-NÃO! POR FAVOR!
A garota amarrada gritava desesperada e se chacoalhava para tentar se livrar das cordas, o homem alto com a face coberta pedia silêncio e calma, ele colocou um pano na boca da menina para que ela se calasse e então puxou a faca que estava em seu colete, começou a fazer vários riscos pelo abdômen da menina que estava nua, tudo escuro e chuvoso tornava tudo mais macabro. As palavras que ele escrevia eram em inglês, e na maioria dos casos, todas tinham "die", "blood", "true", "lier" e "DEATH" escritos em seu corpo, algumas iniciais também eram achados.
A menina tentava gritar ou fazer algum barulho para que a ouvissem. Em seguida, o homem pegava um alicate cego e arrancava um cílio a um cílio de seu olhos, era uma dor agoniante e com certeza não era algo para você desejar ao seu pior inimigo. Já sem cílios e sangrando por várias partes do corpo, a mão do homem voltou a agarrar a faca onde começou a ser feitos vários cortes entre os espaços dos dedos, a menina chorava e soluçava querendo que tudo aquilo fosse apenas um pesadelo. O assassino resolveu dar um descanso para a garota, deixando ela amarrada com ardência em todo o corpo.
Depois de mais ou menos trinta minutos, a menina estava dormindo e tudo o que foi escutado foi o descer do zíper da calça do assassino e ele se aproximou da menina, ela já estava nua então ele apenas abriu as pernas dela, fazendo com que ela acordasse de imediato e ela começou a gritar novamente ou pelo menos tentar. Ele a penetrou com força, notou-se então que a menina era virgem o que deu mais gosto para o psicopata, ele a penetrava com mais força e sem dó alguma, aquilo parecia dar mais prazer à ele. A garota se debatia tentando se livrar, ela não tinha mais força alguma para lutar, aos poucos ela foi aceitando a dor. Aquilo não pareceu agradar o homem que logo fechou as mãos no pescoço da menina e a sufocou até a morte que já não estava muito longe.
[...]
-RÁPIDO! RÁPIDO! MAIS UM CORPO FOI ENCONTRADO!!
Gritaria. Gritaria e ansiedade definiam aquele momento. Era a terceira vez em uma semana que um corpo era encontrado e todos tinham os mesmos traços de tortura; dedos com as unhas arrancadas, cortes profundos nos espaços entre os dedos, pedaços grandes da pele do abdômen arrancadas, as pálpebras sem cílios, palavras em forma de cortes em toda parte do corpo e estupro. Os policiais corriam pelas matas com cães treinados e lanternas para iluminar o caminho, os policiais exalavam adrenalina e alguns até mesmo medo. Era uma noite escura e chuvosa assim como os outros assassinatos ocorriam. O policial que guiava o resto do grupo localizou primeiro o corpo com um cachorro treinado.
-Chamem os investigadores da cidade, policial Vaughan. Isso já foi longe demais.
Darius Walcott, o capitão, ordenava que Derek Vaughan, policial, chamasse pessoas que realmente iriam fazer diferença nesses casos bizarros de morte. O policial logo concordou com a cabeça, já sabendo quem chamar e quando chamar. Derek se afastou um pouco dos outros policiais e puxou seu smartphone, desbloqueando e assim ligando para que Duncan Moore ficasse ciente do que estava ocorrendo.
-Alô? Policial Vaughan pelo amor dos deuses, eu quero dormir! Amanhã você me liga.
Moore não queria nem saber do que estava ocorrendo, estava no meio de seu sono e já iria desligar.
-Parece que algum psicopata está matando adolescentes nas faixas de dezesseis a dezenove anos.
Vaughan diz ignorando a reclamação de um dos homens mais importantes da cidade. Moore fica em silêncio por um tempo já que sabia que sua filha, Daphinne, tinha por volta da idade anunciada. O homem de mais idade suspira e por fim, desiste de tentar dormir. Aquilo com certeza iria dar dor de cabeça.
