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História "Os opostos se atraem?" - Livro 2 - What you're made of



Capítulo 38 - What you're made of


Ele pegou minha mão devagar, entrelaçou nossos dedos e me deu um beijo no rosto. Estava frio, então ele se aconchegou em mim depois que colocamos nossas roupas.

  – Espere aí – falei e me levantei. Fui até meu guarda-roupa e abri a caixa onde havia as coisas mais importantes para mim. Tirei de lá o moletom que ele havia esquecido comigo, e o vesti.

Ao me virar para ele novamente, Gabriel estava com os olhos arregalados.

  – Você tinha ficado com isso?

  – Tinha... – falei – Você me emprestou um dia, que estava frio, e eu acabei me esquecendo de te devolver. – me deitei na cama – Mas você também se esqueceu de pegar – ri.

  – Não sou materialista, sabe disso – ele riu e me abraçou, enquanto brincava com meus dedos.

Suas mãos estavam meio geladas, e algumas mechas do seu cabelo loiro caíam perto dos seus olhos azuis. Agora, finalmente, eu podia estender a mão e tirá-las de lá.

E foi o que eu fiz. Ele me olhou sorrindo e me abraçou mais forte, o que me fez soltar uma risada, foi como se ele estivesse esperando para fazer aquilo havia tempos.

Me deitei em seu peito e suspirei. Fazia uns dias que eu estava pensando em contar ao Gabriel que conheci a mãe dele, que Bella conheceu a avó, que eu ia lá de vez em quando. Mas estava hesitando pois não sabia qual seria sua reação... Mas ao mesmo tempo, eu achava que ele tinha o direito de saber.

   – Sinto falta dela... – ele disse.

  – De quem?

  – Minha mãe.

Era a milésima vez que eu me perguntava se ele lia meus pensamentos.

Eu não disse nada por um tempo. Sabia que ele ia dizer mais alguma coisa.

  – Queria que você e Bella pudessem conhecê-la.

Era agora.

  – Gabriel... Nós a conhecemos...

Ele demorou uns segundos para responder.

  – Como?

  – Bom... A história é um pouquinho grande... Mas, bem, quando você foi preso, ela foi avisada. E também foi avisada que meu pai seria seu advogado. Ele teve que entrar em contato com ela diversas vezes e em uma dessas, ela pediu meu número para ele. E então me ligou. Queria me conhecer. Quando fui até lá, meu pai que me levou. Eu já estava grávida e ela foi uma das poucas pessoas que nunca me julgaram com o olhar quando me viu. Eu contei nossa história a ela...  E quando Bella nasceu, íamos lá toda semana. Depois, quando comecei a faculdade ficou mais difícil, então sempre conversávamos por telefone.

  – Ela nunca me contou...

  – Porque eu pedi para ela não fazer isso. Se alguém tinha que fazer, esse alguém era eu, não ela.

  – Eu sei... – ele suspirou – Bella sabia que era avó dela?

  – Não. Nunca comentei muito o assunto, ela pensava que éramos amigas. E realmente éramos.

  – Por isso você estava no enterro. – ele falou, como se agora fizesse sentido.

  – Sim, foi por isso... – suspirei. – Ela era uma pessoa incrível.

Ele apertou minha mão.

  – Ela dizia... Que você foi a única garota que conseguiu colocar um brilho em meus olhos... – ele falou – Disse isso quando fui passar aquela semana na casa dela.

Seu olhar estava fixo na TV desligada, que ficava à frente da cama, como se ele estivesse vendo a cena novamente. Vi seus olhos brilharem e percebi que havia uma lágrima ali, pronta para cair.

  – Ela disse que eu nunca devia te perder, e que eu não devia deixar oportunidades passarem, pois quando eu percebesse, minha chance já teria ido embora. No começo, eu não entendi isso. Mas fiquei quieto. Hoje, eu entendo. Ela falava de você. Você é minha oportunidade. Eu não podia deixar você passar, Melissa. Te deixar ir embora da minha vida. – A lágrima escorreu – E foi exatamente isso que eu fiz.

E então, alguns segundos depois, ele estava soluçando em meus braços.



~Gabriel~

Até hoje, eu não chorei pela morte da minha mãe. Parecia surreal demais para ser verdade. Eu sentia que a qualquer momento ela poderia entrar pela porta da minha casa sorrindo, como sempre fazia, com um de seus lenços na cabeça, me abraçando e perguntando se estava tudo bem, se preocupando mais comigo do que com ela mesma. E minha tia ficaria do lado, olhando com um sorriso bobo no rosto, depois viria me abraçar. As duas sempre foram parecidas.

