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História Os mistérios da Lua - Capítulo XLIV


Escrita por: Laycan

Capítulo 44 - Capítulo XLIV



Durante todo o dia os meninos se recusaram a sair do lado dos nossos filhos, porém eu já estava tão cansada, devido ao excesso de atividades que demandaram grande quantidade de energia que assim que terminei de amamentar o meu Machisura, deixei que os meus maridos ninassem os bebês até que estes entrassem sono profundo. Eu ainda fiquei um tempo observando os olhares apaixonados que os meus morenos dirigiam aos filhos, mas à medida que o cansaço se apossou de mim, eu acabei dormindo igual as crianças.

Quando acordei foi devido as vozes presentes do corredor, não precisei de muito tempo para identificar de quem se tratava. 

- Madara, eu quero conhecer os meus netos.

-A senhora vai ter que esperar a Sakura acordar, mãe.

O fato do moreno ter usado o meu nome apareceu enfurecer ainda mais a senhora. Mas como sempre o senhor Uchiha já estava ali para vir ao meu socorro, afinal mesmo que a sua esposa tivesse perdido o bom senso, o nosso antigo Alpha preservou o seu.

- Mikoto, eu também estou ansioso para conhecer os nossos netos. Mas não podemos esquecer que a Sakura acabou de passar por um parto difícil, e que também acordou a pouco tempo de um coma. Vamos ser compreensivos e esperar o tempo dos nossos filhos.

A voz do marido pareceu trazer de volta a compreensão da mulher, pois como eles estavam no corredor havia muito barulho em volta que interferir no meu entendimento da conversa. 

Mesmo assim não demorou muito para que a porta fosse aberta e em seguida fechada, e logo após alguns segundos eu ouvi o sussurro baixo perto do meu ouvido. 

- Vai ficar até quando fingindo que está dormindo?

A voz de Itachi se fez presente e eu não pude evitar de rir, ao ser pega com uma criança no flagra.

- Culpada. 

Brinquei sorridente com ele. Apesar da  confusão que ocorreu no corredor minutos atrás com a minha sogra, o clima dentro do quarto estava tranquilo e os meninos mantinham  a atmosfera de admiração com os filhos. 

Itachi respondeu a brincadeira sorrindo de volta e pareceu querer ignorar a fala da mãe. Mas Madara não estava tão disposto a esquecer a ofensa proferida pela matriarca a pouco tempo atrás. 

- Ela está começando a me cansar.

Ele afirmou encostando a cabeça na porta, sem notar que eu e seu Beta estávamos brincando como duas crianças.

Sasuke por sua vez estava sentado ao lado dos berços dormindo tranquilamente assim como seus filhos. Do ângulo que eu estava deitada conseguia ver a lateral dos rostos meus filhotes devido a lateral transparente do berço, e pouco atrás conseguia ver o rosto de seu pai que estava dormindo. Juntos os quatro dormindo era possível notar uma semelhança absurda e para os eles, inclusive Sarada estava com a mão apoiada na lateral do rosto assim com seu pai.

Seguindo meu olhar Itachi encontrou a mesma cena que eu estava vendo e não se conteve ao brincar com o seu Alpha.

- Desse jeito fica fácil saber quem é o pai.

Afinal mesmo que os irmãos Uchiha fossem os pais dos meus filhos, cada um dos bebês possui uma particularidade que os deixava mais semelhante a um dos pais. Sendo assim Itachi estava certo, não havia como negar que Sasuke possui uma semelhança absurda com a filha Sarada. Tal qual Yume possuía com o pai Beta. E meu pequeno Alpha possuía com o meu grande Alpha. 

