CAPÍTULO DOIS
Me levanto da cama e vou ao banheiro lavar o rosto, me olho no espelho e vejo uma pessoa que não consigo reconhecer a um tempo, fico um tempo me olhando no espelho. Saio do banheiro e vou em direção a escada, desço a escada e vou em direção a sala para me reunir com o resto, chego na sala e vejo May e Henry conversando com a nova menina, a Brittany, chego na hora em que a Brittany para eles quem é a tal da Rebekha.
-Vamos dizer que ela não é uma pessoa amigável – falo entrando na sala e me sentando no sofá ao lado dela.
-Por que? – May me pergunta com um tom de curiosidade na sua voz.
-Você conta ou eu? – Henry me pergunta.
-Eu falo... a muito tempo atrás existiu uma tribo indígena no Peru chamada Reichert, era uma tribo muito desenvolvida para aquela época, mas com o tempo chegaram estrangeiros pedindo moradia e alimento, mas os moradores da tribo não aceitaram os estrangeiros e expulsaram eles das suas terras, mas eles prometeram voltar, mas eles jogaram uma maldição em cima da tribo, falando que não nasceria nem mais uma criança naquela lugar e se nascer ela seria a causa dos dias de inferno deles. Com o passar de anos sem nascer uma criança em um lindo dia uma linda menina nasceu na tribo, perfeita e com um olhar delicado e angelical, mas com essa bênção veio uma tragédia, a morte de sua mãe na hora do parto, eles acharam um pouco estranha isso ter acontecido e se lembraram da maldição, mas descartaram a hipótese quando viram a beleza que o mundo tinha dado para eles. Com o tempo coisas estranhas começaram a acontecer ao longo a criança crescia, eles começaram a se preocupar e começaram a rezar para os deuses deles, mas os deuses deles não ouviram as preces. No aniversário de 16 anos dela, ela matou outra criança apenas porque teve vontade e a partir desse ato a vida dela mudou para sempre. Depois de uns dias ela não conseguia sair no sol sem que a pele dela começasse a arde e criar feridas, mas quando ela se cobria as feridas sumiam em poucos segundos, com o passar do tempo ela começou a ficar dentro da cabana e só saia a noite, mas com o passar do tempo a fome dela começou a aumentar muito rápido e nada que ela comece saciava aquela fome voraz. Em um dia um membro da tribo tinha se machucado quando estava caçando e ele foi levado para receber cuidados e quem dava cuidados aos feridos era a menina, no inicio ela não sentia nada, mas com um curto período ela começou a se sentir diferente quando via o sangue do paciente e com isso ela experimentou e no mesmo momento em que ela colocou o sangue na boca seus olhos ficaram pretos e começaram a crescer dentes afiados na boca dela e sua fome começou a aumentar e tomar conta dela então ela mordeu e bebeu todo sangue dele só parou quando ele parou de se mexer, então ela esperou o sol se por e quando isso aconteceu o inferno começou. Em pouco tempo não tinha mais ninguém vivo naquela tribo só ela, quando ela matou todos os seus olhos voltaram e com isso sua consciência também voltou, quando ela viu o que tinha feito ficou arrasada e não conseguia entender o que tinha acontecido, e por anos ela procurava uma explicação para o que tinha acontecido e ela achou a resposta e também achou uma profecia que poderia fazer ela a pessoa mais poderosa do mundo. E isso que ela está tentando fazer agora.
-E o que isso tem a ver com a tal Rebekha? – May me pergunta.
-Essa menina da historia é a Rebakha, – falo olhando para ela.
-E o que ela é? – Brittany me pergunta com um tom de curiosidade na sua voz.
-Ela é uma vampira... uma original para ser exato, antes que vocês pergunte, os originais são os vampiros que não foram transformados por outros vampiros mas eles nasceram assim, mas para a maldição se iniciar ele tem que matar alguém.
-E a maldição se iniciou quando ela matou a outra criança – Brittany fala.
-Mas o que essa profecia falava? – May pergunta curiosa.
-Primeiro para vocês entender a profecia vocês tem que saber da classificação, – fala Henry olhando para as duas – existe uma classificação chamada Classificação da Cadeia Alimentar, eu sei que esse nome é um pouco estranho, mas esse é um nome mais que ideal, é perfeito.
-E como essa classificação é? – May e Brittany perguntam na mesma hora.
-Ela é dividida em 9 classificações, a primeira se chama Normais, são os que tem os poderem mais básicos tipo invisibilidade, voar, etc., a segunda se chama Elementos Naturais, são aqueles que podem controlar a água, a terra, cristal, etc. e eu sou dessa classificação, – diz Henry – a terceira se chama Submundanos, essa classificação é para os vampiras, fadas, lobisomens, etc.
