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História Os mistérios da Lua - Capítulo XLV


Escrita por: Laycan

Capítulo 45 - Capítulo XLV


Graças ao sangue fornecido pelos meus parceiros, consegui me recuperar mais rápido do que a expectativa calculada pela Doutora Uzumaki. E por conta disso, voltei para casa apenas três dias após o parto. 

De acordo com as instruções da doutora eu poderia vou ter voltado bem antes, com apenas dois dias de repouso hospitalar, porém se voltasse nessa data eu não iria para casa com os meus filhos, já que, os bebês deveriam ficar em observação por mais 24 horas. 

Bastou uma rápida conversa com os rapazes para que todos nós entrássemos no consenso que, eu deveria esperar por mais um dia para que então pudéssemos todos irem embora juntos, como uma família. 

E foi assim, de forma totalmente natural que os meus filhos operaram o primeiro milagre deles. Afinal, quando na minha vida eu pude imaginar que preferiria passar mais um dia inteiro dentro de um hospital ao invés de voltar para casa. Aprendi a lhe uma das minhas primeiras lições como mãe, não importa os seus medos e suas limitações para o bem da sua prole uma fêmea é capaz de superar todos os seus traumas.

Finalmente agora estamos em casa. E mesmo que eu quisesse muito segurar os meus filhos, os dominantes machos Uchiha não permitiram tal ato, alegando que, mesmo que eu já estivesse totalmente recuperada não seria seguro caminhar levando os meus filhos nos braços. No começo, até que concordei com a idéia de segurança dos meninos, mas agora que parei para refletir, percebo que essa medida foi extravagante. E para não começar uma briga preferir ficar quieta com a minha opinião guardada.

Quando chegamos em casa notei que os rapazes não havia mudado em nada a decoração da casa, mas percebi que mesmo estando tudo nos devidos lugares, e mesmo que não houvesse nenhuma pequena sujeira na mobília, a casa parecia diferente, solitária, e até mesmo abandonada. Como se as cores estiverem perdido sua vivacidade, e a mobília  o seu luxo. Não precisei de muito tempo para entender o motivo de tal mudança, bastou que todos os membros da nossa pequena família adentrassem o hall principal, para que a casa ganhasse novamente sua vivacidade. E com isso, entende que, estava em falta na minha casa os sentimentos dos moradores, era como se a minha residência precisasse da energia vital de cada ser que morasse nela para permanecer bonita, alegre da forma que deve ser.

Eu estava presa observando a sala principal e não notei quando Sasuke deixou o bebê conforto que carregava a pequena Sarada com o seu irmão mais velho, e se aproximou de mim.

Em alguns momentos eu chegava a acreditar que, mesmo não possuindo a capacidade de comunicação mental que os meus amados morenos possuíam, nós todos conseguíamos nos entender com simples gestos e olhares. E agora, foi um desses momentos, já que, mesmo sem pronunciar nenhuma palavra Sasuke compreendeu que a diferença na energia da casa estava me deixando curiosa.

-Desde que você foi hospitalizada, foram raras as vezes que ficamos em casa, e mesmo quando estávamos, nunca eram os três juntos. Nós revezavam os para que você nunca estivesse sozinha. 

O meu Ômega havia colocado em palavras o motivo de tamanha mudança nos ares da casa. 

Não pude deixar de me entristecer ao pensar que toda aquela dor e a amargura pelo qual meus meninos tiveram que passar foi derivado de uma imprudência da minha parte, uma tentativa inútil de provar para mim mesma que poderia ser capaz de fazer algo sem a ajuda deles, e como resultado disso simplesmente quase destruir as nossas vidas, e ao refletir um pouco mais sobre o assunto, uma hipótese ainda pior me ocorreu.Afinal como acidente no banheiro foi extremamente gravoso, não seria ilógico pensar que a pior possibilidades seria a perda da vida dos meus filhos, que a época ainda nem estavam nascidos neste mundo. Deixei o ar escapar dos meus pulmões, e inalei baixinho na tentativa de esconder o sofrimento que estava dentro de mim, e ainda me acalmar. Infelizmente meu elo com os meus machos dominantes impediu completamente a minha tentativa de esconder algo deles.