-Olha, eu vou passar essas informações para o meu grupo de trabalho e iremos fazer o possível para prender o responsável pelas mortes, boa noite, policial Vaughan.
Duncan desligou seus celular e levantou-se da cama, suspirou preocupado e foi andando até o quarto de sua única filha, abriu então a porta do quarto dela e a viu dormindo tranquilamente, fechou a porta e desceu as escadas indo para a sala onde estava as chaves do carro, seu casaco e seu revólver. Se arrumou direito e saiu pela porta, ele só esperava que tudo ficase bem com sua família.
Após ter desligado a chamada de voz com Moore, Vaughan guarda o celular e volta para perto do comandante Darius e do policial Jason que permaneciam no local até a chegada da polícia científica ali.
-Ligou para o representante Moore?
Darius pergunta para Derek que responde na lata com um aceno positivo de cabeça. De repente, um homem alto e de boa aparência chega até o local, esse homem era conhecido como Andrew Mellark, o representante da polícia científica. Junto com ele, Fleur D'Martell segura uma maleta nem tão pesada com acessórios necessários para analisar a cena do crime.
-Vamos ver... loira, dezessete anos, baixa, magra. Parece um padrão, comandante Walcott.
Andrew pensa alto sobre o padrão formado do cadáver atual do cadáver do começo da semana. Não era considerado exatamente como uma coincidência já que era o terceiro assassinato bizarro da semana. Walcott não perdeu tempo e logo utilizou de sua ironia para "cutucar" Andrew.
-Jura? Nem percebi. Consegue descobrir alguma novidade?
Walcott tinha seu hábito rude, mas ele parecia mais sério do que o normal. O homem parecia não ter dormido nada esses dias o que deixava ele mais chato do que o normal. Andrew ignora aquilo e continua à procura de algo mais relevante, enquanto isso, Fleur entrega a faca do crime dentro de um saco plástico para Andrew.
-Isso foi encontrado próximo ao lago aqui perto, esse local me dá arrepios. -Fleur diz abraçando-se e tentando amenizar a tristeza que ela sentia.
-Algum problema? Quer dizer, além da morte cruel de três garotas em uma semana... -Andrew se preocupava com Fleur, já que eram melhores amigos.
-Eu só estou um pouco cansada. -Fleur fala um pouco cabisbaixa e assim dá um leve sorriso de lado.
-Já estamos acabando aqui. Espero que chamem os especialistas em casos como esses. Odeio o cheiro da morte. -Mellark tenta compartilhar da mesma dor da mulher e assim termina de tirar algumas fotografias do local.
-Vamos encerrando por aqui, todos precisamos descansar para ainda hoje estarmos prontos para continuar o caso.
Darius já estava quase dormindo em pé ali mesmo enquanto dava ordens para os companheiros.
Uma boa parte dos elementos do local foi retirado, bem como o corpo da garota.
[...]
-Descobriu algo novo, Scheran?
Darius chega no departamento da polícia com Derek e Jason em seu encalço, Lillia Scheran era uma das duas garotas que cuidavam da parte administrativa do departamento de polícia, examinavam informações e as vezes, saíam em busca de testemunhas para coletar mais informações e passar para os membros dos investigadores.
-A vítima era virgem e foi estuprada com crueldade. Ele se descuidou e acabou por ejacular dentro da garota. Já estamos analisando isso também. -Lillia fala e se aproxima do comandante, dando os papéis com todas as informações nas mãos dele.
-Onde esse mundo vai parar?!
Alice adentra a sala pela porta, já indo em direção de Derek e deixando um beijo em seu rosto na frente de todos. A morena de bela silhueta se senta ao lado de Lillia, as duas se cumprimentam com um abraço, mas logo se soltam.
