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História "Os opostos se atraem?" - Livro 2 - Cardio... O quê?



Capítulo 43 - Cardio... O quê?


~Melissa~

  

– Pode me dar um minuto, por favor? – perguntei ao paciente, que assentiu. Ele deve ter visto minha cara de preocupada.

Abri a porta da sala com calma, mas quando a fechei, saí correndo pelos corredores, com a mão no peito segurando as duas partes do estetoscópio que estava em meu pescoço para que ele não caísse, procurando Juliana ou qualquer outro médico por ali.

Trombei sem querem com Miguel, um clínico geral que pegava a maioria dos plantões no hospital. Ele tinha olhos verdes e cabelos bem escuros, quase pretos. Estava na faixa dos 28, 29 anos e tinha um dos sorrisos mais lindos que já vi na vida.

  – Olá, Mel! – ele disse sorrindo – Tá tudo bem?

  – Na verdade, não. Acho que aconteceu alguma coisa com Bella.

  – O que ela tem?

  – Perde o fôlego muito rápido, sem esforço. – suspirei para recuperar o ar. – E já faz um tempinho. Ela é bem elétrica, não faz sentido. Preciso achar alguém​ que termine de atender o senhor... – fechei os olhos para tentar me lembrar do nome – Gonçalves! Antônio Gonçalves. Tive que sair no meio da consulta.

  – Esse é o cara que vem aqui umas 3 vezes por semana?

  – Sim.

  – Posso dar um jeito nele pra você. Sua sala?

  – Sim.

  – Tudo bem, corre lá. Vai dar tudo certo, você vai ver.

  – Pode avisar a Juliana, por favor?

  – Deixa comigo. – ele deu uma piscadinha.

  – Obrigada. Toma. – dei o estetoscópio a ele e voltei a correr.

No caminho, liguei para a doutora Ingrid, uma velha amiga minha, e ela disse que poderia abrir uma exceção para Bella, já que era um sábado.

  – Gabriel? – falei assim que ele atendeu.

  – Oi, onde você tá?

  – Indo para sua casa. Vou levar ela agora. O que disse a ela?

  – Que você vinha pegá-la.

  – Tá, tudo bem... Estou chegando, saia na porta por favor, para não perder tempo, OK?

  – OK.

  – Tchau, Ga.

  – Tchau, Mel.

Tudo bem, o final foi meio estranho. Mas deixei para pensar naquilo depois.

Parei o carro na frente da casa dele, e Bella entrou no banco de trás.

  – Oi, mãe.

  – Oi, Bella.

Olhei para Gabriel, ele estava do lado de fora do carro, uma expressão preocupada tomando conta do rosto. Quando ele mordeu o lábio, percebi que a coisa era séria.

  – Gabriel, você quer... Ir junto? – perguntei.

Ele soltou o ar que segurava e entrou no carro.

  – Você vai pra casa, papai?

  – Não estamos indo para a casa, princesinha. – ele respondeu.

  – Estamos indo para onde?

  – Para uma amiga da mamãe.

  – Vai ter comida?

  – Não sei, Bel. – ele respondeu.

Seguimos o resto do caminho em silêncio.

Eu estava ansiosa. Ainda vestia a calça jeans branca do hospital, uma blusa azul marinho e o jaleco branco, que deixei no carro quando descemos e nos dirigimos até a campainha.

Ingrid nos recebeu contente. Ela sempre era assim. Abraçou a todos e quando viu Gabriel, esperou ele não olhar para ela e fez um jóia com o polegar para mim.

Eu sorri.

– Isso aqui é um consultório médico. – falou Bella – Por que estamos aqui?

– Bella, eu e o papai só estamos preocupados com você – falei.

– Não tem agulha né? Eu não vou tomar injeção, né?

– Não, não, Bella. Relaxa – disse Ingrid. – Só quero ver se está tudo bem com sua respiração.

– Então eu só vou ter que... Respirar?

– Basicamente.

– Tudo bem.

– Venham, por aqui.

Ingrid nos conduziu até uma sala com uma maca, alguns tripés, um armário e uma cadeira, onde se sentou e pediu para Gabriel coçar Bella sentada na maca.

Ele o fez.

Ela pegou o estetoscópio e colocou no peito de Bella.

– Respire fundo, Bella.

Gabriel pegou minha mão.

– Mais uma vez... Ótimo. Agora, vou pedir que repita os movimentos que eu fizer OK? Como se fosse uma dança.

– Tá.

Ingrid começou a fazer uma série de movimentos e Bella a imitava, mas ainda sentada. Isso durou menos de 5 minutos.

– Tudo bem. – disse Ingrid e se sentou de novo, com o estetoscópio em mãos. – Respire e conte até 5 devagar.

Ao ouvir as batidas, ela fez uma cara estranha.

Dessa vez, quem apertou a mão de Gabriel fui eu.

– Acabamos por aqui, Bella – ela sorriu. – Vou conversar com seus pais, enquanto isso, vá ver os peixes dali – apontou para o aquário gigante que havia na sala de espera. Deviam ter uns 50 peixes lá dentro, de todas as cores e tamanhos.

Bella saiu, e o sorriso de Ingrid sumiu.

– O que ela tem? – eu perguntei.

– É complicado dizer. Quando ouvi seu coração, a primeira vez, estava normal, depois dos movimentos estava acelerado demais, como se... Estivesse fazendo força para bater, um esforço a mais, entendem? É isso nunca é normal para uma criança de 10 anos que ficou sentada fazendo movimentos com o braço por 3 minutos.

Engoli em seco.

– Vou fazer um pedido de ressonância magnética concentrada na região do peito. Quero que tragam os resultados aqui até o fim da semana.

Eu e Gabriel assentimos, perplexos.

– E mais uma coisa, não pensem que o problema é no pulmão. Não é. É no coração.

(...)

Foi a semana mais torturante de toda a minha vida.

Tivemos que explicar à Bella, de um jeito menos amedrontador o que era Ressonância Magnética. Ainda mais para ela, que odiava ficar parada. Fora que tivemos que amenizar o motivo pelo qual ela estaria fazendo aquilo.

Marcamos para uma terça-feira e na sexta eu fui pegar o resultado, junto com o laudo médico.

Como combinado, no mesmo dia eu e Gabriel levamos todos os papéis à Ingrid. Brunna ficou tomando conta de Bella, mas me fez prometer que eu teria que contar todos os detalhes a ela depois, que também ficou preocupada com Bella depois da versão resumida que dei.

Enquanto Ingrid analisava os papéis, eu mexia com meus próprios dedos, querendo afastar o barulho que o tic-tac do relógio fazia, absurdamente alto. Pelo menos, alto para mim. Ingrid nem parecia se importar enquanto seus olhos corriam pelas letras e informações que ali continha.

Minhas mãos estava geladas.

– Nada bom. – ela disse.

– O que? – eu e Gabriel perguntamos em uníssono.

– Não é normal uma criança ter isso... Geralmente são pessoas de 20 anos para cima...

– O que, Ingrid?

Ela suspirou.

  – Bella tem cardiomiopatia dilatada


Notas Finais


VOU EXPLICAR NO PRÓXIMO

Gente vou fazer um pedido pra você aí que tá lendo. É, você aí. Você mesmo. ME DIZ O QUE ACHOU! Sinto falta de vocês, corujas! Onde estão?

Estou me sentindo abandonada! (Drama Queen)

QUEM FOR LEITORA FANTASMA AÍ, DÊ UM OI!

BJINHOOOOs


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