-A Rebekha é dessa classificação – falo cortando o meu irmão.
-Isso mesmo e obrigado por me interromper Pietro, – ele fala com um sorriso falso – voltando, a quarta se chama Fenômeno Naturais, não preciso explicar essa porque eu acho que todos sabem, – ele olha para nos três e todos balançam a cabeça dizendo que concorda – a quinta se chama Bruxos, outro que não precisa explicar, a sexta se chama Glorificados, são aqueles que têm habilidade de criar vida, cura, etc., a sétima se chama Demoniacos, essa classificação é a que mais sofre preconceito por causa que quem é dessa classificação pode controlar demônio ou a morte ou as sombras entre outros, a oitava se chama Híbridos, são aqueles quem dois ou mais poderes e a nona classificação e também a ultima se chama Sugadores, esses são os mais fortes de todos, eles podem ter qualquer outro poder mas ao matar alguém que também tem algum poder ele pode sugar o poder do morto, por isso eles se chama Sugadores e é a classificação mais rara.
-E a gente é de qual classificação? – May pergunta para Henry – Já sabemos em qual classificação você e a Rebekha são, agora quero saber da gente.
-Você é da quarta classificação – falo olhando para a May – e você, Brittany é da... pera qual o seu poder?
-Eu sei qual é a minha classificação, – ela fala um pouco triste com o fato de saber a classificação – sou da sétima, a Demoniaca.
-Não se preocupa com isso não, ninguém vai de julgar aqui – falo para ela sorrindo – tecnicamente eu também sou dessa classificação.
-Como assim? – ela me pergunta.
-Eu posso controlar as sombras e posso fazer outras coisas.
-Então você é um Híbrido? – Brittany me pergunta.
-Não, ele é um Sugador – Henry fala antes que eu abre a minha boca.
-Então você esta no topo da cadeia alimentar, mas quais são os seus outros poderes – Brittany me pergunta.
-Posso controlar as sombras, manipular a matéria, criar vida, manipular a probabilidade e distorce a realidade.
-Tu é destruidora mesmo – fala Brittany rindo.
-Eu sei. – falo rindo – Agora vocês podem saber a profecia. – falo parando de rir e falo sério – A profecia fala que se um Sugador matar uma pessoa de cada classificação e absorve os poderes delas ira se transforma na pessoa mais poderosa do mundo, e é isso que a Rebekha esta fazendo.
-Ela é uma Sugadora também? – May pergunta – E quantas pessoas ela já matou?
-Sim ela é uma Sugadora, e só falta ela matar alguém das classificações Fenômeno Natural, Glorificados, Híbridos e Sugadores – fala Henry.
-E o que vamos fazer para impedir ela? – Brittany pergunta.
-Vamos fazer o mesmo que ela. – eu falo olhando para ela – Só falta eu matar das classificações Submundanos, Bruxos e Glorificados, para gente falta menos.
-Só precisamos achar mais três pessoas – Henry completa.
-Como vocês fizeram isso? Isso é desumano – Brittany fala com um tom de nojo.
-Ou a gente morre fazendo nada ou fazemos algo para impedir, e escolhemos fazer algo – falo olhando para ela.
-De qualquer jeito isso é desumano.
-Nós sabemos, mas temos que fazer algo. – falo olhando para todos – Já esta a tarde e não comemos nada e temos que fazer a sua matricula Brittany.
-Então vamos nos arrumar e sair – May grita toda animada, parecendo que esta em algum treino das lideres de torcida. Nos levantamos e fomos para nossos quartos trocar de roupa, sorte da Bri que as roupas da May serve nela, entro no meu quarto e tiro a roupa até ficar só de cueca, passo por um espelho que tem no meu quarto e vejo a cicatriz para identificar os Sugadores na minha costela, parecendo dois S de costas um para o outro, fico um tempo olhando mas depois sai da frente do espelho e vou em direção ao meu guarda-roupa e pego uma blusa preta, uma calça rasgada, uma bota e um chapéu e visto tudo. Saio do quarto e desço a escada, vejo que todos estavam me esperando dentro do carro, pego uma blusa camuflada que estava pendurada na porta de saída e vejo a porta, abro a porta do carro e entro, Henry liga o carro e saímos para comer alguma coisa.
Terminamos de comer e saímos do restaurante, quanto estamos quase no carro eu começo a ouvir alguém gritando o meu nome, olho para trás e vejo Bellamy correndo em minha direção, ele chega perto de mim já com o sorriso estampado no rosto como sempre, ele fica me olhando até recuperar o folego.