-Onde esse mundo vai parar eu já não sei, mas que vamos prender esse desgraçado... isso com certeza. -Jason esbraveja rapidamente e saí pela porta que Alice havia entrado. Logo deixando os quatros agentes sozinhos.
-Ele está bem? -Alice pergunta e olha para o comandante Darius que lia com atenção os papéis que estavam em suas mãos.
-Eu não sei, mas parece que algo está deixando todos os agentes abatidos.
Darius fala com um tom misterioso em sua voz e assim continua folheando as páginas, o comandante vai até a copiadora e copia todas as páginas, enviando tudo por email para Duncan Moore.
[...]
Duncan recebe um email com todas as informações e fotos dos casos de todos os assassinatos em série. Moore se levanta de sua mesa e vai até o centro da sala dos investigadores, era uma sala imensa, até mesmo com alguns equipamentos médicos como uma mesa de metal, um armario cheio de remédios, curativos e injeções. Cada um tinha sua mesa na sala, Damien e Allan tinham mesas próximas, em seguida vinha a mesa de Hans que ficava ao lado da de Allan, depois vinha a mesa de Callie e Lucy e por último Klaus. As mesas ficavam ao redor da sala e a mesa mais próxima da porta era a de Moore.
-Bem, acabei de receber as informações e fotos sobre tudo em um conjunto. Passei para o computador do Hans, da Callie e da Lucy. Analisem as informações e também os depoimentos das testemunhas, quero que façam isso rápido e depois passem para Allan, Damien e Klaus para averiguar.
Moore dá ordens rápidas aos seis membros de sua equipe. Hans procurava os arquivos, lia todas as informações e escutava os depoimentos por mensagens de voz tentando analisar todos os pontos possíveis de algo ser mentido. Algo, de repente, chama a atenção de Hans ao reproduzir uma mensagem de voz:
"-Qual foi a última vez que você viu a garota? - O interrogador pergunta.
-Eu... v-vi... na manhã do mesmo di-dia em que ela foi encontrada. - O interrogado parecia ser gago ou estava nervoso.
-E ela estava sozinha? -Outra pergunta lhe é feita.
-Eu não lembro. -Parecia estar mentindo.
-Ela estava sozinha?? - O interrogador insistiu.
-EU NÃO SEI!! - O homem grita e começa aparentemente a ter um ataque do pânico. "
-Isso é muito assustador. -Callie comenta após o término da gravação.
-Ele é maluco ou doente. -Hans diz ainda pensando no que ouviu na gravação. Ele gira a cadeira na direção de Klaus e continua. -Vocês podem visitar ele, seu nome é Jhon Campbell. Ele tem mais ou menos trinta e três anos, tem depressão e ataque do pânico constante conforme diz nas observações aqui. Ah, tomem cuidado, aqui diz também que ele veio do Estado Islâmico e tem tendências suicidas.
-Que ótimo. -Damien puxa seu terno da cadeira e o veste rapidamente, seu tom irônico até revelava uma empolgação. -Vamos.
Hans volta para sua mesa e continua a mexer no computador ainda com uma feição meio... triste.
-Tá tudo bem? -Allan apoia a mão direita sobre o ombro de Hans que não olha para trás.
-Eu só... tô enfrentando um término de relacionamento e essas coisas. -Hans suspira e continua mexendo no computador.
-Sei como é isso, depois conversamos. -Allan dá um tapa leve no ombro do outro homem e assim sai atrás de Damien que é seguido por Klaus.
-O Allan dirige, eu e o Klaus entramos e conversamos com o cara. Allan já sabe que fica no carro. -Damien deu algumas ordens e só foi em direção ao carro. Allan entrou no lugar do motorista e esperou Klaus entrar, após isso demorou mais ou menos vinte minutos para chegar ao endereço indicado.
[...]
Chegando lá, Klaus e Damien desceram do carro deixando Allan dentro do carro como sempre. Os dois andavam lado a lado para a frente da casa de Jhon, enquanto Allan pegava seu celular e ligava para o escritório.
