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História Os sobreviventes (Simbar) - Enfim a verdade...


Escrita por: NatyMlx95

Notas do Autor


Oi gente!! Como estão?

Desculpem a demora, mas eu tava com um bloqueio pra escrever... Demorei quatro dias pra escrever esse, isso mesmo quatro dias! E ainda não concluí, vai ser concluído só no próximo... E desculpem qualquer erro de ortografia ou formatação!

Enfim boa leitura!

Capítulo 43 - Enfim a verdade...


 

POV SIMÓN

Ainda me sinto fraco. Mas parece que não estou mais dentro de mim. Tudo está escuro. Onde será que eu estou?

De repente estou em um lugar completamente desconhecido para mim. Parece uma cidade que acabou de sair Da idade média. Várias casas de madeira e pedra, com várias janelas e telhados de palha. Vejo várias pessoas vestidas com trajes dessa época andando pra lá e pra cá. Mas percebo que elas não podem me ver, pois algumas passam por mim e simplesmente me atravessam. Será que estou sonhando?

Começo a caminhar pelas ruas de terra batida e vejo as pessoas andando, crianças brincando e mulheres conversando. Chego em uma espécie de feira onde vejo pessoas vendendo coisas como tecido e tempero. Mas é como se eu fosse invisível, estava ali apenas como um expectador. Decido continuar caminhando para descobrir que lugar é esse.

Logo mais a frente eu consigo enxergar um castelo. Era enorme, como nos livros e filmes que costumava ler e assistir. Então eu aproveito que sou como um fantasma e vou até lá pra ver como é. Mas então eu sinto uma mão tocar no meu ombro. Olho assustado pro lado.

                 — Âmbar?

                  A: Onde estamos?

                   — Não faço a menor ideia! Eu estava indo em direção aquele castelo pra conhecê-lo, quer vir comigo?

                  A: Mas não é perigoso?

                   — Ninguém pode nos ver Âmbar! Somos como fantasmas aqui! vamos aproveitar! — Estendo minha mão para ela

                    A: Tá, você está certo! — E ela pega minha mão e vamos de mãos dadas para o tal castelo.

                 — A propósito, como veio parar aqui?

                    A: Não sei! Só me lembro de ter passado mal e ido pro hospital, então me deram algo pra dormir e então apaguei. Quando abri os olhos eu estava nesse lugar histórico! E você?

                   — Eu também passei mal, comecei a sentir uma dor horrível de repente... E o resto aconteceu igual. Pera aí então nós dois nos sentimos mal ao mesmo tempo?

                     A: Bom, ao que parece sim... — Nós então paramos — Mais cedo eu acordei como se tivesse de ressaca... — Eu então olho pra ela levantando uma sobrancelha — Foi por causa disso que não acreditei na sua conversa de que ficou só com os meninos no quarto... Eu sei que foi a tal festa e bebeu bastante e acordou de ressaca...

                  — Você sabia, mas não falou nada? Não brigou nem nada?

                     A: Não... Não valia a pena... Mas enfim parece que agora estamos sentindo o que o outro sente, e o destino sempre dá um jeito de nos deixar juntos. Olha onde estamos agora! Dentro no mesmo sonho, mas como se fosse real. Igual os sonhos que tínhamos!

                    — É, mas em nenhum deles nós chegamos a entrar de fato! Parece aquelas pessoas quando entram em coma e o espírito saem delas e ficam vagando por aí!

                   A: Igual aquele filme E se eu ficar?

                    — Tipo isso, mas a diferença é que não estamos vagando dentro do hospital, e sim fora dele, em um outro mundo!

Nós então chegamos ao castelo. Havia vários guardas protegendo sua entrada, mas obviamente não podiam nos ver. Então entramos sem nenhum problema. Então de cara já estávamos dentro de um grande salão, com vários quadros pintados nas paredes, uma grande mesa com várias cadeiras de madeira maciça. Havia também um lindo lustre de madeira com várias velas no teto.

                   A: Que lindo!

Só que não havia ninguém dentro dele. Não deveria ser hora da refeição, então saímos e continuamos a explorar o castelo. Era enorme e poderíamos facilmente nos perder. Chegamos a um corredor imenso com um comprido tapete vermelho, e mais quadros e também armaduras de cavalheiros. Parecia estar dentro de um filme! Chegava a ser incrível ver tudo com tantos detalhes!

Chegamos então a uma porta enorme. Paramos em frente a ela, deslumbrados com tamanha beleza.

                   A: Será que está aberto?

                  — Não sei, mas acho que podemos atravessá-la não é?

                   A: Quer tentar?

Então eu fui aproximando minha mão devagar na porta. Quando estava quase tocando nele. Senti algo me puxando, ou melhor nos puxando...