Sasuke que ainda estava perto de mim, foi rápido ao reagir. Moreno simplesmente me abraçou e permanecemos assim até que consegui me acalmar, mas infelizmente, eu era incapaz de parar de pensar a respeito do tamanho das consequências da minha impotência,mesmo que inconscientemente, eu tivesse feito mal aos meus filhos seria incapaz de me perdoar. A simples possibilidade da ocorrência dessa hipótese já me causa com uma tremenda dor, fazendo com que eu tivesse que apoiar na força e na solidez do corpo do meu Ômega. Não era a primeira vez que eu buscava refúgio na força deles. Porém, desta vez, quando recebi o apoio esperado do meu companheiro, o efeito que este causou em mim, foi completamente o oposto do esperado. A força dele não me fez sentir forte, e sim, fraca e inútil.

Olhando agora para trás, e notando os irmãos carregando o bebê conforto, pude imaginar Sasuke me soltando e indo de encontro a eles. Um retrato perfeito de uma família feliz, os filhos com os pais. A verdade me acertou como um soco. Eles não precisavam mais de mim. Madara possuía seu sucessor, bem como, os gêmeos já possuíam suas menininhas. E de repente, eu notei. Não havia mais espaço naquela família para mim. Tentei não pensar nisso, mas foi impossível. Senti os braços quentes e fortes que me envolviam, eles estavam fazendo pressão, senti meu corpo relaxar diante do ato, mesmo que a minha mente permanecesse agitada com os novos pensamentos. 

O moreno percebendo que não conseguia me animar, recorreu a única atitude que ambos saíamos que poderia me roubar dos pensamentos perturbadores. 

O meu Ômega abaixou o pescoço, e com a mão forte na minha nuca me imobilizou, e seus longos dedos mantiveram um carinho constante contra a minha pele. Carinhosamente, seus lábios macios se uniram aos meus, e pude sentir o hálito quente conta a minha boca, a sensação que eu tive foi que se havia passado milhares de anos desde a última vez em que trocamos carinhos tão inocentes e entorpecidos de amor, apesar de ainda existir um grau significativo sexualidade no ato de me beijar. Naquele instante,me senti completa, amada. Lentamente, Sasuke aprofundou o contato passando a língua áspera pelos meus lábios para que eu abrisse a boca o aceitando. Aquela língua quente explorou de maneira profunda todas as partes da minha boca, permitindo que nós nos tornássemos um só ser, onde quem assiste à cena não conseguia dizer quando terminava o Sasuke e começava a Sakura. Todo aquele carinho, e romantismo vindo inesperadamente do meu marido fez com que alguns dos meus medos se acalmassem dentro de mim. 

Me deixei ser guiado por tempo suficiente para me acalmar e absorver a maior quantidade de amor possível. Aquele simples beijo serviu para me lembrar que não importava qual o momento ou a dificuldade que estávamos encarando poderíamos sempre contar uns com os outros.

Antes que o ato ganhasse uma proporcionalidade maior do que a desejada, já que eu sabia do desejo latente que os meninos guardavam por mim, desde que as crianças nasceram. Não seria improvável pensar que senão parassemos o inocente ato de nos beijar no instante seguinte, facilmente aqui evoluiria para uma libidinosa de tentação sexual. E mesmo que eu ainda estivesse dolorida nas partes íntimas por conta da excessiva dilatação durante o parto, estava claro para mim, que meu corpo rapidamente suprimiria a dor para alcançar a satisfação sexual que apenas os meus machos seriam capazes de proporcionar.

Lentamente ele terminou o beijo e se afastou, depositando diversos beijos rápidos como se temer se deixar o contato comigo.

Saber da necessidade deles por mim, era um afago ao meu ego feminino.

Sasuke voltou ao irmão e pegou a bebê que estava com este, e começou a caminhar rumo ao segundo andar da casa provavelmente indo ao quarto dá Sarada, já que a bebê dormia desde que mamou no hospital. Assim como os irmãos quê se alimentaram no hospital antes da alta, e agora todos encontravam-se em sono profundo, eu não fiz a necessidade de acordar-los pois, eles já haviam sido alimentados, banhados e toda essa movimentação havia causado grande cansaço em todos os envolvidos, e imagino que para as crianças sejam muito mais cansativo do que para os adultos.

Eu fiquei sentado no sofá da sala de estar no primeiro andar, não queria demonstrar minha debilidade aos meus maridos mas ainda estava cansada de toda esta atividade, e subir a escada agora não era uma opção.

