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História Os sobreviventes (Simbar) - O passado sempre volta


Escrita por: NatyMlx95

Notas do Autor


Então pessoas, tudo bom? Olha quem voltou depois de mais de um mês sumida dessa fic? Euzinha!

Quero primeiramente agradecer por todos os favoritos que tive durante esse período de ausência. E espero ter mais agora que voltei... Foi muito difícil arrumar tempo e inspiração para escrever. Então quero muito a opinião de vocês! A faculdade está matando e to cheia de coisas para fazer. Então provavelmente os capítulos por aqui vão sair só de mês em mês, se eu tiver tempo pra isso...

Mas agora chega de falar e vamos logo pro capítulo. Boa leitura!

Capítulo 54 - O passado sempre volta


POV DESCONHECIDO

Onde estou? Que lugar é esse?

Essa era a pergunta que não saía da minha cabeça, a cada passo que eu dava.  Esse lugar parece e muito com Alária e Olistho, mas de uma maneira muito mais sombria. As árvores estavam mortas, as folhas tão secas que parece que houve um incêndio aqui. Tudo estava morto.

Continuei caminhando, mas nada mudava. Sem vida, sem cor, sem nada. Depois de caminhar consideravelmente, eu me deparei com o que parecia ser enfim um bom sinal.

Um castelo gigante, igual o de Alária. Também avistei algumas casas ao redor. A casa dos plebeus. Vou correndo até lá, mas percebo algo terrível também.

Vazio. Não havia ninguém! E a maioria das casas estavam em ruínas. As poucas que ainda pareciam inteiras, quando me aproximei, não vi ninguém.  Por mais que eu me esforçasse e até gritasse, ninguém apareceu. Então resolvi me aproximar do castelo. Como não havia ninguém, eu entro sem nenhum problema. Tudo estava tão escuro, mas por incrível que pareça, todos os móveis estavam no lugar. Nada revirado, nem quebrado. Achei isso muito estranho, considerando o quadro de todo o resto que vi do lado de fora.

Continuei caminhando, e ouvi um barulho muito alto que me assustou. Olhei para trás e vi que a porta havia se fechado sozinha. Senti um frio na espinha. Logo eu, que não tem medo de nada e nem de ninguém. Mas devo confessar que isso tudo é muito estranho.  Desde que vim parar aqui, depois de tentar atravessar aquele maldito portal, eu não sei o que está acontecendo. Aquele portal! Eu com certeza o atravessei, mas vim parar nesse lugar. Só lembro de ter desmaiado logo após isso e acordado nessa floresta morta.  Só fico me perguntando o que aconteceu a eles. Será que também vieram parar aqui, mas em outra parte? Acho improvável! Mas então onde foram parar?

Bem, isso não me importa agora, só penso em sair desse maldito lugar! Esse lugar parece um labirinto, mesmo já o conhecendo. Mas a falta de luz dificulta minha visão. Só havia algumas poucas tochas acesas, que era o que me ajudavam nessa empreitada. Porém só vim parar aqui por culpa daqueles malditos! Como era mesmo o nome deles? Oráculo e Elaya. Esses dois ajudaram para que meus planos fossem por água abaixo. E ainda me enfiaram nesse lugar! Se eu os encontrar novamente algum dia eu juro que os mato!

De repente meus sentimentos vingativos são esfriados pelo apagar das tochas. Um vento bem forte os apagou, e ouço vozes macabras. Vozes como se fossem de... Espíritos!

Eu começo a correr, e sinto meu coração acelerar. Não imaginaria em toda a minha vida estar em uma situação dessas. Correndo como uma criança assustada querendo a mãe. Eu encontro uma porta e entro por ela. A fecho e me viro com os olhos fechados e suspirando, como se estivesse a salvo. Mas assim que abro os olhos, sinto a minha alma saindo de mim. Não pode ser! O que eles faziam aqui?

                — Parece que seu plano não deu certo, não foi mesmo?

                — Graças a vocês, não! — Respondo raivoso

                — Só fizemos o que qualquer pai e mãe fariam! Você jamais entenderia!

                — Claro que não! Pois vocês fizeram questão de tirar os meus de mim!

                — Não tiramos nada! Não somos os nossos pais!

