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História Os Olhos de Hinata - Uma Dose de Lucidez


Escrita por: Kasswhite

Notas do Autor


Olá pessoas.
Como estão?
Agora sim eu poderei alternar entre as duas fics que estou escrevendo.
E agora sim, terei mais sossego para escrever. Enem eu odeio você aha.
Enfim, capítulo novo gente. Espero que possam apreciar cada palavra, foram escritas com muito apreço.
E como o titulo já sugeri, algumas respostas serão dadas nesse capítulo. Algumas...
Então, eu deixo o resto com vocês.
BOA LEITURA A TODOS.

Capítulo 40 - Uma Dose de Lucidez


Fanfic / Fanfiction Os Olhos de Hinata - Uma Dose de Lucidez

- Você está legal?

Legal talvez não fosse a palavra ideal. Aliviado talvez se enquadrasse melhor ao estado de Menma. Contudo, aquela pergunta havia sido feita para Naruto também, que estava encostado à parede com uma expressão fechada.

- Vou sobreviver. – Disse Menma jogando aquelas palavras para satisfazer a curiosidade. Apesar disso, ele estava evitando ao máximo o confronto inevitável com seu primo.

- Me avise se precisar de alguma coisa.

Os olhos cansados do Uzumaki fitaram o lento caminhar da garota que acabara de analisar o seu primo. A garota percebeu que estava sendo apreciada e, logo evitou o olhar e mordeu o canto dos lábios.

- Naruto-Kun?  - O tom de sua voz transparecia uma súplica. Ela apenas queria receber um “Ok”; um sinal de apreciação do Uzumaki antes de deixá-los a sós.

- Saia Amaru. – Disse Naruto friamente – Preciso falar com ele a sós.

Amaru abaixou o cenho e fechou a porta com pesar em seu coração. As coisas não estavam bem. Naruto estava muito frio; muito diferente do tradicional Uzumaki risonho e atencioso com seus amigos. A garota se afastou, no entanto, permaneceu a frente da porta para ouvir a discussão.

O ambiente ficou apertado. Menma sentia o olhar fuzilante do seu primo. Ela tentava não encará-lo, porém o silêncio do Uzumaki era aterrorizante, sendo que eram raros esses momentos. Menma sentiu-se claustrofóbico; ele mexia seus dedos e estralava-os; pigarreava e tossia para dissipar o silêncio. O Namikaze não aguentou o silêncio e tomou a iniciativa:

- Então?

Naruto cerrou seus olhos por um breve momento, e então, agarrou uma garrafa de Whisky e serviu um copo.

- Beba!

- Por quê? – Disse Menma desconfiado.

- As coisas que diremos aqui um pro outro, não devem ser ditas quando estamos sóbrios. Pelo menos terei essa desculpa.

Menma aceitou a bebida, pois sabia o que Naruto queria dizer. Aquele momento iria permanecer apenas nas lembranças mais ocultas dos dois. Os dois beberam por algum tempo; não muito, apenas o suficiente.

- Por quê? – Disse Naruto.

- Por quê...? – Gaguejou  Menma sem compreender a pergunta. Haviam muitos “Porques” para serem respondidos.

- Por que?! Seu filho da puta. Por que a porra do meu primo está envolvido com a porra da gangue que tentou matar a mim, a Hinata, e a todos os meus amigos? – Disse Naruto furioso.

Menma ficou mudo com a explosão do Uzumaki. Seus olhos arregalaram enquanto fitava Naruto ofegante tentando conter a raiva.

- Desculpa Naruto. Eu...Eu... – Menma gaguejava por não saber como começar as explicações. Ele sentia-se nu, sem um esconderijo para se abrigar das acusações; sem tempo para pensar; sem uma mascara para se esconder.

Naruto puxou seu revolver e pressionou-o a perna de Menma.

- Por que você não se acalma e começa pelo inicio? – Naruto era uma montanha-russa de emoções. Em um momento estava em explosões de raiva, e no outro, demonstrava muita frieza com uma pitada de desprezo.

- Você? – Menma ficou com medo do primo. Naquele momento, ele o desconheceu completamente.

- O que você está insinuando Menma? Nós estamos presos nesse mundo. É isso que sou agora, e é isso que você também é. Não tente passar a imagem de inofensivo agora pra mim. Você nunca foi isso.

