto ela amamentava a filha. A única coisa que passava pela cabeça do homem é que ele teve um dia cheio e cansativo. Alguns segundos se passaram e ele deitou a cabeça no travesseiro caindo em sono profundo. Clary olhou para o marido adormecido e depois para a filha.

-É pequena… Acho que você puxou o dom do seu pai para dormir em qualquer lugar.  


***


O dia seguinte estava sendo agitado para todos, Clary nunca saberia se não tivesse descido para tomar café. Clary está com o cabelo preso em um rabo de cavalo delicado, usando um shorts confortável assim como uma das poucas blusas de flanela do marido. Mary está em seus braços com os olhos fechados em um sono tranquilo.

Quando Clary abriu a porta da cozinha quase soltou um grito. Ethan estava lambuzado de mingau, seu cabelo loiro totalmente pastoso, na frente dele está Jace a bochecha igualmente cheia de mingau. Max em cima da mesa lutando com Louiz, ambos com uma colher de pau. Simon estava correndo atrás de Jordan que acabara de entrar de baixo da mesa.

-Pelo Anjo… -Clary não sabia o que fazer.

-O que pensam que estão fazendo? -Perguntou Maryse assim que entrou na cozinha parando ao lado de Clary.

Todos, pararam por um momento, inclusive o mais novo dos meninos, Jordan. Max e Louiz desceram da mesa e se sentaram nas cadeiras, Ethan parou de fazer sujeira o que fez Jace soltar um suspiro agradecido e Jordan correu para os braços do pai com dificuldade já que não fazia muito tempo em que ele aprendeu a andar.

-Clary querida, venha. Vou fazer um café preto para você.

-Muito obrigada.

Clary mal reparou o quanto ela sentia falta de cafeína até Maryse tocar no assunto. Jocelyn entrou na cozinha com um único  objetivo e Clary já sabia qual.

-Minha vez!!!!!

A mulher esticou os braços para filha que sem protestar entregou Mary para a mãe que ficou babando na neta.

-Ethan, por que você está cheio de mingau? -Clary perguntou.

-Está ruim, papai não sabe fazer.

-Jace, você colocou açúcar no mingau dele?

Jace fez uma careta.

-Eu jamais colocaria, açúcar não combina com mingau! E esse garotão precisa parar de comer açúcar. -O Herondale fez uma careta pro filho fazendo o menino rir.

-Mas você sabe muito bem que ele só come mingau com açúcar. Meu Deus, os dois, vão tomar um banho, agora!

Jace pegou o filho no colo com uma careta, Ethan passou as mãozinhas no cabelo do pai sujando os fios loiros de Jace.

-Ah, não… iremos acabar com a água quente. Vamos garoto, OS MONSTROS MARINHOS PRECISAM SER DETIDOS!

E com isso Jace saiu correndo com Ethan no colo, o que podia se escutar era a gargalhada do filho mais velho dos Herondale. Clary apenas observou os dois homens de sua vida se retirando da cozinha.

-E quanto a vocês dois? Posso saber o porquê de estarem em cima da mesa? -Perguntou Maryse dando una bronca nos dois Lightwoods Louiz e Raphael.

-A gente só tava brincando, vovó.

Disse Max ficando ainda mais azul do que já é. Louiz não ousou levantar o olhar para Maryse que encarava os dois meninos.

-Já comeram?

-Sim - Louiz e Max falaram ao mesmo tempo.

-Então vão para a sala de treinamento se quiserem brincar, a cozinha não é lugar!

Os meninos saíram correndo antes que a avó mudasse de ideia.

-Pelo Anjo, que dia. -Clary repousou as mãos na lateral da cabeça.

Maryse empurrou uma xícara de café para Clary que a pegou rapidamente sentindo o cheiro familiar.


-É… com licença, eu só queria pegar uma fruta… Não queria interromper nada.

Clary virou a cabeça em direção a voz desconhecida, é o mesmo menino da noite passada, porém, ele está melhor agora, há cor em suas bochechas, seu cabelo está úmido e suas roupas limpas. O garoto entrou mancando na cozinha indo em direção a fruteira.

-Eu pego pra você, tem certeza de que não quer mais nada? Tem pão, geleia… -Perguntou Jocelyn que continuava com Mary adormecida em seus braços.

-Não, obrigado, só uma fruta mesmo, estou um pouco enjoado… Essa é a nova moradora do local além de mim?

As mulheres se entreolharam, como um menino de apenas oito anos tem um vocabulário tão apurado como ele?

-Sim, essa é a Marysa, todos estão chamando ela de Mary. -Comentou Jocelyn.

Dorian mancou mais um pouco em direção a pequena Herondale. Jocelyn agachou um pouco para que o rapaz a visse melhor. Dorian começou a cochichar algo em outra língua. Parecia uma espécie de reza, Clary reconheceu a língua hebraica.

-Onde aprendeu essa reza?

-Meus pais falavam para mim antes de dormir, acalma os sonhos… Viu?

Mary esboçou um pequeno sorriso banguela como se estivesse sonhando com algo calmo e angelical.

-Obrigada… -Disse Clary encantada.

-Por nada…

O rapaz pegou duas maçãs na fruteira e se retirou mancando.

-Que garoto… Nunca vi algo antes, ele é diferente. -Comentou Maryse.

-Ele é realmente diferente. -Clary ficou encarando o vazio e tomou um gole de seu café.


***


Dorian mordeu a maçã enquanto andava pelos corredores tentando se familiarizar com o local. Duas crianças passaram correndo por ele com espadas de madeira, uma delas azul, o Wahrheit por um momento pensou em chamar ajuda, mas se lembrou das histórias que os adultos contaram sobre Magnus e Alec e seus filhos adotivos, entre eles um feiticeiro.

-Mingau que nojo, sem açúcar então… -Um garoto uns anos mais novo -desconfiou Dorian- saiu de um dos quartos com o cabelo molhado. O tom de loiro exatamente igual aos de Jace. “Esse deve ser o primeiro dos Herondale.” Pensou Dorian. - Ei, oi!

Ethan correu até Dorian e esticou a mão em cumprimento.

-Olá. -Dorian aceitou o aperto com um leve sorriso.

-Meu nome é Ethan Herondale.

-Dorian… Dorian Wahrheit.

-Aaaah, você é o menino que meu pai tava falando, acho que eu devo dizer “seja bem vindo”.

-Obrigado.

Ethan franziu a pequena sobrancelha confuso, o rapaz não gostou dele? Quem não gosta de Ethan? O pequeno Herondale ficou pensando que Dorian é ”caladão” demais é que devia se soltar.

-Eu tenho que ir pra sala de treino, nos vemos depois?

-Tudo bem…

Ethan saiu correndo deixando Dorian observando ele ir, o Wahrheit deu mais uma mordida na maçã e continuou mancando pelo instituto.





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