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História "Os opostos se atraem?" - Livro 2 - I told you!



Capítulo 21 - I told you!


  - Erick! - falei feliz ao vê-lo.

 - Olá, Mel! Veio buscar a Bella?

  - Sim, só espero que sua casa ainda esteja inteira. - eu ri.

  - Que nada, elas são uns anjos.

  - Com chifres. - sussurrei e ele gargalhou. - Lucas! Olá - falei quando o vi saindo.

  - Diva! - me abraçou - Eu definitivamente amo sua filha.

  - Quer para você?

  - Quer trocar?

Nós rimos.

  - Estamos ouvindo tudo. - Bella disse enquanto saía da casa  já com suas coisas na mão.

  - Que coisa feia, hein, dona Bella. - cruzei os braços.

  - Vocês falam como se fossem donos da igreja Universal - falou Gabi e Bella riu.

  - Bella, na semana que vem eu preciso que fique com a vovó, OK? - falei - É só um dia.

  - O que?! Não. A gente podia ir pra casa da Giovanna.

  - Pare de dar trabalho para os outros.

  - Ela é minha amiga, mãe e a Gabi vai comigo.

  - Você não sabe se os pais dela vão deixar - dei uma piscadinha imperceptível  aos dois.

  - Mama, deixa? - Gabi falou ao Erick.

  - Fale com o Papa.

  - Papa...?

Lucas a olhou e viu que ela tentava imitar o gato do Shrek.

  - Vai. Se fizer bagunça, tá de castigo e não vai no aniversário da Bella.

  - OK.

  - Vamo, então? - perguntei a Bella.

  - Vamos. Tchau Gabi. Tchau Erick. Tchau Lucas. - ela disse.

  - Falta uma coisa - falei.

  - Obrigada - ela rolou os olhos.

  - De nada. Volte sempre - Erick riu.

Saímos de lá, e eu parei o carro na garagem de casa.  O aniversário dá Bella seria na quinta, e hoje era segunda. Eu ainda precisava encomendar todas as coisas. Ah, Deus.

Ela subiu correndo para o quarto.

  - Não esquece de tomar banho! - gritei.

  - Tá!

Larguei a bolsa na sala e tomei um longo banho, me deitei em seguida. Eram umas 23:00 e eu fechei os olhos, me sentindo relaxada. O dia de hoje havia acabado comigo. Em todos os sentidos.

Me lembrei do desenho que ele havia feito, estava dentro da minha bolsa, mas eu não iria levantar dessa cama, nem se me pagassem.

Amanhã eu pego.

Me virei de lado, abracei um dos travesseiros ainda gelado e fechei os olhos...

  ...Para acordar com o toque estridente do meu celular.

  - Alô? - falei ainda meio desnorteada.

  - Melissa, é o Nathan! - sua voz era de desespero - Brunna me passou seu número, é o Gabriel!

Rapidamente fiquei alerta. Me sentei na cama.

  - O que aconteceu? Ele tá bem?!

  - Sim, quer dizer, não! Ele está com uma dor no fígado que não passa.

Ouvi um grito de dor no fundo e meu coração se apertou.

Gabriel...

  - Eu estou indo. - falei já me levantando da cama.

Desliguei o telefone e corri até a cozinha, peguei um post-it e deixei um bilhete colado na porta do meu quarto, caso Bella acordasse. Ela estava acostumada  com minhas saídas no meio da noite, já que o hospital me ligava direto, então eu não tinha com o que me preocupar.

Peguei um kit minúsculo com seringas e outra caixa térmica que eu sempre guardava em casa, contendo glicose e insulina, caso precisasse.

Eu não fazia ideia do que iria encontrar.

Listei as coisas mentalmente pela terceira vez e coloquei a primeira roupa que apareceu na minha frente. Escovei os dentes e saí em disparada pela porta que levava até a garagem.

Quase dei ré no carro com o portão fechado.

O trajeto que demoraria uns 10 minutos foi feito em 4. Eram 3:47 da manhã.

Toquei a campainha uma, duas, três vezes e o portão se abriu sem nem mesmo perguntar quem era. Nathan sabia que era eu.

Entrei e o fechei atrás de mim.

  - Mel! - Nathan veio me receber - Eu falei para ele ir para o hospital, mas ele se recusa.

  - Cadê ele?!

  - Na sala.

  - Ok. - respirei fundo e fui até lá, sabendo que Nathan estava atrás de mim.

Gabriel estava jogado no sofá, sem camisa, apenas com jeans, estava com uma careta de dor e de olhos fechados.

  - Gabriel... - chamei.

