História Armadas do Destino - Entre bolinhas de tinta e bolos queimados

Annabeth: acordei meio sonolenta. Olhei a minha volta e notei que estava no quarto da mamãe. Ela dormia tranquilamente ao meu lado com o cabelo bagunçado. Sorri e a abracei. Não era minha intenção, mas ela acordou. Se espreguiçou e abriu cuidadosamente os olhinhos:

-Bom dia filha!

-Bom dia mãe!

-Estava aqui pensando... que tal fazermos algo divertido hoje? Algo que toda boa menina tem que saber!

-O que? -perguntei duvidosa.

Ela abriu um grande sorriso:

-CUPCAKES!

-Muito granuladoooo! -falei pegando um saquinho da estante do mercado. 

Mamãe lotou o carrinho de recheios de avelã e corantes pra chantilly. 

-Precisamos de farinha -ela disse!

-E chocolate!

Depois de pagar tudo e chegar em casa, arrumamos a cozinha. Tiramos tudo de cima da mesa e do balcão, então colocamos nossos aventais e iniciamos a culinária. Eu bati a massa na batedeira. Iriamos fazer dois tipos: chocolate com chantilly recheado de avelã, e Baunillha com recheio de morando e muito granulado.

Nos divertimos muito, espirrando gotas de massa uma na outra e conversando sobre o tal namorado da mamãe.

-Ele é alto, bonito. Ele também é divorciado, e não lembro direito se tem filhos, mas deve ter. Ele me faz rir, sabe? Curto estar com ele.

-Que bom mãe -e eu fui sincera. Então ela levantou a sobrancelha pra mim.

-E você.... algum rapaz te faz sorrir?

-Ahhhhh! Não....

Então algo me atingiu. Ah, não. Ri internamente sobre aquilo. Mas claro que não! Balancei a cabeça e respondi.

-Meninos são idiotas. Michael provou isso.

Mamãe concordou com a cabeça, mas continuou.

-Nem todos são assim... sabe, mesmo desaprovando no começo, eu sempre achei bonito você e o Pe....

-Ahhhhhhh! A massa tá pronta! Vamos colocar nas forminhas?

Ela riu de como eu mudei de assunto. Colocamos tudo nas forminhas e metemos no forno. 40 minutos depois fomos conferir. Estava levemente tostado, mas nada ruim. Na verdade deixava crocante por fora, e era bom. Lotamos os bolinhos de recheio e decoramos com um monte de doces coloridos. Depois de prontos, empilhamos em frente a TV e assistimos juntas a !0 Coisas Que Eu Odeio Em Você (se não assistiram, assistam! É muito bom!). Devemos ter engordado uns 10 quilos mas foi bom. Foi um dos melhores momentos que tivemos juntas em 6 anos... foi um dia maravilhoso.... pena a noite ter sido péssima.....

Percy: No fim, os rapazes ligaram:

-Ei cara! Paintball as 14h! -falou o Jason.

-Beleza -respondi -tem problema se eu levar meu pai? Ele quer passar um tempo comigo.

-Ahhh! De boa! Vou falar pro meu também. Acho q o Leo também pode trazer o Hefesto.

-Hum, legal! Vamos estar aí as 14h então.

Desliguei o telefone e corri para o andar de baixo. Papai fechava as portas. o ar estava cheirando a panquecas....

-Comidaaaaaa! -berrei correndo até ele.

-Calma garoto -ele riu -Já vamos comer!

Dividimos as panquecas e comemos juntos a mesa. 

-Pai, as 14h vai ter o paintball... você, vai querer ir?

Os olhos dele brilharam.

-Sério?

-Hum, é! Porque não? Os rapazes também vão levar os pais deles. Acho que vamos ser duplas.

-Então seremos um time?

-É -sorri verdadeiramente.

-Legal. você vai ver como seu velho pai ainda pode atirar nuns moleques.

Rimos juntos e terminamos de comer.

Ás duas horas, na arena de paintball, estavamos no meio de uma guerra. Leo e Hefesto tinham armas boas, Jason e Zeus eram rápidos, mas eu e meu pai tinhamos chances.... né?

Estávamos escondidos atrás das pedras. Qualquer movimento seria mortal. Então o sino apitou. Saímos correndo e gritando atirando pra todos os lados. Jason metralhou um monte de arvores inocentes. Leo atirou pra cima e eu tentei mirar nos mais velhos. Então meu pai me surpreendeu. Ele correu, deu uma cambalhota e ficou de joelhos atirando nos garotos, que se encolheram de dor. Eu acertei uma na testa de Zeus e outra na perna do Hefesto. Mas a perna não valia, dando tempo de ele atirar, antes que eu atacasse novamente. A bala veio na minha direção, e eu temi a morte, até que uma sombra se jogou na minha frente e levou o tiro.

-Paaaaaiiii!

Me agachei ao seu lado, ele respirava com dificuldade.

-P-percy.... eu vejo a luz.....

-Não! Não olhe pra lá! Olhe pra mim!

Ele olhou.

-Ah! Bem melhor. 

Rimos juntos. Ele contou que provavelmente havia deslocado a coluna naquela cambalhota. Mesmo assim, valeu a pena. Eu descobri que meu pai era demais, e agora esperava mais dias assim para nós dois. 

Estava tudo maravilhoso.... então a noite caiu.....

Percy e Annabeth: ahhhh, eles ainda não entenderam. Eles pensam que esses sentimentos apareceram agora, mas sempre esteve ali, escondidinho. Muitas surpresas ainda os aguardam, pois tudo pode acontecer!