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História "Os opostos se atraem?" - Livro 2 - The unforgiven



Capítulo 59 - The unforgiven


Pronto, ferrou.

Respirei fundo e, tentando disfarçar a ansiedade, falei:

– Gabriel, Renato veio para falar com você.

– Eu não tenho nada para falar com ele. – ele disse sério. – Vá embora da minha casa – apontou para a rua.

– Gabriel, ouça o que ele tem a dizer. – eu disse – Estão todos aqui em casa, é um dia... Bom para todo mundo e...

– Não se preocupe, Melissa, não vou estragar a festa. É só ele ir embora.

Sua voz estava carregada de ódio e nojo. Eu não esperava nada diferente.

– Mel, deixa. – Renato falou – A gente pode conversar outro dia.

– Ou nunca. – retrucou Gabriel. Ele parecia uma criança de 5 anos agora.

Eu cheguei perto dele e mencionei que tinha algo a dizer. Como ele era mais alto que eu, se abaixou e colocou o ouvido perto da minha boca.

– Você vai subir para o quarto com ele agora e vocês vão ter uma conversa. Não quer falar com ele? Ótimo, você só precisa ouvir. Essa briga de vocês dois me afeta diretamente e eu não tenho nada a ver com isso, porque começou muito antes de eu aparecer. Então, eu te dou dois minutos para subir com ele, senão quem vai se ver comigo é você, e eu não tô brincando, Gabriel. – Sussurrei tudo meio rápido e simplesmente saí de perto deles.

Voltei ao terraço sem nem olhar para trás. Não precisava ver se Gabriel tinha feito o que eu havia mandado, eu sabia que sim.





~Gabriel~

Porra, Melissa.

Ela disse tudo tão firme, tão forte, que por um momento eu duvidei que pudesse ser minha garota vergonhosa e tímida. Ela tomou coragem. Acabou de desafiar dois homens.

Essa é minha menina.

– Eu não tenho o dia todo. Caso não tenha percebido, tenho uma família para cuidar. – falei e virei as costas, subindo as escadas – Vamos.

Ouvi seus passos atrás de mim conforme subimos. Entrei no quarto de hóspedes e fechei a porta.

Cruzei os braços e o encarei.

– Te dou 3 minutos.

Ele suspirou.

– Gabriel, olha... Eu sinceramente não sei o motivo de ter vindo aqui. Mas... Esses dias eu encontrei Melissa na rua. Fazia tempo que eu não a via. Sabe quando você tem um flashback? Então... Foi mais ou menos o que aconteceu. Começamos a falar de você, de... Mirella, e ela deu a ideia de eu vir me desculpar com você. Eu aceitei porque Melissa foi a mulher da minha vida por anos. Ela quase nunca estava errada em algo que falava, então não estaria errada agora.

– A pessoa para quem você deveria pedir desculpas está morta. – falei simplesmente.

Ele engoliu em seco.

– Eu sei. Mas naquela época nós éramos idiotas. Éramos crianças. Nada mais que isso. Eu sabia que Mirella era diferente, mas não queria admitir para mim mesmo. Eu era orgulhoso para pensar que tinha me apaixonado e que ela me tinha na palma da mão. Então eu negava. Negava que gostava dela, que queria algo com ela. Mas a gente continuava saindo. E...

– E a cada dia mais ela ficava apaixonada por você, e corria atrás de você e você só usava ela quando não tinha mais ninguém para pegar. Foi o que ela me disse uma vez.

– E era verdade. Eu precisava experimentar coisas novas. Sair com uma garota só estava fora de cogitação para alguém de 15 anos. – ele disse – E eu nem ligava se ela ia ou não ficar chateada. Ao mesmo tempo que falava com ela, falava com mais 20.

Meu sangue ferveu. Fechei as mãos bem apertadas e pensei em Melissa e em como ela brigaria comigo se eu arrebentasse esse cara.

– Mas o problema é que eu só percebi agora que estava errado. – ele falou –Mirella sempre se importou comigo. Ela me valorizava. Eu devia ter feito o mesmo. Não por pena, mas por valorizar quem me valorizava. Ela merecia isso. Era uma garota incrível.