Fechei os olhos e fui capaz de ouvir toda a movimentação no andar de cima, eu percebi que os rapazes faziam exatamente o que eu havia imaginado. Pude ouvir o som do adesivo da fralda no quarto de Yumi e imaginei que a pequena estava suja, e portanto, o seu pai teve que troca-la. 

Não pude deixar de sorrir sozinha, quando lembrei do Senhor Uchiha ensinando os meninos a trocarem as fraldas dos bebês. Confesso, que habilidade dos meninos me surpreendeu, e muito, bem como sua insistência em aprender, e mesmo quê em algumas ocasiões eles tivessem que segurar o fôlego para não vomitar, devido ao mau cheiro das necessidades dos bebês.Meus machos persistiram e conseguiram dominar a arte milenar de trocar fraldas. Eu também não insiste em aprender, e confesso que também me surpreendi quando, mesmo com mau cheiro, eu comecei a desfrutar da sensação de ter os meus filhos e nos meus braços, em silêncio agradeci por ter a oportunidade de viver aquelas pequenas e gratificantes tarefas diárias.

Quando a doutora Uzumaki afirmou que eu provavelmente entraria em um quadro agudo de anemia, devido somente a amamentação dos pequenos já que, diferente dos humanos, os bebês lupinos conseguiram extrair do leite materno todas as substâncias necessárias para nutrir o seu corpo, mesmo que isso acabasse com o corpo da mãe. Os bebês lupinos, e principalmente os machos, necessitavam de grande quantidade de nutrientes diários para que o corpo aguente o crescimento avançado que a raça os impunha. Afinal mesmo com poucos dias de nascidos, os meus filhos já estavam com um peso aproximado de uma criança de dois meses de idade. Eu me assustei muito quando a Hinata me apresentou esses dados, pois tudo que eu não queria era que os meus bebês não estivessem saudáveis, e que sofressem de obesidade infantil. Mas para meu alívio a doutora foi categórica em afirmar que o desenvolvimento avançado deles era totalmente normal devido a nossa raça. E esse foi um dos principais motivos pelo qual ela liberou os bebês com tão pouco tempo de nascido, pois ela estava com medo que alguém no hospital observasse a diferença entre os meus bebês e as outras crianças que nasceram em horas aproximadas aos meus filhos.

Com a notícia da minha provável anemia os meninos fizeram de tudo para que o meu trabalho fosse diminuído a estaca zero, ou seja, eu não estava conseguindo nem dar banho em um dos meus bebês sozinha sem a observação constante deles. Mesmo que eu soubesse no fundo do meu coração que toda aquela preocupação era na verdade amor, irritação que isso me provocava já não conseguia se conter dentro de mim.

O meu maior desejo era poder viver de maneira normal, esse foi um dos motivos pelo qual eu voltei a minha terra natal. Eu vim a Konoha para buscar a paz e o descanso de uma cidade pequena, mas agora já está claro para mim que esses sentimentos não estavam previstos no meu destino.

Eu fiquei com um pouco de fome e me levantei devagar para caminhar uma cozinha e buscar algo de comer, o trajeto não foi difícil pois pude fazê-lo no meu tempo. Para minha sorte a geladeira estava cheia de coisas e não foi difícil montar um sanduíche junto com um copo de suco. Senta em frente à janela e me permitiu desfrutar da linda paisagem da floresta enquanto comia.

Há um bom tempo e eu me sentia nostálgicas um pouco para baixo, como se eu estivesse cercada de alegria mas esse sentimento não conseguisse me alcançar. Como se, todas as coisas boas que acontecesse em volta de mim, ocorresse dentro de uma bolha na qual eu não pertencia, e me restava apenas observar. Novamente me peguei chorando escondida, me esforçando para não fazer nenhum barulho e não ser pega.

Juro que não me arrependo de nenhuma das decisões que tomei no passado, mas não consegui entender quando foi que deixei de ser a Sakura forte,decidida, dominante, respeitada e independente.

