Tobias
Levanto da cama horrível daquele quarto e caminho rapidamente até a porta. Fecho meu punho e bato forte contra a porta de ferro. A mesma se abre e um dos caras me encara e eu o encaro de volta.
- Cadê a Nita?- digo entre dentes cerrados.
- Ela não está aqui não, filhote. Fiquei sabendo que o chefe quer falar contigo.- ele diz.
- Chefe?- pergunto.
-Sim, mas não é o principal, é o chefe daqui.- ele diz olhando para o lado e acenando para um cara que passa.
- Beleza.- digo em tom de deboche- Quando ele quer?
- Não sei.- ele eleva os ombro indiferente- Quando ele quiser eu te chamo.
- Cadê a Nita?- pergunto novamente.
- A Nita saiu.- ele diz sorrindo malicioso- Mas toma aí.
Ele pega uma das mulheres da casa, que estava passando na frente do quarto, pelo braço, e a joga em cima de mim, que me desequilibro e quase caio. Ele fecha a porta com bastante força e fico preso junto com ela.
Bufo irritado enquanto ela olha para os lados sem entender nada. Ela vai até a porta e bate na mesma chamando pelo cara que nos trancou aqui.
Eles conversam por alguns minutos por sussurros e logo a porta se fecha e ela se vira para mim com um sorriso malicioso. Ela caminha calmamente até mim, rebolando a bunda e com um sorriso ainda mais malicioso do que o anterior.
- Você é gato!- ela diz se aproximando de mim, quase sentando no meu colo, mas eu me levanto logo, levantando meus braços e passando por ela.
- Está com medo de mim, Tobias?- ela me pergunta cruzando os braços com um sorriso maldoso e eu franzo o cenho por ela saber meu nome.
- Claro que não! Por que eu teria medo de você?- pergunto um sorriso debochado.
- Porque você sabe que eu posso acabar o seu namorinho.- o meu sorriso some e eu a encaro irritado.
- Você não vai acabar com nada se eu não deixar.- digo.
- E como vai me impedir? - ela se aproxima devagar.
- Não vou ficar com você!- digo confiante e elevando uma de minhas sobrancelhas.
Ela chega bem perto do meu rosto e sorri para mim.
- É o que vamos ver.- ela sorri e se aproxima com tudo, e eu me afasto rapidamente, mas ela ainda consegue me dar um selinho.
Com a força com que me afastei bati a cabeça na parede. Faço uma careta e passo a mão pelo local e ela ri.
- Sai daqui.- digo apontando para porta e ela não sai do lugar, aí eu perco minha paciência- Eu disse para sair! - pego- a pelo braço e soco a porta, que é aberta logo em seguida e eu com raiva a jogo lá fora. Ela se desequilibra e cai nos braços de um cara. Eu mesmo bato a porta e me sento na cama.
Olho para o chão tentando conter as minhas lágrimas. Eu quero a Tris, mano. Isso é o que eu mais quero. Não aguento mais ficar aqui.
Me deito na cama e coloco a mão na testa pela dor que se espalha por causa da batida na parede.
Ouço a porta se abrir e não me levanto, somente viro o rosto e vejo a Nita na porta. Ela sorri para mim com carinho e fecha a porta.
- Está tudo bem?- ela me pergunta.
- Não. O Stiff colocou uma puta aqui dentro e ela disse que vai acabar com o meu namoro, eu bati a cabeça na parede, ela me deu um selinho, e eu na hora da raiva joguei ela para fora do quarto.- digo.
- Jogou ela para fora do quarto...literalmente?- ela pergunta rindo.
- Bom se para você "jogar" é tipo- eu demonstro o movimento com os meus braços- Sim eu joguei.- eu digo e ela ri mais ainda.
- Boa, Tobias.
- Stiff disse que o chefe quer falar comigo.- faço uma careta.
- Disse? Não fiquei sabendo de nada. Não vá se eu não for.- ela diz e eu assinto.
A porta se abre e Stiff entra.
- O chefe chamou, garotão.
Me levanto da cama e olho para Nita. Passo pelo Stiff com o peito inflado, cara de mau. Assim que passamos por ele eu volto a minha postura normal.
- Tem um remédio para dor de cabeça aí?- pergunto e a Nita gargalha. Sorrio.
Entramos em uma sala e ela me entrega um comprimido de Buscopan. O engulo com um gole de água e me sento a grande mesa de reunião a minha frente.
-Que mesa grande.- digo olhando em volta.
- Grande, não?!- ela reforça e aceno.
Logo a porta se abre e entra um cara com uma roupa formal, paletó preto, chapéu na cabeça e duas putas ao lado. Nada com o que se preocupar, mas as putas aqui são gatas para po***.
- Boa noite, Tobias. - ela diz levantando a cabeça e eu vejo um homem de meia idade, cabelos grisalhos, mas bem conservado para sua idade.
- Boa noite.- digo seco.- O que quer de mim?
- Nada, somente te destrair um pouco.- ele dá de ombros- Você passa o tempo inteiro naquele quarto. Que tal uma festinha?
- Não, obrigado.
- Pare de ser careta. Venha, vamos logo.- ele abre a porta e sai.
Olho para Nita e ela assente.
- Não tem nada de mais, é só uma festa.- ela diz sorrindo.
Suspiro e saio da sala.
Descemos umas escadas e o som que ouço todos os dias atinge meus ouvidos com mais intensidade.