Madara como sempre preocupado deitou ao meu lado no leito de hospital e me abraçou delicadamente. Ficar envolvida pelos seus braços me lembrou que havia muito tempo que isso não acontecia, e eu pude de memórias lascivas dos tempos em que estávamos mais próximos, remexi inquieta e aposto que meu cheiro chegou até o olfato delicado do meu marido. Afinal seus braços me envolveram com mais força, mantendo sempre o cuidado, mas deixando claro o potencial que havia por debaixo daquela pele clara e sedosa. Pude notar do tempo que ficamos afastados que agora Madara parecia mais velho, maduro, fisicamente ele havia mudado muito pouco. Mantendo os cabelos compridos e revoltos, a barba sempre por fazer, a roupa alinhada formal fazendo com que a ceda da camisa envolvesse seus músculos fortes e definidos fazendo parecer uma segunda pele, bem como a calça que seguindo o corte da camisa ficava colada as suas pernas fortes, mostrando os músculos a cada movimento do corpo. Agora que eu comecei a reparar nos detalhes do meu moreno pude perceber que ele estava ainda maior do que quando nós começamos a nos envolver, algo em sua atitude havia mudado completamente. Madara não era mais como um homem grande e protetor, agora ele se vestia, se importava, falava como um líder, com um governante. Exalando poder e certeza pude notar que definitivamente Madara havia se tornado o Alpha ideal para a Alcatéia Negra. 

Mesmo que poucas horas atrás eu estivesse em trabalho de parto, meu corpo sente a falta dos cuidados daquele homem. Devido ao tempo em que fiquei em coma e ainda antes disso o tempo que ficamos afastados mesmo estando dentro da mesma casa, e com a ajuda do excesso de sangue deles correndo pelo meu corpo a excitação que começou a se apostar de mim, foi inegável.

Meu cheiro, com certeza, chegou até ele, afinal mesmo mantendo seus quadris longe de mim, eu pude ver seu membro ganhar força e forma junto ao tecido da calça. Quase não consegui conter a alegria de saber que mesmo estando deitada em um leito de hospital, mesmo tendo dado à luz a tão pouco tempo, com as mudanças no meu corpo, e todos os outros aspectos que abalavam a minha auto-estima, todos eles foram esquecidos quando eu notei que era capaz de ainda te aceitar meu marido apenas com meu cheiro.

Ouvir a fechadura da porta sendo trancada e levantei o olhar.

Eu realmente não estava pronta para o que eu encontrei.

Itachi havia saído do meu lado sem que eu percebesse agora estava com a mão apoiada na porta enquanto a outra girava o trinco, nos trancando dentro daquele quarto.

A postura dele também estava diferente mas até então eu ainda não havia percebido.

Aproveitei a oportunidade de ter aquele belo espécime de macho em pé na minha frente para deslumbrar os meus olhos.

Pude notar que ele não vestia um jaleco de médico e nenhum tecido da cor branca, ou nada que indicasse que estava trabalhando. Mas ainda mantinha os cabelos presos para trás, deixando apenas uma franja ao redor dos olhos. Fui capaz de conter o sorriso anotar que sua maior mudança, assim como, no seu irmão mais velho não teve o maior caráter físico e sim, emocional. A maneira como o jeans combinava com a blusa escura,  o deixava com ar mais sério. Mas a real diferença estava em seu olhar e na sua postura, Itachi agora caminhava como um predador. Todos os seus movimentos pareciam ser calculados, e a liberdade nas expressões faciais junto com a suavidade de seu corpo já não estavam mais presentes como antes. Agora ele parecia um estrategista voraz, que transpirava confiança e com isso fazia com que os outros também confiassem nele. Assim como, ocorreu com Madara pude perceber que Itachi também parecia maior do que antes, mesmo que de estatura Sasuke fosse o mais alto deles, Madara sempre foi o mais forte. Mas agora era possível notar que todos eles haviam evoluído, Itachi havia perdido o ar jovial e ganhou em troca, um ar predatório. E à medida que ele caminhava em minha direção eu notei que ali eu era a presa.

Se não fosse a minha absoluta confiança nos rapazes estaria sentindo muito medo agora. Mas mesmo que fosse poderosos e predadores eles nunca deixariam de ser meus companheiros.

O último olhar que me encontrou foi daquele que até então eu acreditava estar dormindo, Sasuke.