Mas ali conversando com Melissa sobre isso, percebi que isso não iria acontecer, que minha mãe não iria voltar, não iria entrar pela porta, não iria me abraçar, nem sorrir para mim de novo. E minha tia... Não estaria com ela. Se eu fosse até sua casa agora, o que encontraria seriam caixas e mais caixas com as roupas de minha mãe, que ela nunca mais iria usar, e livros que ela nunca mais terminaria de ler.

E ao perceber isso, não consegui me segurar. Eu sentia saudades, eu queria ela comigo. Queria que ela me dissesse o que fazer quando Melissa me contou sobre Bella, queria que ela estivesse comigo para me dar puxões de orelha, que eu tanto reclamava quando era mais novo, queria ter passado mais tempo com ela. E agora, tudo o que me resta são as lembranças, e seus conselhos, que vou seguir, prometi a mim mesmo. Ela costumava me dar um conselho por dia. Às vezes os mesmos, mas nunca deixava passar em branco quando eu fazia algo errado. "Seja sempre humilde"  e "Não guarde rancor" estavam no topo da lista dos mais usados.

Tenho medo de algum dia esquecê-la. Parece que agora, sorrir é um pecado, como se eu estivesse me esquecendo dela aos poucos, com cada risada que eu dava. Mas me fechar para o mundo não ia adiantar. Eu iria enlouquecer. Eu tinha uma vida, uma faculdade, uma filha. Tudo o que eu sempre quis. Como posso largar tudo para o ar e me esconder?

Não, está fora de cogitação. Porra, eu não posso fazer isso. Melissa precisa de mim, Bella precisa de mim. Eu preciso das duas, de Nathan, para não me deixar enlouquecer quando eu quiser bater em alguém, Brunna, para acalmar Nathan, Bia para acalmar Brunna, as amigas da Bella, para quando ela ficar magoada.

Eu precisava de todos. Estava tudo conectado. Se eu cair, tudo cai. Se algum deles cair, eu tenho que estar aqui como pilar.

Eu vou sobreviver, pensei. Sentia falta dela, mas vai dar tudo certo. Ela está comigo, de algum modo. Sinto ela aqui. Em tudo. Em Melissa, em Bella, e em todas as outras coisas que me dão força para continuar em frente. Minha mãe é tudo agora. E onde quer que ela esteja, sei que está me olhando e sorrindo para mim.

Aos poucos, fui parando de chorar. Eu odiava chorar, mas o que poderia fazer?

– Tá tudo bem? – Melissa perguntou ao me soltar devagar.

Observei seu rosto. Seus cabelos claros estavam um pouco bagunçados de um jeito arrumado, seus olhos castanhos me olhavam curiosos, como sempre e seus óculos devem ter se perdido em algum lugar da casa.

Ela era lindas e ficava mais ainda usando roupas maiores, no caso, as minhas.

– Sim – falei – Tá tudo bem... Agora.

Ela deu um pequeno sorriso.

– Queria poder fazer alguma coisa – ela disse – Tirar isso de você... Odeio quando fica assim, mas... Não dá, então não pense que está tudo perdido. Sua mãe amava você, Gabriel. Mais do que tudo. E você sabe. Ela quer que você seja forte, feliz, brincalhão e guerreiro, como sempre foi. Até cabeça dura às vezes – riu– Mas não desiste, tá? Eu tô aqui com você.

Eu sorri fraco. Via a mim mesmo quando olhava para Melissa. Era me mostrava o caminho, me mostrava minha força, sempre estava ali pra mim. Ela era aquele caminho no meio da escuridão e eu era grato por isso. Ela me ensinou a voar alto. Muito alto. O céu não era mais o limite quando estávamos juntos. E quando tudo desmoronava, nós dois estávamos lá, mostrando ao mundo de quê éramos feitos.

Fui sua força por muito tempo, e agora ela era a minha.

Não tinha mais o que questionar, eu amava essa garota mais do que minha própria vida de novo.


Notas Finais


AAAAAAAAH

FOFIS

QUASE CHOREI

MAS SOU PEDRA ENTAO NAO ROLA

Oieeeee

Não se esqueçam de deixar a nota, o comentário (pq eu amo quem comenta), se quiser entrar no grupo da fic no whats, me mandem uma mensagem com DDD, nome e telefone!

Não sejam leitoras fantasmas!!! A fic ta crescendo mtoo e quero vcs participando cmg!!!

Com esse feriado talvez eu volte de novo OK? Mas ainda não é certeza.

Besitos!


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