                — Mas são iguais! Acha que eu não sei? Os filhos de vocês não haviam nem nascido, e já estavam planejando a vida deles inteira! Os prometeram em casamento um ao outro, sem nem mesmo terem a chance de escolherem! Igual  fizeram com meus pais!

                —Kahn...

                — NÃO ME CHAME ASSIM! —Minha coragem volta — Você não tem o direito de me chamar pelo meu nome! Para você... Eu sou Darken!

                — Eu sinto muito!

                — Não sente nada! Nunca sentiu e nunca sentirá, pois você está morto! — Gargalho impiedosamente — E sabe por que? PORQUE EU MATEI VOCÊ! VOCÊS TODOS! — Aponto para os outros três reis caídos, graças a mim!

                — Pode ter nos matado, mas pelo menos valeu a pena, pois nossos filhos estão a salvo de você! — Diz uma das rainhas, que eu acho que é a mãe do menino.

                — Salvar de mim? — Rio mais uma vez — E porque precisariam salvá-los de mim, se eu na verdade queria justamente fazer isso?

                — O que quer dizer com isso? — Diz agora a outra rainha, mãe da menina.

                — Que eles realmente precisavam ser salvos... Mas não de mim, e sim DE VOCÊS!

                — Como de nós? — Diz o outro rei já raivoso — Nossos filhos não precisavam ser salvo de nós! São nossos filhos! E você nos separou! Tirou eles de nós! Você queria tomar os nossos reinos!

Então eu começo a ouvir várias vozes, que começaram a me rodear e eu sentia a temperatura esfriar naquela sala. Senti meu corpo empalidecendo, e achei que fosse morrer ali, até que de repente parou. Assim, do nada. Fiquei no chão, ainda tremendo de frio, quando vejo uma mão estendida em minha direção. Eu aceito a ajuda e então me levanto. Me deparo com um ser sombrio, todo de preto, porém de boa aparência.  Cabelos negros e bem penteados para trás, olhos ainda mais negros e uma pele pálida.

                — Seja bem vindo filho... — Sua voz era grave e bem imponente

                — Quem é você? E onde eu estou?

                — Calma... Uma pergunta de cada vez...

                — Quem é você?

                — Meu nome é Sikron, mais conhecido como o senhor da morte...

                — E onde eu estou?

                — No meu mundo...

                — Você mora no castelo deles? Quer dizer... No daqueles reis que eu estava conversando?

                — Não, esse lugar continua sendo deles... Mas digamos que... Esse é um lugar distorcido de Alária e Olistho, onde os falecidos reis estão presos...

                — E por que estão presos?

                — Pois eles têm pendências, mas ao mesmo tempo não podem voltar para o mundo onde estavam quando vivos.

                — E vão ficar para sempre?

                — Só até suas dúvidas serem cumpridas...

                — E que dúvidas seriam essas?

                — O que aconteceu com seus filhos, se eles estão bem, e onde foram parar...

                — Ah... E se não descobrirem, não poderão descansar em paz nunca?

                — Por que está tão interessado nisso?

                — Acho que como senhor da morte, deveria saber... — Ele dá uma risada macabra

                — Gosto do seu jeito, Kahn... Ou devo chamá-lo de Darken também?

                — Do jeito que preferir... Não tenho nada contra você, por enquanto...

                — Ousado! Falando assim comigo? Você realmente é muito especial, Darken... E por isso eu vim aqui pessoalmente te ver...

                — Deve ser porque não é todo dia que você recebe a visita de um vivo no mundo dos mortos... — Ele dá outra risada

                — E quem disse que você está vivo?

                — Porque eu acho que ainda tenho memória suficiente para saber que ninguém me matou... Eu só sei que atravessei um portal e vim parar aqui...

                — E o que te faz pensar que isso não causou sua morte?

                — O que quer dizer? — Já estava ficando impaciente

                — Meu caro Kahn... Uma vez que você atravessa o portal para meu mundo, você morreu! Não tem mais volta... Você agora pertence a esse mundo...

                — Como é? — Me desespero — Como assim não tem mais volta? NÃO! EU QUERO SAIR DAQUI! VOCÊ ESTÁ MENTINDO... ESTÁ MENTINDO!

Eu tento correr, mas percebo que é em vão. Eu não tenho para onde ir!

                — Não seja tolo! Não há escapatória...

                — Não! Tem que haver um jeito! Tem que ter! Eu não morri! EU NÃO MORRI!