– Aposto que não pensou nisso quando tirou a virgindade dela.

– Eu admito que me aproveitei. Ok? Eu fiz isso. Eu só queria saber de mim, e o que viesse a mais seria lucro. Ela quis dar? Eu comi.

Um milissegundo depois, minha mão fechada bateu forte contra seu rosto. Ele não vai ferir a memória da minha irmã na minha frente.

Renato colocou a mão no maxilar e disse:

– Tudo bem, eu mereci isso.

– Ainda bem que sabe. Os seus três minutos já passaram faz tempo e até agora você não disse o que veio fazer aqui.

– Pedir desculpas a você. Eu devia falar com Mirella, mas é impossível. Só que acho que mesmo ela não estando aqui, ela está ao mesmo tempo. Ela está em você. Vocês eram gêmeos, não eram?

– Sim, nós somos.

– Então um é parte do outro, ela está viva aí dentro de você. E, mesmo depois de tudo o que eu fiz, de não ter dado valor, de ter desprezado e de ter usado ela por orgulho, eu sei que ela me perdoaria. – ele disse.

Tocou no ponto fraco. Mirella era a pessoa que mais perdoava no mundo.

Nessa parte ele estava certo.

– Como você acha que eu me senti? Quando ela morreu. – perguntei.

Ele me encarou alguns segundos antes de me responder.

– Arrasado. Horrível, querendo jogar tudo para o ar, desistir de tudo. Se sentiu meio...

– Morto. Sim.

– E o que você fez?

– Você sabe. Bebi. Me droguei. Meu pai saiu de casa, minha vida ficou uma merda, eu não queria fazer nada, minha mãe descobriu que tinha uma doença e me deixou aqui sozinho. Minha namorada foi estuprada, eu matei uma pessoa, fui preso e não sabia que ia ter uma filha. Minha mãe morreu, eu fui conhecer minha menina com 10 anos de idade e meu pai resolveu reaparecer. As únicas coisas boas da minha vida são Melissa, Bella e os gêmeos que vão vir. Mais nada. Porque todo o resto foi tirado de mim na marra. – eu disse como se fosse a coisa mais natural do mundo.

– Foi...

– Sim, foi isso que aconteceu. "Só" isso. E tudo por causa da morte de Mirella.

– Gabriel, eu não imaginava. A vida pisou em você, cara. Pisou bonito... Mas... Deixando tudo isso de lado... você consegue? Deixar tudo isso de lado por um tempo e terminar de me ouvir? Quer dizer, não tem por que não olharmos um na cara do outro. Eu fiz enormes merdas na minha vida. Muitas mesmo. Eu era um filho de puta. Mas... Eu pensei sobre isso e percebi que quem sairia perdendo se nós dois brigarmos seria a Melissa. E ela é tão importante para você quanto para mim. Eu percebi que estava errado e vim aqui falar com você.

Eu não respondi.

– Bom, eu já disse o que tinha para falar. – quando ele fez menção em sair do quarto, eu o puxei pelo braço.

– Espera... Eu...

Quando eu fiz merda com Melissa, ela me perdoou. Quando eu brigava com minha irmã e dizia coisas horríveis, ela me perdoava. Bella me perdoou por ficar 10 anos ausente. Eu perdoei meu pai por sumir tanto tempo. Minha mãe me perdoou por ser um capeta na escola. A diretora me perdoou algumas vezes por bater em alunos...

A vida é movida pelo perdão, percebi. Quem guarda rancor, morre vazio.

Todas aquelas pessoas haviam me perdoado... Agora era a minha vez. Em nome na minha irmã, que eu sabia que estava comigo agora.

– Está desculpado – falei.


Notas Finais


OIOIOI

teve treta? Teve, mas tbm teve essa coisinha linda de dois boys lindos conversando e se amando.

Tá sem exageros HELLOOOU

tô morrendo de sono

Tô com mto sono

Tô com sono

Sono

Só..

Tchau ❤❤❤❤❤❤


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