A diferença nele estava gritando na sua forma física, afinal ele sempre foi o mais longo e esguio dos morenos mas agora se tratava de um homem enorme e forte. Seus cabelos estavam maiores do que antes, ficando na altura da mandíbula e ao permanecerem soltos ocultavam parte do rosto bem como o olho direito. A medida que ele se levantava e se dirigia para mim, eu pude notar que suas roupas eram bem semelhante aos seus irmãos, sendo uma blusa de botão com mangas compridas, e uma calça jeans que destacava as novas curvas. Diferente dos irmãos, Sasuke sempre foi sério e muito reservado. Mas agora como eu já o conheço intimamente posso notar a diferença mesmo que ele mantenha a faceta de indiferença e de discrição. A fonte estava em seus olhos, o poder que emanava dele não era algo semelhante a liderança de Madara, a engenhosidade de Itachi. Sasuke era o único especial e teu corpo exalava o simples e puro poder, não era algo se podia definir em uma palavra, Sasuke agora parecia ter o dom de ser indestrutível. O homem de olhos vermelhos, com mandalas desenhadas em suas córneas exalava a forma mais primitiva de superioridade. Ele não era um líder e nem um pouco, para mim, agora ele era, indestrutível. Seu corpo possui uma forma de se expressar que exalava em seus poros, a confiança em seus passos destacavam a força de seus músculos, a mudança em seus olhos o robou a ingenuidade que antes havia ali.

Ele chegou bem perto de mim, segurou meu rosto com sua mão forte, e com isso impediu qualquer movimento da minha cabeça. 

Quando falou Sasuke possui uma voz rouca e poderosa que há muito tempo eu não ouvia, e que a muito o meu corpo desejava. 

- Não é inteligente nos provocar assim, Sakura. 

Eles estavam em comunhão, e mesmo extremamente excitado, a única coisa que eu conseguia pensar era que eu não conhecia aqueles olhos.

-Desde quando os olhos de vocês são assim?

Eu estava parecendo uma adolescente apaixonada de tanto que olhava vidrada para os meus maridos, mas para minha alegria e satisfação eu consegui encontrar nos olhares deles o reflexo dos sentimentos que havia nos meus. 

Madara se dignou a me responder.

- Desde quando nós tomamos posse dos nossos títulos e cargos dentro da Alcatéia. Foi nesse exato momento em que nossos olhos mudaram. 

Eu nunca havia visto e graças a nossa conexão eu não precisei verbalizar a minha dúvida para que eles soubessem que eu não havia entendido. 

- É simples, meu amor, você nunca nos viu assim, pois dominar um poder desses novos olhos leva tempo e muito treinamento. Esse era um dos motivos pelo qual ficaram nos tanto tempo com o nosso pai. E quando você entrou em coma, vimos a necessidade de ter o nosso treinamento concluído.

Itachi me respondeu mais antes que tivesse como terminar a minha resposta Sasuke continuou para ele. 

- Se nós tivéssemos tido tempo suficiente para terminar o treinamento, o acidente que aconteceu com você provavelmente não teria ocorrido.

Sorrir da melhor maneira que pude, afinal mesmo sendo eu quem provocou todo o transtorno por conta da minha teimosia os morenos ainda insiste em levar a culpa pelos meus atos.

Antes que eu pudesse abrir a boca para mostrar a eles que as consequências eram os frutos dos meus atos, minha linha de raciocínio foi cortada ao meio, e eu me perdi completamente, ao sentir os dedos fortes daquela mão grande envolver e massagear o meu seio dolorido, devido à amamentação de pouco tempo atrás.

Senti uma boca quente e carnuda mordiscar a parte exposta do meu pescoço, uma corrente de excitação correr por todo o meu corpo. Soube que a outra boca que mordeu a minha orelha era de Madara pois ele sussurrou de maneira bastante persuasiva.

- Sabe o que não podemos fazer muita coisa, você vai ter que ficar um tempo de molho depois do parto. Então não provoque aquilo que você não pode terminar. 

Olhei para Itachi buscando a confirmação técnica das palavras de Madara e infelizmente a encontrei em seu olhar poderoso e persuasivo. E mesmo que eu não pudesse satisfazer os meus maridos estava clara necessidade deles. Então busquei solucionar a situação da melhor maneira possível. 

