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História Os Marotos (FINALIZADA) - Martha - Petrificus Totalus


Escrita por: slowly_melting

Notas do Autor


Desculpe a demora S2 FELIZ NATAL S2

Capítulo 27 - Martha - Petrificus Totalus


Fanfic / Fanfiction Os Marotos (FINALIZADA) - Martha - Petrificus Totalus

                -Fiquem aqui. Quando eles passarem, é só.... Vocês sabem. Usar o feitiço. – Relembro-os, dando um sorriso cumplice aos meninos. Eles me olham, acenando positivamente. Cada um assume um canto da sala, e os perco nas sombras.
                No corredor lateral, que dava acesso ao Salão Principal para os Sonserinos, só uma luz piscava suavemente. Não ajudava muito aos que vinham nessa direção, mas eles só tinham que andar por alguns metros no escuro, o que propiciamente nos ajudava. Eles seriam meus alvos hoje. Não o contrário.
                -Já disse para parar com isso, Goyle! – Uma voz estridente se desvencilha ao final do corredor, e os passos começam a ecoar. Puxo minha varinha, e respiro fundo. Em meu bolso, eu sinto as bombinhas se mexerem, nervosas. Ou talvez seja apenas eu, mesmo.
                -O que?! Vai chamar o Malfoy, loirinha? – Goyle responde torto, soltando uma risada grossa e rude. Alguns outros o acompanham. Um som estridente corta o ar, e alguns se calam instantaneamente.
                -Já disse que não preciso do Lúcio para me defender. Dessa vez foi com a minha mão. A próxima será com a minha varinha, Goyle. – A menina, que eu tomo por Narcisa, responde.
                -Parem com isso, vocês dois. – Uma voz mais grave interfere, e solta um espirro logo em seguida. – O jantar já vai começar.
                -Eca, Snape. Pare de espirrar perto de mim. Não quero pegar seja lá o que você tem. – Outra menina retruca indelicadamente após um segundo espirro.
                -É só alergia, não se preocupe. – Um entediado Snape responde, entrando na última parte iluminada do corredor. Eles se olham, raivosos. Isso sim era amizade.
                -Continuo não querendo seu ranho perto de mim. – A menina sorri ironicamente, e se vira para outros membros do grupo, dando as costas à Snape. Eles chegavam ao ponto marcado com calma, acelerando meu coração.
                Antes que eu pudesse pensar novamente, Thiago se precipita para fora de seu canto, e joga o primeiro feitiço. Todos nós o seguimos e, logo, temos cerca de sete Sonserinos petrificados dentro de um corredor escuro. Alguém solta uma risada.
                - Muito bem, aí está. – Sirius aparece atrás de Snape, que o olha com uma das mãos e frente ao rosto, pronto para mais um espirro. – Satisfeito, “Ranhoso”? Agora não espirra mais.
                -Ainda bem que Remo não quis participar. Ele já estaria choramingando para irmos embora. – Thiago sorri, e dá um peteleco no nariz de Goyle. Eu estremeço.
                -Se afastem, por favor. – Eu digo. Os três me olham com surpresa, e dão um passo para trás em conjunto. Acho que estão acostumados a saírem da frente da mira de vários feitiços.
                -O que você vai fazer? – Sirius me encara com uma curiosidade sobrenatural, uma sombra de sorriso transparecendo ao canto do rosto. Ele era engraçado, e me dava frio na barriga nos momentos mais inapropriados. Puxo as bombinhas do bolso.
                -Isso é apenas vingança. Agora estamos quites. – Eu as atiro por cima de minha cabeça, e elas explodem com gritos de alegria. Confetes se multiplicam pela sala, assustando Pedro, que guincha como um ratinho nervoso. Sirius sorri, olhando para Thiago.
                 Os confetes se juntam em nuvens coloridas, que viram maquiagens escandalosas ao rosto de quem atingissem. A menina que reprimia Snape fora a primeira vítima. Seu batom marrom, antes delineado com precisão, vira um borrão azul e lilás, e sua maquiagem se assemelha com a de um palhaço triste de circo. Os olhos nervosos, a única parte que ela conseguia mexer, gritavam de raiva.
                Snape me encarava com uma neutralidade banal, e quando a nuvem o acerta, ele apenas fecha os olhos. Seus lábios se mancham de verde, e ele ganha uma maquiagem zumbi impecável. Até mesmo seu cabelo é afetado, ficando sujo de um vermelho sangue.
                Afinal, quem ria era eu.

