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História "Os opostos se atraem?" - Livro 2 - Actually, a perfect day



Capítulo 57 - Actually, a perfect day


~Gabriel


– Melissa, Gabriel! Entrem! – Ingrid disse assim que nos viu – Como foi a reação do papai? – ela perguntou.

Estava se referindo à minha reação quando fiquei sabendo que seria pai novamente.

– Quase alagou a sala. – Melissa falou e as duas riram.

Eu não queria, mas senti meu rosto ficando vermelho enquanto eu olhava para baixo e coçava a nuca.

– Então... – comecei – É que tinha entrado um cisco em meus olhos.

– Nos dois?

– Pois é.

Elas riram novamente e eu fiquei sem entender. Do que tanto riam?

– Venha, Melissa, deite aqui de novo – Ingrid disse assim que entramos em uma sala com uma cadeira inclinada, uma TV do lado e uns aparelhos. Pra que tantas coisas? Essa médica já estava achando que era hora da cesária?

Fiquei meio tenso ao entrar lá. Como Melissa podia estar tão tranquila?

– Quer fazer as honras, papai? – ela perguntou com um frasco nas mãos, estendendo-o para mim, então, deduzi que aquilo seria aquela gosma que passam em grávidas nesse tipo de exame.

– O que faço com isso? – perguntei enquanto ela ajeitava os óculos.

– Espalhe pela barriga dela.

Melissa abriu um sorriso e levantou a blusa. Seu corpo continuava normal, pelo menos por fora. Sua barriga era muito bonita, sempre foi uma das partes que eu mais gostava nela, tirando sua boca, seus olhos e sua voz.

Imaginei quantas vezes eu já havia visto aquela barriga bem na minha frente. E na maioria das vezes não tinha nenhuma blusa por perto. Na verdade, nenhuma roupa.

Porra, Melissa.

Concentra, Gabriel.

– Ok.

Coloquei um pouco nas mãos. Era gelado. Será que não faria mal para os bebês algo gelado assim?

Balancei a cabeça de leve. Já estava preocupado demais. É só um gel, não vai acontecer nada.

Mas será que nada mesmo?

Merda, e se acontecer? Se acontecer algo, eu vou atrás de quem fabricou isso e boto na cadeia em dois segundos.

Depois de dar umas boas pancadas.

– Gabriel, chega! – ouvi Melissa falando, me tirando do estado de transe. Sua voz me trouxe de volta do meu sonho. Balancei a cabeça de novo, pensando o quão ridículo meus pensamentos estavam sendo.

Ingrid pegou um papel, me deu para limpar as mãos. Enquanto eu fazia isso, ela pegava uma especialização de máquina, minúscula e passeava pela barriga da Mel. Ligou a TV e apertou um botão.

Uma imagem apareceu na tela. Era um fundo meio chuviscado, o meio tinha a forma de um triângulo branco meio... estranho. E havia um pontinho preto de cada lado desse espaço em branco.

– Gabriel, vê esses pontinhos? São seus filhos.

Lentamente, um sorriso foi aparecendo em meu rosto. Eu não conseguia tirar os olhos da tela.

Meus filhos estavam ali.

Eu nunca havia visto aquilo na vida. A primeira gravidez de Melissa eu não sabia, não tinha como acompanhar. Mas agora eu estava bem ali, diante do que daqui a alguns meses serão mais quatro pezinhos correndo pela casa.

Procurei pela mão de Melissa para ter certeza de que ela estava ali, que estávamos dividindo esse momento juntos e que eu não estava sonhando.

– Agora, ouçam só. – ela apertou um botão na TV e nós ouvimos um tum-tum em dose dupla. Em tempos diferentes. – Esse som é do coração deles.

Tum-tum

Tum-tum

Tum-tum

Tum-tum

Uma lágrima escorreu do meu rosto. Apertei a mão de Melissa mais forte e ela fez o mesmo ao mesmo tempo. Ela também chorava e eu fui secar suas lágrimas, me esquecendo das minhas.

– Está chorando agora? – ela perguntou, me olhando.

– Não.

Ela riu e voltou seus olhos para a tela.

– Acabei de gravar a fita. – disse Ingrid quando parou de passar a máquina sobre a barriga de Melissa. Ela abriu uma espécie de compartimento, tirou um DVD de lá e me entregou – As imagens que apareceram na tv estão aqui.

– Obrigado – falei.

– Pelo o que eu vi, não há nada de anormal com as imagens, nem com as batidas dos corações. É muito comum haver um sopro nas batidas, mas eles estão muito bem. Quero vocês dois aqui daqui a 3 meses. Vou dar a você, Melissa, uma tabela indicando o número de semanas de gravidez e o tamanho normal, em centímetros, que uma barriga de grávida deve ter, correspondente àquele número. Meça com uma fita métrica e qualquer alteração maior que 10cm, me ligue.

Era muita informação para eu processar. Como eu iria guardar tudo?

Olhei para Melissa, ela parecia entender tudo o que Ingrid falava, como se as duas falassem um idioma em comum, mas completamente diferente do meu.

Como ela conseguia guardar tantas informações assim? Ter tudo na cabeça sempre que precisa?

Só uma frase ecoou em minha cabeça.

"Melissa é foda"

E é mesmo.

Entregue a tabela, Ingrid deu mais algumas recomendações, nós agradecemos e fomos embora.

– Ainda não acredito. – comentei, baixo, e coloquei a mão em sua perna.