Abrir os zíperes das calças dos gêmeos que estavam à minha frente, precisei a baixar um pouco a cueca para que ambas as ereções se libertassem da prisão do tecido, e o alívio foi substituído pelo uma nova onda de excitação. Eu podia sentir o membro do Madara quente e duro encostando nas minhas costas, mas no momento eu ainda não tinha como lidar com ele. E buscando agradar todos os três aproximei o membro do Sasuke da minha boca e usei  a mão que trabalhavam massageando para fazer o mesmo com o seu Alpha. Fui relativamente difícil conseguir colocar todo o membro do Sasuke na boca, mas foi algo que eu gostei de fazer. 

Estabeleci um ritmo igual para os três, de forma que eu sentia o prazer deles conforme aumentava os gemidos eróticos e másculos. Senti os membros inchando ainda mais, e ficou quase impossível respirar com o Sasuke chegando ao fundo da minha garganta. Mas mesmo assim, mantive o estímulo de vai e vem cada vez mais forte, contrair meus dedos em volta das grossas ereções, eu gemi para que a minha garganta envolver-se melhor o mastro do desejo.

Sasuke já segurava meu cabelo ditando conforme a sua necessidade o ritmo que eu deveria empregar. Seus irmãos não estavam melhores do que ele e acabavam por usar as próprias mãos para me ajudar no trabalho. O ambiente todo fedia a sexo, o cheiro se tornou ainda mais forte quando os rapazes alcançaram o ápice do prazer. 

Jogando a cabeça para trás, e sem nenhuma vergonha deixaram  que os rosnados de prazer saíssem do fundo dos seus corpos, e ganhassem o ambiente para exteriorizar o tamanho da satisfação que eles sentiam. Me concentrei em engolir tudo que conseguia, afinal os rapazes ainda gozavam em grandes jatos fortes e ricos que inundavam todo o meu leito hospitalar. Não sei por quanto tempo ficamos assim, mas eu mantive os movimentos estimulando ao máximo. Enquanto os seus testículos continuavam a se contrair e o grosso membro a liberar as grandes quantidades de sêmen guardadas por muito tempo.

Quando eles finalmente acabaram estávamos todos nós ofegantes, eles satisfeitos e eu completamente coberta por suas essências. O cheiro no quarto chegava a ser opressor tamanho o poder daqueles homens. 

Os meninos deitaram de maneira desconfortável ao meu redor, pois estavam cansados de maneira tal que não conseguiram se levantar e caminhar até suas próprias macas. Permanecemos assim por poucos segundos antes do clima de paz e satisfação fosse quebrado por um som de batida na porta. E mesmo que eles quisessem ignoraram o mundo lá fora, universo não parecia disposto a nos ignorar.

Revoltado Madara afundou sua cabeça em meus cabelos, exclamou em alto e bom som. 

- Porra! 

Sua insatisfação era palpável e refletiu nos gêmeos.

-  Cara, eu não acredito!

Itachi exclamou e ganhou de volta um aceno positivo do irmão gêmeo.

As batidas continuaram existentes e não houve outra saída senão arrumar o quarto da melhor e mais rápido  maneira possível para receber quem estava tão ansioso para entrar.

Assim que a porta foi aberta por um Itachi bastante desconfortável, e cheio de má vontade. Eu senti um pouco de vergonha pois ele não queria fazer questão nenhuma de esconder que as visitas estavam interrompendo momento íntimo. E tentando buscar algum apoio em seus irmãos eu acabei por me surpreender ao notar que os dois também ostentavam expressões terríveis para as nossas visitas. Deixando claro que devido ao momento inoportuno elas não eram bem vindas.

Sorrir sem graça, pois entraram no quarto o casal Uchiha, o ancião Uzumaki, o casal Uzumaki junto com o pequeno Boruto, o casal Hyuuga trazendo consigo o pequeno Hiza.

