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História Os Olhos de Hinata - Anos mais tarde


Escrita por: Kasswhite

Notas do Autor


Olá leitores queridos
Agora vai dar uma leve estabilizada na história, em questão do nível sinistro que estava os cap. anteriores.
Mas claro isso tudo tem haver com a própria história em si.
Demorei um pouco pra postar esse cap. mas não tanto quanto o outro aha.
Mas vou tentar postar com um intervalo de tempo menor. Mas não prometo nada kkk
Agora sem mais delongas... BOA LEITURA A TODOS.

Capítulo 36 - Anos mais tarde


Fanfic / Fanfiction Os Olhos de Hinata - Anos mais tarde

Samui descia as escadas externas com urgência no passo. Em seu ouvido, o celular gritava do outro lado da ligação, resultando no típico olhar carrancudo da dona daquela casa. Ela arrastou a porta dupla que dava entrada do pátio à sala, surpreendendo a todos e arrancando suspiros de Darui.

- Problemas? – Disse Darui.

- O que você acha?

Darui suspirou nervoso. Retirou um pouco do suor do rosto e pegou o celular das mãos de Samui.

- Sinto muito pessoal, mas preciso atender. – Disse Darui sem jeito.

Os que estavam à mesa acenaram positivamente para o amigo, e continuaram a usufruir o almoço. Samui olhou para o rosto de cada um, propositadamente para deixá-los sem jeito. No entanto, faltava certo alguém que não estava à mesa. A mulher dos fios loiros esmurrou a mesa, derrubando porções de arroz e molhos ao chão.

- Cadê aquele garoto? – Murmurou Samui.

- ♪♫ Ah! Naruto está na sua cama. E parece que dali não vai sair... Yeah! ♪♫ - O bom humor de Killer Bee estava de volta.

Samui já caminhava em direção ao quarto de Naruto, mas foi impedida por seu irmão Atsui, que a segurou pelo ombro.

- Deixe-o dormir, Nee-San! Ele trabalhou até tarde ontem.

Samui agarrou a mão de Atsui e apertou seus dedos, fazendo o irmão choramingar de dor.

- NEE-SAN! – Gritou Atsui.

- Quem manda nessa casa, sou eu. – Disse Samui enquanto continuava andando até o quarto de Naruto.

- Coitado do Naruto. – Disse Omoi de braços cruzados e expressão baixa.

- É... – Concordou Karui.

Naruto roncava alto. Dormia desengonçadamente sobre a cama, com seu braço e perna esquerda para fora, e a coberta quase toda no chão. Samui adentrou ao quarto violentamente. Apesar do barulho que a porta fez, Naruto não aparentava incomodo. Ao contrário, ele permanecia dormindo profundamente.

- Hum...- Analisou Samui.

A dona daquela passa percebeu que algo repousava sobre o peito do Uzumaki. Sem restrição, a moça agarrou o objeto – revelando ser uma fotografia.

- Então esse besta não se desapegou do seu passado não é mesmo? – Samui jogou a foto de volta a Naruto – Isso será sua ruína Naruto.

Involuntariamente, o Uzumaki levou a mão até a fotografia. Acariciando a memória eternizada dele junto a Hinata quando eram dois adolescentes apaixonados – fazendo caretas um ao outro. Agora, dois anos depois, Naruto já se tornara um jovem adulto. Um jovem maduro e amargurado. Ele se viu obrigado a abandonar sua vida para fugir dos erros do passado. Tanto ele quanto Killer Bee saíram de Konoha após se livrarem dos corpos de Orochimaru e Kabuto e, provocarem um incêndio na antiga loja de Bee. Por ironia do destino, os restos mortais foram encontrados pela polícia, dias depois do ocorrido. Desde então, Naruto trocou de identidade e mudou de vida – apesar de não conseguir abandonar o passado por completo. Naruto não possuía noticias de Hinata há dois anos, está sem ver Jiraiya e Tsunade, e sentia falta dos seus amigos. Os únicos que estavam por perto eram o seu primo e a namorada dele, Shion, que não sabiam de toda a história.

“Acorde!”

