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História "Os opostos se atraem?" - Livro 2 - Beatriz



Capítulo 33 - Beatriz


  – COMO É QUE É?! – Brunna perguntou. Era sexta-feira de tarde. Eu havia sido liberada do hospital e ela me ligou, dizendo que havia percebido que eu estava sumida a semana toda. Claro, depois daquele episódio de segunda, eu queria enfiar minha cabeça na terra e ficar por lá, mas não era possível.

Infelizmente.

Então, Brunna se auto convidou para vir até em casa, e eu contei tudo a ela.

  – Eu sei que eu exagerei – falei – Mas falar na minha cara que ia procurar a outra? Foi demais. Não falei com ele a semana toda.

  – E você acha que ele foi? – ela encolheu as pernas

  – Sim. Ele estava irritado. Certeza de que foi. Ele nem me ligou, nem nada! Eu sei que ele foi.

  – Tomara que aquela cabeça de fósforo seja atropelada por um caminhão de esterco – ela rolou os olhos e eu ri – Já sei! Espera.

Ela pegou o telefone e discou  um número.

  – Nathan? Oi...  Tudo bem sim. Então, tá a fim de sair hoje? Leva o Gabriel de qualquer jeito! Como assim ele não tá? – ela me olhou e eu dei de ombros – Localiza aquele idiota e... O que?! Por quê? Quem é essa? Do nada? Agora? OK. Quer que eu vá junto? Tá, tô indo. Tchau.

Ela desligou o telefone e me olhou incrédula.

  – O que foi? O que mais aconteceu?

  – A irmã do Nathan está aqui.

  – O que?!

  – A irmã dele. Ela é uma policial forense. Não foi difícil descobrir onde ele estava e veio para cá. Disse que quer falar com ele agora e ele não quer ir sozinho. Tenho que ir com ele.

  – Tudo bem – sorri – Vai lá, mas volta aqui depois.

  – OK.

~Brunna~

Saí da casa de Melissa e fui até a praça onde Nathan me falou. Ele preferiu um lugar público porque se precisasse brigar com ela, eles não fariam um escândalo.

O encontrei sentado em um banco. Havia mais pessoas brincando com cachorros ou caminhando, e eu me sentei ao lado dele.

  – Que bom que veio – ele disse – Você sabe que não quero falar com ela, não sabe?

  – Sei.

  – Na verdade, eu não sei por que estou aqui. – ele disse se levantando no momento em que vi uma pessoa baixinha, morena, vestida quase inteiramente de preto, mas elegante, vindo até nós.

  – Nathan, ela chegou, senta aí.

Ele se virou para ela.

  – Olha – ela começou – Nathan, eu sei que você não vai querer falar comigo, OK?

  – Que bom que sabe – ele deu um sorriso tímido.

  – Mas eu vim justamente para isso – ela disse baixo – Pra tentar te convencer a voltar para casa, a voltar a falar com todo mundo e...

  – Espera aí – ele a cortou – Acha que eu virei as costas para todo mundo?! Vocês não pensaram duas vezes antes de me deixar ser levado, não acreditaram em mim quando eu falei que não matei a Amanda, e você ficou do lado deles! – ele apontou o dedo para ela – Eu não devia nem ter atendido o seu telefonema!

  – Nathan, eu acreditei em você, OK? Falei com a mamãe é o papai e eles me proibiram de falar com você de novo! Acharam que você tinha mesmo matado a Amanda... E a mamãe é muito rígida, você sabe! Queria te ver sozinho, ela me ameaçou!

  – Agora você vem com essa, Beatriz? Quase 9 anos depois?

  – Me desculpe, OK? Eu só quero falar com você – ela fez menção de se aproximar, mas Nathan se afastou.

  – Vai embora – ele disse simplesmente. Deu as costas e foi embora.

Espera, ele o que?!

Nathan subiu na moto e se foi. Acho que nem lembrou que eu estava lá, na verdade, não o culpo. Nem eu lembrava que estava lá.

A baixinha me olhou curiosa.

  – E você é...?

  – Brunna – falei me levantando – Eu e Nathan estamos... Bem, saindo. Ele quis que eu viesse junto.

  – Você sabe da história dele, não sabe?

  – Sim, eu sei... – suspirei.

  – Então, você deve estar me odiando agora.

  – Na verdade, não. Você veio se desculpar. Isso é um bom sinal. Muitas pessoas não fazem isso.

  – Ele não vai me perdoar. Eu virei as costas quando ele mais precisou. Não intencionalmente, mas ele não acredita – ela se sentiu com as mãos no rosto – Eu queria poder conversar direito com ele, sabe? Usar o dia todo e fazer ele entender, mas ele foi embora e se eu não pegar a estrada agora, chego em casa tarde.

  – Onde você mora?

  – Campinas. Acabei de largar o emprego, porque não aguentava mais meu chefe. Estava pensando em procurar outro amanhã de manhã.

A observei. Ela não parecia ser do mal. Na verdade, não era, e veio se desculpar com Nathan...

Imaginei como ele devia sentir falta da irmã, uma pessoa que cresceu com ele a vida toda, e que agora fazia anos que não se falavam.

Irmãos são para sempre, ele deve morrer de saudades dela, mas sua mágoa é tão grande, que ele se recusa a ouvi-la.

Se ela tivesse mais um tempinho aqui para tentar convence-lo... Talvez Nathan pudesse enxergar e eles voltariam a ter uma boa relação. Se não fosse por Gabriel e por mim, ele estaria sozinho aqui.

Beatriz precisava ficar na cidade. Mas como?

Uma ideia me passou pela cabeça.

  – Hey, Bia, até onde está disposta a ir para fazer Nathan te perdoar? – eu perguntei.

  – Estou chegando ao ponto de fazer sinal de fumaça – ela riu – Por quê?

  – Você pode ficar na minha casa o fim de semana, ou a semana toda, e procurar emprego depois. Talvez esse tempo seja suficiente para Nathan te perdoar.

  – Está convidando uma estranha para "morar" na sua casa?

  – Você vai me roubar?

  – Não.

  – Vai me matar?

  – Não.

  – Então, sim, é exatamente o que eu estou fazendo – sorri.

Ela sorriu.

  – Feito.


Notas Finais


Mais um personagem novooo

Gente eu não vou dar conta de todos, socorro!


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