Eu levo as mãos a cabeça, me desesperando. Eu morri, mas sem morrer. Apenas atravessando um portal!

                — Malditos Oráculo e Elaya! Eu amaldiçoo vocês! Eu amaldiçoo!

Eu caio ajoelhado no chão, mas Sikron toca em meu ombro e eu bruscamente me afasto.

                — Esperava que você fosse mais forte...  — Mas eu o ignorei — Se acalme filho... Há um... Jeito de você sair daqui...

                — Jeito? — Olho novamente para ele — Mas você disse...

                — Eu sei o que eu disse... Só que eu sou o Senhor da morte! Eu decido quem fica e quem volta. E como em seu caso, você veio parar aqui por acidente, significa que não era a sua hora ainda... Então você é uma exceção...

                — Mas por que você me ajudaria a voltar?

                — Digamos que... Você me agradou... E também não me interessa manter alguém que veio parar aqui contra a minha vontade... Eu sei das coisas que você fez Kahn, ou melhor... Darken...

                — E o que foi que eu fiz?

                — Você andou usando meu livro para praticar seus atos de vingança...

                — Vingança não! Justiça!

                — Muito bem... Mas me impressionou bastante o fato de você saber usá-lo tão bem! Sendo que não é para qualquer um...

                — O que quer dizer com isso? — Pergunto confuso

                — Quero dizer que um simples mortal não conseguiria entender, e muito menos fazer o que esse livro ensina...

                — Então isso significa que não sou um simples mortal?

                — Já parou para se perguntar porque mesmo já tendo cinquenta anos, ainda aparenta ter vinte e cinco?

Confesso que nunca parei para pensar nisso. Obvio que eu já havia reparado nisso, e que por isso o povo de Alária e Olistho me temiam tanto e me consideravam um tipo de bruxo. Mas eu não tinha nenhum tipo de poder, tudo era obra desse livro!

               — Você sabe de alguma coisa?

               — Mais do que você imagina... Mas isso é assunto para outro dia... Hora de voltar!

               — Mas...

               — Espero que faça sua volta valer a pena, filho...

               — Ei espera!

Mas ele já havia sumido e tudo ficou preto e novamente desmaiei. Quando acordei, estava com a cabeça ainda muito dolorida, mas estava de volta em Alária. Me levanto sem entender o que havia acontecido. Mas tenho a plena certeza de que não posso voltar... Não sem antes planejar meu próximo ataque. E o elemento surpresa está a meu favor. Então meu próximo passo? Conquistar os dois reinos de uma vez por todas!

***

POV AUTORA

E assim se cumpriu. Com a ajuda que teve de Sikron, Darken se aproveitou de que todos não sabiam o que havia se passado com ele, para pegar a todos desprevenidos. Havia uma magia no livro que o ajudava a controlar as pessoas e o espaço-tempo. Ele nunca o havia usado, pois precisava de um cristal especial. E para sua surpresa, quando ele voltou do reino dos mortos, havia encontrado um em seu bolso. Ele levou um tempo para entender do que se tratava, mas depois conseguiu ligar todas as peças. E ainda levou mais um ano até que conseguisse fazer tudo certo.

Porém o dia havia chegado, e ele chegou ao seu objetivo. Conquistou os dois reinos através do controle. Todos o seguiam e o respeitavam, ou melhor, o temiam. Ao mesmo tempo ele uniu os dois reinos, transformando em Alaristho. E desenvolveu uma verdadeira ditadura.

Poucas pessoas haviam conseguido escapar. Sofreram perseguição, e também sofreram com a fome, seca, e a perda de suas casas. A esperança havia se perdido pelos próximos vinte e quatro anos...

***

Alaristho, dias atuais...

                   — Anda Ignoto, parece uma preguiça correndo!

Dois rapazes corriam feito loucos. Haviam avistado um cervo. Se tudo desse certo, esse seria o almoço deles e de seu grupo.

                  — Cala a boca e corra Rolpe!

Eles continuam correndo atrás do cervo, que estava assustadoramente rápido demais.

                  — Eu nunca vi um cervo correr tão rápido!

                  — Ou somos nós que estamos lentos demais! Anda logo!

E os dois continuam correndo, até que o cervo desaparece de suas frentes. Mas quando eles se dão conta do porquê, já era tarde demais.