Em poucos instantes o quarto estava lotado, e mesmo que as amplas janelas estivessem abertas, que os lençóis e a minha roupa estivessem trocados o cheiro do prazer dos meus homens ainda era algo palpável no ar, ou seja, algo impossível de se esconder. Bastaram poucos segundos para que os visitantes entendesse o que se passava no quarto a poucos minutos atrás. E isso ficou claro em suas expressões.

Naruto provando que aprendeu alguma coisa com as situações constrangedoras que criou devido a sua boca grande, desta vez me surpreendeu ao não falar nada. Mas como tudo que é bom dura pouco, o loiro não se aguentou e começou a rir compulsivamente. A gargalhada estridente ganhou todo o quarto e deixou a situação ainda pior, agora meus morenos estavam com expressões completamente ilegíveis em seus rostos, e mesmo sobre os olhares severos dos Uchiha o Uzumaki ainda demorou para conseguir controlar a sua gargalhada. 

Tentando amenizar o clima, o senhor Fugaku se aproximou de mim e questionou educadamente.

- E você está bem, minha querida?

Antes que eu pudesse responder Uzumaki se intrometeu na conversa, e ao cheirar o ar respondeu ao antigo Alpha.

- Já está tão boa, que até voltou para ativa. 

A gargalhada dele foi tão estridente que foi impossível não acompanhar, sendo assim quarto rapidamente caiu na gargalhada, mesmo que os meus morenos não acompanhassem.

Com a nossa distração Mikoto se aproximou dos berços e estendeu os braços para pegar Sarada que devido ao excesso de barulho já não dormir mais. Antes que eu pudesse entender o que se passava um som animalesco e primitivo rompeu a atmosfera do quarto fazendo com que todos congelassem no lugar. Demorei alguns segundos para perceber que esse som provinha de mim, eu estava rosnando para a senhora Uchiha.

Os meus maridos tiveram uma reação mais rápida que a minha e trouxeram os berços para perto do meu leito, eles aproveitaram que as pequenas unidades possuíam rodas facilitando seu trabalho. E antes que eu tivesse a oportunidade de pedir desculpa, Madara se colocou entre mim e sua mãe para explicar como deveria ser a conduta dela diante da situação.

- Mãe, parece até que a senhora se esqueceu. Você nunca deve se aproximar de uma fêmea que acabou de dar à luz da maneira que você fez. Principalmente, se essa fêmea for a sua Alpha. Você deveria como sinal de respeito estender a mão para que a Sakura cheirasse suas intenções com os bebês, antes de se aproximar deles. E apenas quando a Sakura autorizasse aproximação você poderia fazer. 

- Eu não esqueci, meu filho.

Sua voz carregava o mesmo arrependimento que ela sustentável em seu semblante, mas infelizmente para mim aquilo era a mesma coisa que nada. 

Fazendo conforme foi pedido Mikoto se aproximou do meu leito aonde eu estava deitada, e estendeu a mão para que eu pudesse cheirar. Para minha total surpresa eu realmente consegui o que nada havia dito, pude sentir suas intenções para com os meus filhos, e na falta de uma nomenclatura melhor, eu vou lhe chamar aquilo de instinto materno. Pelo cheiro que a senhora Uchiha exalava eu consegui apenas detectar traços de ansiedade e um pequeno rastro de alegria. Com isso balance a cabeça afirmando e ela entendeu que poderia se aproximar dos meus filhos.

Sasuke para ajudar a mãe pegou a pequena Sarada em seu berço e entregou a sua vó materna. Instantaneamente a expressão da mulher mudou completamente, ficou claro que mesmo que a senhora Uchiha não gostasse de mim, ela não parecia ter nada contra os meus filhos. E para qualquer mãe que se preze, alguém que ama seus filhos já é o suficiente para poder conviver com eles.

O próximo a se aproximar de mim, foi o senhor Fugaku. Não pude deixar de rir quando o cheirei e detectei uma enorme quantidade de odor relativo a alegria e ansiedade. Aquele senhor agora, mas parecia, uma criança ansiosa para conhecer o seu brinquedo novo.