Deixando de olhar para a floresta conseguir focar no meu reflexo no vidro, encontrei um par de olhos verdes me observando, aqueles olhos que um dia foram brilhantes e vividos, hoje estavam opacos entristecidos. Eu sabia que os meninos havia notado a diferença em mim, e portanto, eu era categórica em afirmar que aquilo era apenas cansaço devido ao esforço excessivo do parto. E ele sempre acreditavam, eu nunca soube o motivo pelo qual eles acreditavam em mim, já que já que todos nós sabemos que era mentira, todos nós sabemos que era mentira. Talvez fosse por pura conveniência, afinal talvez eles não quisessem procurar a fundo um motivo pelo qual eu não conseguia me alegrar.

Continuei observar a mulher no reflexo e percebi que eu já havia perdido quase todos os quilos extras que obtive durante a gravidez, mas meu corpo ainda estava longe de expor os músculos que levei anos para definir. Todo o meu trabalho corporal parecia perdido, sendo que aquele corpo que estava refletindo a minha frente não era diferente do corpo de qualquer outra dona de casa normal. 

Os meus cabelos longos sempre havia sido muito bem cuidados, mesmo durante os piores momentos da minha vida, mas agora eles estavam opacos e embaraçados. O reflexo daquela mulher passava a imagem de uma dona de casa que perdeu completamente a sua vaidade.

E a verdade me atingiu.

Aquela dona de casa era eu.

Não sei quando foi na minha história que eu deixei de ser a guerreira valente e determinada, a líder que tanto seguiram. E passei a ser uma pessoa comum, e mesmo possuindo uma aparência extremamente convencional as mulheres medianas, eu ainda não vivi uma vida normal, comum ou até mesmo mediana.

Eu não me arrependia das minhas escolhas mas estava sofrendo com as consequências.

E agora outra verdade me atingiu.

Transformando o meu já frágil ego feminino, em pó.

Se ostentava uma aparência tão horrenda, como pode um homem tão lindos ainda serem de votos a mim? A resposta era simples, porém devastadora. Os machos Uchiha simplesmente não possuíam outra opção, pois eu sinceramente duvido que caso eles tivessem a opção de me deixar... Talvez...

Minha fraqueza me impediu de continuar com este pensamento, pois a dor que isso me infringiu foi absurda.

Deixei a louça na pia, e vagarosamente limpei as coisas que havia usado. Estava usando a louça suja como desculpa para não voltar a encarar os rapazes que me aguardavam na escada.

Podia ouvir o ressonar das três crianças no andar superior. E mesmo que eu me sentisse ligada a elas, não podia deixar de imaginar que talvez outra mulher em meu lugar fizesse um papel melhor do que eu.

Tudo naquela casa era esmagador, eu me sentia ameaçada e coagida, e pela primeira vez em muitos anos, quis correr e fugir para bem longe. Abandonando tudo e todos. Eu não queria mais ficar ali, mesmo sabendo que aquele era meu lugar.

Caminho a passos lentos até a escada e no caminho encontrei com os meus meninos, não consegui encará-los e passei direto.

Cheguei ao nosso quarto, a suíte principal que ostentavam brasão Uchiha talhado na porta. A primeira coisa que notei ao abrir a pesada porta de madeira, foi a cama que por algumas poucas vezes foi nosso centro de amor, mas por igual quantidade foi também o meu leito de dor. Desde que cheguei aquela casa chorei algumas vezes por conta dos rapazes. A maioria das vezes foi por conta da minha insegurança, depois que a gravidez já estava avançada foi por conta do abandono, da distância, e da solidão.

Passei direto pela calma e seguir para o banheiro, nada havia mudado e eu continuava a encarar o mármore negro. Todos os detalhes permaneciam no lugar enorme banheira, o chuveiro, as duas pias e o enorme espelho. Tudo estava igual a antes do meu acidente, e tudo que eu conseguia pensar era que talvez não fosse tão ruim se eu estivesse morrido e que outra criasse os meus filhos.

Criei coragem entrei na banheira, a água estava quente e confortável instantaneamente o meu corpo relaxou. Sorrindo imaginei que talvez os menino tivesse preparado aquele banho para mim, mas agora já era tarde.

Me permitir afundar na banheira e deixei que a água me cobrisse, permaneci assim por longos minutos até perder a noção do tempo e começar a sentir meus pulmões queimarem, os meus braços e o meu tronco convulsionarem na tentativa inconsciente de buscar oxigênio, minha visão embaçou eu não pude negar que senti um pequeno frenesi ao imaginar que toda minha dor acabaria ali.