Os dois rolam morro abaixo, como pedras desenfreadas. E quando param, eles se deparam com algo que nunca haviam visto antes.

 O cervo estava na frente deles, os olhando como se soubessem quem eles eram, e com um olhar de compaixão. Era como se ela não tivesse estado a ponto de ser morta por eles há cinco minutos atrás.

                  — É impressão minha ou esse cervo está nos encarando Ignoto? — Diz Rolpe

                  — Não está não Rolpe! Mas olha, ele está andando, e indo em direção aquele templo em ruínas!

                  — Aquele templo? Aquele templo que foi fechado pelo Darken e praticamente o destruiu? Se formos pegos estamos perdidos!

                  — Por favor Rolpe! Quem nos pegaria? É evidente que ninguém vem aqui há anos! Vamos logo!

                  — Se quiser vá você! Eu não irei! — Diz ele com medo!

                  — Ah não você vem comigo!

                  — Se a gente morrer a culpa é sua!

                  — Vem logo!

Então o primeiro arrasta o segundo e vão seguindo o cervo. O animal os está guiando até o tal templo. Rolpe pergunta como conseguirão entrar, e o cervo abre uma passagem que os permite isso. Os dois estão muito assustados, mas Ignoto sabe disfarçar muito bem. Eles vão adentrando, e encontram um lugar magnífico! Cheio de desenhos e detalhes incríveis, e a imagem de uma deusa, uma mulher muito bela. Ela tinha cabelos longos e negros, olhos azuis como o céu e vestia uma túnica que cobria todo seu corpo. A imagem tinha cores bem vivas, e era de um detalhe incrível! E de tirar o fôlego! Era assim que os rapazes se sentiam.

                — Incrível! — Diz Ignoto de boca aberta!

               — Concordo! — Concorda Rolpe — Mas temos que voltar!

               — Calma Rolpe, para que a pressa?

               — Estamos sozinhos em um local proibido, que apesar de ser belo é perigoso! Não poderíamos estar aqui!

               — Fique tranquilo, pois o cervo nos trouxe aqui por algum motivo! Aliás, não sei se posso chamar aquilo de cervo! Pois não é um cervo comum!

O segundo rapaz se dá por vencido, e ambos continuam a caminhar. Eles vem uma parede, onde tem vários elementos desenhados. Mas não estavam registrados aleatoriamente. Eles pareciam contar uma história, e os dois logo perceberam isso.

               — Olha Ignoto! Parece estar nos contando uma história não é?

               — É verdade — Responde — E envolve dois bebês aparentemente muito especiais, já que esse homem mau está querendo levá-los!

               — Esse homem não é estranho... Tenho a impressão que já o vimos! Mas onde?

               — Tem razão meu rapaz... Vocês já o conhecem...

Os rapazes se assustam com a terceira voz, que é feminina, e se viram bruscamente. Eles dão de cara com a mulher da estátua que viram há alguns momentos atrás, só que agora em carne e osso.

                — Quem é você? — Pergunta Ignoto empalidecido, porém impressionado, pois nunca havia visto uma mulher tão bela.

                —Meu nome é Silene. Não precisam de assustar comigo, eu estou aqui para ajudar vocês, acreditem!

                — Como assim ajudar? Como poderia nos ajudar? E de onde você surgiu?

                —Esse é meu lar Ignoto... Ou pelo menos era... — Ela olha triste para o que restou do local.

                — Como sabe quem eu sou? — Ele pergunta surpreso

                — Eu sei muito sobre você, assim como sobre o seu amigo Rolpe, que aliás eu não sei o que aconteceu com ele...

Ignoto então olha para o amigo, que estava mais estático que a estátua da mulher que agora estava na frente deles.

                — E- e- ela nos conhece...

                — Sim Rolpe, parece que sim...

                —Você não entendeu ainda Ignoto? — Ele nega com a cabeça — Ela nos trouxe aqui, a estátua, ela disse que essa era a casa dela... Ela é a deusa da vida! Não acredito! Pensei que fosse apenas uma lenda! Quer dizer... Eu li sobre você, nos poucos livros que tive acesso...

                — Que ótimo! Você sabe quem ela é e eu não!

                — Se gostasse de ler, saberia!