  - Eu estou bem.

Bufei. Essa mania de nunca dizer o que está errado já havia ultrapassado meu limite.

  - OK, então dê dez passos até onde eu estou sem reclamar de dor, que eu acreditarei em você e vou embora. - cruzei os braços e Nathan arregalou os olhos - Eu sei o que estou fazendo. - sussurrei apenas para ele ouvir.

Gabriel fez um movimento mínimo no sofá e já gritou de dor.

  - Bem feito. - falei - Agora sossega. - me aproximei. - Relaxa.

Seus músculos tensos foram relaxando devagar e eu toquei onde estava seu fígado.

  - AI

  - O que você comeu?

  - O que? - ele estava se recompondo.

  - O que você comeu? - repeti.

  - Que dia?

  - Ontem e hoje.

  - Fui almoçar num restaurante aqui perto.

  - A gente comeu churrasco, Mel.

  - Cala a boca, Nathan!

  - O que? - perguntei - Qual parte do "Muito líquido e frutas" você não entendeu, Gabriel?

  - Queria que eu comesse papinha até quando?

  - Para de ser criança. - falei - Devia deixar você ficar com dor. Seu fígado estava se recuperando!

  - Então deixa! Me deixa aqui e vai embora! - ele gritou, mas fez uma careta de dor. A força que ele fez para fritar deve ter doído.

  - Cala essa boca. - falei enquanto abria a caixa térmica e pegava a agulha com glicose. - Nathan, pode fazer soro por favor?

  - Quanto?

  - Um litro.

  - O.k. - ele disse e saiu.

   - Preciso de álcool. E algodão. - falei.

  - Embaixo da pia do banheiro que fica perto da escada. - ele falou.

Fui lá, peguei as coisas e voltei. Assim que apliquei a glicose, sua expressão de dor se suavizou imediatamente.

- Se isso aí já fez efeito, pra que o soro?

- Para te hidratar. - falei e fui jogar algumas coisas usadas no lixo. Nathan voltou com um copo de soro e entregou a Gabriel, que bebeu a contragosto.

- Tem mais uma garrafa disso na geladeira - ele disse. - Parece que alguém vai voltar a comer papinha - ele disse, provavelmente para quebrar o clima.

- Se não parar, eu posso até comer papinha, mas você vai se alimentar por sonda o resto da vida.

Eu segurei um sorriso. Ele estava de volta.

- Tenho uma notícia meio ruim para te dar - falei - A dor pode voltar, então não banque o espertinho e tome o soro, junto com todas as outras coisas que eu pedi para você comer. Pelo menos por enquanto.

- OK... - ele disse. Sua testa brilhava pelo suor, a dor devia ter sido intensa.

- Eu... Já volto - Nathan disse e saiu.

Depois de um tempo em silêncio, ele finalmente falou.

- Seria muito pedir para você ficar?

- Seria - falei baixo e tirei uma mecha de cabelo da sua testa, olhando em seus olhos, enquanto ele me encarava - Bella está em casa sozinha.

Ele sorriu fraco.

- Quantos anos ela tem?

- Nove. Vai fazer 10 na quinta. Sábado vai ter uma festinha... - falei e ele sorriu novamente.

- Eu a vi... Uma vez. No enterro. Loirinha, de olhos azuis. Os olhos dela são lindos.

- Sim, eu sei...

- O pai dela tem olhos azuis? Os seus são castanhos... - sua voz estava um pouco mais sonolenta agora. Horas e horas de dor não devem tê-lo deixado dormir e logo ele cairia no sono.

- Sim. Ele tem. - falei baixo e ele fechou os olhos - Os olhos azuis mais lindos que eu já vi...

Dei um beijo em sua bochecha e me levantei. Gabriel estava dormindo.

- Nathan? - chamei baixo e ele desceu as escadas.

- Oi...

- Eu já vou. Qualquer coisa, me liga.

- Tudo bem. Obrigado.

- Imagina. - sorri, me despedi e saí.

Ao me deitar na cama, já em casa e percebendo que eram 5 da manhã, e meu despertador tocaria dali a 30 minutos, apenas agarrei o travesseiro e fechei os olhos.

" Seria muito pedir para você ficar?"

Seria, Gabriel, você não sabe o quanto...


Notas Finais


CAPÍTULO COMO PRESENTE DE NATAL !!!!!!!!!!!

FELIZ NATAL VIDAS! AMO MTO VCS!

NÃO ESQUEÇAM DO COMENTARIO E DO FAV, SE VC AINDA NÃO FAV A FIC

BEIJINHOOOS


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