Sorrir quando estiver frente a frente com a inconsciência, e este ato fez com que as pequenas bolhas de oxigênio que ainda me sustentavam escapasse pela minha boca.

Não tentei respirar.

Sente o meu corpo pesar.

E tudo ficou frio e escuro.

-SAKURA!

-SAKURA!

Muito ao longe ouvia uma voz me chamando, prestei atenção e pensei que talvez fosse a morte.

Mas acabei por notar que era três vozes extremamente familiares.

Abri os olhos encontrei os meus três morenos me encarando assustados.

Meu peito queimou e eu tossi um pouco de água. Meu corpo todo pareceu em chamas, e não pude deixar de sorrir eu notar que uma pequena parte de mim, ainda sentia o frenesi de estar enfrentando a morte.

Aquela foi a resposta que eu precisava para saber que pelo menos uma pequena parte da antiga Sakura ainda vivia dentro de mim.

E agora eu me sentia forte e confiante a ponto de querer ressuscitar aquela mulher que um dia eu fui.

Me levantei  com ajudo dos braços fortes de Madara e notei que meu corpo reagia a muito bem a adrenalina, não me sentia cansada ou com medo como estava antes de perder a consciência.

Eu sabia que aquela situação me fazia parecer um monstro que ansiava por enfrentar a morte, mas infelizmente foi assim que passei grande parte da minha vida, e abandonar a adrenalina junto com o êxtase da batalha pela minha própria vida,foi um erro.

Agora eu entendi qual foi o meu erro.

Não se pode pegar um leão selvagem e o colocar em uma gaiola e achar que vai ficar tudo bem. Da mesma forma que não se pode pegar uma guerreira e a transformar numa dona de casa e achar que vai acabar tudo certo. Pois claramente não vai.

Levantei ignorei totalmente as expressões de horror que os morenos ostentavam. Aproveitei e segui para o chuveiro aonde ensaboei o corpo, e tomei um banho relaxante que o meu corpo tanto necessitava e ansiava. Cuidei dos meus cabelos, das minhas unhas e da minha pele enquanto era seguida pelos olhos quentes dos meus maridos.

Eu sabia que eles não estavam entendendo quase nada que estava acontecendo comigo, mas eu não podia perder a chance de sentir aquele êxtase da adrenalina dentro do meu corpo novamente. Então achei melhor explicar mais tarde o que estava acontecendo.

Quando eu olhei no espelho e a imagem me agradou mesmo que minimamente me permite sair do banho e acabar com o meu próprio tratamento de beleza.

Voltei ainda nua para o quarto e deitei na cama mesmo que ainda estivesse molhada.

Com um olhar atento deles começou a me incomodar, achei a melhor perguntar o motivo de toda aquela atenção focada em mim.

-O que foi?

Meu tom de voz carregada de desprezo foi o suficiente para que Itachi estourasse completamente. 

- O que foi? Eu não sei, me diga você. Por que estava inconsciente dentro da banheira? E depois que conseguimos trazer de volta a consciência e você simplesmente ignorou o fato de ter afogado numa simples poça d'água!

- Eu não me afoguei, Itachi. Eu quis perder a consciência dentro da banheira.

Bastou esta informação para que os três pares de olhos antes negros, agora se tornassem vermelhos e predadores. Eles estavam tentando me intimidar, é diferente de antes que isso me excitava, agora só me dava vontade de esmagá-los. Eu não seria sub julgada novamente!

Madara começou a gritar antes que eu tivesse tempo de ter alguma reação.

-E por que você queria se matar? Sua vida está tão ruim assim? Afinal não é a primeira vez não é mesmo? Quem me garante que o acidente no banheiro foi realmente um acidente?

Era vez eu colocar a minha raiva para fora.

- Eu jamais colocaria os meus filhos em perigo, então não ouse repetir tal afirmação na minha presença novamente! -eu estava com raiva e minha voz saiu de maneira completamente irreconhecível para eles. Afinal aquele era o tom que usava com os meus subordinados. - Você acha que a minha vida é tão boa que eu não posso tentar algo diferente? Eu não estava tentando me matar, Madara. Mas não adiantaria te explicar pois você é uma criança criada no carpete e não entenderia as coisas que passei.

Foi a vez de Sasuke gritar comigo, mesmo que o seu tom fosse diferente do irmão, e na hora que ele abriu a boca eu reconheci o porque que ele estava me tratando assim. 