                — Garotos... Agora que já estamos apresentados, posso falar o que estão fazendo aqui... Eu os trouxe para cá por um motivo... — Começa ela

                — Então você era o cervo! — Ignoto conclui e ela assente — Mas por que?

                — Eu preciso da ajuda de vocês...

                — Nossa ajuda? Mas o que poderíamos fazer por você?

                — Estão vendo isso?

Ela os leva a olhar novamente a mesma parece que estavam observando antes dela aparecer a eles.

                — Sim, responde Ignoto — O que tem?

                — Esse homem que vocês acham que conhecem... Bem... Ele é o Darken.

                — Eu sabia que o conhecíamos Ignoto! — Finalmente Rolpe fala com coragem — E essas crianças que ele quer pegar? O que ele quer com elas?

                — Essas crianças são Aliana e Orian, os verdadeiros herdeiros do trono de Alaristho.

                — Acho que li esses nomes nos livros que li também!

                — O que você não leu Rolpe? — Silene os interrompe

                — Continuando... Eles não crianças comuns... Mas isso é por causa do próprio Darken... Ele as encantou para que fossem muito poderosas...

                — E ele fez isso disfarçando-se de médico... E fez as mães deles tomarem uma espécie de poção enfeitiçada que fez isso com elas... — Conclui Rolpe

                — Isso! Acontece que no aniversário de um ano deles ele apareceu para os levar. Mas os reis e suas esposas lutaram bravamente para impedir, e deram suas vidas para isso. Eles confiaram os dois aos guardiões e sacerdotes dos dois reinos: Oráculo e Elaya. Eles os levou para um outro mundo completamente diferente desse e nunca mais voltaram. Acharam que Darken também havia ido junto, mas não havia o que fazer. Até que um ano mais tarde vocês já sabem o que aconteceram...

Ela contou a história enquanto percorria cada uma das imagens. E os dois garotos olhavam tudo atentamente, e ficaram de boca aberta.

               — Então não é só uma lenda. Eles são reais! E eles podem nos ajudar! — Conclui mais uma vez  Rolpe.

               — Isso é muita loucura! E mesmo que seja verdade... Como a gente poderia ajudar? Como você mesma disse, nunca mais foram vistos, e não há uma maneira de chegar até esse outro mundo. O que poderíamos fazer?

               — Bom, esqueceram que tem a mim? Eu levarei vocês até esse outro mundo. Eu estive observando você Ignoto. Você é um rapaz corajoso, valente e de grande valor. O tipo de pessoa perfeita para essa missão.

                —Eu? Tem certeza?

                — Quer libertar seu povo? — Ela pergunta

                — Claro que sim!

                — Faria qualquer coisa?

                — Com certeza! Já entendi... Mas tem uma condição...

                — Qual?

                — O Rolpe vai comigo!

                — Eu? — Pergunta ele surpreso

                — Claro! Como eu poderia fazer isso sem você? Você é o cérebro e eu não poderia fazer isso sem você!

                — Não posso Ignoto! Sem contar que alguém precisa voltar para avisar aos outros! Se os dois somem vão achar que a gente morreu! E a Nidia? Ai a Nídia...

                — Mas é por uma boa causa Rolpe! Você precisa vir comigo! Silene acabou de falar que é um mundo completamente diferente do nosso! Como eu faria sozinho?

                — Por mim não tem problema! Mas não se preocupem, pois eu deixaria você no local exato onde podem encontrá-los, e todas as informações de que precisa!

                — Viu Ignoto? Não precisa se preocupar! Eu irei avisar aos outros! Essa pode ser a nossa única chance! Não pode desperdiçar!

                — Tá bem! — Ele se dá por vencido. — Eu vou! O que tenho que fazer?