Naruto tinha razão, e Menma sabia disso. O Namikaze sempre envolvia o primo nas besteiras que ele fazia quando criança. Seu passado resultou na vida sem futuro que Menma levava. Sem ter estudado ou batalhado algum dia na vida, o Namikaze era a vergonha da família. No entanto, Naruto estava transpassando a linha do aceitável – apontar uma arma para o próprio primo foi um limite que Naruto acabou de ultrapassar.

- Ok! – Menma procurou acalmar-se – Eu mantenho relações com a Akatsuki desde quando cheguei a Konoha.

- Besteira. Eu já tinha encontrado o Tobi antes.

- Já existiram dois Tobis, Naruto.

- O que? – Naruto retirou a arma do primo.

- Pain falou a verdade pra você. Ele descobriu os planos do Tobi anterior e o matou.

Naruto ficou em choque.

- Então tudo que Tobi me disse... Era verdade?

- Depende. Obito gostava de contar histórias.

- Obito? – Naruto se afastou da cama e encostou suas costas à parede. Deixou-se escorregar e caiu ao chão com as mãos a cabeça – Ele disse que eu sou descendente de Uzumaki Mito.

- Talvez. Você é um Uzumaki, não é?

- Nem todos os Uzumakis são descendentes de Uzumaki Mito. – Naruto revirou os olhos e balançou a cabeça.

- Mas me diga, quantos Uzumakis há em Konoha?

Naruto ia responder imediatamente a pergunta do primo, no entanto, sua voz foi reprimida por, realmente, não existirem muitos Uzumakis em Konoha.

- Eu acho que são apenas dois. Na verdade, apenas um, já que estou aqui.

- Qual a chance de vocês dois serem descendentes de Senju Hashirama?

- Enormes. – Proferiu Naruto com preocupação.

Menma levou as mãos até a nuca, inspirou profundamente para buscar um pouco de sossego e, refrigerar a mente.

- Se o Obito te fez acreditar que é descendente do fundador de Konoha, então eu só posso achar que ele pretendia te entregar pro Madara.

- Madara?

- Ah! Então você já ouviu falar dele. – Menma percebeu que Naruto não estava muito surpreso ao ouvir aquele nome – Isso revela muita coisa.

- O que o Madara tem haver com isso?

Uma batida desesperada na porta assustou os dois. Naruto abriu e foi surpreendido com Amaru aos prantos.

- Naruto-Kun? Tem alguém... – Uma mão pesada empurrou a garota

- Mas o que?

- Mostrem as mãos!

Em poucos segundos, dúzias de policiais adentraram o quarto, agarrando os ombros e braços de Naruto; levando-o ao chão bruscamente. Seus pulsos, levados a cintura, foram algemados. Menma levantou os braços, sem proferir nenhuma reação; apenas continuou encarando o primo, soltando o ar lentamente, demonstrando toda a sua indignação com o que estava acontecendo.

- Minha vida só está piorando. – Menma falava alto o suficiente para todos os policiais ouvirem – Agora estou sendo levado da Rua Kishimoto para a delegacia. Isso é tudo culpa sua Naruto.

Naruto encarou o primo com fúria em seu olhar, todavia, Menma sorriu timidamente para ele antes dos policiais levarem todos de lá.

- Ai! Acabei de passar por uma cirurgia, seu desgraçado.

- O que é isso? Vocês não podem chegar aqui e nos prender sem dizer nada. - Disse Naruto furiosamente. Aquilo era um absurdo para ele.

Após serem levados para fora da casa, um senhor, por volta dos seus quarenta anos, se aproximou de Naruto. Ele retirou seus óculos escuros e encarou o Uzumaki.

- Senhor Uzumaki, você está preso por homicídio, obstrução de provas e envolvimento com a máfia.

- Mafia? Você nunca me disse que estava envolvido com a Mafia. – Gritou Amaru enquanto era levada para uma viatura.

- Homicídio? – Naruto tentava impedir que os policiais continuassem a empurrá-lo.

O policial apenas sorriu sarcasticamente e virou as suas costas.

“Temo que alguém armou uma para nós” – Disse Kurama na mente de Naruto.

“Pain?”

“Quem mais seria?”