-Hoje você não foi para a escola, por quê? – ele me pergunta.
-Eu tive que receber uma amiga minha na minha casa, – minto para ele, é melhor do que falar a verdade – quer que eu te apresente ela? – pergunta a ele mas antes dele responder eu já chamo todos em minha direção – Essa é a Brittany, a minha amiga que eu tive que receber na minha casa, essa é a May, outra amiga, e esse é o meu irmão Henry, eu acho que dá para perceber que ele é meu irmão já que somos gêmeos – dou uma risada e ele dá um ‘oi’ para todos – e gente esse é o Bellamy.
-Oi Bellamy. – Henry fala – Temos que ir Pietro.
-Eu ia perguntar se ele podia andar comigo – Bellamy diz para Henry.
-Vai lá com elas fazer a matricula da Bri, depois a gente se encontra em casa – falo para ele e antes dele responder eu saio de perto deles e começo a andar com o Bellamy.
Vejo eles entrando no carro e saindo do estacionamento e depois eles somem. Começamos a andar pela rua sem falar nada um para o outro, passamos por vários lugares lindos, depois de muito tempo andando a gente para em um parque com uma vista de tirar o folego e sentamos no chão.
-Porque você me trouxe aqui? – pergunto para ele.
-Queria ficar sozinho com você, apenas, gosto da sua companhia. – ele olha para mim e dá um sorriso – Isso no seu braço é uma tatuagem? O que está escrito?
-Sim é uma tatuagem, tá escrito “And with every broken bone I swear I lived”.
-Que bonita, mas porque você fez ela?
-Porque eu já passei por muita coisa difícil na minha vida, então eu escolhi essa frase porque quando chegar a minha hora eu posso falar que apesar de tudo que eu passei eu vivi minha vida o máximo possível – falo deitando na grama.
-Entendi – ele fala deitando do meu lado.
Ficamos deitado por um longo tempo. Levantamos e nos despedimos com um abraço, saio andando para longe dele e vou para casa, o parque que estávamos não era muito longo da minha casa era uns 10 minutos a pé. Chego em casa é vejo todos conversando na sala, me sento no sofá do lado da May e me desligo naquele momento, começo a pensar como eu vou encontrar três pessoas especificas para matar mas a cicatriz vai me ajudar nesse requisito, se ela começar a doer e sangrar e porque eu passei perto de alguém que é de uma classificação que eu ainda não matei, com esse pensamento na cabeça eu durmo naquele lugar mesmo.
“Vejo uma mulher ruiva com cabelos longos, alta e magra, ela fica me olhando sem piscar uma vez, me levanto e fico olhando ao meu redor e percebo que estou em uma floresta com as árvores muito juntas e com um clima um pouco úmido, mas nem tanto, vejo que ela esta me chamando para ir na direção dela, começo a andar na direção dela descalço pisando no chão úmido, ao andar na direção dela percebo que que aparece vários animais diferentes e maravilhosos como onça pintada, anaconda, jaguatirica, macaco, araras, entre outros animais, chego na frente dela e a vejo melhor do que antes.
-Quem é você? – pergunto gentilmente.
-Meu nome é Fox Arllen, você não me conhece pessoalmente, mas vai conhecer em breve – ela fala séria sem nenhuma expressão.
-Onde eu estou?
-Você está em uma floresta para ser mais exato você esta na Floresta Amazônica, no Brasil, – ela fala sorrindo e abrindo os braços – e eu te trouce você aqui, não literalmente, eu sou uma Andarilha dos Sonhos, eu entrei na sua cabeça para conversamos sem que a Rebekha consiga ouvi.
-Como assim sem que a Rebekha ouça a nossa conversa e que conversa?
-Ela tem ouvidos por todas as partes, menos aqui. Nossa conversa é sobre o futuro.
-Como assim sobre o futuro? – eu a pergunto curioso.
-Coisas ruins vão acontecer, – ela fala me olhando no fundo dos meus olhos – pessoas que você ama ira morrer ao longo desse caminho e no final não restara quase nada além dos medos dos vivos e dos mortos.
-Como assim coisas ruins e quem ira morrer? – pergunta desesperado.
-Essa resposta eu não tenho e talvez não terei a tempo, mas tome cuidado e antes de você acorda tenho mais um aviso.
-Que aviso? – pergunto confuso.
-Comece a reza para Deus porque o demônio está a caminho e ele está trazendo o inferno junto e ele não tem piedade de ninguém.
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