-Centro de investigação?
Hans estava atendendo o telefone e ao mesmo tempo parecia estar mexendo no computador pelo barulho do teclado.
-Como estão as coisas por aí? -Allan pergunta para Hans enquanto ficava observando a casa em que Damien e Klaus entravam.
-Estão normais, eu acho. Allan? -Hans responde meio incerto e logo Allan percebe isso por ele não ter reconhecido a voz do homem mais velho.
-Sim. Enquanto a hoje mais cedo... quer falar sobre? -Allan era do tipo de cara que gostava de ajudar quando se percebia que alguém não estava bem ou talvez a motivação era outra.
-Eu nunca me dei bem em relacionamentos e eu meio que namorava um cara... ele sumiu semana passada e apareceu todo machucado, ele está estranho e não quer mais nada comigo. -Hans suspira e para de mexer no computador enquanto Allan olhava uma árvore qualquer que tinha próximo ao carro.
-Entendi, isso me parece meio complicado e... -Derek iria dar algum conselho quando viu Damien e Klaus saírem da casa de Jhon com alguns papéis nas mãos. -Hans preciso desligar agora. Depois nos falamos. -Allan não esperou uma resposta e logo em seguida desligou a ligação.
-Descobriram algo? -Allan perguntou enquanto eles entravam no carro.
-Jhon falou que não tem nada a ver com os acontecimentos atuais, mas o jeito como ele fala e se expressa tem algo de errado. E algumas coisas na casa dele apontam para uma religião que eu ainda não identifiquei. -Klaus dizia enquanto lia alguns papéis. Ele era basicamente profissional em linguagem do corpo e sabia analisar quando alguém mentia ou se sentia ameaçado.
[...] já no escritório...
Era um pouco mais tarde, umas 19:30 da noite. Klaus, Damien e Allan chegaram no escritório e imaginavam não ter ninguém por lá, mas se surpreenderam ao encontrar Callie e Hans comendo batata frita com alguns molhos diferenciados.
-Pensei que não iria ter mais ninguém por aqui. -Damien puxa sua pasta de trabalho do chão e já coloca de baixo do braço.
-Eu também pensei que não, mas já shippo. -Klaus fala se referindo à Callie e Hans se divertindo e comendo juntos. Klaus não tinha nada para pegar, mas estava esperando Damien para poder beber juntos.
-Eu vou ficar e comer umas batatas com o Hans e a Callie. -Allan fala já olhando pra comida que depois da viagem até a casa de Jhon, a fome batia fortemente.
Após isso, Damien e Klaus saíram em direção de um bar qualquer que pudessem encher a cara e levar mulheres pra cama. Era essa a rotina de Damien, Klaus e Allan todo fim de semana.
Allan pegou uma batata da caixinha de Hans que reclamou um pouco, mas não ficou emburrado.
-Ei! Minha batata! - Hans reclama já pegando a caixinha para mais próximo à ele.
-Gente! - Callie chama a atenção dos dois homens e logo termina a frase. -Preciso ir, meu namorado tá me esperando lá fora. Allanzinho cuida do Hans e pode ficar com minhas batatas.
Allan comemorou um pouco e ficou até mais feliz e assim Callie saiu do escritório com pressa.
-Você tá melhor? -Allan pergunta para Hans que o olha um pouco sério enquanto colocava uma batata na boca, mordia e mastigava.
-Estou sim, percebi que quem não me merece também não merece meu sofrimento. -Hans parecia meio confiante em tudo aquilo e Allan concordou.
Já fazia algum tempo que Allan e Hans estavam jogando conversa fora e comendo o que sobrava das batatas, de repente, um barulho muito alto pôde ser ouvido na rua e várias pessoas agora gritavam. Além do que, a energia do prédio havia acabado bem como a de tudo que estivesse próximo do barulho.
Continua...
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