Foi difícil para ele abrir os olhos. As pálpebras pesavam. Seu rosto marcado pela falta de sono era uma visão triste do pobre Uzumaki. Há tanto tempo ele não conseguia dormir direito. Havia tanto trabalho, e Os Inugamis não possuíam mão de obra excessiva. Após sair de Konoha, o grupo formado por Naruto e Killer Bee havia se estabelecido em Kumogakure, prestando inúmeros serviços a outras famílias, grupos, ou organizações criminosas. Como o mais inexperiente do grupo, Naruto concluía os serviços menos perigosos. Porém, esses eram os mais solicitados.

Naruto se sentou a cama, levando a mão até sua orelha machucada. O Uzumaki tateou os pontos que precisou levar após receber um tiro de raspão no último serviço como segurança. Ele resmungou um pouco e se dirigiu até a cozinha.

- Bom dia! – Disse Naruto com seu olhar indiferente.

- Boa tarde. Tenho algo pra você. – Disse Darui.

Naruto bufou profundamente enquanto sentava-se a mesa. Pensou em milhares de murmurações e reclamações, mas decidiu aceitar o que estava por vir.

- Alguém venho te ver.

- Quem? – Naruto levava um copo com suco à boca.

- Um velho de cabelos brancos longos e espetados.

Naruto cuspiu o suco após ouvir aquelas palavras. Darui riu.

- Acho que me expressei mal. – Darui se acomodou à cadeira – Um dos nossos encontrou ele perguntando por você na cidade. Parece que ele já contatou a polícia, apesar de ninguém pensar em procurar alguém que está desaparecido há dois anos.

Naruto respirou um pouco mais aliviado.

- Ero-Sennin. – Disse Naruto com melancolia na voz – Ele é a minha única família.

- Naruto. – Darui assumiu uma postura séria, que usava quando falava sobre negócios – Samui não queria que eu te dissesse sobre isso. Ela até queria que eu sumisse com o Jiraiya.

- Como assim sumisse? – Interrompeu Naruto.

- Não é nisso que você está pensando. Não matamos qualquer um por motivos pequenos. Ela apenas queria ocultar isso de ti. Entenda Naruto, ela se preocupa contigo, apesar de não parecer. Mas, a escolha é sua. Você já é um homem. Preciso te tratar como um.

O Uzumaki franziu o cenho enquanto recebia aquela informação. As lembranças com Jiraiya rapidamente inundaram sua mente. A saudade era intensa. E saber que ele não desistiu de encontrar seu enteado, fez Naruto se sentir ainda pior pelo que fez Jiraiya passar com suas mentiras. Jiraiya merecia o maior respeito de Naruto. O Uzumaki imaginou o que ele deve ter passado durante esses dois anos. O quanto Jiraiya deve ter sofrido. O quanto ele deve ter se culpado pelo desaparecimento de Naruto.

- Ero-Sennin não merece passar por isso. Ele deve saber pelo menos um resquício da verdade.

- Pense bem Naruto. Pense nas consequências.

- Eu sei... Eu sei.

 

Hinata acordou de supetão. Havia piscado em meio à aula monótona de química, e acabara durando mais do que alguns segundos. Ela tremeu involuntariamente após o susto, mas percebeu que ninguém havia notado. Todos os alunos fingiam estar prestando atenção na aula. Na verdade, nem todos deixaram de notar o pequeno cochilo da Hyuuga.

- Foi engraçado. Você piscou e desmaiou por alguns segundos.

- Toneri! – Resmungou Hinata completamente envergonhada.

A Hyuuga levou sua mão ao rosto, tentando esconder o cenho. O que acabou levando a jovem Hyuuga a uma depressão momentânea, pois em seu dedo estava um lindo anel prateado. O anel que ela nunca mais havia retirado desde o dia que o colocou.

“Naruto-Kun...”