Sasuke Uchiha estava me tratando como uma igual e me colocou no mesmo nível que ele.

- Você já me contou o que aconteceu com você na sua infância, Sakura. Está completamente certa em deduzir que nós não temos ideia de como é. Afinal realmente crescemos em um lar amoroso. Mas vamos lá me diga. O que é que falta para você aqui?

A palavra surgiu entre os meus lábios antes que eu tivesse como me conter.

- Adrenalina! É isso que falta, Sasuke! Não se pode enjaular um animal selvagem e achar que vai ficar tudo bem!

Os olhos deles mudaram novamente e agora ostentavam a nova forma. Eu ainda não sabia o nome daqueles olhos, mas sabia que era maior concentração de poder que eles poderiam alcançar até o momento.

Senti o meu corpo vibrar de antecipação. Como da primeira vez que tivemos juntos.

Madara foi o primeiro a se pronunciar e os irmãos em silêncio seguiram.

-Então é isso a minha selvagem companheira quer ser estimulada da mesma forma que um animal deve ser tratado para se manter sempre em forma.

Deixei minha antecipação falar mais alto e eu respondi no mesmo tom.

- E o que você acha que pode fazer sobre isso?

Ele rosnou diante da minha questão, pois obviamente o tom de desprezo que eu utilizei esmagou completamente o seu eco masculino, afinal nenhum homem gostava de ser menosprezado, muito menos pela mulher que ama.

- Na floresta temos que caçar.

Foi o que Itachi disse. Eu demorei um pouco de tempo para entender então Sasuke entendeu isso como uma deixa para continuar a fala do irmão.

- E agora está na hora de caçar.

E com olhar em chamas, com corpo vibrando em antecipação, desejo e necessidade.

Madara fez a pergunta que mudaria o rumo da nossa relação.

- Então Sakura vamos caçar. Mas quem será a caça?

Eu sabia que agora nós nos aproximaremos da selvageria que eu tanto esperava viver novamente.

Sorrir ao imaginar quê seria muito gostoso entrar em um embate corpo a corpo com eles.

Olhei para a janela aberta e não pensei duas vezes.

Corri em direção a sacada do segundo andar e me joguei.

Antes de tocar o chão já havia assumido a forma da enorme loba branca que raramente o expunha.

Mas já que iria enfrentar o Alpha, o Beta e o Ômega da Alcatéia Negra seria justo fazer isso na minha forma mais primitiva.

Sorrindo a minha forma lupina ao encontrar os três abrindo a porta de entrada da casa.

Eles rapidamente tiraram as blusas e as calças ficando apenas com as cuecas. Tive pouco tempo para admirar os corpos maravilhosos antes que eles ganhassem as formas de enormes Lobos negros.

Eles estavam maiores do que da última vez que eu vi transformados.

E aquilo só serviu para me estimular ainda mais...

Eles estavam achando que eu seria uma presa fácil, mas não tinha ideia que eu terminaria como a predadora deles.

Os lobos avançaram para mim, e eu levei nosso embate para Floresta.

Mas antes tive um pequeno deslumbre dá face completamente horrorizada que o senhor Fugaku Uchiha ostentava ao me olhar.

Ele havia acabado de chegar e tinha me visto durante a transformação.

Eu não dei brecha para nenhuma pergunta e seguir para floresta.

Os machos me seguiram depois que trocaram um breve aceno com pai.

Imaginei então que este tomaria conta das crianças até à nossa volta.

Eu corri ansiosa pois estava louca para começar o meu embate. Afinal havia se passado muito tempo desde que entrei em uma briga verdadeiramente excitante.


Notas Finais


Meus queridos leitores,
Eu demorei a escrever pois tenho uma prova grande no sábado, mas fiquei tão ansiosa para postar que acabei adiantando este Capítulo.
Espero que gostem e tenho um pedido a fazer a todos vocês.
Deixe o seu Favorito e os seus comentários sobre os pontos altos e baixos da estória.
Essa autora, quer se aproximar de seus leitores e por isso preciso entender como vocês enxergam aquilo que eu escrevo.
Por favor sejam sinceros com os seus comentários.
Isso seria muito importante para mim.
Muito obrigada por lerem,
Da sua autora,
Laycan.


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