- Dá para fugir por aqui?- pergunto o mais baixo possível no ouvido de Nita e ela me olha com um olhar cansado e nega com a cabeça.
Suspiro e continuo a descer as escadas.
- Fique a vontade, Tobias.- ele diz apontando para um sofá.
Eu me sento a Nita se senta do meu lado e ele no meu lado esquerdo, com uma no colo e a outra ao lado.
Ele acende um baseado e oferece a mim. Nego. Nita, ao contrário pega sem pestanejar.
Olho para ela e ela sorri.
- Que é? É bom.- nego com a cabeça em desaprovação.- Mas beber você bebe, não é?!
Só um pouco não vai me fazer mal.
Ela me passa um grande copo com vodka e energético.
Tomo e é continuo com o copo na mão .
...
É... Não tomei só um pouquinho. Esse é o meu nono copo de não sei qual bebida.
Não estou mais tendo noção de muita coisa.
Nita me estende um cachimbinho e eu o pego dando de ombros. Coloco na boca e sugo com força, sentindo a fumaça entrar pela minha garganta me causando uma sensação estranha. Tiro o cachimbo da boca, tossindo em seguida.
- Tudo bem?- ela pergunta com a mão no meu ombro.
- Tudo ótimo! - digo e tento dar mais uma tragada que dessa vez é recebida naturalmente e toda a tensão, medo e angústia do meu corpo se esvai.
Nita tenta pegar o cachimbo de mim, mas eu o desvio de seus dedos, travando novamente.
- Tobias!
- Nita!
Ela ri e eu rio junto.
- Ai, eu vou voltar para o quarto.- digo.
- Beleza, daqui a pouco eu vou subir também. - ela diz.
- Aê, parça.- chamo a atenção do chefe lá- Tamo junto! É nois! Falou.- ele me olha estranho.
Subo as escadas meio cambaleando, mas logo consigo chegar no quarto. Assim que abro a porta vejo quem eu mais queria ver.
Tris está nua em minha cama, me chamando com o dedo. Sem pensar duas vezes me jogo em cima da cama e abro as suas pernas, tirando a minha roupa e penetrando-a.
Nita.
Subo as escadas devagar para não cair e caminho até o quarto do Tobias para ver se ele chegou vivo. ~Rio sozinha~.
Assim que abro a porta vejo uma cena que me deixa molhada, mas ao mesmo tempo me provoca uma gargalhada.
Tobias está sobre a cama, nú estocando... em um travesseiro?
-Tobias!-chamo a sua atenção.
Tobias
Olho para Nita e depois para Tris novamente mas meu sorriso desaparece.
Quando volto a olhar para suposta Tris não a encontro, encontro somente um travesseiro que estava recebendo minhas fortes estocadas.
Me sento na cama chateado e deixo as lágrimas caírem.
- Ela foi embora, Nita.- digo chorando.
Ela evaporou do nada. Me deixou aqui sozinho.
-Não, Tobias.- ela fala meio embolado por estar bêbada também- Foi uma ilusão por causa d...
-Pois é. Foi mesmo.- digo.
- Não...
- Shiii.- digo e me aproximo dela.
Pego-a pela cintura em junto meu corpo com o dela. Ela geme por sentir meu membro duro tão perto dela.
Ela desce sua mão ao meu membro e começa a me masturbar.
Fecho meus olhos e jogo a cabeça para trás e por um momento de lucidez me lembro.
" - Se eu te amo, eu não preciso de mais ninguém..."
Afasto-me rapidamente e levo minha mão a testa. Misericórdia! Imagina se eu transo com ela sem proteção e ela me aparece grávida? Ou pior! A Tris acha que eu estava sóbrio e lúcido e transei com ela porque eu quis. Obrigado, Deus!
- Por que paramos?- ela pergunta e eu corro até as minhas calças.
- Sinto muito, Nita, mas eu amo a Tris e não posso fazer isso com ela... e nem comigo.
- Tudo bem... eu entendo. Boa noite, Tobias.- ela diz cabisbaixa e sai da sala.
- Boa noite.- sussurro mesmo que não seja mais possível ela ouvir.
Olho para minhas boxeres e percebo que apesar de ter saído do clima, a anaconda não me abandonou.
Olho em volta e sorrio com a idéia.
Coloco um pedaço de madeira embaixo da porta para caso eles tentem abrir e volto para o travesseiro, eu não vou trair a Tris, a não ser que ela conte masturbação com o travesseiro uma traição.
Subo na cama novamente e posiciono o travesseiro na frente do meu membro e logo começo a me movimentar.
Não é a mesma coisa do que com a minha Pequena, não chega nem aos pés, mas dá para aliviar.
Depois de um tempo de movimentos acabo esporrando na fronha toda e a jogo da pequena janela da sala, logo ouço um grito seguido de " iuuu, que nojo". Tento não rir da minha besteira, mas não consigo. A fronha caiu na cabeça de alguém. Solto uma gargalhada e me deito na cama depois de ter posto as boxers.
Quando minha mente se acalma a Tris a domina totalmente. Como será que ela está? Sinto tanta falta dela. Do jeito meigo, dos conselhos, abraços, e dos momentos carinhosos que tínhamos juntos.
Olho para janela e vejo o dia clareando.
- Fique tranquila, minha Pequena. Em breve estarei contigo.
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