Com a minha autorização ele se aproximou e Itachi apresentou a pequena Yumi, que é diferente da irmã permaneceu dormindo profundamente. 

-  Cuidado com ela, pai.

Afirmou Itachi quando seu progenitor pegou a pequena em seus braços, com o tom divertido senhor Fugaku advertiu ao filho.

- Você tá de brincadeira comigo, moleque? Não se esqueça que eu criei vocês três, eu sei muito bem como se pega uma criança.

Mesmo depois da brincadeira do pai Itachi não suavizou a postura protetora e continuou a encarar o pequeno embrulho cor-de-rosa. 

- Você é linda.

O sussurro meigo e cheio de carinho do avô para neta emocionou todos os presentes. E eu não pude deixar de notar que estava presenciando uma cena extremamente rara. Afinal os Uchiha são conhecidos por serem extremamente contidos quando se trata de seus sentimentos, e hoje pude presenciar pela primeira vez, o senhor Fugaku Uchiha antigo Alpha da Alcatéia Negra...

Chorar.

Mesmo que fosse em pequenas lágrimas singelas que rapidamente foram secas na tentativa de disfarçar a emoção, ficou evidente a alegria daquele homem em carregar a sua pequena neta. E como se percebesse que eu observava, Fugaku se virou para mim, e me surpreendeu ao movimentar os lábios dizendo, mesmo que sem som.

- Obrigada. 

A emoção foi demais para mim, afinal eu havia cumprido a minha promessa com ele. Mesmo que o destino não o tivesse dado uma filha mulher o universo providenciou que a sua vida fosse surpreendida com duas pequenas netas.

O próximo se aproximar para conhecer os meus filhos, foi com certeza, alguém que me tocou profundamente, afinal ele era meu amigo, meu mestre, meu protetor e acima de tudo meu pai. O ancião Uzumaki se aproximou de mim, e mesmo sabendo que ali nós dois deveríamos manter o papel  de conhecidos. Ambos sabemos que aquele momento era especial e único, pois internamente eu estava apresentando os meus filhos, ao meu pai. Mesmo que no passado nós não tivéssemos muitas oportunidades de viver momentos como esses, a vida  provou ser maravilhosa e nos deu a capacidade de viver aquele segundo o único onde eu pude mostrar ao meu pai, a minha maior conquista e minha maior obra. Afinal, eu duvido que existe no mundo uma mãe que pensa diferente de mim.

Quando o ancião Uzumaki se aproximou e estendeu a mão por esperar nele, o odor da ansiedade, do carinho e evidentemente pequenos traços de medo pois, aquela situação não era fácil para nós dois. Havia dentro de nós uma quantidade enorme de sentimentos que deveriam ser expostos mas devido ao grande público que nos assistir era impossível de ocorrer. Eu dei o meu aval e ele se aproximou e o pequeno bercinho azul, onde estava deitado o meu príncipe.

Madara se mostrando o prestativo pegou o pequeno embrulho e entregou ao meu pai. Meu marido não tinha noção do que estava acontecendo mas eu estava presenciando a entrega do neto ao seu único avô materno. Jiraiya fez o que pôde para conter sua emoção exacerbada, já que se demonstrasse o que realmente sentia iria denunciar que havia algo errado. Pois para os demais não havia um motivo para tamanha emoção vinda do ancião Uzumaki.

Com cuidado ele pegou o neto nos braços e o embalou carinhosamente. E bastou que o pequeno Machisura abrir seus olhos para o encanto de Jiraiya aumentar ainda mais.

Com os olhos brilhando ele me olhou e afirmou. 

- Ele possui seus olhos.

Ouvir isso Fugaku se aproximou o curioso e conheceu seu primeiro neto.

Os três mais velhos se aproximaram para que um conhecesse a criança que o outro carregava, e aos poucos e com cuidado eles entraram em comunhão.

Não pude deixar de sorrir ao notar que naquele momento meus filhos estavam cercados pelos avós, mesmo que apenas eu e Jiraiya soubéssemos disto. 

