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História Os Seis (The Six) - Prólogo


Escrita por: Deyvid100

Capítulo 1 - Prólogo


O céu, habitualmente azul, se desmanchava em um brutal temporal que alagava avenidas e construções públicas. O som da água escorrendo ecoava pelas ruas afora, afrontando os estrondos dos trovões.

O brilho dos relâmpagos refletiam na janela embaçada da velha casa na fazenda da família Campbell. As gotículas de água escorriam, descendo pela vidraça, tomando toda a atenção de Alex e seus amigos.

Um barulho ecoou pela casa vazia, fazendo os quatros saltar de uma vez, derrubando algumas garrafas vazias de cerveja que bolaram pelo chão do quarto e findaram na parede. O jovem Campbell olhou para os amigos, exaltados e grogues devido a bebida, questionando silenciosamente o que teria sido aquele barulho.

Os quatros haviam resolvido fazer uma festinha secreta, e optaram pela antiga casa de Alex, lugar vazio e, de certa forma, abandonado, onde ninguém poderia vir a incomodar e/ou atrapalhá-los.

Dentre os quatro, Lucy era a única garota, e ao que parece, a mais difícil de se embriagar. Notando que os três companheiros estavam tremendo, se levantou, deu um beijo em Erick — um garoto negro de cabelos raspados e olhos verdes — e seguiu para a porta que levava a escadaria.

— Para onde você vai? — a voz entrecortada de Erick soou, demostrando a evidente embriaguez em que ele se encontrava.

— Vou olhar o que foi isso. Já retorno, fiquem aqui — ela falou, seus cabelos negros e curtos emoldurando sua face,

— Eu vou com você — ele tentou se levantar, cambaleou um pouco e se escorou em uma parede, observando a melhor amiga descer bater a porta e ouvindo o som de seus passos descendo a escada.

...

Alex, tirando os curtos cabelos loiros e ondulados do rosto, fixou seu olhar no rapaz em sua frente, qual sorria alegremente enquanto se aproximava lentamente dele, findando por beijá-lo calma e longamente.

Luckas e Alex namoravam a algum tempo, e apesar dos seus pais não apoiarem, o ruivo se arriscava loucamente para passar alguns segundos ao lado de seu amado. E, apesar do efeito da bebida, só tinham certeza de duas coisas: que queriam continuar juntos; e que estavam seriamente incomodando Erick.

— O que foi? — Luckas saiu de cima de Alex e se direcionou para o amigo que os observavas.

— A Lucy, ela está demorando a voltar. Acho que vou dar uma olhada — levantou e saiu, deixando os dois a sós. E apesar de ser verdade a demora da amiga, ambos sabiam que ele queria sair dali, apenas para não ter que observar os dois trocando carinhos.

Seguindo o mesmo caminho que a amiga, Erick se distanciou dos amigos, agarrando-se ao corrimão da escadaria para conseguir estabilidade. Olhando ao redor, sem sinal de Lucy, e após conferir se a porta estava trancada, ele seguiu para a cozinha, chamando por ela:

— Lucy! — ele adentrou o cômodo, procurando por ela. — Isso não tem graça, caramba!

Ele virou, dando de cara com uma figura encapuzada, observando-o de maneira doentia, as mãos escondidas atrás do corpo. O rosto coberto por uma máscara branca, com pequenas manchas rosas nos lugares que escondiam as bochechas. E um tom vermelho na expressão macabra formada pelos lábios da mesma.

— HaHa, muito engraçado. Genial! — ele bateu palmas enquanto caminhava na direção da figura. — Tira esse troço, Lucy.

Quando Erick fez menção de erguer as mãos e tirar a máscara, quem quer que estivesse por baixo daquele capuz apenas mexeu a cabeça, querendo dizer para ele não fazer aquilo.

— Ah, certo. É um jogo de gato e rato e você quer vir atrás de mim e arrancar meu coração, correto? — ele virou, e andou até o balcão, virando subitamente e sendo agraciado por uma perfuração no pescoço, diretamente na jugular.

Erick elevou as mãos até o local, tocando a barra metálica pontuda que atravessava seu corpo na horizontal, de um lado ao outro. Tentou gritar mas nenhum som saia. Suas cordas vocais, todas destruídas, não funcionavam mais, e a única coisa que conseguiu fazer foi tombar. Primeiro de joelho e depois de lado, enquanto todo o chão era banhado pelo seu sangue, e ele dava os últimos suspiros.

— Escutou isso? — o ruivo perguntou, seus olhos azuis refletiam a luz trêmula do poste da rua ao lado da janela da casa.

— Não foi nada, Luckas, volta aqui — Alex falou, puxando o namorado pelo braço direito e o envolvendo em um abraço demorado que culminou em um beijo ardente e feroz.

Enquanto Luckas beijava o pescoço de Alex, esse retribuía o ato tirando a blusa do parceiro e distribuindo carícias pelo corpo pálido do mesmo. E, envolvido por essa louca atração, Alex mal ouvia os ruídos do lado de fora do corredor, ambos alheios aos acontecimentos ocorridos nos outros cômodos, mal desconfiam da situação do amigo.

Um ruído trouxe Luckas de volta, algo como o arrastar de uma barra metálica pela parede de cimento. Ele se soltou e seguiu até a porta, colocando o ouvido na porta, tentando decifrar o que estava acontecendo. Abriu a passagem e olhou de um lado a outro, notando apenas a antiga cômoda que enfeitava o local.

— Erick? É você? — ele chamou o amigo, e essa foi a última coisa que ele falou.

Um risco fino soou quando um vulto negro surgiu de detrás da tal cômoda, passando rapidamente pela sua frente. Luckas virou, as mãos na barriga e uma dor o consumindo interna e externamente. O sangue sujava o piso de mármore, e as entranhas do jovem começavam a cair, e a expressão de pânico em seu rosto passava para a de seu namorado, qual deu um grito quando uma lâmina surgiu atravessando o peito esquerdo de Luckas, bem onde se localizava o coração.

O ruivo tombou, e detrás dele uma figura medonha observava a cena, sua máscara branca em uma expressão assustadora parecia está sorrindo. Ela começou a caminhar, seguindo a direção do jovem de cabelos ondulados, a lâmina da espada na sua mão correndo pelo chão, enquanto Alex se movia para trás, mal percebendo que estava prestes a ficar encurralado.

O ser ergeu a lâmina e a desceu em uma velocidade aterrorizante, diretamente no corpo do jovem Alex Campbell, qual aterrorizado pela morte de seu amado, nada soube fazer.



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