NO HOSPITAL...

Meus olhos abriram de repente. Olhei pro lado e vi meus pais ali, e eu deitado em uma cama ligado ao soro pela veia.

                  — O que aconteceu? Onde estou?

                     M: No hospital meu amor — Minha mãe me fala com os olhos vermelhos creio que pelas lágrimas. — Você passou muito mal e te trouxeram pra cá imediatamente!

                    — Sim... Eu me lembro de ter sentido uma dor horrível no estágio. Mas o que eu tenho?

                     Mi: Os médicos disseram que é pedra nos rins, mas eles já removeram, você está acordando agora do procedimento. — Meu pai fala.

                  — Sério? — Coloco a mão no local da dor

                   Mi: Sim filhão, mas não é só isso... — Ele olha pra minha mãe.

                  — Como assim? O que mais eu tenho?

                     M: Você nada filho... Mas é que a Âmbar também está aqui com o mesmo problema e está em cirurgia agora.

Eu então olho pro lado. Então não era só um sonho, a Âmbar também está aqui com o mesmo problema. Isso já está ficando absurdo demais!

                   Mi: Tudo bem filho? Não parece surpreso...

                    — Não é nada disso pai, é que é muita coisa pra assimilar — Falo ainda olhando pro outro lado — Mas eu quero vê-la!

                     Mi: Só depois que a cirurgia dela acabar e ela acordar, e você também precisa se recuperar está bem? — Assinto que sim com a cabeça — Bem, eu vou a lanchonete tomar um café, você vem amor?

                     M: Não amor, vou ficar aqui com o Simón tá? Mas eu aceito o café... — diz ela fazendo carinho em meus cabelos

                     Mi: Tá bem então, já volto! — Ele então sai do quarto me deixando a sós com minha mãe.

                  — Quando chegaram?

                     M: Hoje de madrugada. Você não sabe como me deixou preocupada filho! — Diz ela com a voz embargada

                   — Eu to bem mãe — Me viro pra ela — Mas precisamos conversar sério!

                   M: Como assim? Sobre o que? — Ela começa a ficar nervosa.

                   — Não percebeu? Eu e a Âmbar tivemos o mesmo problema ao mesmo tempo! E não é só isso! Ela também tem poderes! — Ela não parecia muito espantada — Temos os mesmos sonhos e ela me disse que no natal você a viu com o colar que ela ganhou do pai dela e você a olhou estranho. Eu sei que você sabe de tudo! Mas não quer contar pra gente!

                     M: Filho, isso é ridículo! E para de se agitar que pode fazer mal! — Ela diz isso ainda mais nervosa!

                   — Mãe, não tente me enganar por favor! Eu vi você conversando com o Ricardo, o motorista dela! Vocês se conhecem e muito bem! E nos chamaram por outros nomes! Se você não me contar pode sair daqui! — Eu estava tão irritado que acabei sendo muito grosso com ela.

                  M: Filho, você não entende...

                   — Não entendo que estão tentando esconder de mim e da Âmbar sobre nossa vida passada? Sobre a origem dela e de quem é o pai dela que eu já sei que é o Ricardo! E ela também sabe! E você sempre soube! Como pôde?

Nesse momento sinto ela congelar. Eu finalmente soltei tudo em cima dela que ela até ficou sem ação. Mas essa foi a única oportunidade que eu achei de enfim a enfrentar. Espero conseguir alguma coisa finalmente.

                  M: Filho... Me perdoa... Mas não podíamos te contar!

                   — Por que não? É tão ruim assim? É sobre eu e minha namorada! Temos o direito de saber não acha?

                    M: É que é muito complicado... Mas a primeira coisa que tem que saber é que houve um mal entendido!

                 — Sobre o que?

                  M: Sobre o Ricardo ser o pai da Âmbar... Ele não é!

                   — Como é? — Agora eu fiquei confuso. — Mas foi ele quem abandonou a Âmbar na casa dos Benson, eu ouvi!

                    M: Então você ouviu a gente...? Ah deixa pra lá! Enfim é verdade, ele a abandonou, mas ele não é o pai! Assim como eu não sou sua mãe de verdade.... — Lágrimas brotam de seus olhos.

Eu então abro a boca sem acreditar. Como assim ela não é minha mãe? Sinto lágrimas descerem pelos meus olhos.

                 — Como é?