Vendo a cabeleira branca do meu pai não pude deixar de pensar no meu outro grisalho predileto.

"Aonde está você Kakashi?"

A falta do meu irmão fez um buraco se abre no meu peito, e mesmo cercada com toda aquela alegria eu ainda conseguia sentir agonia dentro de mim. 

O casal Hyuuga se aproximou de mim e cherei a mão dos três.  Em Tenten e em Neji eu não percebi nenhuma emoção diferente. Mas bastou uma olhada na minha amiga para perceber que a chegada da sua próxima herdeira não estava longe. A barriga de Tenten estava enorme dificultando até o seu caminhar. Autorizei que os dois se aproximar-se dos meus filhos, mas antes não pude deixar de brincar com a senhora Hyuuga.

- Está quase na hora, né?

- Sim, minha pequena menina está quase vindo esse mundo.

- Desejo-lhe um bom parto, quando a hora chegar.

Agradecida ela fez o movimento com a cabeça e se afastou para conhecer os meus filhos.

Ao lado da cama eu percebi algo me puxando, olhei para baixo e não tem que se tratava de Hiza Hyuuga. O pequeno moreninho estava com os cabelos presos e com a mão esticadinha, para que eu o cheirasse. Com delicadeza me abaixei o máximo que meu corpo aguentou, e logo após tirá-lo depositei um beijo em sua mão. O único dor que consegui captar no pequeno era a ansiedade.

Ele se juntou os pais que estava vendo os meus bebês nos braços dos avós.

Quando notaram aproximação do pequeno os o casal Uchiha que carregava as meninas se abaixou, para quê o pequeno tivesse a oportunidade de conhecê-las. Todos na sala aprenderam a respiração curiosos para saber quem seria sua marcada. E sem pensar duas vezes o pequeno e Hiza se dirigiu diretamente a Yumi que estava no colo da avó. Ele tocou levemente seus cabelos, e pude notar a pequena mãozinha tremer. O Hyuuga ainda abaixou a cabeça e depositou um beijo na testa do bebê, mesmo que sobre os  rosnados dados dos pais dela. O pequeno demonstrou bastante coragem ao beijar sua pequena marcada na frente dos pais dela enquanto estes o ameaçavam de maneira expressa. 

Minha emoção explodiu para fora do peito quando eu escutei ele dizer com tanto carinho.

- É um prazer te conhecer. 

O sentimento do garoto era tão puro que derreteu até o ciúmes dos meus maridos.

Emocionada, foi interrompida quando os Uzumakis trouxeram Boruto para mim. Cheirei os três não detectei nenhuma emoção diferente apenas a enorme quantidade de ansiedade vindo do pequeno loirinho, sendo assim, autorizei a aproximação de todos eles.

Bastou isso para que o pequeno Uzumaki corresse em direção ao senhor Fugaku.

O brilho dos olhos azuis do menino dizia tudo, ele estava tão feliz em conhecê-la que não conseguiu falar.

Mas o mais bonito aconteceu quando Sarada ameaçou chorar e instintivamente Boruto estendeu a mão e afirmou de maneira categórica.

- Não precisa chorar, eu estou aqui. 

A menina voltou os seus olhos escuros para ele e instantaneamente se acalmou. Eu não soube dizer se foi a voz ou contato mas estava claro que um fazia bem ao outro.

Ficamos assim por um bom tempo. Até que Hinata deixou o papel de visitante e assumiu o papel de médica, afirmando que o horário de visita já havia terminado e que sua paciente deveria descansar.

Para surpresa geral quem fez a brincadeira não foi o Naruto, conforme esperado. E sim, Fugaku Uchiha.

- Se a a doutora deseja que a Sakura descanse, deveria mandar embora seus maridos, e não nós.

Todos deixaram quarto rindo da piada do Senhor.

E quando me vi sozinha com os meus filhos novamente, eu estava extremamente cansada. Mas sabia das necessidades deles, então ainda permanecer um bom tempo amamentando- os antes de conseguir dormir.

E eu só consegui dormir relativamente rápido, devido a ajuda dos meus morenos que era constante.



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