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História "Os opostos se atraem?" - Livro 2 - Game over



Capítulo 28 - Game over


Deixei Gabriel em sua casa, e voltei para a minha. Ao me deitar na cama, me lembrei dos beijos de Gabriel no sofá, e no banheiro, aquele dia em que o vi de novo, me lembrei do desenho e...

Meu Deus, o desenho!

Me levantei correndo e fui até minha bolsa. Claro que estava um pouquinho amassado e dobrado ao meio. Me sentei ali e o desdobrei para observar novamente os traços.

Agora, depois de dias, o desenho parecia mais bonito, mais profissional. Eu sorri.

Gabriel sempre teve um olhar observador, percebi quando vi os primeiros desenhos que ele fez de mim. Até as manchas em meus tênis all stars ele fazia com perfeição e eu adorava!

Minhas mãos, minha boca, meus olhos, tudo em mim ficava mais bonito sob seus desenhos.

Voltei até o quarto e abri meu guarda roupa. Lá dentro, eu havia uma caixa enfeitada, bem pequena. Minha vó havia me dado para guardar "o que eu achasse especial" e, bom, o desenho que peguei na casa de Gabriel, há 10 anos, estava ali juntamente com o moletom, que estava comigo até hoje.

Guardei na caixa o desenho que eu havia acabado de pegar na bolsa e a fechei. Ali dentro estavam as 3 coisas mais importantes da minha vida.

Todas simples, sim, mas com um significado gigantesco.

Recebi um telefonema do hospital, e tive que ir para lá conhecer meus internos que haviam acabado de chegar. Eu seria a responsável por eles durante 7 anos, supervisionando, ajudando, ensinando algumas coisas que dificilmente eles não saberiam... Essas coisas.

Entre uma cirurgia e outra, liguei para encomendar bebidas e aperitivos para amanhã, lá em casa, e depois liguei para confirmar no sábado, a festa da Bella no salão de festas.

Voltei para casa às 21:00, a remoção de um tumor externo, da paciente chamada Melanie, de 46 anos, levou mais de 5 horas, e eu estava exausta, louca para um banho.

Assim que fechei a porta atrás de mim, meu celular tocou

Renato.

Atendo ou não?

Rolei os olhos. O episódio havia acontecido mais cedo, nem fazia um dia. E ele geralmente demorava esse tempo para querer papo de novo.

– Alô?

– Melissa, precisamos conversar.

– Estou ouvindo.

– Te liguei na sua casa mais cedo, onde estava?

– No hospital. Por quê? – encaixei o celular no ombro e tranquei a porta de casa, jogando minha bolsa no sofá.

Essa mania eu não havia perdido.

– E Bella?

– Na casa da Giovanna.

– Quem é Giovanna?

Mas que saco!

– Amiga dela, Renato! – falei sem paciência.

– Aconteceu alguma coisa?

– Aconteceu. Eu passei 6 horas no hospital, porque me ligaram de última hora, tive que conhecer os internos, que eu não faço ideia de como passaram em uma faculdade, porque alguns deles não sabem nem o que é uma ponte de safena, fiquei 5 horas em pé, ajudando os residentes a tirar um tumor externo e ainda perdemos a mulher. Só isso aconteceu, e o seu dia, como foi?

Eu falei rápido demais, vomitando as palavras como se elas pudessem entrar pelo bocal do telefone e aterrizar sem delicadeza nenhuma na cara de Renato. Que tantas perguntas!

– O meu dia? – ele parecia mais irritado agora – Liguei para a minha noiva para chamar ela para almoçar, e ela não atendeu a nenhum dos telefonemas. Quando fui procura-la, ela estava agarrada com o cara que eu mais odeio bem na minha frente. E ele ainda me bateu e eu fui humilhado. Meu dia? Foi ótimo.

Eu queria gritar com ele, gritar que eu não ligava, não mais. Mas não fiz isso.

– Ele só rebateu o que você falou. Era só ter ficado quieto.

– Então, agora a culpa é minha?

Meu Deus, ele nunca vai parar?

– Renato, pelo amor de Deus... – eu me sentei na escada com a mão no rosto – Estou exausta.

– Faz um tempo que você está exausta para mim, Melissa. Garanto que não está para o criminoso lá...

Meu sangue ferveu.

– Se chamar ele assim mais uma vez, eu nunca mais falo com você. Entendeu?

– ... Que aparece do nada e estraga meu casamento.

– Sou sua noiva. Não esposa.

– Parece que o cargo de esposa te serve só se aquele lá for o marido.

– insinuou alguma coisa?!

– Pense o que quiser. E faça o que quiser com o anel de noivado também. Faça o que quiser com sua vida.

– Quer saber, Renato? Acho melhor parar por aqui. OK? Eu cansei! Você não sai do meu pé, é uma desconfiança fora do limite!

– Hoje eu vi que tenho motivos!

– Eu não tenho culpa se nunca deixei de amar ele! – gritei – Não tenho culpa se você não conseguiu ocupar o espaço que ele deixou aqui. Não tenho culpa se você não faz metade das coisas que ele faz, não tenho culpa se não sinto com você o que sentia com ele! São coisas que só ele pode fazer comigo, quer se passe 10 anos ou 20, vai ser sempre a mesma coisa!

– Eu já esperava. – ele disse com a voz indiferente. – Como eu disse, faça o que quiser. Não vou mais te incomodar.

– Obrigada – dei uma risada sarcástica

E desliguei.

Meu relacionamento com Renato acabou.


Notas Finais


CHAMA A LUDMILLA PQ É HOJEEEEE


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