                    M: Me perdoa filho! Eu sei que esse é o pior momento pra se saber disso, mas já que você está insistindo tanto na verdade, estou contando. Eu e o Ricardo somos seus guardiões. Os seus verdadeiros pais morreram mas antes disso deixaram você e a Âmbar sobre nossos cuidados. Nós então atravessamos um portal pra salvar vocês do perigo mortal. Mas acabou que fomos parar em lugares diferentes, nos separamos. Ele ficou com a menina e eu com o menino. Mas como ele não podia ficar com ela ele a deixou na porta dos Benson. E eu tive a sorte de encontrar o Miguel, que te aceitou como filho. Mas ele também pensa que sou sua mãe biológica, e que eu perdi a memória permanentemente, sem saber que eu era antes de o conhecer.

Aquilo tudo era informação demais para mim. Mas eu tinha que ser forte e escutar até o fim.

                  — E quem é você de verdade?

                     M: Meu nome verdadeiro é Elaya de Alária. E o do Ricardo é Oráculo de Olistho.  Viemos dos reinos de Alária e Olistho obiviamente. E você é Orian de Olistho e a Âmbar é a Aliana de Alária.

                  — Orian e Aliana... Eu ouvi vocês falando esses nomes...

                     M: Pois é... Vocês estavam em perigo. Seus pais morreram protegendo vocês...

                  — E quem eram nossos pais?

                   M: Eram os reis desses dois reinos...

                    — Reis? Você está querendo me dizer que eu e Âmbar somos filhos de reis? E que perigo é esse?

                     M: São! E o perigo é um homem chamado Darken. Ele é um guerreiro e um grande inimigo dos dois reinos que por alguma razão antes desconhecida quis levar vocês no aniversário de um ano dos dois.

                   — Como assim antes desconhecida? Quer dizer que ele nos queria por causa dos nossos...

                     M: Poderes... Mas como não sabíamos disso demoramos a descobrir o porquê, já que os seus poderes só se manifestaram com dez anos de idade.

                  — Mas de onde será que vem os nossos poderes?

                     M: Eu não sei meu filho... Mas vocês dois são muito especiais e poderosos. E por isso Darken os queria tanto. Com vocês dois em seu controle ele seria invencível! Ele os usaria pro mal!

                  — Mas como? Por que ele quer tanto destruir os dois reinos?

                     M: Eu não sei meu filho, mas ele não quer exatamente destruir, e sim governar! Bom pelo menos é isso que os dois reis pensavam. Mas a verdade é que não sabemos ao certo qual é seu objetivo...

                    — Mas seja qual for, ele queria usar a mim e a Âmbar de armas dele...

                     M: Isso é verdade. Até onde sei, ele era alguém muito próximo do seu pai biológico. Mas no fim das contas ele se revelou um traidor e foi expulso do reino. Ele então jurou vingança dizendo que voltaria. E infelizmente voltou. Mas felizmente conseguimos salvar vocês dois dele. Só Deus sabe o que teria acontecido com vocês se ele tivesse conseguido!

                    — Mas se tivesse conseguido, como ele conseguiria nos levar sem que todos fossem atrás dele?

                      M: Bom, ele conseguiu se esconder durante muito tempo sem que ninguém o achasse. Mas também ninguém ousou ir atrás dele. Mas com certeza ele planejou tudo e saberia como fazer isso. Ele é muito esperto!

                   — Mas e esses reinos? Ainda existem?

                      M: Não sei filho... Não sei se com a nossa ausência ele conseguiu o que queria, o que aconteceu... Só sei que desde que viemos pra cá decidimos deixar o passado pra trás...

                    — Meu Deus mãe! Isso é muita coisa! — Senti uma lágrima descer pelo meu rosto — Isso é muita loucura!

                     M: Eu sei meu filho! Você pode me perdoar? Entenda que foi necessário!

Eu ainda estava tentando processar tudo aquilo. Era coisa demais pra minha cabeça. Mas ao mesmo tempo estava aliviado por finalmente saber de toda a verdade.

                     — Tudo bem... Eu estou sim muito chateado por ter sido enganado por todos esses anos, mas entendo que foi necessário. E afinal o próprio destino deu um jeito de juntar a mim e a Âmbar aqui nesse mundo, e reunir nós quatro novamente.

                     M: Por falar em você e Âmbar... Tem uma coisa que você precisa saber... E ela também!

                   — O que?

                     M: Quando vocês nasceram, vocês foram prometidos um ao outro em casamento, como uma forma de selar a paz e união entre os dois reinos.

Quando ela falou isso eu não acreditei.

                   — Como assim eu e ela fomos prometidos em casamento?

                     M: É isso mesmo meu filho. Mas depois do que aconteceu claro que tudo mudou e não precisaria ser assim... Mas aí olha só, vocês acabaram se apaixonando de verdade, sem ninguém precisar forçar vocês a isso... Não teria dado tão certo se vocês continuassem lá em Alária e Olistho!

