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História "Os opostos se atraem?" - Livro 2 - Mirror



Notas do Autor


amores eu sei que demorei, e não faço ideia do por que estou fazendo notas inicias, mas é legal então vou continuar hehehehehe

boa leitura amo vcs!

Capítulo 19 - Mirror


- Ficou louca, Brunna? - perguntei

  - Não, se tem uma coisa que eu não estou hoje é louca. É verdade. Você tem que contar para ele. - ela me puxou até o sofá para nos sentarmos - Melissa, ele é o pai dela.

Ela enfatizou o "pai".

  - Não importa! Além de nem querer saber dela, ele é capaz de ficar cm raiva de mim por eu ter escondido!

  - Você só teve uma oportunidade de contar. E foi quando ele terminou com você. E agora você está deixando a segunda escapar. - ela suspirou e me encarou com seus olhos castanhos, assim como os meus. - Melissa, você está sendo egoísta.

Eu parei.

  - O quê?

  - Mel, por favor, se não quer fazer isso por você, faça pela Bella. A garota não sabe o que é ter um pai! Já pensou na falta que isso deve estar fazendo para ela? Uma figura masculina na casa? Alguém para fazer companhia além de você, de mim e das amigas?

  - Mas o Renato, ele...

  - Melissa, pelo amor de Deus! A Bella odeia o Renato! E você sabe disso! Ele não é nada para ela, senão o cara que fica com a mãe dela e que é alvo das travessuras. Só isso. E você nem sabe o que ele sente por ela. Além de dar presentes às vezes, o que ele já fez para demonstrar que se importava com a Bella e não só com você?

Umedeci os lábios e desviei os olhos dos dela. Odeio quando ela está certa.

  - Nada. - eu disse baixo. Odiava ter que admitir aquilo.

  - Viu, Mel? Faz quanto tempo que você está com ele? Dois? Três anos? E ele não fez nada. Sabe por que? Porque para ele a Bella vem junto no pacote se ele quiser te ter. Apenas isso. Para Bella, ele não é nada, e você está tirando a oportunidade dela de ver alguém masculino companheiro da mãe dela, que faça companha para ela, que se importe com ela, que sinta alguma coisa por ela, além de amizade. Entende o que estou dizendo?

Assenti.

  - Mas, Bruh... como eu vou contar a ele? Do nada? "Olha, Gabriel, Bella é sua filha, então, como vai sua vida?" Não!

  - Não mesmo! Ficou louca? - ela sorriu - Olha, eu já tenho tudo planejado!

  Rolei os olhos. Quando é que ela não tinha tudo planejado?

  - Combinamos um almoço, que tal? Então eu e Nathan fingimos ter compromisso. Saímos e vocês conversam.

  - Ele vai perceber, idiota.

  - Vai, mas não vai ter como voltar atrás. Vocês dois já vão estar lá. E aí você improvisa e começa uma conversa.

  - Isso não é coisa de se falar em um restaurante. - suspirei - Eu chamo ele aqui depois.

  - Contar com a Bella aqui talvez não seja legal.

  - Tem razão. Eu posso ir para a casa dele depois.

Ela fez uma cara safada.

  - Nem pensa! - falei - Tenho namorado.

  - Você já colocou um chifre nele. Coloca do outro lado para equilibrar. - ela gargalhou.

  - Cale a boca, eu não me orgulho disso, okay? - cruzei os braços.

  - Mas bem que gostou. - ela deu uma piscadinha. - Olha, eu já vou, ok? Quer que eu busque Bella?

  - Não precisa. Erick trás ela.

  - Tudo bem. Então, tchau - ela me eu um beijo no rosto e se foi.

Me deitei no sofá olhando para o teto. Que loucura estava minha vida! É sempre assim. Ela está normal, então o Gabriel aparece e joga tudo para o alto, mesmo sem querer.

Ele era sinônimo de instabilidade na minha vida desde o dia em que eu o conheci.

"  - Pode me mostrar onde é a sala 15A?"

"  - Por que eu faria isso?"

Rolei os olhos com um sorriso minúsculo no rosto. Se eu soubesse tudo o que aquelas  cinco palavras me causariam... Desde esse dia, Gabriel sempre se mostrou ser o meu oposto, eu não duvidava. Brigávamos por tudo, por qualquer coisa, a todo momento. Mas, só depois eu fui perceber que isso acontecia não porque éramos diferentes. Mas porque éramos iguais. Explosivos. Bombas-relógio prestes a explodir a qualquer momento em qualquer lugar. Parecia que nosso pavio se queimava cada dia mais, e estávamos perto de nos romper, mas isso nunca acontecia porque sabíamos lidar um com o outro, sabíamos como nos comportar, mesmo passando dos limites, porque somos como espelhos. Quando olho para ele, vejo minha outra metade porque ele, e somente ele, sentiu exatamente tudo o que eu já senti, sabe exatamente por tudo o que passei, e ambos amparávamos um ou outro.