Silene então o manda pegar um livro que está escondido debaixo de sua estátua. Ela o dá acesso e ele pega. Era branco e brilhante. Ela explica que esse é o livro da vida, e que agora seria dele. E essa seria a prova de que ele foi enviado por ela. Ele seria levado até Aliana e Orian estariam, e que agora eles se chamam Âmbar e Simón. Eles os levariam até Elaya e Oráculo, que agora se chamavam Mônica e Ricardo. Ela disse que esse livro o ajudaria e só funciona se for manuseada por um coração puro. Ele contém informações importantes sobre todas as maldições e encantamentos do livro da morte, que estava em posse de Darken, mais algumas magias brancas, que só quem tivesse o poder concedido por Silene poderia executar. E ela o concedeu a Ignoto. Ela explicou que tudo sobre os poderes que Âmbar e Simón tem estão explicados nesse livro. E que era para proteger como sua vida, pois se Darken descobrisse, iria querer destrui-lo e perseguiria a ele e aos que ama. Ignoto concorda e assente que entendeu tudo, mas pergunta porque ela mesma não pode resolver tudo. Ela responde que não pode interferir no que acontece no plano terreno, mas pode usar os habitantes para fazer isso. E resolveu fazer isso depois que Sikron também resolveu ajudar Darken a obter êxito em seu plano. Depois de mais instruções de Silene, Ignoto se despede de Rolpe, e diz que volta logo. Rolpe responde que não quer vê-lo sem os dois. Então se afasta enquanto vê Ignoto se afastar pelo portal criado por Silene através do livro.

POV SIMÓN

Depois de longas horas no avião e mais um tempo na estrada, finalmente chegamos a nossa casa. Juro que nunca mais entro em um avião na vida! Odiei a experiência, e o pior é que além da ida, havia a volta.

Âmbar só sabia rir da minha cara. Para ela era fácil, pois já fez isso inúmeras vezes. Já eu não. Foram as primeiras vezes. E acabei de descobrir que odeio altura.

Mas pelo menos valeu a pena. Paris é mais lindo ainda pessoalmente. Passeamos, tiramos muitas fotos, provamos muitas comidas francesas direto da fonte, e conheci muitos lugares legais, inclusive a Torre Eiffel. Sem contar a melhor parte, que foi ter a Âmbar em meus braços por todos os dias. Inclusive andamos praticando e a cada vez era melhor. Foram tantos aprendizados juntos. Não me arrependo nem um pouco de ter me casado com ela.

Mas agora voltamos à realidade. Vamos ver como vai ser essa nova vida de casado, convivendo com a Âmbar. Será que vou ter muitas surpresas? Espero que sejam todas boas!

               A: Lar doce lar! Enfim chegamos amor!

Diz Âmbar animada puxando sua mala de carrinho. Pelo menos ela não deixou pra eu carregar tudo.

               — Sim linda! Bem vinda a nossa casa!

Fomos direto até o nosso quarto, largamos as malas em um canto qualquer e caímos na cama. Já eram oito da noite.

               A: Estou morta de cansada!

               — Somos dois! Só penso em dormir!

               A: Eu também! Mas também tenho fome! Tem alguma coisa pra comer?

              — Claro que não né Âmbar? Só água! Só chegamos agora, vamos ter que ir ao mercado amanhã!

               A: Tudo bem, mas então não podemos pedir um delivery? Ainda tem tempo.

              — Tudo bem então! Tem alguns telefones na geladeira, agora vou descansar um pouco. — Viro pro lado e fecho os olhos

Então sinto ela sair da cama e consequentemente do quarto.

POV ÂMBAR

Mas esse Simón é um preguiçoso mesmo! Prefere dormir com fome, vê se pode! Mas ainda sim eu sorrio só de pensar que agora estou casada com ele. Nem acredito! Foi um longo caminho até aqui, e agora valeu tudo a pena.

Vou até a geladeira e vou olhando pra ver se havia algum lugar legal para pedir comida. Até que achei um de comida japonesa. Olha só, Simón com panfleto de restaurante de comida japonesa? Essa é novidade! Mas é isso que vou pedir!

Vou até o telefone para fazer o pedido. Mas quando começo a digitar o número, ouço um barulho enorme vindo da sala. Vou correndo para ver o que era, e me assusto ao me deparar com um homem estranho no meio da sala e dou um grito, que faz o Simón vir correndo na hora.

                S: Que foi Âmbar? Por que você gritou?

Eu só consigo apontar e ele se coloca na minha frente. E eu só consigo perguntar:

               — Quem é você?

             

 

 

 

 

               

 


Notas Finais


E então gente? O passado voltou a tona não é mesmo? O que acham que vai acontecer?

PS: A aparência do Darken é a mesma da Benicio vlw? vlw!
PS2: Vou tentar atualizar acabar a outra fic de Lutteo para eu ficar mais tranquila para trabalhar só nesse ok?

Beijinhos no ar!


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