História Os Irmãos Eaton - Capítulo 23

Anônimo

- E então? Está tudo certo para viagem dela para Londres?-pergunto.

- Está sim, logo ela será levada para um hospital de lá e tratada da perda do bebê e da queda.

- Perfeito! Espero que ela não fique com nenhum arranhão.-digo.

- Não vai ficar, te garanto.

- Ótimo. Espero que continue com o plano, caso contrário... você já sabe!

- Sei, sim. Não vou dar para trás agora.

- É o que eu espero.

Marcus

- Marcus, você pirou? Beatrice não vai para Londres! Ela é nossa filha, não vou deixá- la ir. - diz Evelyn, revoltada.

- Você vai junto. Fique tranquila, meu bem.- dou um beijo em sua testa- Serão somente alguns meses, ela vai fazer um intercâmbio por lá e depois estará de volta. Pode ir com ela se quiser.

- Quanto tempo? - ela me pergunta.

- Uns três meses.

Ela suspira.

- Isso é mesmo necessário?- ela me pergunta com um olhar triste.

- Sim, meu amor.

- Marcus... Essa sua paranóia já está passando dos limites!

- Evelyn...- tento me defender mas ela me interrompe.

- Cala a boca e me deixa falar! Você já falou demais, agora vai me ouvir!- ela grita e eu me assusto, olhando para os lados para ver se tem alguém olhando ou prestando atenção- Beatrice esteve a vida toda a procura de uma família, ela só quer ser uma adolescente normal, ter uma família que a ame e um namorado que goste dela e a ame de verdade. Por que esse namorado não pode ser o Tobias? Eu confio nele sei que ele não fará mal à ela pois o criamos assim. Você prefere deixar sua filha namorar um estranho? Um homem que você não sabe seu histórico? Que, Deus a livre, pode até mesmo machucá-la?- ela grita.

- Eu já falei. Não vou mais discutir com você sobre isso, Evelyn.-digo virando as costas.

- Já está sem argumento, não é mesmo?- ela grita, me fazendo parar de caminhar e olhar para  o nada- Você sabe que a relação dos dois não é errada, mas insiste nisso por algum motivo! Um motivo banal, tosco que não quer me dizer qual é!

- Já lhe expliquei meus motivos. Acredite se quiser.- digo a encarando.

- Não vou para Londres!- ela diz, com certeza na intenção de que eu volte atrás na decisão de mandar Beatrice para lá.

- Tudo bem, eu contrato alguma mulher de confiança para cuidar dela.- digo dando de ombros.

- Nenhuma outra mulher além de mim vai cuidar da minha filha!- ela diz baixo, entre dentes cerrados, com a raiva transbordando em casa palavra dita por ela.

- Ou você vai, ou ela vai só!- digo.

- Você é ridículo, Marcus! - ela diz me olhando com nojo.

Pego ela pelo pulso e a puxo para o carro, abrindo a porta de trás e a colocando lá dentro.

Eu amo a Evelyn, mas as vezes ela fala demais. Não que eu não goste disso, mas nesse momento não me agrada, e o único jeito que conheço de calar essa mulher é com sexo.

Fecho a porta do carro e o travo por dentro, sem ativar o alarme. Ajeito Evelyn no banco e percebo ela ficando nervosa.

- Você vai transar comigo para me fazer parar de falar? - ela pergunta em um tom elevado.

- Claro que não. Só que você fica muito gostosa quando está brava.- digo, e realmente, Evelyn me deixa muito excitado quando está nervosa com algo.

Abaixo minhas calças e levanto o seu vestido. Não me dou o trabalho de tirar sua calcinha, então apenas afasto para o lado. Massageio meu pênis que se encontra bem ereto e o enterro devagar na Evelyn. Ele suspira e se contorce no banco. Sorrio e começo as  estocadas. Evelyn geme e eu acabo por gemer junto.

Acho que quem passa lá fora deve estar percebendo o balanço do carro.

Continuo com as estocadas. Seguro o quadril da Evelyn e o puxo para  que se de choque contra mim, me fazendo entrar com mais força e mais fundo. Depois de alguns minutos ela solta um gemido insistente e sei que ela chegou ao orgarmos, estoco mais forte e logo chego ao meu também. Respiro fundo, tentando me recompor e depois da respiração normalizada me limpo, fecho minha calça e ajudo Evelyn a se arrumar.

Depois de pronta, saímos do carro em direção a entrada do hospital.

Não disse?! Ela acabou esquecendo.

Entramos no hospital e não vimos Tobias na sala. Ele entrou.

Tobias.

Entrei no quarto da Tris e a mesma estava dormindo. Me sento na poltrona ao seu lado, acaricia sua mão e ela abre os olhos devagar.

Tris

- Tob...- tento falar mas a minha voz está fraca, mal sai.

- Shhh. Não fala. Só ouve. Tris, me perdoa. Eu não devia ter de...

- Tob...Tobias, você não tem que me pedir desculpas.- eu digo baixinho- Aconteceu, e foi culpa minha que fui descuidada.

- A culpa foi do Marcus, não sua...- eu o interrompo novamente.

- A culpa não foi dele Tobi...

- A culpa foi dele sim, por culpa dele eu perdi meu filho!- ele grita e eu arregalo os meus olhos, não por ele ter gritado, mas sim por saber que eu estava grávida. Estava...

- Seu...

- Nosso, na verdade.- ele se corrige.

Paro por um tempo e olho para parede à minha frente com os olhos arregalados.

Eu estava grávida. Por um descuido e é por meia dúzia de palavras de merda eu perdi meu filho! A chance que eu tive de ter uma família com Tobias e de dar um empurrãozinho para que meu pai aceitasse o nosso relacionamento, eu perdi. Irresponsável!

- Filho... Eu estava grávida. - eu digo em choque, colocando a mão sobre a barriga, imaginando quão boa deve ser a sensação de ter um pequeno ser dentro de si, se mexendo e você sabendo que logo logo ele está em seus braços.

- Sim, meu anjo.- ele se aproxima de mim e acaricia meus cabelos- Estava grávida, íamos ter um bebê, só nosso. Nosso filho. Fruto do que sinto por você.- meu coração pula uma batida.

Eu paro novamente. Viro minha cabeça em sua direção, devagar.

- E o que sente por mim?- eu pergunto olhando em seus olhos.

Meu coração se acelera e sinto uma corrente elétrica passar pelo meu corpo, espalhando um calor forte pelo mesmo.

Tobias

Eu confesso que eu não amava Beatrice. No começo me senti atraído, depois de um tempo fui gostando dela, mas amor, como um homem sente por uma mulher, eu não havia sentido. Porém quando a vi caindo meu mundo desabou. Um peso forte se instalou em meu peito e o medo de perdê-la se fez presente mais do que tudo dentro de mim. Eu desejava estar no lugar dela para não vê-la sofrendo, e quando eu soube da criança... ah! Fiquei tão feliz, porém tão triste ao saber que a minha pequena ou meu pequeno não existia mais.

Eu acho que esses sentimentos de dor, angústia e medo me provam que, sim, eu amo Beatrice.

- Eu te amo.