Pior que é verdade. Saber isso não muda em nada, já que eu amo a Âmbar de verdade, e me casaria com ela sem precisar que ninguém me obrigasse a isso. Faria de livre e espontânea vontade. Eu apenas sorrio.

                    — Eu te amo mãe! Apesar de tudo você vai ser sempre minha mãe! Obrigada por tudo!

                     M: Eu também te amo filho! — E me dá um beijo na testa, e eu a abraço.

                  — A Âmbar precisa saber disso! — Falo com uma voz séria.

                   M: Eu sei filho! Mas precisamos esperar ela sair da cirurgia...

Nisso meu pai abre a porta do quarto e nos avisa que ela já estava no quarto se recuperando.

                  — Graças a Deus! Eu quero vê-la!

                    M: Calma filho! Você também está se recuperando ainda, não pode sair!

                  — Mas eu preciso ver como ela está!

                  Mi: Sua mãe tem razão filho! Não pode sair! Vai ter que esperar!

Eu então volto a me deitar bufando. Eu precisava vê-la, e urgentemente contar a verdade pra ela! mas infelizmente isso vai ter que esperar...

POV ÂMBAR

Eu acordo e me encontro em cima de uma cama de hospital. Só me lembro de sentir uma dor imensa. Eu abro os olhos aos poucos e vejo meus pais do meu lado. Ainda me sinto fraca e cansada. Tento levantar, mas sinto uma dor na região do abdômen.

                   Sh: Filha pelo amor de Deus! Não se mexa! Acabou de sair de uma cirurgia!

                 — Cirurgia de que?

                   R: pra tirar pedra nos rins — Meu pai me respondeu — Era com isso que você estava.

Sinto minha cabeça doer um pouco. Então era essa a dor que eu estava sentindo.

                 — Eu achei que fosse cólica... Minha menstruação tinha até descido!

                   Sh: Na verdade filha não foi menstruação, e sim efeito colateral das pedras nos rins. Você teve um pequeno sangramento, apenas isso.

                 — Ah sim! — Agora fazia sentido. — E quando terei alta?

                 Sh: No máximo uma semana, dependendo da sua recuperação.

                 — E os meus amigos? E a Nina?

                   Sh: Ainda não vieram, mas talvez só venham mais tarde depois do estágio. E quando a sua chefe, a Nina, ela foi trabalhar, mas desejou melhoras e que também vem te ver quando sair. Ela foi providenciar sua pequena licença, e disse também para não se preocupar pois não vai perder a vaga.

Fico feliz com isso. Já estava realmente ficando preocupada em perder o estágio por causa disso. Mas ainda faltava alguém...

                 — E o Simón mãe?

Ela então olha pro meu pai com uma cara não muito boa. Não gostei nem um pouco disso.

                 — O que houve? Falem agora!

                 Sh: Filha, acontece que o Simón...

                 — O que mãe?

                 Sh: Ele também está internado, por isso não pôde te ver.

                   — Como é? — Começo a me desesperar — Por que? O que ele tem? Eu quero vê-lo!

                   R: Não pode ver ele agora filha! E se acalme que você não está em condições!

                 — Mas eu quero saber por que ele está internado! O que ele tem?

                 R: Ao que parece ele também está com pedras nos rins...

                   — Co-como é? — Eu não conseguia acreditar. O Simón também com pedras nos rins?

                 Sh: Sim minha filha, é verdade... O que vocês aprontaram hein?

                   — Nada mãe! E que eu saiba pedra nos rins não é contagioso, então...

                 Sh: Você tem bebido água regularmente?

                 — Bem, confesso que não muito...

                 Sh: Ai filha! Tem que se hidratar! Não pode ficar passando sede!

                 — Ai tá bom mãe! Nada de sermão por favor!

                   Sh: Ok filha, bom vamos te deixar sozinha então! Mas por favor, descansa e se cuida tá bom? Mais tarde eu volto!

                   — Obrigada mãe! Até! — Ela me dá um beijo na testa e sai. E meu pai faz o mesmo e vai logo atrás.

Agora sozinha eu lembro então do sonho que eu tive. Esse tempo todo que estive apagada eu sonhei um reino muito bonito e bem medieval. E eu encontrava com o Simón e íamos juntos para dentro do castelo, mas quando estávamos chegando em uma porta bem bonita fomos puxados para fora.

Mas não consigo acreditar que eu e o Simón desenvolvemos o mesmo problema de saúde ao mesmo tempo! Isso só confirma que realmente temos uma ligação e muito forte. Mas porque? Porque será que somos assim?

Isso é o que eu mais gostaria de saber...

 

 

                   

 

 


Notas Finais


E aí o que acharam? Espero que tenham gostado e beijinhos no ar!!


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