Os amigos de Hinata insistiam em ajudá-la a seguir em frente. Deixar o passado para trás e continuar sua vida. Naruto era passado. Um passado muito doloroso para ela. No entanto, Hinata insistia em não deixá-lo ir. Aonde quer que ele estivesse, Hinata o traria de volta. Essa era a maior discussão entre Hinata e Sakura. Sakura passou a odiar o Uzumaki após o seu sumiço repentino. Ela não acreditava em sequestro ou algo do tipo. Ela havia visto a obsessão de Naruto pela Akatsuki crescer cada vez mais. Até mesmo Sasuke havia dito que Naruto só comentava sobre a organização criminosa. Ambos suspeitavam que Naruto estivesse metido na Akatsuki. Mas, por incrível que pudesse parecer, o único que apoiava Hinata em sua determinação era seu primo Neji. O Hyuuga passou a ter apresso pelo Uzumaki após vê-lo determinado a morrer por Hinata após o encontro com Deidara. Neji havia passado pelo maior desafio de sua vida nesse meio tempo. Apesar do sucesso da cirurgia de transplante de pulmão, Neji passou por complicações por causa da recusa que o seu corpo estava indicando ao novo órgão. Ele precisou de quase um ano para voltar ao normal. Era como se Neji tivesse ressuscitado.

A Hyuuga já estava de volta a sua casa. Seus amigos se reduziram a Toneri e Tenten. Neji ainda não havia retornado as aulas. O que, para ela, não foi muito difícil se acostumar. Hinata gostava dos antigos amigos, mas o receio que ela sentiu após as indagações deles sobre Naruto, fez a Hyuuga olhá-los com outros olhos. Tudo que Hinata mais queria era se formar e sair fora daquele colégio. Ela já estava debruçada sobre seus livros e cadernos. Seus fones aos ouvidos geravam um pequeno clima necessário para a Hyuuga se concentrar. Porém, naquele momento as lembranças dos dias que Naruto e ela dividiam os mesmos fones no recreio e na volta da escola, levaram-na a tristeza que fazia questão de se manter viva em seu peito. Hinata retirou os fones e jogou-os ao chão. Cruzou os braços sobre a mesa e pressionou seu rosto a eles. De repente, seu celular vibrou. Era uma mensagem de Toneri.

“Quer dar uma volta comigo?”

Hinata encarou a tela do celular com uma leve inclinação a aceitar o convite. Ela estava há tempos sendo ferida por aquelas lembranças. Precisava ver coisas novas. Ter novas experiências. Talvez aquilo fosse necessário para aliviar suas feridas emocionais.

“Claro! Eu passo ai!” – Hinata agarrou sua pequena bolsa e saiu de casa afirmando, ao seu pai, que sairia com uma amiga.

 

“Sabe Naruto. Eu não pensei que ele iria tão longe atrás de ti.” – Disse Kurama.

“Eu também não.”

Naruto caminhava cabisbaixo pelas ruas desertas. A parte mais humilde de Kumogakure era o local perfeito para Naruto se manter oculto. Hoje em dia, ele já tinha a liberdade de perambular pela cidade. Já não era um desconhecido para os demais, e já estava bem diferente. O Uzumaki estava tão alto quanto Killer Bee, e seu cabelo estava cortado bem curto.

“Sabe de uma coisa? Qual é a chance do Jiraiya haver sido seguido até aqui?”

“Dependendo de quem estar seguindo ele, eu diria que a chance é alta.” – Respondeu Naruto.

“Você sabe que não é só a polícia de Konoha que pode estar atrás de ti.”

“Sim. Os Ōtsutsukis devem estar me procurando.”

“Eles acham que você se aliou a Akatsuki.”

“E a Akatsuki também está me procurando.”

De repente, o celular de Naruto começou a vibrar.

- Kurama? Está ai? – Disse uma voz.

- Sim. O próprio. – Afirmou Naruto.

- Tem como passar aqui? Darui precisa da sua ajuda.

Novamente Naruto se dirigia a sua rotina. Agora sobre o alter-ego Kurama, Naruto vivia um dia por vez. Se distanciando cada vez mais do que já foi um dia.


Notas Finais


A maioria dos personagens são da aldeia da nuvem.
Pra quem não lembrava dos nomes deles (assim como eu kk)
Não esqueçam daquele comentário maroto aha
Grande abraço e até mais.


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