Ele se encaixava em mim como se fosse moldado para isso. Exatamente como um espelho. Me encarando de frente, eu me via em suas íris azuis. Via meu reflexo ali enquanto ele observava todos os meus movimentos, como sempre fez.

Valia a pena jogar tudo para o alto agora? Durante dez anos eu tentei pensar em qualquer outra coisa que não fosse ele, ou em nossos momentos juntos, e quando Renato entrou na minha vida, eu realmente pensei que gostava dele, mas será que eu realmente gosto? Quando eu estava com Gabriel, eu sentia um arrepio, um frio na barriga, sensações boas, borboletas no estômago, ansiedade, calor, frio, tudo o mesmo tempo. E todos os meus problemas desapareciam. 

Eu não ia me enganar. Não sentia nem metade disso com Renato. Mas depois de todos esses anos, poderei eu sentir exatamente a mesma coisa com Gabriel? Como se nada tivesse mudado? Como se nós dois ainda tivéssemos 17 anos?

Só tinha um jeito de saber.

"Erick, preciso dar mais uma saída. Passo daí para pegar Bella depois. Bjs"

Larguei o celular no sofá, peguei a  chave do carro e saí porta afora.

Eu nunca me esqueceria desse trajeto. Não tinha como. Vim aqui tantas vezes, duas delas desesperada. Uma por ajuda e outra para ajudar...

Não, chega de lembrar disso.

Estacionei o carro e desliguei o mesmo. Será que ele estaria aqui? Apertei o volante com força e me olhei no espelho.

  - O que você está fazendo da sua vida, Melissa... - sussurrei para mim mesma e respirei fundo.

O que eu ia fazer aqui mesmo?

Não faço ideia.

Saí do carro e toquei a campainha. Aquilo parecia surreal.

  - Quem é? - ouvi sua voz pelo interfone e meu coração deu um pulo. - Quem é?! - ele perguntou dessa vez um pouco  mais irritado.

  Parabéns, Melissa, sua idiota.

  - É... sou eu - ele super sabe quem sou eu - A Melissa.

Apertei os olhos.

Não abre o portão, não abre, não abre, não abre.

Silêncio.

Abre, abre, abre, abre.

Ouvi um barulhinho do outro lado. Ah não! Não abre!

Tarde demais.

O portão se abriu bem na minha frente. Eu entrei devagar e o fechei atrás de mim. Subi o pequeno lance de degraus até chegar na porta. Abro ou não? Levantei minha mão direita e toquei a maçaneta, mas ela se abriu antes que eu pudesse fazer qualquer coisa.

Paralisei.

Um Gabriel só de calça jeans apareceu na minha frente. Meu Deus. As pontas de seus cabelos estavam molhadas e caíam perto de seus olhos, ele devia ter acabado de sair do banho. Estava descalço, o corpo em forma, e que corpo!

Me olhava esperando uma resposta.

  - Oi? - ele disse em tom de dúvida, como se perguntasse o que eu estava fazendo ali.

  - Eu... é... hoje mais cedo, acho que você deixou - limpei a garganta - cair uma coisa.

Ai que desculpa mais lixo.

  - E onde está? - ele ergueu a sobrancelha.

  - É... eu... - soltei o ar - Não sei.

Ele soltou uma risada abafada e eu sorri de canto, em seguida olhei para ele.

  - Vem, entra. - ele me deu espaço e eu entrei.

Uma nostalgia me invadiu. Fazia dez anos que eu não pisava ali. E tudo estava friamente no mesmo lugar. Como se nem ele estivesse aqui.

Olhei ao redor. As duas salas, a porta de vidro para o quintal onde estava a piscina, do meu lado esquerdo pequenos degraus que davam para os quartos.

O caminho que eu sabia de cor.

  - Quer água, alguma coisa? - ele perguntou.

  - Você? Educado? Desde quando? - sorri.

  - Bom - ele chegou mais perto - Tem muitas coisas sobre mim que você vai ter que descobrir, Melissa - ele sussurrou ao pé do meu ouvido.

E o arrepio estava de volta.


Notas Finais


VOLTEEEEEEEEEEEEEEI

o que acharam?
(como eu ganhei presente hoje, estou de bom humor então talvez eu post mais um cap hj)


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