                -Nunca mais. Eu repito, nunca mais! – Eu me aproximo de Goyle com uma coragem desconhecida a mim, fitando seus olhos maquiados com uma palheta de rosa. – Nunca mais mexa com as minhas amigas.
                Ele somente me encara, os olhos vibrando de raiva. Eu sorrio, caminhando entre eles.
                -A próxima vez que vocês fizerem mal a qualquer amigo meu, eu espero que vocês estejam prontos. Por que eu estarei. – Fico frente a frente com Narcisa, colocando alguns fios de cabelo que pendiam por seu rosto atrás de sua orelha. A nuvem, que agora já ia rareando, lhe dera um batom vermelho vivo e um delineador roxo. Caíra muito bem, admito.- Olhe só. Até que você está bonita, Narcisa. Não parece mais uma cobra venenosa, só um lagartinho de jardim. – Me afasto do grupo, os olhando de longe.
                -Acho que já chega por hoje. – Pedro sussurra, pousando os olhos ao final do corredor, onde alguns alunos saiam do salão, e por pouco não nos viram.
                -Espero que tenham aprendido a lição. – Eu pisco com um dos olhos para Goyle, e me viro nos calcanhares, caminhando em direção à porta lateral do Salão.
                -Mexeu com um, mexeu com todos. – Eu escuto Thiago dizendo.
                 Hesito por meio segundo.
                -Tudo bem? – Sirius toca suavemente em minhas costas, e me olha. Viro meu olhar aos meninos. Sirius estava coberto por uma camada de blush e brilho labial, que o final da nuvem lhe borrara o rosto. Thiago tinha uma mexa rosa e lilás nos cabelos castanhos, e seu óculos estava borrado com pó de arroz. Pedro não estava muito melhor. Tinha esmalte e rímel, além de uma sombra fortíssima nos olhos, que tentava tirar a todo custo. Sorrio.
                -Está sim. – Puxo Pedro para perto, e os coloco a caminho do jantar. – Isso não vai sair hoje, cara. É uma Bombinha Maquilante. Vai ficar em você uns dois dias, se der sorte.
                Os três trocam olhares cumplices, e começam a gargalhar. Assim que chegamos ao Salão, imediatamente temos mais de metade dos olhos voltados para nós. Eles ainda assim não se reprimem, se abraçando e trocando brincadeiras sobre o trote.
                -Ainda não soltamos os Sonserinos. – Eu sussurro, quando começamos a analisar o jantar. Thiago faz um movimento com a varinha, pelo portal da porta para fora, e se encaminha até a mesa da Grifinória, sorrindo. – O que ele fez? – Me viro para Sirius.
                -Se eu fosse você, não olhava para trás. – Ele me puxa, junta com Pedro, e nos sentamos rapidamente no meio de nossos colegas. Lilian sorri quando nos aproximando, fazendo uma careta quando percebe a maquiagem dos meninos.
                -O que? ...
                O grupo furioso de Sonserinos invade o salão, nos lançando olhares mortíferos. Mas nada se comparou com a leva de risadas que se seguiram. Todos apontavam a maquiagem exuberante do grupo, indagando se havia sido uma peça – como mais tarde todos viriam a saber que fora- ou uma maquiagem em grupo muito mal elaborada. Eu imagino que fora mais engraçado para nós, que o fizemos. Não consegui apagar as caras raivosas e coloridas que, mortificadas, se sentaram envergonhadas nas cadeiras sonserinas, tentando tirar a impossível maquiagem do rosto.
                -Martha? – Lilian me olha, boquiaberta, passeando os olhos entre os meninos que me ajudaram no trote, e meus cabelos. – Isso foi obra deles?
                -Nossa. – Eu sorrio. Sirius me olha, sentado ao meu lado. – Ninguém mexe com Alice e sai impune, Lilian. Com nenhum amigo meu.
                -Não foi nada demais. – Alice cora, afagando brevemente a mão de Frank, que lhe dava um bombom colorido. – Eu consegui salva-la.
                -Eles envenenaram sua planta venenosa. – Thiago revira os olhos, se servindo de uma leva de salada verde. Lilian flagra o gesto, e sorri brevemente. – Não podiam sair ganhando.
                - Sim! – Sirius retruca, a boca já cheia de comida. Thiago faz uma careta, e se serve de mais salada, quase como se ensinasse uma lição ao amigo.
                -Eu nem quero saber como isso aconteceu. – Lilian sussurra, sorrindo.
                -Eu infelizmente sei, mas apenas posso fingir que não estava envolvido. – Remo abaixa os ombros, fechando brevemente os olhos, como se sofresse. Ele se sentava ao lado de Lilian, frente à Thiago, e não bastava de sorrisos quando entramos no Salão. – Pedro, inclusive, está bem bonito. Não concordam?
                - Ei! – Pedro reclama, enquanto a mesa toda gritava em resposta alguns assovios e vários elogios, atraindo atenção de todos ao redor.
                -Ainda bem que Martha os convenceu. – Lilian se serve de um pouco mais de sobremesa, ainda desacreditada no que havíamos feito.
                -Quem é você e o que fizeram com Lilian Evans? – Remo sorri, passando uma cobertura roxa de um dos bolos no nariz da amiga.
                -Eles mereceram. – Dorcas, outra aluna do mesmo ano que nós, que ouvia a conversa, sorri. – Acho que mereciam mais, inclusive.
                -Quem imaginaria que você, cara Dorcas, seria assim. – Sirius ri.
                -Se Martha não tivesse feito, seria eu que pediria aos meninos. – Dorcas conclui.
                -Mesmo que não tivesse pedido, assim que soubéssemos, faríamos algo. – Thiago responde, de prontidão. Ele cora brevemente quando percebe os olhares acusadores em sua direção, traindo suas intenções. – Somos amigos.
                -Amigos. – Lilian repete, o encarando.
                -A não ser que vocês não queiram. – Thiago descansa os talheres na mesa, não conseguindo sustentar o olhar divertido que Lilian o jogava.
                -Por que não? – Lilian ri, lançando a mim um olhar agradecido.
                -Um brinde aos amigos, então. Antes que essa situação fique mais vergonhosa para o Thiago, e para todos que não querem ser amigos nessa mesa! – Sirius ergue seu copo, soltando uma gargalhada. Todos o acompanhamos, rindo.
                -Aos amigos. – Eu o olho, bebendo de minha taça um golinho simples. Ele sorri de volta, derramando um pouco de sua bebida entre os lábios, fazendo todos à mesa rirem.
                Amigos.



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