 

O momento não poderia ser pior. Há um dia, Naruto havia escapado da morte, descoberto a identidade do primo e salvado a sua vida, e recebido algumas informações; no entanto, o Uzumaki possuía mais perguntas do que respostas. Sua mente estava afundada em duvidas e receios. Ele não podia negar seu envolvimento no crime organizado. Havia montado um grupo e estava colhendo bons resultados dos serviços que faziam; e também, sentia um pouco de orgulho disso. Ele havia ocultado a morte de Orochimaru e Kabuto há dois anos, isso era mais um fato contra ele. Todavia, assassinato era uma acusação estranha. Era muito difícil ligá-lo ao dia que os Inugamis salvaram a vida de Orochimaru na chacina que a Akatsuki provocou em Konoha. Naquele dia, Naruto havia eliminado um dos mercenários contratados pela Akatsuki, mas ele estava de mascara e poucas pessoas viram o que aconteceu. O Uzumaki pressentia que algo muito ruim estava para acontecer.

- Ei? O que esse garoto está fazendo? – Perguntou o policial no banco de carona.

Menma estava com o rosto para baixo. Seus lábios se movimentavam, mas nenhum som saía da sua boca.

- Ei! O que foi? Enlouqueceu?

- Alguns ficam loucos enquanto ainda não acreditam que foram presos. – Disse o motorista.

- É... Ficam com medo do abraço coletivo na cadeia. – Os dois policiais riram alto.

De repente, um tiro abafado atingiu o motorista. Seu rosto caiu ao volante, levando o carro a virar as rodas rapidamente; o peso do seu corpo pressionou o acelerador, resultando na capotagem do carro. Duas voltas antes de ele derrapar de lado até atingir outro carro estacionado. Menma estava com o rosto cortado, e sentia fortes dores nas costelas, mas estava bem.

- Eu só estava rezando, otários. - Respondeu Menma.

O policial havia desmaiado. Menma se esforçou para ir até a porta, se agarrando ao banco ele escalou para fora do carro. O brilho da luz solar fez seus olhos cerrarem, porém, ele conseguiu distinguir a silhueta dos seus companheiros.

- Finalmente!

Não havia mais nenhum policial à volta. Um dos carros havia parado no meio da estrada. As portas estavam abertas, os corpos dos policiais ao chão e as marcas de tiros estavam cravados nos vidros e na lataria. Outra viatura havia chocado em alguns carros que passavam pela encruzilhada.

Menma visualizou um dos membros mais antigos da Akatsuki entrando em uma das viaturas e retirando Amaru desmaiada.

- Kisame...

- Ele não está aqui. – Disse Kisame.

A mais bela entre a Akatsuki, Konan, percebeu Menma tentando sair do carro. Ela correu na direção dele. Hidan e Sasori acompanharam-na.

- Naruto só pode estar no outro. – Disse Konan.

Sasori subiu na viatura e puxou Menma, entregando-o para Hidan que o ajudou a caminhar.

- Onde está meu primo? – Disse Menma sufocado.

- Itachi?! – Disse Kisame.

- Quem? – Perguntou Menma.

- Um dos nossos antigos, acabou de voltar. – Disse Konan.

Um pouco distante dali, Naruto caminhava cambaleante, pressionando o ombro. Ele estava febril, transtornado, falando sozinho. Ele acabara de testemunhar, toda a Akatsuki eliminar os policiais em poucos minutos, e junto deles estava seu grande amigo: Itachi.

- Não... Itachi não. Depois de tudo... depois do que fizeram comigo... com o Sasuke... eu não...

“Naruto! Pare já! Você está morrendo”

- Akatuski aqui... Itachi... Itachi... – Seus olhos começaram a se revirar – Ero-Sennin... eu... – Naruto caiu ao chão. Ele levantou suas mãos e encarou todo o sangue. Aquela sensação era sufocante. Angustiante. Suas crenças pareciam ruir em meio a ele. Tudo o que ele acreditava saber, tudo que ele pensava que entendia, acabara de ser destruído. Aquilo era muita coisa para sua mente auferir – Hinata... eu...

A sombra de Itachi cobriu o rosto do Uzumaki. O Uchiha encarou seu amigo e seu rosto se entristeceu instantaneamente. Ele se abaixou e o levantou.

- Está tudo bem, meu velho amigo.


Notas Finais


Eae? O que acharam?
Acho que deixei algumas coisas mais abertas ainda kk
Infelizmente, Naruto não teve tempo para ter todas as respostas que queria.
Quem sabe no próximo.
Grande abraço a todos e até mais gente :D


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