– Nem eu – ela olhou pela janela. – Teremos tanto trabalho...

– Brunna vai ficar louca.

– Nathan também.

– Bella então – ri.

– Podíamos contar no almoço com seu pai sexta. O que acha?

– Contar a todos de uma vez? Incluindo sua mãe, seu pai, Bia, Isaac...?

– Sim!

Eu ri. Tudo bem, Melissa era definitivamente doida.

– Você sabe que vão falar disso até os meninos nascerem, né?

– Sei. E ainda o pessoal do hospital tem que saber. Espera aí, você disse "meninos"?

– Sim. – respondi – Foi automático.

– Percebi.

Eu não sabia por que havia falado "meninos", eu podia ter dito bebês. Mas... Minha boca disse "meninos" de um modo tão natural, que parecia que já estava determinado que seriam dois meninos.

Será?

– Vai fazer algo agora? – perguntei.

– Não. Você não tem que ir para a faculdade?

– Sim. Daqui a uma hora. Dá para fazer uma coisa antes. – parei o carro na guia e tirei o cinto – Fica aí.



~Melissa.

– Tá, né. – falei enquanto ele descia do carro.

O que ele iria aprontar?

Alguns minutos depois, ouvi o porta-malas ser aberto e em seguida fechado. O que ele havia colocado lá dentro?

Entrou novamente e deu partida.

– O que você fez?

– Logo você vai saber.

– Odeio quando você faz isso.

Ele deu um sorriso malandro e não tirou os olhos da rua.

Ao chegarmos em casa, observei que seu carro estava do lado de fora, já que tínhamos ido para o consultório com o meu.

– Vai me falar?

– Não. Eu vou te mostrar.

Ele desceu do carro e eu fiz a mesma coisa.

– Abre a porta, vai para a cozinha e fica de costas para a porta – ele disse.

– Tá achando que manda em mim?

– Sim, anda.

– Idiota.

Ele soltou uma risada, mas eu fiz o que ele disse.

Ouvi o barulho do porta-malas novamente e seus passos atrás de mim.

Mas não me virei.

– Bom, eu nunca te dei isso aqui, então acho que essa é uma boa ocasião. – ele disse e eu ouvi algo se amassando em suas mãos – E também porque eu estou de bom humor. Pode olhar.

Me virei.

Ele segurava um buquê de flores enorme, embrulhado naqueles papéis transparentes. Eram flores vermelhas. Um tom de vermelho sangue, o que eu mais gostava.

– É lindo. – eu disse.

– Eu sei.

– Eu tava me referindo ao buquê.

Ele rolou os olhos sorrindo. Fui pegar o buquê de suas mãos, mas ele não deixou.

– Gabriel!

– Eu nem terminei de falar! Para de cortar o clima, senhora Apressada.

– Fala logo. – fingi estar brava e segurei o riso.

– Bom, – respirou – Eu resolvi te dar isso porque... É um presente. E... Hoje você me deu mais dois presentes que não tem preço. Acho que o mínimo que eu posso fazer é demonstrar que eu amo você e esses dois que estão aí dentro. É claro, Bella também. Nenhum de nós estaria aqui se não fosse você. E eu amo você.

– Grávidas são emotivas, sabia? – perguntei já passando as nossas nos olhos.

– Sabia – ele veio até mim e beijou minha cabeça – Eu amo você.

– Eu amo você. – falei. – Posso pegar agora? – falei me referindo ao buquê.

– Não. Ele é grande e pesado e você boa pode carregar peso.

– Tá zoando com a minha cara? Você compra, me dá, me faz chorar, diz essas coisas e não me deixa pegar meu presente?

– E se a bolsa estourar?

– Gabriel! – eu ri – Eu estou com quase dois meses, não nove!

– Mesmo assim, e se você cair?

– Eu não vou cair.

– Como sabe?

Rolei os olhos.

– Então tá. Fica com o buquê. Eu planto ele e você no jardim. Vou tomar banho.

Virei as costas escondendo o sorriso. Quando cheguei às escadas, subi os 4 primeiros degraus mais rápidos, de propósito, claro.

– NÃO SOBE A ESCADA CORRENDO, VOCÊ PODE CAIR – ouvi seus passos desesperados atrás de mim e me virei, já no meio da escada, sorrindo.

– Então, me dá o buquê.

Ele rolou os olhos e bufou.

– Eu odeio você – falou.

– Eu também te odeio – desci e peguei as flores. – Quer voltar para cá depois da aula? Bella logo chega.

Ele riu da rápida mudança de assunto, mas tenho certeza de que já estava acostumado. Eu sempre fiz isso.

– Sim. Chego às 23:30, ok?

– Ok. Boa aula.

– Obrigado, pequena. Não precisa me esperar acordada. – ele deu mais um beijo em minha cabeça, um em meus lábios e foi até a porta.

– Você sabe que vou contar para todo mundo na aula né? – ele perguntou, se referindo a minha gravidez.

  – Sim, eu sei. – sorri e acenei enquanto ele dava partida e gritava um "EU AMO VOCÊ" com o carro em movimento.


Notas Finais


GENTE A FIC NAO ACABOU. O ÚLTIMO CAPÍTULO FICOU BEM "THE END" MAS NAO ACABOU O LIVRO 2 HEIN! CONTINUEM AQUI COMIGO!!!!!!

AMO VOCÊS


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